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Ronnie Lessa recebeu depósito de R$ 100 mil em dinheiro sete meses após as mortes de Marielle e Anderson

Quem mandou matar Marielle ???  É só seguir o rastro do dinheiro.

Investigação da Polícia Civil e do MPRJ mostra que, em 2018, entraram R$ 568,2 mil em créditos na conta do policial reformado – a maior parte sem identificação de origem.

Por Felipe Freire e Marco Antônio Martins, g1 Rio


Elaine e Ronnie Lessa — Foto: Reprodução

Elaine e Ronnie Lessa — 

O policial reformado Ronnie Lessa, preso acusado de ser um dos executores da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, recebeu um depósito de R$ 100 mil em dinheiro em sua conta bancária quase sete meses após o crime.

A descoberta foi feita pelos policiais da Delegacia de Combate ao Crime Organizado e a Lavagem de Dinheiro, da Polícia Civil do Rio, e promotores do Ministério Público estadual (MPRJ).

De acordo com o delegado Leonardo Borges, a investigação sobre a movimentação financeira de Ronnie Lessa foi considerada complexa.

“Somente em dinheiro vivo passou pela conta dele algo em torno de R$ 1,6 milhão no período investigado, o que nos levou a pedir o sequestro de bens deste indivíduo”, afirmou Borges ao g1.

Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos em 18 de março de 2018. Em 9 de outubro daquele ano, os R$ 100 mil em dinheiro foram depositados na conta de Lessa. Não se tem a origem ou quem realizou o depósito.

Em 2018, segundo a polícia, foi o ano em que houve mais créditos na conta bancária de Lessa: R$ 568,2 mil. A maior parte em dinheiro.

Nesta quinta-feira (14), Lessa e a mulher Elaine Pereira Lessa tiveram novas prisões decretadas pelo crime de lavagem de dinheiro. Ambos já estão presos.

Justiça determina prisão preventiva do ex-PM Ronnie Lessa e esposa por lavagem de dinheiro

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O PM reformado movimentou na conta quantias de dinheiro incompatíveis com o que ele recebia. Os mandados de prisão foram expedidos pela 1ª Vara Especializada da Capital.

A pedido da polícia e do MP houve quebras de sigilo bancário de Lessa entre os anos de 2014 e 2019. Pelas contas dele passaram algo em torno de R$ 1,6 milhão de créditos em dinheiro.

De acordo com o inquérito, Lessa praticou três crimes de lavagem de dinheiro:

  • Ocultação de imóvel na Avenida Lúcio Costa;
  • Ocultação de uma lancha, modelo Real 330 Special Edition
  • Ocultação da posse de R$ 50 mil em dinheiro apreendidos em 12/3/2019.

Na análise da documentação, a polícia não encontrou informações que justifiquem a movimentação desses valores por suas contas. Tanto de créditos como de débitos.

Tanto em 2015 como em 2018, Lessa, segundo a polícia, não declarou bens e tampouco dívidas/ônus reais na documentação encaminhada a Receita Federal.

Entretanto, no dossiê, os investigadores descobriram que Lessa adquiriu um imóvel, em 2015, no valor de R$ 600 mil, com pagamento à vista. A renda dele neste período era estimada em R$ 74,8 mil.

Já em 2018, ano da morte de Marielle e Anderson, Ronnie Lessa adquiriu outro imóvel no valor de R$ 432,1 mil, com participação de 50%. Neste ano, a renda líquida estimada foi de R$ 103,4 mil.

Fiocruz negocia com MSD para trazer medicamento contra a Covid-19 para o Brasil

Farmacêutica diz que o molnupiravir reduziu em 50% a chance de internações e mortes pela doença para pacientes de risco; medicamento pode ser o primeiro administrado contra enfermidade

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está negociando com a farmacêutica americana Merck Sharp & Dohme (MSD) para trazer a droga antiviral molnupiravir contra a Covid-19 para o Brasil. Em estudo divulgado no começo de outubro, a empresa anunciou que o medicamento reduziu em 50% a chance de internações e mortes pela doença para pacientes de risco. O remédio pode ser o primeiro contra a Covid-19 a ser administrado na população. A Fiocruz afirma que tem “acompanhado diversos projetos candidatos para o tratamento da doença” e que está em “conversas avançadas” com a farmacêutica para definir “a melhor forma de acesso à população brasileira e um modelo de cooperação técnica”. A fundação ainda revela o interesse de realizar estudos futuros para avaliar o antiviral no enfrentamento de outras infecções virais, como dengue e chikungunya.

Na semana passada, Fiocruz anunciou que vai participar de um estudo de fase 3, recém-iniciado, para testar a eficácia do molnupiravir. O objetivo é avaliar se o remédio evita a transmissão do coronavírus entre pessoas já expostas ao vírus Sars-CoV-2 – ou seja, que residem com uma pessoa que testou positivo para Covid-19 na últimas 72 horas e apresenta pelo menos um sintoma associado à doença. O estudo vai ocorrer de forma simultânea em sete centros no Brasil, sendo dois sob responsabilidade da Fiocruz: Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Também haverá voluntários do Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo. O primeiro estudo clínico global do medicamento tinha previsão de conclusão prevista para novembro de 2021, mas seu recrutamento foi interrompido no dia 1º de outubro devido aos resultados positivos. Com os testes finalizados, a MSD enviou pedido de uso emergencial do antiviral à Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA)

Notícias 15/10/2021

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