Farmacêutica diz que o molnupiravir reduziu em 50% a chance de internações e mortes pela doença para pacientes de risco; medicamento pode ser o primeiro administrado contra enfermidade
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está negociando com a farmacêutica americana Merck Sharp & Dohme (MSD) para trazer a droga antiviral molnupiravir contra a Covid-19 para o Brasil. Em estudo divulgado no começo de outubro, a empresa anunciou que o medicamento reduziu em 50% a chance de internações e mortes pela doença para pacientes de risco. O remédio pode ser o primeiro contra a Covid-19 a ser administrado na população. A Fiocruz afirma que tem “acompanhado diversos projetos candidatos para o tratamento da doença” e que está em “conversas avançadas” com a farmacêutica para definir “a melhor forma de acesso à população brasileira e um modelo de cooperação técnica”. A fundação ainda revela o interesse de realizar estudos futuros para avaliar o antiviral no enfrentamento de outras infecções virais, como dengue e chikungunya.
Na semana passada, Fiocruz anunciou que vai participar de um estudo de fase 3, recém-iniciado, para testar a eficácia do molnupiravir. O objetivo é avaliar se o remédio evita a transmissão do coronavírus entre pessoas já expostas ao vírus Sars-CoV-2 – ou seja, que residem com uma pessoa que testou positivo para Covid-19 na últimas 72 horas e apresenta pelo menos um sintoma associado à doença. O estudo vai ocorrer de forma simultânea em sete centros no Brasil, sendo dois sob responsabilidade da Fiocruz: Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Também haverá voluntários do Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo. O primeiro estudo clínico global do medicamento tinha previsão de conclusão prevista para novembro de 2021, mas seu recrutamento foi interrompido no dia 1º de outubro devido aos resultados positivos. Com os testes finalizados, a MSD enviou pedido de uso emergencial do antiviral à Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA)
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