ANVISA recomenda certificação da fábrica que produzirá insulina
Farmanguinhos dá continuidade à transferência tecnológica de medicamentos entre Brasil e Ucrânia O Diretor de Farmanguinhos, Eduardo Costa, a Coordenadora de Assistência Farmacêutica, Jamaira Giora e a Chefe da Divisão de Assuntos Regulatórios , Valéria Esteves partiram para Kiev, na Ucrânia com a equipe de inspeção da ANVISA representada pelo adjunto de Diretor Dr. Norberto Rech. A viagem faz parte dos negócios de transferência tecnológica de medicamentos entre Farmanguinhos / Fiocruz e o Indar. Numa mão, os anti-retrovirais do Brasil para a Ucrânia e na outra da insulina humana recombinante da Ucrânia para o Brasil. Além do Protocolo de Intenção assinado há cerca de dois anos, foram já fechados um contrato em julho de 2006 e um protocolo de pesquisa conjunta na área de produtos para diabetes, com recursos de ambos os institutos e compartilhamento de patentes. Pouco mais de um mês após a assinatura do contrato, o preço da insulina que o Ministério da Saúde comprou em maio de 2006 por R$ 17,35 caiu em setembro para R$ 9,18 (Eli Lilly) e R$ 9,19 (Novo Nordisk) por frasco, ou seja, quase 50% mais barato. O valor coincidiu com o preço estimado que seria vendido ao Ministério da Saúde por Farmanguinhos quando estiver produzindo, segundo o Plano de Negócios anexo ao contrato assinado dois meses antes. O fenômeno não é novo. Essas duas empresas já foram condenadas pelo CADE pela prática de dumping com a mesma insulina contra a Biobrás. A quebra da empresa brasileira favoreceu a sua venda para a Novo Nordisk. Depois da compra os preços com os quais quebraram a Biobrás, duplicaram. A economia que representou nesse ano para o Ministério da Saúde, quase R$ 80 milhões, permitirá a construção de fábrica. O prosseguimento dos planos de Farmanguinhos/Fiocruz vai assegurar que não haja nova duplicação dos preços. A fábrica em Farmanguinhos poderá produzir mais de 10 milhões de frascos por ano, mas, só entregará ao Ministério da Saúde, cerca de 50% das compras ou 5 milhões de frascos anuais. Essa decisão segue o exemplo da Ucrânia, onde o Indar, que é uma sociedade de economia mista, entrega 60% das compras do Ministério da Saúde, para manter o ambiente de competitividade que estimula a inovação tecnológica. O excedente da produção de Farmanguinhos poderá ser vendido no Mercosul ou para países da África em comum acordo Farmanguinhos/Indar. Em tempo, quem se dispuser a saber mais sobre a Ucrânia pela internet terá surpresas: há mais de mil jornais diários publicados no país, tem uma das taxas mais elevadas de PhDs/habitante do mundo, tem mais de 50% das terras mais férteis da Europa, domina tecnologia espacial, todos os serviços de saúde são públicos, e seu Governo está muito interessado nos anti-retrovirais do Brasil.
ANVISA recomenda certificação da fábrica que produzirá insulina ANVISA recomenda certificação da fábrica que produzirá Farmanguinhos dá continuidade à transferência tecnológica de medicamentos entre Brasil e Ucrânia O Diretor de Farmanguinhos, Eduardo Costa, a Coordenadora de Assistência Farmacêutica, Jamaira Giora e a Chefe da Divisão de Assuntos Regulatórios , Valéria Esteves partiram para Kiev, na Ucrânia com a equipe de inspeção da ANVISA representada pelo adjunto de Diretor Dr. Norberto Rech. A viagem faz parte dos negócios de transferência tecnológica de medicamentos entre Farmanguinhos / Fiocruz e o Indar. Numa mão, os anti-retrovirais do Brasil para a Ucrânia e na outra da insulina humana recombinante da Ucrânia para o Brasil. Além do Protocolo de Intenção assinado há cerca de dois anos, foram já fechados um contrato em julho de 2006 e um protocolo de pesquisa conjunta na área de produtos para diabetes, com recursos de ambos os institutos e compartilhamento de patentes. Pouco mais de um mês após a assinatura do contrato, o preço da insulina que o Ministério da Saúde comprou em maio de 2006 por R$ 17,35 caiu em setembro para R$ 9,18 (Eli Lilly) e R$ 9,19 (Novo Nordisk) por frasco, ou seja, quase 50% mais barato. O valor coincidiu com o preço estimado que seria vendido ao Ministério da Saúde por Farmanguinhos quando estiver produzindo, segundo o Plano de Negócios anexo ao contrato assinado dois meses antes. O fenômeno não é novo. Essas duas empresas já foram condenadas pelo CADE pela prática de dumping com a mesma insulina contra a Biobrás. A quebra da empresa brasileira favoreceu a sua venda para a Novo Nordisk. Depois da compra os preços com os quais quebraram a Biobrás, duplicaram. A economia que representou nesse ano para o Ministério da Saúde, quase R$ 80 milhões, permitirá a construção de fábrica. O prosseguimento dos planos de Farmanguinhos/Fiocruz vai assegurar que não haja nova duplicação dos preços. A fábrica em Farmanguinhos poderá produzir mais de 10 milhões de frascos por ano, mas, só entregará ao Ministério da Saúde, cerca de 50% das compras ou 5 milhões de frascos anuais. Essa decisão segue o exemplo da Ucrânia, onde o Indar, que é uma sociedade de economia mista, entrega 60% das compras do Ministério da Saúde, para manter o ambiente de competitividade que estimula a inovação tecnológica. O excedente da produção de Farmanguinhos poderá ser vendido no Mercosul ou para países da África em comum acordo Farmanguinhos/Indar. Em tempo, quem se dispuser a saber mais sobre a Ucrânia pela internet terá surpresas: há mais de mil jornais diários publicados no país, tem uma das taxas mais elevadas de PhDs/habitante do mundo, tem mais de 50% das terras mais férteis da Europa, domina tecnologia espacial, todos os serviços de saúde são públicos, e seu Governo está muito interessado nos anti-retrovirais do Brasil. ANVISA recomenda certificação da fábrica que produzirá insulina A Agência Nacional de Vigilância Sanitária emitiu relatório recomendando a certificação do laboratório do Indar, local responsável pela produção da insulina humana recombinante, que está sendo registrada em nome de Farmanguinhos no Brasil. A produção deste tipo de insulina é fruto do acordo de transferência tecnológica entre Brasil e Ucrânia. Já em 2007, três milhões de frascos do produto serão entregues por Farmanguinhos ao Ministério da Saúde, num processo exemplar de absorção tecnológica com alta cooperação científica entre Fiocruz e Indar para novos desenvolvimentos. Uma comissão de Farmanguinhos viajou para Kiev, na Ucrânia, acompanhada de uma equipe de inspeção da ANVISA para dar continuidade ao processo de transferência tecnológica. Concomitantemente à inspeção da ANVISA, foi preparada a documentação final para o registro do produto no Brasil. Além disso, foram discutidas propostas de cooperação entre os dois países na área de regulação farmacêutica. O Diretor de Farmanguinhos, Eduardo Costa, visitou o Instituto Nacional de Endocrinologia da Ucrânia, cujo Diretor, professor Tronko, também colocou à disposição para eventual consulta, os estudos clínicos realizados no país com as insulinas do INDAR, reiterando a alta qualidade do produto em comparação com as demais no mercado, basicamente da Novo Nordisk, Eli Lilly e Aventis. Com isto, além de toda a documentação necessária, Farmanguinhos dispõe agora de um importante material científico de comprovação da eficiência da insulina a ser importada. Em reunião na Embaixada do Brasil em Kiev, o Embaixador Renato Marques saudou o empreendimento, ressaltando a importância do mesmo, já que abre novo ciclo de relações entre os dois países e colocou à disposição de Farmanguinhos e da ANVISA os serviços da Embaixada. Seguiu-se jantar com a presença do Ministro da Saúde em exercício da Ucrânia, Dr. Gaidaiev, que se comprometeu também a dar prosseguimento aos entendimentos para que Farmanguinhos forneça anti-retrovirais para os programas de seu Ministério. Segundo o Indar, trinta dias após o registro do produto na ANVISA, o Instituto poderá fornecer até um milhão de frascos da insulina e, a partir daí, 500 mil frascos mensais. Paralelamente, as equipes de transferência tecnológica começarão seu trabalho. A produção deste tipo de insulina é fruto do acordo de transferência tecnológica entre Brasil e Ucrânia. Já em 2007, três milhões de frascos do produto serão entregues por Farmanguinhos ao Ministério da Saúde, num processo exemplar de absorção tecnológica com alta cooperação científica entre Fiocruz e Indar para novos desenvolvimentos. Uma comissão de Farmanguinhos viajou para Kiev, na Ucrânia, acompanhada de uma equipe de inspeção da ANVISA para dar continuidade ao processo de transferência tecnológica. Concomitantemente à inspeção da ANVISA, foi preparada a documentação final para o registro do produto no Brasil. Além disso, foram discutidas propostas de cooperação entre os dois países na área de regulação farmacêutica. O Diretor de Farmanguinhos, Eduardo Costa, visitou o Instituto Nacional de Endocrinologia da Ucrânia, cujo Diretor, professor Tronko, também colocou à disposição para eventual consulta, os estudos clínicos realizados no país com as insulinas do INDAR, reiterando a alta qualidade do produto em comparação com as demais no mercado, basicamente da Novo Nordisk, Eli Lilly e Aventis. Com isto, além de toda a documentação necessária, Farmanguinhos dispõe agora de um importante material científico de comprovação da eficiência da insulina a ser importada. Em reunião na Embaixada do Brasil em Kiev, o Embaixador Renato Marques saudou o empreendimento, ressaltando a importância do mesmo, já que abre novo ciclo de relações entre os dois países e colocou à disposição de Farmanguinhos e da ANVISA os serviços da Embaixada. Seguiu-se jantar com a presença do Ministro da Saúde em exercício da Ucrânia, Dr. Gaidaiev, que se comprometeu também a dar prosseguimento aos entendimentos para que Farmanguinhos forneça anti-retrovirais para os programas de seu Ministério. Segundo o Indar, trinta dias após o registro do produto na ANVISA, o Instituto poderá fornecer até um milhão de frascos da insulina e, a partir daí, 500 mil frascos mensais. Paralelamente, as equipes de transferência tecnológica começarão seu trabalho.
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2.02.2007
2.01.2007
INSPEÇÃO EM INDUSTRIA FARMACÊUTICA RESOLUÇÃO 210/03 - PONTOS CRÍTICOS E EXIGÊNCIAS
PONTOS CRÍTICOS SOBRE A RESOLUÇÃO 210/03 -INSPEÇÃO EM INDUSTRIA FARMACÊUTICA- Memória da reunião da Gerência Geral de Inspeção de Medicamentos e Produtos (GGIMP)
Processos críticos: Plano mestre de Validação
(requisito mínimoEstererilizaçao/ Sistema de água/ Despirogeneização.
Regulamento Técnico
Áreas
Instalações
Processos
Amostra de referência(guardar 1 ano após expirar prazo de validade).
Teste de identificação (pode ser estatístico)
BPF amostra todos os volumes.dos ativos. Excipientes amostra estatistica
Classificação de ar nas salas –Sistema ISO 209 (E)revogada
ISO 1 2 3 4 5 Número máximo de particulas /m3 nas salas
Classificação 10/ 100/ 10000/ 100000 são válidas
Cefalosporínicos antibióticos betalactâmicos
Sistema de ar necessita separação no mesmo edifício. É recomendável em edifícios separados.
Para pessoas e produtos : produção em campanhas (produtos especiais)
Validar o processamento de limpeza
Só pode produzir sem estas especificações em caso de guerra /sinistro/terremoto
Atividades autorizadas Contratos de terceirização
Autorização concedida pelo órgão de vigilância sanitária pra a empresa transportadora
Condições de transporte (autorização de funcionamento especial)
Apresentação de planta baixa de fluxos de pessoas e produtos
A Anvisa vai passar a solicitar para das empresas nacionais o manual técnico da planta(site master file) como é feito atualmente com as empresas que são inspecionadas no exterior.
Contratos de terceiro de produção (somente etapas e não o processo todo)
Atualmente mais de 700 contratos de terceirização por mês.(Anvisa)
O terceirista é uma extensão da fábrica.(tem que ter todos os procedimentos e validações exigidasnas BPF
CQ: :GGLAS
Lotes pilotos : destinos dos lotes pilotos
Temperatura e umidade investigação dos desvios nos casos de variação dos parâmetros (25-30)
Existência de Área ou Sistema que delimite ou restrinja o uso de materiais e produtos respeitando o seu status.
Tempo máximo de estocagem de produtos intermediários e produto à granel.
Segurança de Sistema Informatizado para controle de materiais e produtos
Elaboração de técnicas normas e guias
Plano Mestre de Validação
Equipamentos analíticos
Certificação do fabricante
A etiqueta permite fornecer o status
Bloqueio de amostras
Reanálise respeitando o prazo de validade
Estabilidade do fabricante
Substâncias ativas somente de fornecedor qualificado.
Matérias Primas tem que ter registro na ANVISA.
Qualificação dos Fornecedores ( Exigir dissolução e bioequivalência das matérias – primas).
Qualificar um fornecedor e comprar de outro NÂO PODE.
Procedimento de recebimento de produto intermediário e a granel.
Exigência de autorização concedida pelo órgão sanitário para distribuição primária
Testes de identificação em todos os recipientes de substância ativas e excipientes (amostra estatística)
Água purificada investigações e ações tomadas em relação aos limites , componentes, pontos de amostragem e de uso
Água para injetáveis
Sistema validado
Aço inoxidável
Sanitização
Controles
Produção
Exigências de POPs/ uniformes / equipamentos de segurança Plano Mestre de Validação. Validação retrospectiva (mínino de 10 lotes consecutivos Para a empresa detentoras de registros verificar as validações de processo)
Medicamentos especiais (nem todas as substâncias devem ser feitas em áreas separadas)
Há necessidade de possuir procedimento de limpeza validados e sistema de ar separado,.
Treinamento especifico para funcionários do laboratório identificação de pureza e decomposição quando aplicável
Validar ensaios microbiológicos , metodologia analílica de acordo com PMV
Investigação e ação corretiva (alerta e ação)
Existência de um sistema formal para investigação de desvios. (POPs para tomadas de ação corretivas após as investigações)
Estabilidade - Condição de armazenagem Resolução 560 mais detalhada Zona IV (acelerado e longa duração) Estufas climatizadas ( condições controladas para as estufas).
Produtos que devem armazenados abaixo de 25 º C.
Produtos sólidos que não realizam testes de dissolução lote a lote ..
Processos críticos: Plano mestre de Validação
(requisito mínimoEstererilizaçao/ Sistema de água/ Despirogeneização.
Regulamento Técnico
Áreas
Instalações
Processos
Amostra de referência(guardar 1 ano após expirar prazo de validade).
Teste de identificação (pode ser estatístico)
BPF amostra todos os volumes.dos ativos. Excipientes amostra estatistica
Classificação de ar nas salas –Sistema ISO 209 (E)revogada
ISO 1 2 3 4 5 Número máximo de particulas /m3 nas salas
Classificação 10/ 100/ 10000/ 100000 são válidas
Cefalosporínicos antibióticos betalactâmicos
Sistema de ar necessita separação no mesmo edifício. É recomendável em edifícios separados.
Para pessoas e produtos : produção em campanhas (produtos especiais)
Validar o processamento de limpeza
Só pode produzir sem estas especificações em caso de guerra /sinistro/terremoto
Atividades autorizadas Contratos de terceirização
Autorização concedida pelo órgão de vigilância sanitária pra a empresa transportadora
Condições de transporte (autorização de funcionamento especial)
Apresentação de planta baixa de fluxos de pessoas e produtos
A Anvisa vai passar a solicitar para das empresas nacionais o manual técnico da planta(site master file) como é feito atualmente com as empresas que são inspecionadas no exterior.
Contratos de terceiro de produção (somente etapas e não o processo todo)
Atualmente mais de 700 contratos de terceirização por mês.(Anvisa)
O terceirista é uma extensão da fábrica.(tem que ter todos os procedimentos e validações exigidasnas BPF
CQ: :GGLAS
Lotes pilotos : destinos dos lotes pilotos
Temperatura e umidade investigação dos desvios nos casos de variação dos parâmetros (25-30)
Existência de Área ou Sistema que delimite ou restrinja o uso de materiais e produtos respeitando o seu status.
Tempo máximo de estocagem de produtos intermediários e produto à granel.
Segurança de Sistema Informatizado para controle de materiais e produtos
Elaboração de técnicas normas e guias
Plano Mestre de Validação
Equipamentos analíticos
Certificação do fabricante
A etiqueta permite fornecer o status
Bloqueio de amostras
Reanálise respeitando o prazo de validade
Estabilidade do fabricante
Substâncias ativas somente de fornecedor qualificado.
Matérias Primas tem que ter registro na ANVISA.
Qualificação dos Fornecedores ( Exigir dissolução e bioequivalência das matérias – primas).
Qualificar um fornecedor e comprar de outro NÂO PODE.
Procedimento de recebimento de produto intermediário e a granel.
Exigência de autorização concedida pelo órgão sanitário para distribuição primária
Testes de identificação em todos os recipientes de substância ativas e excipientes (amostra estatística)
Água purificada investigações e ações tomadas em relação aos limites , componentes, pontos de amostragem e de uso
Água para injetáveis
Sistema validado
Aço inoxidável
Sanitização
Controles
Produção
Exigências de POPs/ uniformes / equipamentos de segurança Plano Mestre de Validação. Validação retrospectiva (mínino de 10 lotes consecutivos Para a empresa detentoras de registros verificar as validações de processo)
Medicamentos especiais (nem todas as substâncias devem ser feitas em áreas separadas)
Há necessidade de possuir procedimento de limpeza validados e sistema de ar separado,.
Treinamento especifico para funcionários do laboratório identificação de pureza e decomposição quando aplicável
Validar ensaios microbiológicos , metodologia analílica de acordo com PMV
Investigação e ação corretiva (alerta e ação)
Existência de um sistema formal para investigação de desvios. (POPs para tomadas de ação corretivas após as investigações)
Estabilidade - Condição de armazenagem Resolução 560 mais detalhada Zona IV (acelerado e longa duração) Estufas climatizadas ( condições controladas para as estufas).
Produtos que devem armazenados abaixo de 25 º C.
Produtos sólidos que não realizam testes de dissolução lote a lote ..
1.29.2007
QUALIDADE DE VIDA . DICAS IMPORTANTES
Tristeza ou Depressão?
É importante diferenciar Tristeza e Depressão.
O limite entre a tristeza, que em certos momentos da vida todos nós sentimos, e o sentimento triste, característico da depressão, não está claramente definido.
Entretanto, os médicos diagnosticam depressão quando essa tristeza importante tem uma duração maior de duas semanas, afeta o funcionamento das relações interpessoais e as atividades e ocorre junto com, pelo menos, quatro dos sintomas seguintes: distúrbios do sono, distúrbios do apetite, falta de interesse pelas atividades quotidianas, diminuição da capacidade de sentir prazer, dificuldade para a concentração, fadiga fácil, desinteresse sexual, perda da auto - estima, sentimentos de culpa, desespero, ataques de pranto, angústia e impaciência, irritabilidade, enxaqueca ou distúrbios digestivos e desejos de morrer, assim como, idéias de suicídio.
Durma bem Horários, ambiente, atividades, alimentação: especialista diz o que fazer para garantir uma boa noite de sono Insônia, dificuldades em iniciar o sono, interrupção e despertar durante a noite. Quem enfrenta madrugadas assim sabe bem das conseqüências no dia seguinte.
A explicação para a indisposição, mau humor ou mesmo problemas mais sérios de saúde, é certa: é que o sono renova as células e as noites insones têm efeito contrário.
O sono tem uma função bem definida. "Dormir bem recupera no organismo o bem-estar, as funções cognitivas, o sistema hormonal e imunológico, entre outros", diz o neurologista Luciano Ribeiro Pinto, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo.
De acordo com o neurologista, estresse, ansiedade, depressão, problemas financeiros, familiares ou profissionais estão diretamente relacionados à qualidade do sono.
Segundo Geraldo Vieira Rizzo, neurologista especializado em Medicina do Sono, não existe um tempo obrigatório para adormecer, pois a necessidade é individual. "Existem pessoas que necessitam de mais horas de sono do que outras. Entretanto, a média da população em geral é de 6 a 8 horas de sono para que conservem suas energias", afirma.
Confira, abaixo, as sugestões de Rizzo que podem garantir uma boa noite de sono. Com disciplina, você vai sentir os resultados.
1. Mantenha horários regulares para deitar e levantar.
2. Deixe as preocupações longe da cama.
3. Evite bebidas alcóolicas.
4. Evite remédios para dormir sem ter uma prescrição (receita médica).
5. Evite exercícios físicos em horários próximos ao de deitar.
6. Evite dormir com fome ou sede.
7. Procure um ambiente para dormir sem luminosidade, ruído ou temperaturas desagradáveis. 8. Use a cama apenas para sono e sexo (não leia, estude, coma e etc.).
9. Evite fumar.
10. Vá para cama com sono e saia da cama se estiver sem sono.
11. À noite, faça refeições leves.
12. Evite bebidas que contenham cafeína (café, refrigerantes, chá preto, chimarrão, achocolatados) após as 15 horas.
Reduza o colesterol Problema silencioso, o mau colesterol contribui para o surgimento de diversas doenças, principalmente do coração.
Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, 21,6% dos brasileiros têm taxas elevadas de colesterol. Ou seja, um em cada cinco brasileiros possui taxas acima de 200 mg/dl, nível considerado perigoso pelas entidades internacionais de saúde. Os índices normais de LDL, tanto para homens quanto para mulheres, variam de 50% a 190%. As taxas servem como um alerta. " Quando a taxa está muito alta, as doenças mais comuns são a aterosclerose, doenças cardíacas e derrame cerebral", diz o cardiologista Artur Lemos, especialista em medicina ortomolecular do Rio de Janeiro .
Em termos técnicos, colesterol é um tipo de gordura do sangue presente nas células do organismo.
Ele é o responsável pela produção de muitas substâncias que fazem parte do nosso corpo, incluindo alguns hormônios e ácidos biliares. Hormônios sexuais masculinos e femininos, a testosterona e o estrogênio respectivamente, se devem à existência do colesterol. Como o colesterol é uma gordura e as gorduras não se misturam com líquidos, o colesterol não se dissolve no sangue. Assim, é importante saber que o colesterol se divide em dois tipos: colesterol HDL, ou bom colesterol; e colesterol LDL, ou mau colesterol.
Cada um tem funções específicas no organismo. "Existe essa divisão entre bom e mau porque o colesterol bom tem a vantagem de ir direto para o fígado. Dessa forma, sofre uma queima que destrói as substâncias gordurosas. Já o colesterol LDL, ou mau colesterol, fica circulando pelas artérias, formando placas de gorduras que impedem a circulação sanguínea", ensina Artur Lemos . Todas as pessoas apresentam colesterol, por isso o importante é saber a taxa correta. Para isso, é preciso fazer exames específicos.
" Às vezes a pessoa produz colesterol em demasia. Quando começa a sobrar, geralmente é por falha genética", afirma o cardiologista.
Até que os sintomas comecem a aparecer leva tempo. "O mau colesterol leva uns 20 a 30 anos para se formar no corpo. Você só vai saber que tem quando estiver doente, ou se por acaso fizer um teste de esforço. Por isso é importante fazer investigações periódicas para saber como está sua saúde", indica. É bom saber que nem sempre pacientes com níveis elevados de mau colesterol no sangue precisam submeter-se indefinidamente aos medicamentos para evitar as complicações. Isso porque o aumento da gordura no sangue em geral está relacionado ao estilo de vida pouco saudável das pessoas.
O tabagismo, o estresse, o consumo de gordura, de carnes vermelhas e de frituras são fatores agravantes. Seguir uma dieta mais saudável é imprescindível para manter as taxas em níveis aceitáveis. Por isso, os médicos recomendam aumentar a quantidade de frutas, verduras e legumes, fazer exercícios e perder peso. De preferência com acompanhamento de especialista. Você já fez alguém feliz hoje? As pessoas estão se esquecendo do quanto é gostoso sair só para se divertir, conhecer gente, trocar afetos e fazer amizades Por Roberto Shinyashiki* Sentir é mais importante do que todas as análises.
Na Índia, os mestres dizem que a estrada mais longa que existe é a que vai do cérebro ao coração. Somente a sabedoria pode fazer as pessoas descerem do pedestal de super-homem para ser gente de verdade.
A vaidade transforma-se em simplicidade. Ao dar espaço para seus sentimentos, progressivamente, seu hábito de julgar as pessoas é substituído por uma capacidade de experimentar as próprias sensações e as dos outros. Sua bondade faz com que as interpretações habituais dêem lugar à compreensão. Então, começa a maior de todas as aventuras.
Os heróis de verdade abrem as portas de seus sentimentos e permitem aos outros descobrirem sua fragilidade. Quando ele aprende a abrir seu coração, a falar de suas feridas e a ter humildade para assumir seus sentimentos, pode receber o carinho que lhe faltou na infância.
As feridas da alma nunca são curadas com sexo, comida ou poder, e sim com carinho, atenção, paz.
Quando você se permite pedir ajuda a alguém, está a caminho da felicidade. Ao perguntar ao filho como pode viver melhor, ao ouvir e valorizar a voz da pessoa amada, então, começa a ser feliz.
A bondade é fundamental para a felicidade.
A generosidade é fruto da capacidade de sermos ricos de espírito.
O indivíduo mesquinho é o ser mais pobre que existe, pois cobra até os centavos da vida. Mesmo quando, dominado por seu coração, tem um gesto generoso, no momento seguinte é dominado por sua mesquinhez e cobra o que fez.
Sua vida é uma infindável conta bancária, com créditos e débitos.
O bondoso, ao contrário, tem sabedoria para saber que existem atos que precisam ser perdoados, principalmente as dívidas do coração. Não perca a oportunidade de ser bondoso consigo mesmo. Não perca também a chance de ser bom com os outros. Muitas vezes, as pessoas não se dão conta das oportunidades que têm de dar amor. Esperam a ocasião de criticar os outros, mas não têm nenhuma expectativa de dar amor e dizer coisas boas a respeito deles. É importante que não desperdicemos as oportunidades para mostrar o quanto somos ricos espiritualmente e quanto amor temos no coração.
É importante deixar que as pessoas percebam a riqueza de nosso interior.
A rosa não escolhe para quem vai exalar seu perfume.
Não seja simpático só com seu chefe, pai, filho, esposa, marido, amigo. Seja generoso com todas as pessoas! Generosidade não é apenas dar presentes. Seja generoso pedindo desculpas, elogiando, dando carinho, importando-se com as pessoas. Você faria algo diferente se descobrisse que hoje é seu último dia de vida? O quê? Pediria desculpas para alguém? Declararia seu amor? Agradeceria a alguém? Faria uma dessas coisas? Então, o que você está esperando para fazer isso já? Está esperando descobrir que hoje é seu último dia de vida? Não perca essa oportunidade, transforme-se agora.
Há pessoas que têm a mania de olhar para os outros e ver um talão de cheques (com fundos, é claro). Estão mais interessadas em saber como o outro poderá ajudá-las a atingir suas metas, principalmente as materiais, do que em tornar-se amigas do ser humano que está à sua frente. No mundo dos negócios, é comum as pessoas se relacionarem visando a interesses, mesmo quando estão em eventos especiais. Mas na vida pessoal não precisa nem deve ser assim. As pessoas estão se esquecendo do quanto é gostoso sair só para se divertir, conhecer gente, trocar afetos e fazer amizades. Estamos nos esquecendo de ajudar os outros é de pedir ajuda também, por que não? É importante que redescubramos o prazer de tornar as pessoas felizes. Muitas pessoas vivem à espera de uma oportunidade para criticar, prejudicar, menosprezar o outro, mas perdem muitas ocasiões de ser boas.
Quando era criança, eu gostava de acompanhar meu pai quando ele ia fechar suas farmácias aos domingos, na hora do almoço. Ele sempre andava com um maço de notas no bolso. E, em silêncio, quase escondido, aproximava-se de cada funcionário e dava-lhe uma dessas notas. Essa atitude chamava minha atenção e certo dia perguntei: ”Pai, por que você dá dinheiro todos os domingos para o pessoal que trabalha nas farmácias? Você já não paga os salários deles? Meu pai respondeu: ”Filho, as pessoas que trabalham para a gente recebem o salário no final do mês e o entregam para seus pais. Quando chega o domingo, elas querem ir ao cinema ou ao circo, mas não têm dinheiro. Eu sei o quanto é triste você querer ir ao cinema e não ter dinheiro. Pelo menos quem trabalha para nós precisa ter dinheiro para ir ao cinema no domingo à tarde! É muito bonito quando a gente sente prazer em proporcionar felicidade aos outros. Quando o sucesso implica sucesso para os outros, todos ficam felizes com seu êxito. Mas, quando o seu sucesso significa derrota para os demais, estes sentirão inveja de você. É muito triste não ter um amigo para comemorar as vitórias.
Há pessoas que dizem que o ruim do sucesso é a inveja.
Mas isso só acontece quando o sucesso significa ganho para uns e perda para outros.
Quando o sucesso significa ganho para todos, as vitórias ficam muito mais saborosas. Roberto Shinyashiki é psiquiatra, conferencista e escritor, autor de 11 livros entre eles "O Sucesso é ser feliz" e "Heróis de Verdade".
Não corra Desacelerar o passo, cuidar da alimentação e relaxar. Especialistas dão dicas de sobrevivência em dias de estresse
Dar expediente em mais de um endereço, não ter trabalho, decidir sobre a educação dos filhos e o futuro da família, pouco lazer e muito desgaste. Para quem vive nessa corda bamba cotidiana, especialistas alertam que a correria e a tensão diária são fortes fatores que predispõem a doenças. O remédio é buscar novas formas de enfrentar a rotina. Segundo a terapeuta Wânia Lemos, aderir a tendências mais naturais pode ser um bom primeiro passo para uma rotina menos desgastante. "A medicina moderna prega formas de combater os males provenientes do estresse. Se aliamos a isso os recursos da terapia natural, como a cromoterapia, os florais de Bach e técnicas de relaxamento, as chances de amenizar os problemas aumentam", diz. Regra número um, portanto, atenção ao corpo. "Há pacientes que não estão sob transtorno psiquiátrico, mas reclamam do excesso das tarefas diárias e pedem, sem uma avaliação mais rigorosa, a prescrição de remédios. Sempre recomendo que, antes, procurem aliviar a tensão muscular e afirmar a auto-estima.
A energização mental por meio das cores é uma boa forma de terapia, por exemplo", afirma Wânia, que lembra, também, a importância de se aliar à terapia uma alimentação correta. "Fazemos um trabalho conjugado com um médico a fim de obter uma dieta desintoxicante", garante.
Entenda-se por alimentação desintoxicante, aquela em que estão incluídos cuidados que vão além dos alimentos. "O nível de intoxicação é crescente pelo que a gente respira, ouve, vê, sente. Nossos cinco sentidos sofrem alterações.
Ar poluído e alimentação industrial ou movida pelos chamados fast-foods são os maiores responsáveis por esses transtornos.
Precisamos de um banho interno diário para não sobrecarregar e prejudicar nossos órgãos excretores", afirma Conceição Trucom, autora do livro O Poder da Cura do Limão ( ed. Alaúde). A alimentação voltada à desintoxicação está à mão.
"Enquanto estiver em jejum, ao despertar, o paciente deve ingerir bastante líquido, principalmente água. Beber suco de maçã, cenoura e limão. Ou laranja, couve e limão, na centrífuga. Sempre tomar um copo de suco de frutas e folhas com limão, um ingrediente básico para a desintoxicação do organismo", ensina.
Quanto maior o nível de estresse, maiores são os venenos a serem excluídos, garante a especialista. Segundo ela, em uma semana os resultados começam a aparecer. Outra regra básica para aliviar o estresse e a ansiedade, é desacelerar o passo. "O que o ser humano precisa aprender é amar a si mesmo. Relaxar mais e tentar não acumular tarefas que ele não seja capaz de cumprir", conclui Wânia Lemos.
RESPIRAÇÃO ABDOMINAL PROFUNDA, exercício anti-estresse sugerido por Wânia Lemos: Deite-se de costas, com os joelhos dobrados e puxados para cima.Mantenha os pés ligeiramente separados. Procure inspirar e expirar pelo nariz. Inspire profundamente. Ao inspirar, deixe que o estomago relaxe de modo que o ar flua para o abdome. Deixe seu estomago inflar-se enquanto você estiver inspirando. Visualize seus pulmões enchendo-se de ar para que seu peito estufe. Imagine que o ar que você respira está enchendo seu corpo de energia. Agora, exale profundamente. Ao expelir o ar, deixe o estomago e o tórax esvaziar-se como balões murchos.Imagine o ar expelindo primeiro do abdome e depois dos pulmões.
Tristeza ou Depressão?
É importante diferenciar Tristeza e Depressão.
O limite entre a tristeza, que em certos momentos da vida todos nós sentimos, e o sentimento triste, característico da depressão, não está claramente definido.
Entretanto, os médicos diagnosticam depressão quando essa tristeza importante tem uma duração maior de duas semanas, afeta o funcionamento das relações interpessoais e as atividades e ocorre junto com, pelo menos, quatro dos sintomas seguintes: distúrbios do sono, distúrbios do apetite, falta de interesse pelas atividades quotidianas, diminuição da capacidade de sentir prazer, dificuldade para a concentração, fadiga fácil, desinteresse sexual, perda da auto - estima, sentimentos de culpa, desespero, ataques de pranto, angústia e impaciência, irritabilidade, enxaqueca ou distúrbios digestivos e desejos de morrer, assim como, idéias de suicídio.
Durma bem Horários, ambiente, atividades, alimentação: especialista diz o que fazer para garantir uma boa noite de sono Insônia, dificuldades em iniciar o sono, interrupção e despertar durante a noite. Quem enfrenta madrugadas assim sabe bem das conseqüências no dia seguinte.
A explicação para a indisposição, mau humor ou mesmo problemas mais sérios de saúde, é certa: é que o sono renova as células e as noites insones têm efeito contrário.
O sono tem uma função bem definida. "Dormir bem recupera no organismo o bem-estar, as funções cognitivas, o sistema hormonal e imunológico, entre outros", diz o neurologista Luciano Ribeiro Pinto, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo.
De acordo com o neurologista, estresse, ansiedade, depressão, problemas financeiros, familiares ou profissionais estão diretamente relacionados à qualidade do sono.
Segundo Geraldo Vieira Rizzo, neurologista especializado em Medicina do Sono, não existe um tempo obrigatório para adormecer, pois a necessidade é individual. "Existem pessoas que necessitam de mais horas de sono do que outras. Entretanto, a média da população em geral é de 6 a 8 horas de sono para que conservem suas energias", afirma.
Confira, abaixo, as sugestões de Rizzo que podem garantir uma boa noite de sono. Com disciplina, você vai sentir os resultados.
1. Mantenha horários regulares para deitar e levantar.
2. Deixe as preocupações longe da cama.
3. Evite bebidas alcóolicas.
4. Evite remédios para dormir sem ter uma prescrição (receita médica).
5. Evite exercícios físicos em horários próximos ao de deitar.
6. Evite dormir com fome ou sede.
7. Procure um ambiente para dormir sem luminosidade, ruído ou temperaturas desagradáveis. 8. Use a cama apenas para sono e sexo (não leia, estude, coma e etc.).
9. Evite fumar.
10. Vá para cama com sono e saia da cama se estiver sem sono.
11. À noite, faça refeições leves.
12. Evite bebidas que contenham cafeína (café, refrigerantes, chá preto, chimarrão, achocolatados) após as 15 horas.
Reduza o colesterol Problema silencioso, o mau colesterol contribui para o surgimento de diversas doenças, principalmente do coração.
Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, 21,6% dos brasileiros têm taxas elevadas de colesterol. Ou seja, um em cada cinco brasileiros possui taxas acima de 200 mg/dl, nível considerado perigoso pelas entidades internacionais de saúde. Os índices normais de LDL, tanto para homens quanto para mulheres, variam de 50% a 190%. As taxas servem como um alerta. " Quando a taxa está muito alta, as doenças mais comuns são a aterosclerose, doenças cardíacas e derrame cerebral", diz o cardiologista Artur Lemos, especialista em medicina ortomolecular do Rio de Janeiro .
Em termos técnicos, colesterol é um tipo de gordura do sangue presente nas células do organismo.
Ele é o responsável pela produção de muitas substâncias que fazem parte do nosso corpo, incluindo alguns hormônios e ácidos biliares. Hormônios sexuais masculinos e femininos, a testosterona e o estrogênio respectivamente, se devem à existência do colesterol. Como o colesterol é uma gordura e as gorduras não se misturam com líquidos, o colesterol não se dissolve no sangue. Assim, é importante saber que o colesterol se divide em dois tipos: colesterol HDL, ou bom colesterol; e colesterol LDL, ou mau colesterol.
Cada um tem funções específicas no organismo. "Existe essa divisão entre bom e mau porque o colesterol bom tem a vantagem de ir direto para o fígado. Dessa forma, sofre uma queima que destrói as substâncias gordurosas. Já o colesterol LDL, ou mau colesterol, fica circulando pelas artérias, formando placas de gorduras que impedem a circulação sanguínea", ensina Artur Lemos . Todas as pessoas apresentam colesterol, por isso o importante é saber a taxa correta. Para isso, é preciso fazer exames específicos.
" Às vezes a pessoa produz colesterol em demasia. Quando começa a sobrar, geralmente é por falha genética", afirma o cardiologista.
Até que os sintomas comecem a aparecer leva tempo. "O mau colesterol leva uns 20 a 30 anos para se formar no corpo. Você só vai saber que tem quando estiver doente, ou se por acaso fizer um teste de esforço. Por isso é importante fazer investigações periódicas para saber como está sua saúde", indica. É bom saber que nem sempre pacientes com níveis elevados de mau colesterol no sangue precisam submeter-se indefinidamente aos medicamentos para evitar as complicações. Isso porque o aumento da gordura no sangue em geral está relacionado ao estilo de vida pouco saudável das pessoas.
O tabagismo, o estresse, o consumo de gordura, de carnes vermelhas e de frituras são fatores agravantes. Seguir uma dieta mais saudável é imprescindível para manter as taxas em níveis aceitáveis. Por isso, os médicos recomendam aumentar a quantidade de frutas, verduras e legumes, fazer exercícios e perder peso. De preferência com acompanhamento de especialista. Você já fez alguém feliz hoje? As pessoas estão se esquecendo do quanto é gostoso sair só para se divertir, conhecer gente, trocar afetos e fazer amizades Por Roberto Shinyashiki* Sentir é mais importante do que todas as análises.
Na Índia, os mestres dizem que a estrada mais longa que existe é a que vai do cérebro ao coração. Somente a sabedoria pode fazer as pessoas descerem do pedestal de super-homem para ser gente de verdade.
A vaidade transforma-se em simplicidade. Ao dar espaço para seus sentimentos, progressivamente, seu hábito de julgar as pessoas é substituído por uma capacidade de experimentar as próprias sensações e as dos outros. Sua bondade faz com que as interpretações habituais dêem lugar à compreensão. Então, começa a maior de todas as aventuras.
Os heróis de verdade abrem as portas de seus sentimentos e permitem aos outros descobrirem sua fragilidade. Quando ele aprende a abrir seu coração, a falar de suas feridas e a ter humildade para assumir seus sentimentos, pode receber o carinho que lhe faltou na infância.
As feridas da alma nunca são curadas com sexo, comida ou poder, e sim com carinho, atenção, paz.
Quando você se permite pedir ajuda a alguém, está a caminho da felicidade. Ao perguntar ao filho como pode viver melhor, ao ouvir e valorizar a voz da pessoa amada, então, começa a ser feliz.
A bondade é fundamental para a felicidade.
A generosidade é fruto da capacidade de sermos ricos de espírito.
O indivíduo mesquinho é o ser mais pobre que existe, pois cobra até os centavos da vida. Mesmo quando, dominado por seu coração, tem um gesto generoso, no momento seguinte é dominado por sua mesquinhez e cobra o que fez.
Sua vida é uma infindável conta bancária, com créditos e débitos.
O bondoso, ao contrário, tem sabedoria para saber que existem atos que precisam ser perdoados, principalmente as dívidas do coração. Não perca a oportunidade de ser bondoso consigo mesmo. Não perca também a chance de ser bom com os outros. Muitas vezes, as pessoas não se dão conta das oportunidades que têm de dar amor. Esperam a ocasião de criticar os outros, mas não têm nenhuma expectativa de dar amor e dizer coisas boas a respeito deles. É importante que não desperdicemos as oportunidades para mostrar o quanto somos ricos espiritualmente e quanto amor temos no coração.
É importante deixar que as pessoas percebam a riqueza de nosso interior.
A rosa não escolhe para quem vai exalar seu perfume.
Não seja simpático só com seu chefe, pai, filho, esposa, marido, amigo. Seja generoso com todas as pessoas! Generosidade não é apenas dar presentes. Seja generoso pedindo desculpas, elogiando, dando carinho, importando-se com as pessoas. Você faria algo diferente se descobrisse que hoje é seu último dia de vida? O quê? Pediria desculpas para alguém? Declararia seu amor? Agradeceria a alguém? Faria uma dessas coisas? Então, o que você está esperando para fazer isso já? Está esperando descobrir que hoje é seu último dia de vida? Não perca essa oportunidade, transforme-se agora.
Há pessoas que têm a mania de olhar para os outros e ver um talão de cheques (com fundos, é claro). Estão mais interessadas em saber como o outro poderá ajudá-las a atingir suas metas, principalmente as materiais, do que em tornar-se amigas do ser humano que está à sua frente. No mundo dos negócios, é comum as pessoas se relacionarem visando a interesses, mesmo quando estão em eventos especiais. Mas na vida pessoal não precisa nem deve ser assim. As pessoas estão se esquecendo do quanto é gostoso sair só para se divertir, conhecer gente, trocar afetos e fazer amizades. Estamos nos esquecendo de ajudar os outros é de pedir ajuda também, por que não? É importante que redescubramos o prazer de tornar as pessoas felizes. Muitas pessoas vivem à espera de uma oportunidade para criticar, prejudicar, menosprezar o outro, mas perdem muitas ocasiões de ser boas.
Quando era criança, eu gostava de acompanhar meu pai quando ele ia fechar suas farmácias aos domingos, na hora do almoço. Ele sempre andava com um maço de notas no bolso. E, em silêncio, quase escondido, aproximava-se de cada funcionário e dava-lhe uma dessas notas. Essa atitude chamava minha atenção e certo dia perguntei: ”Pai, por que você dá dinheiro todos os domingos para o pessoal que trabalha nas farmácias? Você já não paga os salários deles? Meu pai respondeu: ”Filho, as pessoas que trabalham para a gente recebem o salário no final do mês e o entregam para seus pais. Quando chega o domingo, elas querem ir ao cinema ou ao circo, mas não têm dinheiro. Eu sei o quanto é triste você querer ir ao cinema e não ter dinheiro. Pelo menos quem trabalha para nós precisa ter dinheiro para ir ao cinema no domingo à tarde! É muito bonito quando a gente sente prazer em proporcionar felicidade aos outros. Quando o sucesso implica sucesso para os outros, todos ficam felizes com seu êxito. Mas, quando o seu sucesso significa derrota para os demais, estes sentirão inveja de você. É muito triste não ter um amigo para comemorar as vitórias.
Há pessoas que dizem que o ruim do sucesso é a inveja.
Mas isso só acontece quando o sucesso significa ganho para uns e perda para outros.
Quando o sucesso significa ganho para todos, as vitórias ficam muito mais saborosas. Roberto Shinyashiki é psiquiatra, conferencista e escritor, autor de 11 livros entre eles "O Sucesso é ser feliz" e "Heróis de Verdade".
Não corra Desacelerar o passo, cuidar da alimentação e relaxar. Especialistas dão dicas de sobrevivência em dias de estresse
Dar expediente em mais de um endereço, não ter trabalho, decidir sobre a educação dos filhos e o futuro da família, pouco lazer e muito desgaste. Para quem vive nessa corda bamba cotidiana, especialistas alertam que a correria e a tensão diária são fortes fatores que predispõem a doenças. O remédio é buscar novas formas de enfrentar a rotina. Segundo a terapeuta Wânia Lemos, aderir a tendências mais naturais pode ser um bom primeiro passo para uma rotina menos desgastante. "A medicina moderna prega formas de combater os males provenientes do estresse. Se aliamos a isso os recursos da terapia natural, como a cromoterapia, os florais de Bach e técnicas de relaxamento, as chances de amenizar os problemas aumentam", diz. Regra número um, portanto, atenção ao corpo. "Há pacientes que não estão sob transtorno psiquiátrico, mas reclamam do excesso das tarefas diárias e pedem, sem uma avaliação mais rigorosa, a prescrição de remédios. Sempre recomendo que, antes, procurem aliviar a tensão muscular e afirmar a auto-estima.
A energização mental por meio das cores é uma boa forma de terapia, por exemplo", afirma Wânia, que lembra, também, a importância de se aliar à terapia uma alimentação correta. "Fazemos um trabalho conjugado com um médico a fim de obter uma dieta desintoxicante", garante.
Entenda-se por alimentação desintoxicante, aquela em que estão incluídos cuidados que vão além dos alimentos. "O nível de intoxicação é crescente pelo que a gente respira, ouve, vê, sente. Nossos cinco sentidos sofrem alterações.
Ar poluído e alimentação industrial ou movida pelos chamados fast-foods são os maiores responsáveis por esses transtornos.
Precisamos de um banho interno diário para não sobrecarregar e prejudicar nossos órgãos excretores", afirma Conceição Trucom, autora do livro O Poder da Cura do Limão ( ed. Alaúde). A alimentação voltada à desintoxicação está à mão.
"Enquanto estiver em jejum, ao despertar, o paciente deve ingerir bastante líquido, principalmente água. Beber suco de maçã, cenoura e limão. Ou laranja, couve e limão, na centrífuga. Sempre tomar um copo de suco de frutas e folhas com limão, um ingrediente básico para a desintoxicação do organismo", ensina.
Quanto maior o nível de estresse, maiores são os venenos a serem excluídos, garante a especialista. Segundo ela, em uma semana os resultados começam a aparecer. Outra regra básica para aliviar o estresse e a ansiedade, é desacelerar o passo. "O que o ser humano precisa aprender é amar a si mesmo. Relaxar mais e tentar não acumular tarefas que ele não seja capaz de cumprir", conclui Wânia Lemos.
RESPIRAÇÃO ABDOMINAL PROFUNDA, exercício anti-estresse sugerido por Wânia Lemos: Deite-se de costas, com os joelhos dobrados e puxados para cima.Mantenha os pés ligeiramente separados. Procure inspirar e expirar pelo nariz. Inspire profundamente. Ao inspirar, deixe que o estomago relaxe de modo que o ar flua para o abdome. Deixe seu estomago inflar-se enquanto você estiver inspirando. Visualize seus pulmões enchendo-se de ar para que seu peito estufe. Imagine que o ar que você respira está enchendo seu corpo de energia. Agora, exale profundamente. Ao expelir o ar, deixe o estomago e o tórax esvaziar-se como balões murchos.Imagine o ar expelindo primeiro do abdome e depois dos pulmões.
1.28.2007
FORMULAÇÕES E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DE MEDICAMENTOS (artigo)
SOBRE FORMULAÇÕES E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DE MEDICAMENTOS
Antonio Celso da Costa Brandão
1-Introdução
O formulador deve abandonar o empirismo, apesar de não deter todas as explicações cientificas que regulam a passagem dos princípios ativos para organismo humano. A partir do conhecimento das propriedades dos princípios ativos, determina-se a escolha da formulação de um novo medicamento.
As primeiras decisões serão definir a melhor via de administração e a forma galênica a ser utilizada, esta escolha vai depender essencialmente da biodisponibilidade do principio ativo e da velocidade da ação desejada, da duração do tratamento, do tipo de doença, da idade do paciente, etc.
Atualmente a farmácia galênica constitui numa ciência de aplicação de conceitos extremamente seguros da física, química e biologia dos diferentes produtos utilizados na preparação de medicamentos.
Sabe-se perfeitamente que um excipiente pode alterar, modificar e até mesmo neutralizar a ação terapêutica de um medicamento, interferindo em seu princípio ativo.
O estudo da forma farmacêutica mais adequada e o melhor meio de conservar os medicamentos, de modo a prolongar o seu período de utilização é o objetivo do formulador, aliados ao bom acondicionamento, conservação, doseamento, dispersão, bem como apresentados sob uma forma que facilite a sua administração.
A evolução da farmácia galênica, obriga de forma inexorável, o desenvolvimento de novos ramos da ciência farmacêutica exigindo dos profissionais a constante atualização curricular, o exemplo disto, está no aparecimento de formulações galênicas como:
a) Preparações farmacêuticas de ação modificada
b) Novos sistemas terapêuticos.
Os componentes da qualidade de um medicamento são muito numerosos.
Ao longo do desenvolvimento de um medicamento novo deve-se fazer um estudo aprofundado sobre a via de administração, a forma galênica, os excipientes, os materiais de acondicionamento, o procedimento de fabricação, controle de qualidade e as condições de conservação estabilidade
Estas escolhas não podem ser feitas sem um conhecimento completo do princípio ativo, que é o ponto de partida para a formulação de um novo medicamento, que deverá, por sua vez, possuir uma atividade terapêutica estável e que já tenha sido objeto de estudo dos químicos, toxicologistas e farmacologistas.
O farmacotécnico deve reunir todas as informações que podem ser úteis, tanto aquelas propriedades físico-químicas quanto a sua ação no organismo.
Propriedades do princípio-ativo que deverão ser bem conhecidas, antes da formulação de um novo medicamento.
2- Critérios de escolha para formulação
Para que o Farmacotécnico determinar a escolha da formulação deve seguir os seguintes critérios:
· Abandonar o empirismo
· Determinar as propriedades do princípio-ativo.
· Pesquisar a melhor via de administração.
· Definir a melhor forma farmacêutica.
· A biodisponibilidade do princípio-ativo
· A velocidade da ação desejada.
· A duração do tratamento.
· Tipo de doença.
· Faixa etária do paciente.
· Aplicação correta dos conceitos de biologia/ química/ física
· Determinar a correta escolha dos excipientes.
· Estabilidade do princípio ativo.
· Estudos definitivos das atividades terapêuticas (toxicológicas, farmacológicas e químicas) do produto a ser formulado.
3-Parâmetros a serem a serem pesquisados:
· Pré -formulação:
Polimorfismo: Fórmulas estáveis, fórmulas solúveis, formulas processáveis.
Compatibilidade: Calor e umidade (cinética e mecanismo de degradação).
Morfologia de cristal (Microscópio ótico).
Pureza do cristal (contaminantes, água de hidratação e cristalização).
Compressibilidade (Partícula plástica ou dilatante e umidade residual de 3 - 5%).
· Formulação:
Elaboração de fórmulas baseadas nos resultados da pré-formulações.
Definição do processo: pré-mistura, pré-compressão, granulação úmida etc.
Sugestão e embalagem conforme resultados da pré-formulação.
Levantamentos de parâmetros físicos e químicos do produto: dureza, desintegração,
friabilidade, dimensões, umidade, dissolução, teor etc.
Ensaios específicos: resposta anti-ácida, perfil de liberação, estabilidade.
Após a concepção do novo medicamento, o formulador deverá elaborar um dossiê técnico que tem por objetivo definir, de forma precisa e indiscutível, as condições de fabricação, controles efetuados e o curso da fabricação. Após o dossiê técnico, o fabricante realizará um lote referência utilizando a escala industrial, este lote servirá de protótipo, com a finalidade de ser utilizado em diferentes experiências , em especial para ensaios clínicos.
Após todos os testes, com os seu respectivos laudos de análise, comprovando a eficácia do novo medicamento, este deverá ser submetido a aprovação das autoridades sanitárias para registro.
Principais características de um dossiê técnico:
1-Nome do produto.
2-Indicações
3-Forma.
4-Apresentação.
5-Embalagem.
5-Lote.
5-Nº de unidades
6-Peso do Lote
7-Validade
8-Descrição da fórmula padrão com os diversos códigos das matérias primas utilizadas,
coluna referente ao peso ou volume por unidade utilizada na
formulação e seu percentual e total de cada matéria prima utilizada.
9-Descrição da composição qualitativa e quantitativa das especialidades
farmacêuticas, controle das matérias primas, controle dos produtos interme-
diários, controle do produto final e ensaio de estabilidade.
11-Descrição do processo (todas as suas etapas).
12-Fluxograma de produção.
13-Análises químicas, fisico-químicas, teores, testes em vivo e em vitro, esta-bilidade.
14-Cuidados especiais de fabricação(uso de máscaras, gorro, luvas, tocas,
óculos, roupas especiais etc.).
15-Visto do controle da qualidade.
Entre as propriedades físicas, o conhecimento da solubilidade em água é essencial porque este vai orientar a escolha da forma de administração e por consequência influenciar na biodisponibilidade. É importante conhecer a solubilidade do princípio ativo na água em diferentes valores de pH e saber como se divide em função do pH em presença de duas fases, uma aquosa e outra oleosa.
As propriedades químicas são essenciais para o estudo da estabilidade, é preciso saber como o princípio ativo resiste as variações de temperatura e umidade e qual a influência que o oxigênio do ar e a luz exercem sobre o mesmo. É também imperioso saber quais são os produtos de degradação após provas de estabilidade do medicamento. Um estudo químico mais completo permitirá prever as incompatibilidades do princípio ativo com os outros constituintes do medicamento e seu comportamento biológico.
Estes estudos sobre o PA no organismo são fornecidos por um farmacologista e completados por um clínico.
Os estudos farmacocinéticos prévios nos dão a medida da sua repartição e sua biotransformação no organismo, bem como a eliminação, por estas atividades terapêuticas devemos nos esforçar em determinar as ligações e mecanismo de ação.
Um elemento essencial é a margem terapêutica ou seja, a faixa ideal pela qual podemos trabalhar em que o PA não seja ineficaz, nem tóxico, com aparecimento de efeitos secundários.
Em resumo é necessário possuir os elementos para saber como o PA pode penetrar no organismo: São os estudos prévios de biodisponibilidade que vão dizer o ideal antes de todo o estudo de formulação seria conhecer o perfil ótimo de biodisponibilidade a realizar.
Uma impregnação prolongada a uma determinada taxa no organismo como controle do nível de concentração no sangue do PA é desejável para temos os elementos indispensáveis para determinação do grau de ação do PA e sua fixação nos tecidos e seu nível tóxico.
A primeira decisão a ser considerada é a via administração e a forma galênica e essa escolha vai depender essencialmente da biodisponibilidade do PA mas também da velocidade de ação desejada, da duração do tratamento, do tipo de doença e da idade do paciente, etc .
Ao fim do período da fabricação de um novo medicamento , devemos produzir um dossiê técnico detalhado onde conterá todos os procedimentos e testes realizados.
Elaboração do dossiê técnico (definindo cursos e condições de fabricação e controle).
Fabricação dos lotes de referência (escala industrial) para ensaios clínicos e testes de estabilidade.
Laudos de análise comprovando a eficácia e qualidade do produto.
Envio dos resultados par fins de registro na vigilância sanitária.
1-Físico-Químicas a serem analisadas:
Características organolépticas: sabor, cheiro, odor etc
Caracteristicas físicas como estabilidade, solubilidade e incompatibilidade em relação a temperatura, umidade, oxigênio.luz e outos fatores que possam vir a alterar a formulação.
Propriedades Orgânicas:
Farmacocinéticas: desintegração, dissolução, biotransformação e eliminação,
Atividade Terapêutica: Ligação/interação, mecanismo,efeitos secundários.
Biodisponibilidade: perfil ótimo.
Fatores que podem afetar a a Biodisponibilidade de um fármaco:
1-Em relação ao individuo:
Idade;
Sexo;
Peso corporal;
Fatores fisiopatológicos associados;
Fatores relacionados à forma farmacêutica (fármaco, excipiente e técnica de fabricação):
Tamanho de partícula;
Forma polimórfica;
Presença de solvato ou hidrato;
Natureza química;
Solubilidade;
Tipo de granulação;
Tempo de mistura ou agitação;
Condições de secagem;
Velocidade de compressão;
Força de compressão;
Instabilidade;
Formas Sólidas.
A produção de medicamentos de formas sólidas apresentam grandes vantagens em relação a outras formas farmacêuticas, estas vantagens são facilmente comprovadas e identificadas, pelo fato do medicamento se manter por maior tempo suas características de preservação
(estabilidade) e liberação do fármaco, excipientes e princípios ativos mantendo as características físico-químicas.
Na produção de sólidos, o processo de compressão é uma etapa posterior ao processo de granulação ou mistura de pós; então se pode dizer que a formulação de comprimidos está diretamente relacionada ao desenvolvimento farmacotécnico do granulado (seleção e concentração dos componentes na fórmula e da tecnologia aplicada para o processo).
Independente dos processos e equipamentos utilizados para se promover uma mistura ou granulação dos pós, o resultado deve ser avaliado quanto à uniformidade do produto final.
Classificação de processos de produção de sólidos:
· Mistura simples - por meio de agentes que permitem a compressão direta;
· Granulação via seca - obtida a partir de pré-compressão ou compactação;
· Granulação via úmida - obtida a partir de solução granulante e secagem.
O granulado precisa adquirir certas características
compressíveis tais como:
· Resistência frente a ações destrutivas. Por exemplo: processo de tamisação ou peneiramento, processos de mistura ou alimentação na compressora;
· Uniformidade no tamanho das partículas, com os seguintes impactos no processo:
- Menor aderência nos punções;
- Menor tendência de capping ou “descabeçamento” do comprimido;
- Menor risco para o operador frente à exposição ao produto.
· Densidade adequada do granulado - importante quando consideramos o enchimento das câmaras de compressão que definem o peso do comprimido;
· Fluidez satisfatória, permitindo a
transferência constante de material durante todo o processo de compressão;
· Compatibilidade com a tecnologia empregada: observa-se na prática que um produto apresenta melhor desempenho em determinado equipamento, necessitando de ajustes (granulometria, por exemplo) quando transferidos para outro equipamento;
· Umidade adequada para agregação das partículas, no cumprimento das especificações físico-químicas.
A compressão é realizada em máquinas circulares, geralmente cabinadas, para cumprir requisitos de qualidade e segurança, e o processo ocorre com auxílio de punções (inferiores e superiores), matrizes, guias e rolos compressores. Equipamentos modernos apresentam a parte funcional (onde ocorre à alimentação do pó/ granulado e compressão) separada da parte mecânica (porção inferior da máquina), permitindo que interferências de manutenção, quando ocorrerem durante o processo de compressão, aconteçam mantendo as condições de boas práticas, com o granulado isolado em compartimento protegido.
A qualificação de mão de obra é um dos itens mais importantes para garantir a boa performance do processo de fabricação de comprimidos; deve estar comprometida e qualificada para limpar, montar, operar e controlar o processo, corrigindo eventuais falhas para garantir a qualidade do produto.
No processo de compressão podemos definir 3 fases:
1. Alimentação;
2. Compressão;
3. Ejeção ou expulsão.
Alimentação
O pó/granulado flui do funil de alimentação e enche a câmara formada pela matriz e pelo punção inferior, denominada de câmara de
compressão.
A partir do ajuste do punção inferior se define o peso do comprimido. A distribuição do granulado é feita através da grade de distribuição, que deve ser ajustada de maneira que seja possível passar um calibre entre ela e o platô (geralmente se aplica 0,15 mm). Este espaço é suficiente para evitar que o pó/ granulado passe e para que não haja atrito entre a grade e o platô. O processo de transferência de pó/ granulado ao funil de alimentação da compressora pode ser realizado:
· Manualmente, com auxílio de conchas.
Este processo depende da atenção e acompanhamento permanente do operador, que observa o nível de granulado no funil para
promover o abastecimento. Para evitar variações é importante definir o nível mínimo de pó/granulado no funil, alimentando-o de forma que o pó/granulado não fique compactado, faz-se a transferência lenta e
circular preenchendo toda a superfície interna do funil. Quando adotado deve existir recursos adequados como escada e plataforma para
aliviar o esforço físico. Devido à dispersão de pó ocasionada, as normas de segurança devem ser bem avaliadas (presença de coifa de
exaustão e máscaras apropriadas para proteção contra pós);
· Por gravidade, com a instalação de recipientes sobre o funil da máquina. Criam um sistema fechado com o mínimo de risco para o operador e para o produto. Exigem que a sala de compressão tenha pé direito adequado para elevação do recipiente com auxílio de empilhadeira ou coluna. É comum a alimentação por meio de mezaninos,
tendo-se que adotar critérios específicos de conferência e transferência do material para o piso superior (evitar erros) e sistema de funil (acoplamentos) que permita a remoção total para limpeza;
· Sistema a vácuo. Exige uso de mangueiras
e filtros dedicados por produto. Criam um sistema fechado com o mínimo de risco para o operador e para o produto. Alguns produtos sofrem separação física (pós e granulados) quando transferidos por vácuo; é importante avaliar o produto antes de adotar este processo.
Compressão
Por meio de rolos compressores, os punções compactam o granulado formando o comprimido. A força de compressão define a
dureza e a espessura do comprimido.
Resultados de desintegração e dissolução de comprimidos também estão associados à força de compressão aplicada nesta fase.
Máquinas compressoras dispõem de dispositivo de pré-compressão (rolete auxiliar no processo de compressão), que realiza o primeiro impacto de formação do comprimido, entretanto com força bastante aliviada, com objetivo de eliminar o ar agregado ao granulado e assim garantir o cumprimento de requisitos das variáveis físicas do comprimido; por exemplo friabilidade. A zona de compressão (porção da matriz em que ocorre a compressão) pode ser alterada por meio do ajuste de penetração dos punções. Tal dispositivo permite o reaproveitamento da matriz e é um dos recursos utilizados na solução de problemas de variáveis físicas do comprimido.
Identificada visualmente por ter apenas uma calha de saída ou duas estações de trabalho, com duas calhas de saída. Estas últimas têm capacidade produtiva, podemos considerar, duplicadas quando comparada à de uma única estação, e os ajustes de processo são
independentes, como se fossem duas máquinas separadas. A qualificação de mão de obra é um dos itens mais importantes para garantir a boa performance do processo de fabricação de comprimidos; deve estar comprometida e qualificada para limpar, montar, operar e controlar o processo, corrigindo eventuais falhas para garantir a qualidade do produto.
Comprimidos devem desintegrar-se totalmente de acordo com o tempo e o meio (água, solução para avaliação de desintegração gástrica ou entérica) especificados no processo.
Ajustados o peso e a dureza do comprimido, avalie seu tempo de desintegração; ajuste a desintegração inicialmente reduzindo a pressão de compressão, sem contudo comprometer as especificações de dureza.
Um comprimido tem de ser: puro, seguro e eficaz.
O cumprimento de normas e instruções descritas nos
Procedimentos Operacionais Padrão, nas Fichas de Fabricação e nos Manuais Técnicos de Análise do Controle da Qualidade, associados à qualificação dos colaboradores envolvidos nestes itens, garantem o teor e a eficácia do produto.
A qualidade do comprimido é resultado do cumprimento de várias
operações que, coordenadas, garantem características adequadas para que o comprimido seja eficaz :
· Químicas (pureza e teor);
· Microbiológicas (pureza);
· Físicas (peso, dureza, friabilidade, desintegração e dissolução).
As características químicas são garantidas a partir de controles que evitam contaminações, garantindo a pureza e a segurança do produto.
As características de qualidade microbiológicas dependem principalmente da aplicação de normas que envolvem a higiene e a
qualificação pessoal, instalações adequadas e utilidades, condições
de armazenamento de matériasprimas
e produtos, e a validação de procedimentos de limpeza e de processo.
Variáveis físicas de comprimidos
· Peso;
· Dureza;
· Friabilidade;
· Espessura;
· Desintegração;
· Dissolução.
As variáveis físicas são: definidas a partir da formulação do
produto e garantem:
· Rigidez suficiente para que o comprimido apresente-se íntegro no acondicionamento e nos processos posteriores, portanto que ele tenha resistência física;
· Que o comprimido desagregue e dissolva o princípio ativo em
tempo e local certos para produzir sua ação terapêutica.
Com exceção do teste de dissolução, as variáveis físicas de peso, dureza, desintegração, friabilidade e espessura são controladas durante o processo de compressão a partir de especificações constantes na documentação de produção. Em tempos regulares, o operador recolhe uma amostra suficiente para realizar os testes, e registra os resultados em formulários denominados de Controle em Processo – Compressão.
Caberá ao operador da máquina realizar ajustes durante o processo,
a fim de que o produto cumpra as especificações físicas. Tais
especificações, encontram-se descritas na documentação do lote
do produto. Circuitos sofisticados que interligam aparelhos de controle à compressora promovem ajustes automáticos de parâmetros e promove ajuste corretivo quando observa desvio de processo.
Classificação dos testes físicos
Testes destrutivos (dureza, friabilidade, desintegração, dissolução): são testes que provocam alteração na forma do comprimido por desgaste, quebra ou desagregação; Testes não destrutivos (peso, diâmetro, espessura): o comprimido mantém sua forma após o teste.
Pesagem:
O peso do comprimido garante ao produto a dose terapêutica e, portanto, a sua eficácia no tratamento. Pesos em desacordo com
as especificações são perigosos, uma vez que geram:
Menor dosagem - o comprimido não produz a ação terapêutica esperada, interferindo no tratamento; Maior dosagem - todo medicamento apresenta efeitos colaterais; a super-dosagem acelera o aparecimento destes efeitos e causam mal estar ao paciente. É caracterizada como intoxicação medicamentosa, e causa muitas vezes complicações sérias no estado geral do paciente.
Para se determinar à massa de comprimido, utiliza-se balanças semi-analíticas, que por serem aparelhos que apresentam mecanismos sensíveis, devem ser manuseadas com certos cuidados:
· não se deve pesar comprimidos diretamente no prato da balança, use papel ou recipiente adequado; sempre fazendo a tara antes de realizar a pesagem;
· instalar a balança em local seguro, que apresente pouca vibração (geralmente os balcões em que se instalam as balanças apresentam dispositivos de amortização de vibrações provenientes do chão e parede);
· a balança deve ser mantida limpa, evitando-se o uso de água e reagentes químicos; aconselha-se usar flanela limpa e pincel de cerdas sintéticas macias;
· antes de ligar a balança, confira sua voltagem com a tomada na qual será ligada. Para que a balança funcione adequadamente também é necessário que ela esteja nivelada, que seja calibrada periodicamente e que esteja sempre limpa.
Dureza
Dureza é um teste que determina a resistência mecânica do comprimido ao esmagamento.
O aparelho para medir a dureza é denominado de durômetro. Este aparelho submete o comprimido a uma pressão diametral até o ponto de quebrá-lo. A força para quebrar o comprimido/núcleo é convertida em: unidade strong cobb (USC), Newton (N) ou quilograma força (Kgf) e é registrada no mostrador do aparelho.
A dureza em comprimido é importante, pois garante a integridade física do comprimido, permitindo que ele suporte os choques mecânicos nos processos de revestimento, drageamento, envelopamento, emblistagem, embalagem e transporte.
Os limites de dureza são especificados de acordo com o diâmetro e o peso do comprimido, e se referem à resistência mínima para que seja retirado da embalagem (strip ou blíster) sem se quebrar, garantindo o aspecto e a dosagem do comprimido.
Friabilidade
O teste de friabilidade permite avaliar a resistência dos comprimidos ao atrito
Comprimidos que não desintegram podem ser eliminados da forma como foram ingeridos, não produzindo o efeito esperado.
Dissolução
O teste de dissolução é realizado em laboratório pelo controle de qualidade, no equipamento denominado de
Aparelho de Dissolução. As especificações deste teste estão
descritas na Farmacopéia, que define também a porcentagem mínima de
princípio ativo que cada produto deve apresentar dissolvido num determinado intervalo de tempo. Com base nos resultados obtidos in vitro, se estima a capacidade de um produto sólido liberar seu princípio ativo no organismo, ser absorvido e produzir o efeito terapêutico esperado.
Fatores que interferentes na dissolução dos sólidos orais:
· Formulação;
· Granulação;
· Compressão.
Cápsulas:
As cápsulas são receptáculos obtidos por moldagem, em geral, utilizadas para ingestão de fármacos em doses pré-estabelecidas. O envólucro da cápsula oferece relativa proteção dos agentes externos, facilita a administração e, devido suas alta solubilidade e digestibilidade no organismo, libera rapidamente o farmáco de seu interior.
Há dois tipos de cápsulas:
a) amiláceas: constituídas de amido de trigo e/ou farinha de trigo- foram as primeiras cápsulas a serem introduzidas na terapêutica e estão em desuso atualmente;
b) gelatinosas: constituídas de gelatina. Estas podem, ainda, ser de consistência dura (cápsulas gelatinosas duras), se fabricadas incluindo maiores quantidades de glicerina, sorbitol e polietilenoglicol, apresentam-se de consistência flexível e elástica (cápsulas gelatinosas moles). Estas, ao contrário das cápsulas duras, podem acondicionar soluções oleosas, suspensões e emulsões. Independentemente do tipo de cápsulas, na produção do invólucro de gelatina devem ser adicionados conservantes devido à natureza da sua composição.
O preenchimento das cápsulas gelatinosas duras pode ser manual, com auxílio de pequenos encapsuladores manuais, ou encapsuladores semi-automáticos, ou ainda, com máquinas totalmente automatizadas. Em contra partida o preenchimento das cápsulas moles envolve uma etapa de soldagem de duas metade das unidades, o que é possível com o uso de máquinas próprias para esse fim. Por esse motivo, nas farmácias de manipulação e em pequenos laboratórios são mais comumente empregadas as duras.
Pós:
São formas farmacêuticas provenientes de drogas vegetais ou animais, assim como substâncias químicas submetidas a um grau de divisão suficiente para lhes assegurar homogeneidade e lhes facilitar a extração ou administração dos princípios ativos” (F.Bras.II, ).A pulverização pode ser manual ou com o emprego de equipamentos apropriados.Temos pós simples constituídos por um tipo de substância e os pós compostos resultantes da mistura de dois ou mais pós simples, todos com a mesma tenuidade, a fim de obter uma mistura homogênea.O grau de divisão exigido para os pós é expresso por um número colocado entre parêntesis após o nome da droga ou fármaco e representa o número do tamis a ser empregado para obtenção da tenuidade desejada. Os pós podem ser acondicionados a granel, em potes bem vedados, ou podem também, ser acondicionados sub-divididos em doses em saches aluminazados ou em papel impermeável (Forma farmacêutica papéis, empregada na dispensação de pós).
Formas Semi-Sólidas
Remonta aos primórdios da arte de curar no anos de 1500-2000 a.c.(egípicios já usavam gorduras animais como base dermatológicas). Os gregos também faziam uso e já naquela época surgia referência ao malagma (malasso = amolecer), que eram pomadas que amoleciam muito fàcilmente e aos keromas( de keros cêra) que eram pomadas com grande quantidade de ceras.
Galeno que desenvolveu sua atividade no império romano,contribuiu para o desenvolvimento desta forma farmacêutica, propondo uma base formada por: azeite, essências de rosas, cera branca e água, esta preparação vem a ser o precussor dos colds- crems dos nossos dias.
Pode-se dizer que o conceito de pomada se mantém sem qualquer alteração, a renovação das idéias veio com o aparecimento acidental de novos excipientes como: gel de amido com glicerina, a parafina,o ácido esteárico ,a eucina, óleos hidrogenados e sulfonados,os tensioativos e a lanolina. Nos dias de hoje a variedade dos excipientes que se podem utilizar na preparação das pomadas e considerando a finalidade terapêutica do seu emprego, as pomadas são classificadas pela relação dos seus excipientes e o tipo de ação pretendida. desta forma o poder de penetração exerce uma relação direta com a ação terapêutica :
· Pomadas epidérmicas - fraco ou nehum poder de penetração
· Pomadas endodérmicas -penetram na epiderme, atuando nas camadas tissulares mais profundas, sem contudo que a penetração do fármacos atinjam a corrente sanguínea.
· pomadas diadérmicas - penetram tão profundamente que são capazes de atingirem a corrente sanguínea
Com relação a consistências, as pomadas classificam-se nos seguintes grupos:
1- Pomadas propriamente ditas:
São untosas e preparadas com excipientes gordurosos ou com o polietilenoglicol (PEG)
2-Cremes:
São preparações semi-sólidas com agentes emulsivos do tipo óleo/água ou água/óle0.
3-Ceratos:
São preparações semi-sólidas com excipientes em elevado percentual de ceras.
4-Unguentos
São preparações semi-sólidas que contém resinas.
5-pastas dérmicas:
São preparações semi-sólidas em que uma das fases apresenta-se sob a forma de pó muito fino.
Pomadas:
As pomadas são preparações de consistência semi-sólidas destinadas a serem aplicadas sobre a pele ou sobre certas mucosas, afim de exercer uma ação local ou de realizar a penetração percutânea de princípios ativos, apresentam aspecto homogêneo, são constituídas por excipientes (simples ou composto), nos quais são dispersos um ou mais princípios ativos. Os excipientes das pomadas podem ser de origem natural ou sintética, a pomada pode ser constituída de uma ou mais fases, de acordo com a natureza do excipiente, a preparação pode apresentar propriedades hidrófilas ou hidrófobas. As preparações podem apresentar aditivos apropriados como: agentes antimicrobianos, anti-oxidantes, estabililizantes, emulsificantes ou espessantes.
Pomadas propriamente ditas: consistem em um excipiente, com uma única fase onde são dispersas as substâncias líquidas ou sólidas.
Pomadas hidrófobas(lipófilas): não absorvem, normalmente, pequenas quantidades de água. As substâncias mais comuns empregadas na formulação das pomadas p.p.d são: vaselina, parafina líquida, óleos vegetais ou animais, os glicerídeos sintéticos, as ceras ......
Pomadas absorventes de água; são aquelas que absorvem quantidades importantes de água, as substâncias utilizadas são as mesmas da p.p.d (hidrófobas), acrescidas de emulsificantes tipo água no óleo, como álcoois graxos, ésteres, monoglicerídeos etc..
Pomadas hidrófilas: são as preparações em que os excipientes são miscíveis na água. São constituídas, habitualmente, de misturas de polietilenoglicois(PEG), eles retém quantidades apropriadas de água.
Dicas para formular Pomadas
Pós devem estar reduzidos a sua forma impalpável por trituração em gral
Misturas de dois ou mais cremes podem ser obtidas com ajuda de um saco plástico.
Pomadas podem ser removidas do saco plástico e acondicionadas em tubos, cortando-se uma das pontas do saco plástico e espremendo-se o conteúdo do saco para o tubo, diretamente (facilita a limpeza).
Plastibase T não deve ser aquecida
A técnica da diluição geométrica acelera o processo de mistura de pomadas
Algumas gotas de óleo mineral ou outro solvente adequado pode melhorar a manipulação de fármacos que desenvolvem forças eletrostáticas
Não usar solventes voláteis quando levigar pós, pois o solvente poderá evaporar e carregar cristais do fármaco com ele.
Quando misturar as fases aquosa e oleosa para uma emulsão líquida, aquecer a fase aquosa alguns graus acima da fase oleosa antes da mistura, é muito útil. A fase aquosa tende a esfriar mais rapidamente que a fase oleosa
Quando preparar bases para pomadas, aquecer os componentes com ponto de fusão mais alto primeiramente, seguido da adição dos componentes com menor ponto de fusão, em ordem, até que todos tenham sido adicionados.
O aquecimento pode ser usado para amolecer pomadas antes de serem acondicionadas em potes ou tubo, facilitando o trabalho. Deve ser feito com cuidado para evitar a estratificação dos componentes
Quando colocar pomadas liquefeitas em tubos ou potes, resfriar a pomada até poucos graus acima do ponto de solidificação. Isso minimiza a formação de camadas de pomadas no acondicionamento.
Cremes: são preparações com multi-fases, com uma fase lipófila e uma fase aquosa.
Creme hidrófobo: são preparações em que a fase externa é a fase lipofílica, contém agentes emulsificantes, tipo água no óleo(ésteres de sorbitano, monoglicerídeos etc..)
Creme hidrófilo: é aquele em que a fase externa é a fase aquosa, contém agentes emulsificantes, tipo óleo na água, como sabões de sódio ou trietalonamina, álcoois graxos sulfatados, polisorbatos em combinação, eventualmente, com agentes emulsificantes água no óleo.
Dicas para formular cremes
Bases de cremes sem componentes ativos podem ser amaciadas em microondas, usando-se força mínima e pouco tempo.
Um umectante como glicerina, propilenoglicol, sorbitol 70% ou PEG 300 ou 400, adicionados a um creme, minimizam a evaporação.
Utilize aquecimento brando na preparação de cremes para minimizar a evaporação de água
Óleos voláteis podem ser adicionados somente após o resfriamento da preparação. Se soluções alcoólicas de aromatizantes serão adicionadas, resfriar a preparação abaixo do ponto de ebulição do álcool, em primeiro lugar.
A determinação do tipo de emulsão (O/A ou A/O) poderá ser efetuada, colocando uma gota da emulsão ou creme em uma superfície de água. Se a gota se espalhar, é do tipo O/A. Isso ocorre porque a fase externa da emulsão é miscível com água. Se permanece intacta como uma “bola”, é provavelmente do tipo A/O porque sua fase externa não é miscível com água.
Geralmente, a quantidade de tensoativo requerida para preparar uma boa emulsão está na faixa de 0,5 a 5% do volume total.
Géis:
São constituídos por líquidos gelificados, com ajuda de agentes gelificantes apropriados.
Gel hidrófobo: também chamados de óleo-gel, são os géis em que os excipientes são, habitualmente, constituídos por parafina líquida, adicionada de polietileno, por óleos graxos gelificados, óleo de óxido de silício coloidal ou por sabões de alumínio ou de zinco.
Gel hidrófilo: também chamados de hidrogel, os excipientes, habitualmente, utilizados são água, glicerol, PEG gelificado, com ajuda de gelificantes apropriados, como a goma adragante, amido, derivados da celulose, polímeros carboxivinílicos ou os silicatos de magnésio-alumínio.
Dicas para formular géis:
Pré-misturar alguns agentes geleificantes, como o ácido algínico, com outros pós, às vezes ajuda no processo de dispersão.
Betonita pode ser dispersa facilmente, polvilhando-a em água, permitindo que as partículas hidratem e sedimentem no fundo do béquer. Glicerina ou outro líquido similar pode ser usado para pré-molhar a betonita antes de misturá-la com água. A hidratação completa pode levar horas.
A adição de álcool a alguns géis diminui sua viscosidade e limpidez
Quando usar um propelente para preparar um gel, mantenha o propelente no fundo do recipiente para minimizar a incorporação de ar no produto.
Dissolver todos os agentes no solvente/veículo antes de adicionar o agente geleificante
Resinas de carbômeros são dispersas facilmente quando polvilhadas no vórtex de um líquido em agitação vigorosa.
Remova todo ar incorporado nas dispersões de carbômeros antes de adicionar um agente espessante. Bolhas de ar podem ser removidas deixando-se o produto descansar por 24 horas ou colocando-o em um banho ultra-sônico. Um anti-espumante como silicone pode ser útil
O pH é muito importante para determinar a viscosidade de um gel de carbômero
Géis de gelatina são preparados por dispersão da gelatina em água quente e resfriados em seguida. O procedimento pode ser simplificado pela mistura da gelatina com líquidos orgânicos como álcool etílico ou propilenoglicol, adição de água quente e resfriamento do gel.
Géis de tragacanto são preparados pela adição do pó em água fortemente agitada. Aqui, novamente, etanol, glicerina ou propilenoglicol podem ser usados para pré-molhar o pó. Outros pós podem ser misturados ao tragacanto, enquanto seco, antes da adição de água.
Geralmente, gomas naturais devem hidratar por 24 horas para formar um gel mais homogêneo ou magma.
Pastas:
Pastas são pomadas contendo grande quantidade de sólidos em dispersão. Em geral contém mais de 20% de pós finamente pulverizado na formulação. Apresentam consistência macia e firme, são pouco gordurosas e têm grande poder de absorção de água ou de exsudados.
Dicas para formular as Pastas:
O uso de aquecimento na preparação e manipulação de pastas facilita o trabalho levigar pós insolúveis com uma quantidade de base fundida.
Obtenção de preparações semi-solidas
Em geral, as preparações semi-sólidas são obtidas em duas etapas: inicialmente, são preparadas as bases, conhecidas como excipientes, e numa segunda fase, os fármacos são incorporados. Os excipientes devem ter certas características como não serem irritantes ou sensibilizantes, devem ser neutros em relação ao pH (ou aproximar-se ao pH da pele), compatíveis com os fármacos que lhe serão incorporados, ter plasticidade e liberar, eficientemente, o fármaco na dose especificada.
No desenvolvimento de uma pomada, creme, gel, devem ser considerados
diferentes aspectos, como a natureza do principio ativo que vai atuar nos
diferentes tipos de peles.
A penetração do princípio-ativo, está ligada a diferentes fatores, como:
Natureza química do excipiente;Propriedades físicas e mecânicas; Hidro ou lipofilia; Presença ou não de agentes tensioativos.
Além destes fatores, exerce papel importante no grau de penetração, a
concentração dos excipientes e do principio ativo. A região da aplicação vai orientar o formulador para aspectos fundamentais, que podem interferir na penetração do principio ativo, estes fatores vão, desde a camada de queratina, pelos, grau de hidratação da pele, até o ph de determinadas regiões (vagina, conjuntiva).
Escolha dos excipientes
Um bom excipiente deve ter uma boa consistência, deve ser bem tolerado pela pele ou mucosa, apresentar pouca ou nenhuma incompatibilidade com os outros constituintes da formulação, deve em geral facilitar a penetração do princípio-ativo, deve ser estável, para permitir uma boa conservação.
Excipientes anidros:
a)glicerídeos óleos vegetais- são utilizados em associação com as ceras ou sobre forma de emulsão-óleos hidrogenados- são utilizados em função da sua consistência. Os glicerídeos em geral são bem tolerados pela pele. suas principais características são: miscibilidade, facilitam a penetração do principio ativo, não são muito estáveis, necessitam da adição de anti-oxidante, não são laváveis em água, são oclusivos, favorecem a hidratação da pele.
b) Ceras - o maior destaque deste grupo é a lanolina, dado a sua boa consistência, boa aderência à pele, permitindo a incorporação de soluções aquosas. A lanolina é miscível com a vaselina. Os produtos de fracionamento da lanolina são cada vez mais utilizados. Ao lado da lanolina, são também muito utilizados a cera de carnaúba e o espermacete, que por sua consistência dura, é utilizada quando necessita-se uma pomada de maior consistência, e também com finalidade de retenção de água. As ceras são mais estáveis que os glicerídeos e não são laváveis em água.
c) hidrocarbonetos e silicone - Dos hidrocarbonetos o mais utilizado pela sua consistência e facilidade de envase é a vaselina. A parafina é utilizada por sua consistência , dando forma as pomadas mais fluidas. As principais características dos hidrocarbonetos são: bem tolerado pela pele, inerte quimicamente, compatíveis com a maioria dos excipientes, são obtidos anidro, razão pela qual são utilizados quando o principio ativo é sensível a umidade, não se pode incorporar diretamente os princípios ativos aquosos, é necessário juntar colesterol ou lanolina, o seu poder de penetração é muito fraco, formam um revestimento oclusivo, são perfeitamente estáveis, não são laváveis com água. O domínio da utilização do silicone é muito reduzido, são utilizados nos cremes protéticos, em misturas ou emulsões, por suas propriedades hidrófobas, são estáveis e inertes fisiologicamente. A pomadas a base de silicone são utilizadas como proteção das mãos contra produtos agressivos.
d)Polietileno-Glicóis e Homólogos
São hidrófilos, aderem bem a pele, a consistência conveniente é obtida por mistura de polímeros sólidos e líquidos, em proporções determinadas. a consistência pode ser modificada pela adição água. Ao juntar 5 a 10% de água numa mistura de PEG 4000 e 400, se obtém um excipiente mais cremoso, diminuindo sensivelmente a higroscopicidade da preparação. O poder higroscópico dos PEG é mais fraco que o da glicerina. os PEG não são oclusivos quando associados a outros excipientes anidros, como a vaselina, lanolina e óleos, formam uma mistura homogênea ao microscópio, a não miscibilidade é evidente. a penetração de medicamentos na pele, fica dificultada por causa da sua hidrofilia, são utilizados em ações superficiais, com anti-sépticos ou fungicidas. Os PEG apresentam incompatibilidade com os conservantes fenólicos. São estáveis e laváveis com água. Os PEG e seus homólogos são utilizados em emulsões óleo/água, para ajustar a consistência e para retardar a evaporação da fase aquosa
Excipientes hidratados(hidrogéis): são os excipientes formados por gel aquoso. Distingue-se neste grupo, os géis de produtos minerais: betonite, sílica.... géis de polímero orgânico: alginatos, gelose, pectina, metilcelulose, carboximetilcelulose.....As vantagens dos hidrogéis são muito reduzidas: são bem tolerados e são laváveis. Os inconvenientes: são incompatíveis com grande número de princípios ativos, são instáveis, tem tendência ao ressecamento, a água pode ser parcialmente retida por adição de glicerina. Os géis de substâncias orgânicas,constituem excelentes meios de cultura, deve-se juntar antifúngicos. O seu poder de penetração na pele é praticamente nulo.
Excipientes emulsionados: Por apresentar duas fases, estes excipientes podem ser lipófilos e hidrófilos. Na composição da fase oleosa, encontram-se os glicerídeos, as ceras, os hidrocarbonetos, os ácidos graxos, e os álcoois graxos, na fase aquosa, a água adicionada de poliálcoois como: glicerina, dietilenoglicol, propilenoglicol, PEG. Os emulsionantes tem suas vantagens e inconveniente
Emulsões água no óleo: são em particular os “cold-creams” que tem o seu nome relacionado com a sensação refrescante quando da sua aplicação, como exemplo tem-se a cera cosmética ou “cold-cream” oficinal. Existem numerosas fórmulas de “cold-cream”que contém ceras e óleos, que são utilizados, seja por suas propriedades emolientes e adoçantes, seja como excipientes para diversos princípios-ativos. A lanolina hidratada é um exemplo de base emulsionada, tipo água no óleo, para pomadas. Estes excipientes emulsionados água no óleo, são geralmente bem tolerados, apresentam as incompatibilidades dos seus diversos constituintes. O seu poder penetrante é discutido, podem por vezes, facilitar a penetração de certos princípios-ativos. Deve-se juntar anti-oxidante neste tipo de formulação, não são laváveis com água.
Emulsões óleo/água : são as bases que contem na sua constituição forte proporção de água. Espalham-se bem sobre a pele, evaporam-se sua fase aquosa, afim de evitar este fenômeno, adiciona-se a glicerina, propilenoglicol ou PEG. Apresentam boa tolerância, fraca estabilidade, com rutura da emulsão, devido ao alto percentual de água, sofre desidratação, sendo importante adicionar à formulação: bactericidas, fungicidas e anti-oxidantes. Seu poder penetrante é variável. A presença de sulfactante, molhante e emulsionante, facilitam a penetração na pele.
Dicas para formular loções (tipo emulsão)
Algumas emulsões podem ser feitas em frascos, facilitando a limpeza. Um misturador mecânico pode ser usado para preparar loções elegantes. Uma variedade de misturadores está disponível, alguns com várias lâminas. Homogeneizadores manuais podem ajudar na preparação de emulsões Quanto menor for o tamanho dos glóbulos, mais estável será a emulsão.
Suspensão
São formas farmacêuticas líquidas, constituídas de uma dispersão grosseira, onde a fase dispersa, sólida e insolúvel (fase interna) é distribuída em um líquido (fase externa). Podem receber várias denominações: mistura, gel, loção, magma e suspensão.
Suspensões são formas farmacêuticas de sistema heterogêneo, cuja fase externa ou dispersante é líquida e a fase interna ou dispersa é constituída de substâncias sólidas insolúveis no meio utilizado.
Do ponto de vista galênico, interessa obter suspensões que não depositem rapidamente e que se possam reconstituir com facilidade por agitação. Interessa ainda que a redispersão operada por agitação origine um produto de aspecto homogêneo, em que não se observe a presença de quaisquer aglomerados de partículas.
Os principais aspectos teóricos que devem ser considerados na preparação racional de suspensões, são os seguintes: flutuação das partículas suspensas, velocidade de sedimentação e forma de sedimentação.
Agentes suspensores empregados: derivados da celulose, alginatos, líquidos viscosos, argilas, etc.
As suspensões devem ser agitadas antes do uso.
Dicas para trabalhar com suspensões:
Reduzir pós a partículas muito finas antes de suspende-los. Molhar os pós com um líquido hidrofílico antes de adicioná-los ao veículo quando preparar uma suspensão aquosa
Se os pós são lipófilos, um tensoativo deve ser usado para ajudar na molhabilidade desses pós antes de adicionar um veículo.
Formulações de Metilcelulose são melhor preparadas pela dispersão em cerca de ? a ½ do total do volume de água, seguido da adição do restante da água como água gelada ou gelo pilado.
Muitos polímeros são facilmente dispersos quando agitados com um solvente hidrofílico, como glicerina, antes de adicioná-los a um veículo aquoso.
A dispersão dos polímeros pode ser facilitada, quando são polvilhados sobre água em agitação rápida.
Suspensões deveriam ser dispensadas em frascos de boca larga, para serem retiradas facilmente.
Emulsões
A estabilidade da emulsão é garantida com o uso de agentes emulsificantes, geralmente substâncias tensoativas. As emulsões podem ser pastosas ou líquidas, como as loções, destinadas ao uso externo ou interno, devendo ser sempre agitadas antes do uso.
Devem, ainda, serem adicionados adjuvantes com finalidade anti-oxidante para a fase oleosa, como BHT e BHA. No caso da inclusão de fármacos susceptíveis à oxidação, deve ser verificado o seu coeficiente de partição, tendo em vista a proteção do fármaco na fase em que será incluído.
Caso se distribua em ambas as fases (oleosa e aquosa), deverão ser adicionados estabilizantes solúveis em água e em óleo. Como se trata de sistema disperso, à semelhança das suspensões, o aumento da viscosidade nas preparações líquidas pode melhorar a estabilidade física das emulsões (evitar ou diminuir a separação de fases).
Nas emulsões líquidas de uso oral deverão ser acrescentados adjuvantes com finalidade corretiva para aroma, sabor e cor, se necessário. Quando de uso injetável,as emulsões devem atender às especificações de esterilidade e pirogênio.
Dicas sobre Emulsões:
Dissolver os componentes solúveis em óleo na fase oleosa e os componentes solúveis em água na fase aquosa.
Quando usar gral e pistilo, a trituração rápida é mais efetiva que a trituração pesada, lenta.
Adicionar as fases aquosa e oleosa sob agitação constante
Quando usar aquecimento, a fase aquosa deverá estar um pouco mais aquecida que a fase oleosa.
Xaropes:
São formas farmacêuticas aquosas, contendo cerca de dois terços de seu peso em sacarose ou outros açúcares. Os xaropes apresentam duas vantagens: correção de sabor desagradável do fármaco e conservação do mesmo na forma farmacêutica de administração. Os xaropes podem ser medicinais e/ou edulcorantes.
Formas Líquidas
Dicas e soluções para o formular líquidos
Agitadores magnéticos, misturadores elétricos economizam tempo e ajudam a preparar produtos uniformes
Um “spray” de álcool (etanol para soluções internas) ajuda a “quebrar” a espuma, ou um agente anti-espumante como o silicone pode ser adicionado à preparação
A filtração de um líquido pode ajudar na obtenção de produtos claros, límpidos
Um medidor de pH barato, ajuda na conferência do pH e a prevenção de incompatibilidades relacionadas a esse pH
Remover as barras magnéticas de dentro da vidraria onde o produto está sendo preparado, antes de completar o volume.
Dissolver sais em uma quantidade mínima de água antes de adicioná-lo a um veículo viscoso
Agitar constantemente quando misturar dois líquidos minimiza incompatibilidades devido aos efeitos da concentração.
Quando incorporar um material insolúvel, levigar o pó com uma pequena porção do veículo ou um líquido miscível com o veículo
Agitar gentilmente e não chacoalhar o produto para evitar a formação de espuma
Adicione líquidos de alta viscosidade a líquidos de baixa viscosidade com agitação constante
Sempre esteja atento ao pH e concentração alcoólica dos produtos preparados.
Quando filtrar, esteja atento sobre o que está sendo retido no filtro
Quando trabalhar com hidrocoloides, deixar que hidratem lentamente antes de qualquer incorporação
Quando selecionar um veículo, estudar a concentração do fármaco, solubilidade, pKa, sabor e estabilidade.
Considerações ou estudos sobre o veículo devem incluir pH, aroma e sabor, dulçor, cor, conservantes, viscosidade, compatibilidade e, se indicado, agentes suspensores e emulsificantes.
Quando preparar elixires, dissolver os constituintes solúveis em álcool no álcool e os constituintes solúveis na água, em água. Adicione a solução aquosa à solução alcoólica, com agitação, para manter alta a concentração do álcool, o mais possível.
Talco pode ser usado para remover óleos essenciais em excesso. Isso é obtido pela adição de 1-2 g de talco por 100 ml de solução e filtra-se. Durante a filtração, as primeiras porções do filtrado são devolvidas ao filtro até obtenção de um filtrado límpido (repassar o filtrado).
Sistemas co-solventes, misturas de água, álcool, glicerina e propilenoglicol podem ajudar na clarificação de soluções que são pouco límpidas, devido a insolubilidade em água.
A velocidade de dissolução pode ser aumentada colocando-se o béquer em um banho ultra-sônico
Partículas pequenas dissolvem-se mais rápido que partículas grandes
Agitação aumenta a velocidade de dissolução do fármaco
Geralmente, quanto mais solúvel for o fármaco, mais rápida será a sua velocidade de dissolução
Quando trabalhar com um líquido viscoso, a velocidade de dissolução do fármaco é diminuída
Um aumento na temperatura geralmente permite um aumento na solubilidade e na velocidade de dissolução de um fármaco. Algumas exceções são o Hidróxido de Cálcio e Metilcelulose
A solubilidade de um fármaco não iônico pode ser aumentada ou diminuída pela adição de um eletrólito.
Um alcalóide base ou uma base nitrogenada de peso molecular relativamente alto é geralmente pouco solúvel, a menos que o pH do meio seja diminuído (conversão a sal).
A solubilidade de uma substância ácida pouco solúvel é aumentado quando pH do meio é aumentado (conversão a sal)
A efetividade de um conservante pode estar relacionada ao pH. Por
exemplo: Parabenos são geralmente utilizados na faixa de 4 a 8,
Clorobutanol requer pH menor que 5 e, o Benzoato de sódio é mais efetivo
em pH ao redor de 4.
Referências Bibliográficas
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Teoria e prática na indústria farmacêutica.
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(6) Tomokane, N. K. M. Tecnologia
(7)Técnica Farmacêutica e Farmácia Galênica, L. N. Prista, 4ª ed.
Antonio Celso da Costa Brandão
1-Introdução
O formulador deve abandonar o empirismo, apesar de não deter todas as explicações cientificas que regulam a passagem dos princípios ativos para organismo humano. A partir do conhecimento das propriedades dos princípios ativos, determina-se a escolha da formulação de um novo medicamento.
As primeiras decisões serão definir a melhor via de administração e a forma galênica a ser utilizada, esta escolha vai depender essencialmente da biodisponibilidade do principio ativo e da velocidade da ação desejada, da duração do tratamento, do tipo de doença, da idade do paciente, etc.
Atualmente a farmácia galênica constitui numa ciência de aplicação de conceitos extremamente seguros da física, química e biologia dos diferentes produtos utilizados na preparação de medicamentos.
Sabe-se perfeitamente que um excipiente pode alterar, modificar e até mesmo neutralizar a ação terapêutica de um medicamento, interferindo em seu princípio ativo.
O estudo da forma farmacêutica mais adequada e o melhor meio de conservar os medicamentos, de modo a prolongar o seu período de utilização é o objetivo do formulador, aliados ao bom acondicionamento, conservação, doseamento, dispersão, bem como apresentados sob uma forma que facilite a sua administração.
A evolução da farmácia galênica, obriga de forma inexorável, o desenvolvimento de novos ramos da ciência farmacêutica exigindo dos profissionais a constante atualização curricular, o exemplo disto, está no aparecimento de formulações galênicas como:
a) Preparações farmacêuticas de ação modificada
b) Novos sistemas terapêuticos.
Os componentes da qualidade de um medicamento são muito numerosos.
Ao longo do desenvolvimento de um medicamento novo deve-se fazer um estudo aprofundado sobre a via de administração, a forma galênica, os excipientes, os materiais de acondicionamento, o procedimento de fabricação, controle de qualidade e as condições de conservação estabilidade
Estas escolhas não podem ser feitas sem um conhecimento completo do princípio ativo, que é o ponto de partida para a formulação de um novo medicamento, que deverá, por sua vez, possuir uma atividade terapêutica estável e que já tenha sido objeto de estudo dos químicos, toxicologistas e farmacologistas.
O farmacotécnico deve reunir todas as informações que podem ser úteis, tanto aquelas propriedades físico-químicas quanto a sua ação no organismo.
Propriedades do princípio-ativo que deverão ser bem conhecidas, antes da formulação de um novo medicamento.
2- Critérios de escolha para formulação
Para que o Farmacotécnico determinar a escolha da formulação deve seguir os seguintes critérios:
· Abandonar o empirismo
· Determinar as propriedades do princípio-ativo.
· Pesquisar a melhor via de administração.
· Definir a melhor forma farmacêutica.
· A biodisponibilidade do princípio-ativo
· A velocidade da ação desejada.
· A duração do tratamento.
· Tipo de doença.
· Faixa etária do paciente.
· Aplicação correta dos conceitos de biologia/ química/ física
· Determinar a correta escolha dos excipientes.
· Estabilidade do princípio ativo.
· Estudos definitivos das atividades terapêuticas (toxicológicas, farmacológicas e químicas) do produto a ser formulado.
3-Parâmetros a serem a serem pesquisados:
· Pré -formulação:
Polimorfismo: Fórmulas estáveis, fórmulas solúveis, formulas processáveis.
Compatibilidade: Calor e umidade (cinética e mecanismo de degradação).
Morfologia de cristal (Microscópio ótico).
Pureza do cristal (contaminantes, água de hidratação e cristalização).
Compressibilidade (Partícula plástica ou dilatante e umidade residual de 3 - 5%).
· Formulação:
Elaboração de fórmulas baseadas nos resultados da pré-formulações.
Definição do processo: pré-mistura, pré-compressão, granulação úmida etc.
Sugestão e embalagem conforme resultados da pré-formulação.
Levantamentos de parâmetros físicos e químicos do produto: dureza, desintegração,
friabilidade, dimensões, umidade, dissolução, teor etc.
Ensaios específicos: resposta anti-ácida, perfil de liberação, estabilidade.
Após a concepção do novo medicamento, o formulador deverá elaborar um dossiê técnico que tem por objetivo definir, de forma precisa e indiscutível, as condições de fabricação, controles efetuados e o curso da fabricação. Após o dossiê técnico, o fabricante realizará um lote referência utilizando a escala industrial, este lote servirá de protótipo, com a finalidade de ser utilizado em diferentes experiências , em especial para ensaios clínicos.
Após todos os testes, com os seu respectivos laudos de análise, comprovando a eficácia do novo medicamento, este deverá ser submetido a aprovação das autoridades sanitárias para registro.
Principais características de um dossiê técnico:
1-Nome do produto.
2-Indicações
3-Forma.
4-Apresentação.
5-Embalagem.
5-Lote.
5-Nº de unidades
6-Peso do Lote
7-Validade
8-Descrição da fórmula padrão com os diversos códigos das matérias primas utilizadas,
coluna referente ao peso ou volume por unidade utilizada na
formulação e seu percentual e total de cada matéria prima utilizada.
9-Descrição da composição qualitativa e quantitativa das especialidades
farmacêuticas, controle das matérias primas, controle dos produtos interme-
diários, controle do produto final e ensaio de estabilidade.
11-Descrição do processo (todas as suas etapas).
12-Fluxograma de produção.
13-Análises químicas, fisico-químicas, teores, testes em vivo e em vitro, esta-bilidade.
14-Cuidados especiais de fabricação(uso de máscaras, gorro, luvas, tocas,
óculos, roupas especiais etc.).
15-Visto do controle da qualidade.
Entre as propriedades físicas, o conhecimento da solubilidade em água é essencial porque este vai orientar a escolha da forma de administração e por consequência influenciar na biodisponibilidade. É importante conhecer a solubilidade do princípio ativo na água em diferentes valores de pH e saber como se divide em função do pH em presença de duas fases, uma aquosa e outra oleosa.
As propriedades químicas são essenciais para o estudo da estabilidade, é preciso saber como o princípio ativo resiste as variações de temperatura e umidade e qual a influência que o oxigênio do ar e a luz exercem sobre o mesmo. É também imperioso saber quais são os produtos de degradação após provas de estabilidade do medicamento. Um estudo químico mais completo permitirá prever as incompatibilidades do princípio ativo com os outros constituintes do medicamento e seu comportamento biológico.
Estes estudos sobre o PA no organismo são fornecidos por um farmacologista e completados por um clínico.
Os estudos farmacocinéticos prévios nos dão a medida da sua repartição e sua biotransformação no organismo, bem como a eliminação, por estas atividades terapêuticas devemos nos esforçar em determinar as ligações e mecanismo de ação.
Um elemento essencial é a margem terapêutica ou seja, a faixa ideal pela qual podemos trabalhar em que o PA não seja ineficaz, nem tóxico, com aparecimento de efeitos secundários.
Em resumo é necessário possuir os elementos para saber como o PA pode penetrar no organismo: São os estudos prévios de biodisponibilidade que vão dizer o ideal antes de todo o estudo de formulação seria conhecer o perfil ótimo de biodisponibilidade a realizar.
Uma impregnação prolongada a uma determinada taxa no organismo como controle do nível de concentração no sangue do PA é desejável para temos os elementos indispensáveis para determinação do grau de ação do PA e sua fixação nos tecidos e seu nível tóxico.
A primeira decisão a ser considerada é a via administração e a forma galênica e essa escolha vai depender essencialmente da biodisponibilidade do PA mas também da velocidade de ação desejada, da duração do tratamento, do tipo de doença e da idade do paciente, etc .
Ao fim do período da fabricação de um novo medicamento , devemos produzir um dossiê técnico detalhado onde conterá todos os procedimentos e testes realizados.
Elaboração do dossiê técnico (definindo cursos e condições de fabricação e controle).
Fabricação dos lotes de referência (escala industrial) para ensaios clínicos e testes de estabilidade.
Laudos de análise comprovando a eficácia e qualidade do produto.
Envio dos resultados par fins de registro na vigilância sanitária.
1-Físico-Químicas a serem analisadas:
Características organolépticas: sabor, cheiro, odor etc
Caracteristicas físicas como estabilidade, solubilidade e incompatibilidade em relação a temperatura, umidade, oxigênio.luz e outos fatores que possam vir a alterar a formulação.
Propriedades Orgânicas:
Farmacocinéticas: desintegração, dissolução, biotransformação e eliminação,
Atividade Terapêutica: Ligação/interação, mecanismo,efeitos secundários.
Biodisponibilidade: perfil ótimo.
Fatores que podem afetar a a Biodisponibilidade de um fármaco:
1-Em relação ao individuo:
Idade;
Sexo;
Peso corporal;
Fatores fisiopatológicos associados;
Fatores relacionados à forma farmacêutica (fármaco, excipiente e técnica de fabricação):
Tamanho de partícula;
Forma polimórfica;
Presença de solvato ou hidrato;
Natureza química;
Solubilidade;
Tipo de granulação;
Tempo de mistura ou agitação;
Condições de secagem;
Velocidade de compressão;
Força de compressão;
Instabilidade;
Formas Sólidas.
A produção de medicamentos de formas sólidas apresentam grandes vantagens em relação a outras formas farmacêuticas, estas vantagens são facilmente comprovadas e identificadas, pelo fato do medicamento se manter por maior tempo suas características de preservação
(estabilidade) e liberação do fármaco, excipientes e princípios ativos mantendo as características físico-químicas.
Na produção de sólidos, o processo de compressão é uma etapa posterior ao processo de granulação ou mistura de pós; então se pode dizer que a formulação de comprimidos está diretamente relacionada ao desenvolvimento farmacotécnico do granulado (seleção e concentração dos componentes na fórmula e da tecnologia aplicada para o processo).
Independente dos processos e equipamentos utilizados para se promover uma mistura ou granulação dos pós, o resultado deve ser avaliado quanto à uniformidade do produto final.
Classificação de processos de produção de sólidos:
· Mistura simples - por meio de agentes que permitem a compressão direta;
· Granulação via seca - obtida a partir de pré-compressão ou compactação;
· Granulação via úmida - obtida a partir de solução granulante e secagem.
O granulado precisa adquirir certas características
compressíveis tais como:
· Resistência frente a ações destrutivas. Por exemplo: processo de tamisação ou peneiramento, processos de mistura ou alimentação na compressora;
· Uniformidade no tamanho das partículas, com os seguintes impactos no processo:
- Menor aderência nos punções;
- Menor tendência de capping ou “descabeçamento” do comprimido;
- Menor risco para o operador frente à exposição ao produto.
· Densidade adequada do granulado - importante quando consideramos o enchimento das câmaras de compressão que definem o peso do comprimido;
· Fluidez satisfatória, permitindo a
transferência constante de material durante todo o processo de compressão;
· Compatibilidade com a tecnologia empregada: observa-se na prática que um produto apresenta melhor desempenho em determinado equipamento, necessitando de ajustes (granulometria, por exemplo) quando transferidos para outro equipamento;
· Umidade adequada para agregação das partículas, no cumprimento das especificações físico-químicas.
A compressão é realizada em máquinas circulares, geralmente cabinadas, para cumprir requisitos de qualidade e segurança, e o processo ocorre com auxílio de punções (inferiores e superiores), matrizes, guias e rolos compressores. Equipamentos modernos apresentam a parte funcional (onde ocorre à alimentação do pó/ granulado e compressão) separada da parte mecânica (porção inferior da máquina), permitindo que interferências de manutenção, quando ocorrerem durante o processo de compressão, aconteçam mantendo as condições de boas práticas, com o granulado isolado em compartimento protegido.
A qualificação de mão de obra é um dos itens mais importantes para garantir a boa performance do processo de fabricação de comprimidos; deve estar comprometida e qualificada para limpar, montar, operar e controlar o processo, corrigindo eventuais falhas para garantir a qualidade do produto.
No processo de compressão podemos definir 3 fases:
1. Alimentação;
2. Compressão;
3. Ejeção ou expulsão.
Alimentação
O pó/granulado flui do funil de alimentação e enche a câmara formada pela matriz e pelo punção inferior, denominada de câmara de
compressão.
A partir do ajuste do punção inferior se define o peso do comprimido. A distribuição do granulado é feita através da grade de distribuição, que deve ser ajustada de maneira que seja possível passar um calibre entre ela e o platô (geralmente se aplica 0,15 mm). Este espaço é suficiente para evitar que o pó/ granulado passe e para que não haja atrito entre a grade e o platô. O processo de transferência de pó/ granulado ao funil de alimentação da compressora pode ser realizado:
· Manualmente, com auxílio de conchas.
Este processo depende da atenção e acompanhamento permanente do operador, que observa o nível de granulado no funil para
promover o abastecimento. Para evitar variações é importante definir o nível mínimo de pó/granulado no funil, alimentando-o de forma que o pó/granulado não fique compactado, faz-se a transferência lenta e
circular preenchendo toda a superfície interna do funil. Quando adotado deve existir recursos adequados como escada e plataforma para
aliviar o esforço físico. Devido à dispersão de pó ocasionada, as normas de segurança devem ser bem avaliadas (presença de coifa de
exaustão e máscaras apropriadas para proteção contra pós);
· Por gravidade, com a instalação de recipientes sobre o funil da máquina. Criam um sistema fechado com o mínimo de risco para o operador e para o produto. Exigem que a sala de compressão tenha pé direito adequado para elevação do recipiente com auxílio de empilhadeira ou coluna. É comum a alimentação por meio de mezaninos,
tendo-se que adotar critérios específicos de conferência e transferência do material para o piso superior (evitar erros) e sistema de funil (acoplamentos) que permita a remoção total para limpeza;
· Sistema a vácuo. Exige uso de mangueiras
e filtros dedicados por produto. Criam um sistema fechado com o mínimo de risco para o operador e para o produto. Alguns produtos sofrem separação física (pós e granulados) quando transferidos por vácuo; é importante avaliar o produto antes de adotar este processo.
Compressão
Por meio de rolos compressores, os punções compactam o granulado formando o comprimido. A força de compressão define a
dureza e a espessura do comprimido.
Resultados de desintegração e dissolução de comprimidos também estão associados à força de compressão aplicada nesta fase.
Máquinas compressoras dispõem de dispositivo de pré-compressão (rolete auxiliar no processo de compressão), que realiza o primeiro impacto de formação do comprimido, entretanto com força bastante aliviada, com objetivo de eliminar o ar agregado ao granulado e assim garantir o cumprimento de requisitos das variáveis físicas do comprimido; por exemplo friabilidade. A zona de compressão (porção da matriz em que ocorre a compressão) pode ser alterada por meio do ajuste de penetração dos punções. Tal dispositivo permite o reaproveitamento da matriz e é um dos recursos utilizados na solução de problemas de variáveis físicas do comprimido.
Identificada visualmente por ter apenas uma calha de saída ou duas estações de trabalho, com duas calhas de saída. Estas últimas têm capacidade produtiva, podemos considerar, duplicadas quando comparada à de uma única estação, e os ajustes de processo são
independentes, como se fossem duas máquinas separadas. A qualificação de mão de obra é um dos itens mais importantes para garantir a boa performance do processo de fabricação de comprimidos; deve estar comprometida e qualificada para limpar, montar, operar e controlar o processo, corrigindo eventuais falhas para garantir a qualidade do produto.
Comprimidos devem desintegrar-se totalmente de acordo com o tempo e o meio (água, solução para avaliação de desintegração gástrica ou entérica) especificados no processo.
Ajustados o peso e a dureza do comprimido, avalie seu tempo de desintegração; ajuste a desintegração inicialmente reduzindo a pressão de compressão, sem contudo comprometer as especificações de dureza.
Um comprimido tem de ser: puro, seguro e eficaz.
O cumprimento de normas e instruções descritas nos
Procedimentos Operacionais Padrão, nas Fichas de Fabricação e nos Manuais Técnicos de Análise do Controle da Qualidade, associados à qualificação dos colaboradores envolvidos nestes itens, garantem o teor e a eficácia do produto.
A qualidade do comprimido é resultado do cumprimento de várias
operações que, coordenadas, garantem características adequadas para que o comprimido seja eficaz :
· Químicas (pureza e teor);
· Microbiológicas (pureza);
· Físicas (peso, dureza, friabilidade, desintegração e dissolução).
As características químicas são garantidas a partir de controles que evitam contaminações, garantindo a pureza e a segurança do produto.
As características de qualidade microbiológicas dependem principalmente da aplicação de normas que envolvem a higiene e a
qualificação pessoal, instalações adequadas e utilidades, condições
de armazenamento de matériasprimas
e produtos, e a validação de procedimentos de limpeza e de processo.
Variáveis físicas de comprimidos
· Peso;
· Dureza;
· Friabilidade;
· Espessura;
· Desintegração;
· Dissolução.
As variáveis físicas são: definidas a partir da formulação do
produto e garantem:
· Rigidez suficiente para que o comprimido apresente-se íntegro no acondicionamento e nos processos posteriores, portanto que ele tenha resistência física;
· Que o comprimido desagregue e dissolva o princípio ativo em
tempo e local certos para produzir sua ação terapêutica.
Com exceção do teste de dissolução, as variáveis físicas de peso, dureza, desintegração, friabilidade e espessura são controladas durante o processo de compressão a partir de especificações constantes na documentação de produção. Em tempos regulares, o operador recolhe uma amostra suficiente para realizar os testes, e registra os resultados em formulários denominados de Controle em Processo – Compressão.
Caberá ao operador da máquina realizar ajustes durante o processo,
a fim de que o produto cumpra as especificações físicas. Tais
especificações, encontram-se descritas na documentação do lote
do produto. Circuitos sofisticados que interligam aparelhos de controle à compressora promovem ajustes automáticos de parâmetros e promove ajuste corretivo quando observa desvio de processo.
Classificação dos testes físicos
Testes destrutivos (dureza, friabilidade, desintegração, dissolução): são testes que provocam alteração na forma do comprimido por desgaste, quebra ou desagregação; Testes não destrutivos (peso, diâmetro, espessura): o comprimido mantém sua forma após o teste.
Pesagem:
O peso do comprimido garante ao produto a dose terapêutica e, portanto, a sua eficácia no tratamento. Pesos em desacordo com
as especificações são perigosos, uma vez que geram:
Menor dosagem - o comprimido não produz a ação terapêutica esperada, interferindo no tratamento; Maior dosagem - todo medicamento apresenta efeitos colaterais; a super-dosagem acelera o aparecimento destes efeitos e causam mal estar ao paciente. É caracterizada como intoxicação medicamentosa, e causa muitas vezes complicações sérias no estado geral do paciente.
Para se determinar à massa de comprimido, utiliza-se balanças semi-analíticas, que por serem aparelhos que apresentam mecanismos sensíveis, devem ser manuseadas com certos cuidados:
· não se deve pesar comprimidos diretamente no prato da balança, use papel ou recipiente adequado; sempre fazendo a tara antes de realizar a pesagem;
· instalar a balança em local seguro, que apresente pouca vibração (geralmente os balcões em que se instalam as balanças apresentam dispositivos de amortização de vibrações provenientes do chão e parede);
· a balança deve ser mantida limpa, evitando-se o uso de água e reagentes químicos; aconselha-se usar flanela limpa e pincel de cerdas sintéticas macias;
· antes de ligar a balança, confira sua voltagem com a tomada na qual será ligada. Para que a balança funcione adequadamente também é necessário que ela esteja nivelada, que seja calibrada periodicamente e que esteja sempre limpa.
Dureza
Dureza é um teste que determina a resistência mecânica do comprimido ao esmagamento.
O aparelho para medir a dureza é denominado de durômetro. Este aparelho submete o comprimido a uma pressão diametral até o ponto de quebrá-lo. A força para quebrar o comprimido/núcleo é convertida em: unidade strong cobb (USC), Newton (N) ou quilograma força (Kgf) e é registrada no mostrador do aparelho.
A dureza em comprimido é importante, pois garante a integridade física do comprimido, permitindo que ele suporte os choques mecânicos nos processos de revestimento, drageamento, envelopamento, emblistagem, embalagem e transporte.
Os limites de dureza são especificados de acordo com o diâmetro e o peso do comprimido, e se referem à resistência mínima para que seja retirado da embalagem (strip ou blíster) sem se quebrar, garantindo o aspecto e a dosagem do comprimido.
Friabilidade
O teste de friabilidade permite avaliar a resistência dos comprimidos ao atrito
Comprimidos que não desintegram podem ser eliminados da forma como foram ingeridos, não produzindo o efeito esperado.
Dissolução
O teste de dissolução é realizado em laboratório pelo controle de qualidade, no equipamento denominado de
Aparelho de Dissolução. As especificações deste teste estão
descritas na Farmacopéia, que define também a porcentagem mínima de
princípio ativo que cada produto deve apresentar dissolvido num determinado intervalo de tempo. Com base nos resultados obtidos in vitro, se estima a capacidade de um produto sólido liberar seu princípio ativo no organismo, ser absorvido e produzir o efeito terapêutico esperado.
Fatores que interferentes na dissolução dos sólidos orais:
· Formulação;
· Granulação;
· Compressão.
Cápsulas:
As cápsulas são receptáculos obtidos por moldagem, em geral, utilizadas para ingestão de fármacos em doses pré-estabelecidas. O envólucro da cápsula oferece relativa proteção dos agentes externos, facilita a administração e, devido suas alta solubilidade e digestibilidade no organismo, libera rapidamente o farmáco de seu interior.
Há dois tipos de cápsulas:
a) amiláceas: constituídas de amido de trigo e/ou farinha de trigo- foram as primeiras cápsulas a serem introduzidas na terapêutica e estão em desuso atualmente;
b) gelatinosas: constituídas de gelatina. Estas podem, ainda, ser de consistência dura (cápsulas gelatinosas duras), se fabricadas incluindo maiores quantidades de glicerina, sorbitol e polietilenoglicol, apresentam-se de consistência flexível e elástica (cápsulas gelatinosas moles). Estas, ao contrário das cápsulas duras, podem acondicionar soluções oleosas, suspensões e emulsões. Independentemente do tipo de cápsulas, na produção do invólucro de gelatina devem ser adicionados conservantes devido à natureza da sua composição.
O preenchimento das cápsulas gelatinosas duras pode ser manual, com auxílio de pequenos encapsuladores manuais, ou encapsuladores semi-automáticos, ou ainda, com máquinas totalmente automatizadas. Em contra partida o preenchimento das cápsulas moles envolve uma etapa de soldagem de duas metade das unidades, o que é possível com o uso de máquinas próprias para esse fim. Por esse motivo, nas farmácias de manipulação e em pequenos laboratórios são mais comumente empregadas as duras.
Pós:
São formas farmacêuticas provenientes de drogas vegetais ou animais, assim como substâncias químicas submetidas a um grau de divisão suficiente para lhes assegurar homogeneidade e lhes facilitar a extração ou administração dos princípios ativos” (F.Bras.II, ).A pulverização pode ser manual ou com o emprego de equipamentos apropriados.Temos pós simples constituídos por um tipo de substância e os pós compostos resultantes da mistura de dois ou mais pós simples, todos com a mesma tenuidade, a fim de obter uma mistura homogênea.O grau de divisão exigido para os pós é expresso por um número colocado entre parêntesis após o nome da droga ou fármaco e representa o número do tamis a ser empregado para obtenção da tenuidade desejada. Os pós podem ser acondicionados a granel, em potes bem vedados, ou podem também, ser acondicionados sub-divididos em doses em saches aluminazados ou em papel impermeável (Forma farmacêutica papéis, empregada na dispensação de pós).
Formas Semi-Sólidas
Remonta aos primórdios da arte de curar no anos de 1500-2000 a.c.(egípicios já usavam gorduras animais como base dermatológicas). Os gregos também faziam uso e já naquela época surgia referência ao malagma (malasso = amolecer), que eram pomadas que amoleciam muito fàcilmente e aos keromas( de keros cêra) que eram pomadas com grande quantidade de ceras.
Galeno que desenvolveu sua atividade no império romano,contribuiu para o desenvolvimento desta forma farmacêutica, propondo uma base formada por: azeite, essências de rosas, cera branca e água, esta preparação vem a ser o precussor dos colds- crems dos nossos dias.
Pode-se dizer que o conceito de pomada se mantém sem qualquer alteração, a renovação das idéias veio com o aparecimento acidental de novos excipientes como: gel de amido com glicerina, a parafina,o ácido esteárico ,a eucina, óleos hidrogenados e sulfonados,os tensioativos e a lanolina. Nos dias de hoje a variedade dos excipientes que se podem utilizar na preparação das pomadas e considerando a finalidade terapêutica do seu emprego, as pomadas são classificadas pela relação dos seus excipientes e o tipo de ação pretendida. desta forma o poder de penetração exerce uma relação direta com a ação terapêutica :
· Pomadas epidérmicas - fraco ou nehum poder de penetração
· Pomadas endodérmicas -penetram na epiderme, atuando nas camadas tissulares mais profundas, sem contudo que a penetração do fármacos atinjam a corrente sanguínea.
· pomadas diadérmicas - penetram tão profundamente que são capazes de atingirem a corrente sanguínea
Com relação a consistências, as pomadas classificam-se nos seguintes grupos:
1- Pomadas propriamente ditas:
São untosas e preparadas com excipientes gordurosos ou com o polietilenoglicol (PEG)
2-Cremes:
São preparações semi-sólidas com agentes emulsivos do tipo óleo/água ou água/óle0.
3-Ceratos:
São preparações semi-sólidas com excipientes em elevado percentual de ceras.
4-Unguentos
São preparações semi-sólidas que contém resinas.
5-pastas dérmicas:
São preparações semi-sólidas em que uma das fases apresenta-se sob a forma de pó muito fino.
Pomadas:
As pomadas são preparações de consistência semi-sólidas destinadas a serem aplicadas sobre a pele ou sobre certas mucosas, afim de exercer uma ação local ou de realizar a penetração percutânea de princípios ativos, apresentam aspecto homogêneo, são constituídas por excipientes (simples ou composto), nos quais são dispersos um ou mais princípios ativos. Os excipientes das pomadas podem ser de origem natural ou sintética, a pomada pode ser constituída de uma ou mais fases, de acordo com a natureza do excipiente, a preparação pode apresentar propriedades hidrófilas ou hidrófobas. As preparações podem apresentar aditivos apropriados como: agentes antimicrobianos, anti-oxidantes, estabililizantes, emulsificantes ou espessantes.
Pomadas propriamente ditas: consistem em um excipiente, com uma única fase onde são dispersas as substâncias líquidas ou sólidas.
Pomadas hidrófobas(lipófilas): não absorvem, normalmente, pequenas quantidades de água. As substâncias mais comuns empregadas na formulação das pomadas p.p.d são: vaselina, parafina líquida, óleos vegetais ou animais, os glicerídeos sintéticos, as ceras ......
Pomadas absorventes de água; são aquelas que absorvem quantidades importantes de água, as substâncias utilizadas são as mesmas da p.p.d (hidrófobas), acrescidas de emulsificantes tipo água no óleo, como álcoois graxos, ésteres, monoglicerídeos etc..
Pomadas hidrófilas: são as preparações em que os excipientes são miscíveis na água. São constituídas, habitualmente, de misturas de polietilenoglicois(PEG), eles retém quantidades apropriadas de água.
Dicas para formular Pomadas
Pós devem estar reduzidos a sua forma impalpável por trituração em gral
Misturas de dois ou mais cremes podem ser obtidas com ajuda de um saco plástico.
Pomadas podem ser removidas do saco plástico e acondicionadas em tubos, cortando-se uma das pontas do saco plástico e espremendo-se o conteúdo do saco para o tubo, diretamente (facilita a limpeza).
Plastibase T não deve ser aquecida
A técnica da diluição geométrica acelera o processo de mistura de pomadas
Algumas gotas de óleo mineral ou outro solvente adequado pode melhorar a manipulação de fármacos que desenvolvem forças eletrostáticas
Não usar solventes voláteis quando levigar pós, pois o solvente poderá evaporar e carregar cristais do fármaco com ele.
Quando misturar as fases aquosa e oleosa para uma emulsão líquida, aquecer a fase aquosa alguns graus acima da fase oleosa antes da mistura, é muito útil. A fase aquosa tende a esfriar mais rapidamente que a fase oleosa
Quando preparar bases para pomadas, aquecer os componentes com ponto de fusão mais alto primeiramente, seguido da adição dos componentes com menor ponto de fusão, em ordem, até que todos tenham sido adicionados.
O aquecimento pode ser usado para amolecer pomadas antes de serem acondicionadas em potes ou tubo, facilitando o trabalho. Deve ser feito com cuidado para evitar a estratificação dos componentes
Quando colocar pomadas liquefeitas em tubos ou potes, resfriar a pomada até poucos graus acima do ponto de solidificação. Isso minimiza a formação de camadas de pomadas no acondicionamento.
Cremes: são preparações com multi-fases, com uma fase lipófila e uma fase aquosa.
Creme hidrófobo: são preparações em que a fase externa é a fase lipofílica, contém agentes emulsificantes, tipo água no óleo(ésteres de sorbitano, monoglicerídeos etc..)
Creme hidrófilo: é aquele em que a fase externa é a fase aquosa, contém agentes emulsificantes, tipo óleo na água, como sabões de sódio ou trietalonamina, álcoois graxos sulfatados, polisorbatos em combinação, eventualmente, com agentes emulsificantes água no óleo.
Dicas para formular cremes
Bases de cremes sem componentes ativos podem ser amaciadas em microondas, usando-se força mínima e pouco tempo.
Um umectante como glicerina, propilenoglicol, sorbitol 70% ou PEG 300 ou 400, adicionados a um creme, minimizam a evaporação.
Utilize aquecimento brando na preparação de cremes para minimizar a evaporação de água
Óleos voláteis podem ser adicionados somente após o resfriamento da preparação. Se soluções alcoólicas de aromatizantes serão adicionadas, resfriar a preparação abaixo do ponto de ebulição do álcool, em primeiro lugar.
A determinação do tipo de emulsão (O/A ou A/O) poderá ser efetuada, colocando uma gota da emulsão ou creme em uma superfície de água. Se a gota se espalhar, é do tipo O/A. Isso ocorre porque a fase externa da emulsão é miscível com água. Se permanece intacta como uma “bola”, é provavelmente do tipo A/O porque sua fase externa não é miscível com água.
Geralmente, a quantidade de tensoativo requerida para preparar uma boa emulsão está na faixa de 0,5 a 5% do volume total.
Géis:
São constituídos por líquidos gelificados, com ajuda de agentes gelificantes apropriados.
Gel hidrófobo: também chamados de óleo-gel, são os géis em que os excipientes são, habitualmente, constituídos por parafina líquida, adicionada de polietileno, por óleos graxos gelificados, óleo de óxido de silício coloidal ou por sabões de alumínio ou de zinco.
Gel hidrófilo: também chamados de hidrogel, os excipientes, habitualmente, utilizados são água, glicerol, PEG gelificado, com ajuda de gelificantes apropriados, como a goma adragante, amido, derivados da celulose, polímeros carboxivinílicos ou os silicatos de magnésio-alumínio.
Dicas para formular géis:
Pré-misturar alguns agentes geleificantes, como o ácido algínico, com outros pós, às vezes ajuda no processo de dispersão.
Betonita pode ser dispersa facilmente, polvilhando-a em água, permitindo que as partículas hidratem e sedimentem no fundo do béquer. Glicerina ou outro líquido similar pode ser usado para pré-molhar a betonita antes de misturá-la com água. A hidratação completa pode levar horas.
A adição de álcool a alguns géis diminui sua viscosidade e limpidez
Quando usar um propelente para preparar um gel, mantenha o propelente no fundo do recipiente para minimizar a incorporação de ar no produto.
Dissolver todos os agentes no solvente/veículo antes de adicionar o agente geleificante
Resinas de carbômeros são dispersas facilmente quando polvilhadas no vórtex de um líquido em agitação vigorosa.
Remova todo ar incorporado nas dispersões de carbômeros antes de adicionar um agente espessante. Bolhas de ar podem ser removidas deixando-se o produto descansar por 24 horas ou colocando-o em um banho ultra-sônico. Um anti-espumante como silicone pode ser útil
O pH é muito importante para determinar a viscosidade de um gel de carbômero
Géis de gelatina são preparados por dispersão da gelatina em água quente e resfriados em seguida. O procedimento pode ser simplificado pela mistura da gelatina com líquidos orgânicos como álcool etílico ou propilenoglicol, adição de água quente e resfriamento do gel.
Géis de tragacanto são preparados pela adição do pó em água fortemente agitada. Aqui, novamente, etanol, glicerina ou propilenoglicol podem ser usados para pré-molhar o pó. Outros pós podem ser misturados ao tragacanto, enquanto seco, antes da adição de água.
Geralmente, gomas naturais devem hidratar por 24 horas para formar um gel mais homogêneo ou magma.
Pastas:
Pastas são pomadas contendo grande quantidade de sólidos em dispersão. Em geral contém mais de 20% de pós finamente pulverizado na formulação. Apresentam consistência macia e firme, são pouco gordurosas e têm grande poder de absorção de água ou de exsudados.
Dicas para formular as Pastas:
O uso de aquecimento na preparação e manipulação de pastas facilita o trabalho levigar pós insolúveis com uma quantidade de base fundida.
Obtenção de preparações semi-solidas
Em geral, as preparações semi-sólidas são obtidas em duas etapas: inicialmente, são preparadas as bases, conhecidas como excipientes, e numa segunda fase, os fármacos são incorporados. Os excipientes devem ter certas características como não serem irritantes ou sensibilizantes, devem ser neutros em relação ao pH (ou aproximar-se ao pH da pele), compatíveis com os fármacos que lhe serão incorporados, ter plasticidade e liberar, eficientemente, o fármaco na dose especificada.
No desenvolvimento de uma pomada, creme, gel, devem ser considerados
diferentes aspectos, como a natureza do principio ativo que vai atuar nos
diferentes tipos de peles.
A penetração do princípio-ativo, está ligada a diferentes fatores, como:
Natureza química do excipiente;Propriedades físicas e mecânicas; Hidro ou lipofilia; Presença ou não de agentes tensioativos.
Além destes fatores, exerce papel importante no grau de penetração, a
concentração dos excipientes e do principio ativo. A região da aplicação vai orientar o formulador para aspectos fundamentais, que podem interferir na penetração do principio ativo, estes fatores vão, desde a camada de queratina, pelos, grau de hidratação da pele, até o ph de determinadas regiões (vagina, conjuntiva).
Escolha dos excipientes
Um bom excipiente deve ter uma boa consistência, deve ser bem tolerado pela pele ou mucosa, apresentar pouca ou nenhuma incompatibilidade com os outros constituintes da formulação, deve em geral facilitar a penetração do princípio-ativo, deve ser estável, para permitir uma boa conservação.
Excipientes anidros:
a)glicerídeos óleos vegetais- são utilizados em associação com as ceras ou sobre forma de emulsão-óleos hidrogenados- são utilizados em função da sua consistência. Os glicerídeos em geral são bem tolerados pela pele. suas principais características são: miscibilidade, facilitam a penetração do principio ativo, não são muito estáveis, necessitam da adição de anti-oxidante, não são laváveis em água, são oclusivos, favorecem a hidratação da pele.
b) Ceras - o maior destaque deste grupo é a lanolina, dado a sua boa consistência, boa aderência à pele, permitindo a incorporação de soluções aquosas. A lanolina é miscível com a vaselina. Os produtos de fracionamento da lanolina são cada vez mais utilizados. Ao lado da lanolina, são também muito utilizados a cera de carnaúba e o espermacete, que por sua consistência dura, é utilizada quando necessita-se uma pomada de maior consistência, e também com finalidade de retenção de água. As ceras são mais estáveis que os glicerídeos e não são laváveis em água.
c) hidrocarbonetos e silicone - Dos hidrocarbonetos o mais utilizado pela sua consistência e facilidade de envase é a vaselina. A parafina é utilizada por sua consistência , dando forma as pomadas mais fluidas. As principais características dos hidrocarbonetos são: bem tolerado pela pele, inerte quimicamente, compatíveis com a maioria dos excipientes, são obtidos anidro, razão pela qual são utilizados quando o principio ativo é sensível a umidade, não se pode incorporar diretamente os princípios ativos aquosos, é necessário juntar colesterol ou lanolina, o seu poder de penetração é muito fraco, formam um revestimento oclusivo, são perfeitamente estáveis, não são laváveis com água. O domínio da utilização do silicone é muito reduzido, são utilizados nos cremes protéticos, em misturas ou emulsões, por suas propriedades hidrófobas, são estáveis e inertes fisiologicamente. A pomadas a base de silicone são utilizadas como proteção das mãos contra produtos agressivos.
d)Polietileno-Glicóis e Homólogos
São hidrófilos, aderem bem a pele, a consistência conveniente é obtida por mistura de polímeros sólidos e líquidos, em proporções determinadas. a consistência pode ser modificada pela adição água. Ao juntar 5 a 10% de água numa mistura de PEG 4000 e 400, se obtém um excipiente mais cremoso, diminuindo sensivelmente a higroscopicidade da preparação. O poder higroscópico dos PEG é mais fraco que o da glicerina. os PEG não são oclusivos quando associados a outros excipientes anidros, como a vaselina, lanolina e óleos, formam uma mistura homogênea ao microscópio, a não miscibilidade é evidente. a penetração de medicamentos na pele, fica dificultada por causa da sua hidrofilia, são utilizados em ações superficiais, com anti-sépticos ou fungicidas. Os PEG apresentam incompatibilidade com os conservantes fenólicos. São estáveis e laváveis com água. Os PEG e seus homólogos são utilizados em emulsões óleo/água, para ajustar a consistência e para retardar a evaporação da fase aquosa
Excipientes hidratados(hidrogéis): são os excipientes formados por gel aquoso. Distingue-se neste grupo, os géis de produtos minerais: betonite, sílica.... géis de polímero orgânico: alginatos, gelose, pectina, metilcelulose, carboximetilcelulose.....As vantagens dos hidrogéis são muito reduzidas: são bem tolerados e são laváveis. Os inconvenientes: são incompatíveis com grande número de princípios ativos, são instáveis, tem tendência ao ressecamento, a água pode ser parcialmente retida por adição de glicerina. Os géis de substâncias orgânicas,constituem excelentes meios de cultura, deve-se juntar antifúngicos. O seu poder de penetração na pele é praticamente nulo.
Excipientes emulsionados: Por apresentar duas fases, estes excipientes podem ser lipófilos e hidrófilos. Na composição da fase oleosa, encontram-se os glicerídeos, as ceras, os hidrocarbonetos, os ácidos graxos, e os álcoois graxos, na fase aquosa, a água adicionada de poliálcoois como: glicerina, dietilenoglicol, propilenoglicol, PEG. Os emulsionantes tem suas vantagens e inconveniente
Emulsões água no óleo: são em particular os “cold-creams” que tem o seu nome relacionado com a sensação refrescante quando da sua aplicação, como exemplo tem-se a cera cosmética ou “cold-cream” oficinal. Existem numerosas fórmulas de “cold-cream”que contém ceras e óleos, que são utilizados, seja por suas propriedades emolientes e adoçantes, seja como excipientes para diversos princípios-ativos. A lanolina hidratada é um exemplo de base emulsionada, tipo água no óleo, para pomadas. Estes excipientes emulsionados água no óleo, são geralmente bem tolerados, apresentam as incompatibilidades dos seus diversos constituintes. O seu poder penetrante é discutido, podem por vezes, facilitar a penetração de certos princípios-ativos. Deve-se juntar anti-oxidante neste tipo de formulação, não são laváveis com água.
Emulsões óleo/água : são as bases que contem na sua constituição forte proporção de água. Espalham-se bem sobre a pele, evaporam-se sua fase aquosa, afim de evitar este fenômeno, adiciona-se a glicerina, propilenoglicol ou PEG. Apresentam boa tolerância, fraca estabilidade, com rutura da emulsão, devido ao alto percentual de água, sofre desidratação, sendo importante adicionar à formulação: bactericidas, fungicidas e anti-oxidantes. Seu poder penetrante é variável. A presença de sulfactante, molhante e emulsionante, facilitam a penetração na pele.
Dicas para formular loções (tipo emulsão)
Algumas emulsões podem ser feitas em frascos, facilitando a limpeza. Um misturador mecânico pode ser usado para preparar loções elegantes. Uma variedade de misturadores está disponível, alguns com várias lâminas. Homogeneizadores manuais podem ajudar na preparação de emulsões Quanto menor for o tamanho dos glóbulos, mais estável será a emulsão.
Suspensão
São formas farmacêuticas líquidas, constituídas de uma dispersão grosseira, onde a fase dispersa, sólida e insolúvel (fase interna) é distribuída em um líquido (fase externa). Podem receber várias denominações: mistura, gel, loção, magma e suspensão.
Suspensões são formas farmacêuticas de sistema heterogêneo, cuja fase externa ou dispersante é líquida e a fase interna ou dispersa é constituída de substâncias sólidas insolúveis no meio utilizado.
Do ponto de vista galênico, interessa obter suspensões que não depositem rapidamente e que se possam reconstituir com facilidade por agitação. Interessa ainda que a redispersão operada por agitação origine um produto de aspecto homogêneo, em que não se observe a presença de quaisquer aglomerados de partículas.
Os principais aspectos teóricos que devem ser considerados na preparação racional de suspensões, são os seguintes: flutuação das partículas suspensas, velocidade de sedimentação e forma de sedimentação.
Agentes suspensores empregados: derivados da celulose, alginatos, líquidos viscosos, argilas, etc.
As suspensões devem ser agitadas antes do uso.
Dicas para trabalhar com suspensões:
Reduzir pós a partículas muito finas antes de suspende-los. Molhar os pós com um líquido hidrofílico antes de adicioná-los ao veículo quando preparar uma suspensão aquosa
Se os pós são lipófilos, um tensoativo deve ser usado para ajudar na molhabilidade desses pós antes de adicionar um veículo.
Formulações de Metilcelulose são melhor preparadas pela dispersão em cerca de ? a ½ do total do volume de água, seguido da adição do restante da água como água gelada ou gelo pilado.
Muitos polímeros são facilmente dispersos quando agitados com um solvente hidrofílico, como glicerina, antes de adicioná-los a um veículo aquoso.
A dispersão dos polímeros pode ser facilitada, quando são polvilhados sobre água em agitação rápida.
Suspensões deveriam ser dispensadas em frascos de boca larga, para serem retiradas facilmente.
Emulsões
A estabilidade da emulsão é garantida com o uso de agentes emulsificantes, geralmente substâncias tensoativas. As emulsões podem ser pastosas ou líquidas, como as loções, destinadas ao uso externo ou interno, devendo ser sempre agitadas antes do uso.
Devem, ainda, serem adicionados adjuvantes com finalidade anti-oxidante para a fase oleosa, como BHT e BHA. No caso da inclusão de fármacos susceptíveis à oxidação, deve ser verificado o seu coeficiente de partição, tendo em vista a proteção do fármaco na fase em que será incluído.
Caso se distribua em ambas as fases (oleosa e aquosa), deverão ser adicionados estabilizantes solúveis em água e em óleo. Como se trata de sistema disperso, à semelhança das suspensões, o aumento da viscosidade nas preparações líquidas pode melhorar a estabilidade física das emulsões (evitar ou diminuir a separação de fases).
Nas emulsões líquidas de uso oral deverão ser acrescentados adjuvantes com finalidade corretiva para aroma, sabor e cor, se necessário. Quando de uso injetável,as emulsões devem atender às especificações de esterilidade e pirogênio.
Dicas sobre Emulsões:
Dissolver os componentes solúveis em óleo na fase oleosa e os componentes solúveis em água na fase aquosa.
Quando usar gral e pistilo, a trituração rápida é mais efetiva que a trituração pesada, lenta.
Adicionar as fases aquosa e oleosa sob agitação constante
Quando usar aquecimento, a fase aquosa deverá estar um pouco mais aquecida que a fase oleosa.
Xaropes:
São formas farmacêuticas aquosas, contendo cerca de dois terços de seu peso em sacarose ou outros açúcares. Os xaropes apresentam duas vantagens: correção de sabor desagradável do fármaco e conservação do mesmo na forma farmacêutica de administração. Os xaropes podem ser medicinais e/ou edulcorantes.
Formas Líquidas
Dicas e soluções para o formular líquidos
Agitadores magnéticos, misturadores elétricos economizam tempo e ajudam a preparar produtos uniformes
Um “spray” de álcool (etanol para soluções internas) ajuda a “quebrar” a espuma, ou um agente anti-espumante como o silicone pode ser adicionado à preparação
A filtração de um líquido pode ajudar na obtenção de produtos claros, límpidos
Um medidor de pH barato, ajuda na conferência do pH e a prevenção de incompatibilidades relacionadas a esse pH
Remover as barras magnéticas de dentro da vidraria onde o produto está sendo preparado, antes de completar o volume.
Dissolver sais em uma quantidade mínima de água antes de adicioná-lo a um veículo viscoso
Agitar constantemente quando misturar dois líquidos minimiza incompatibilidades devido aos efeitos da concentração.
Quando incorporar um material insolúvel, levigar o pó com uma pequena porção do veículo ou um líquido miscível com o veículo
Agitar gentilmente e não chacoalhar o produto para evitar a formação de espuma
Adicione líquidos de alta viscosidade a líquidos de baixa viscosidade com agitação constante
Sempre esteja atento ao pH e concentração alcoólica dos produtos preparados.
Quando filtrar, esteja atento sobre o que está sendo retido no filtro
Quando trabalhar com hidrocoloides, deixar que hidratem lentamente antes de qualquer incorporação
Quando selecionar um veículo, estudar a concentração do fármaco, solubilidade, pKa, sabor e estabilidade.
Considerações ou estudos sobre o veículo devem incluir pH, aroma e sabor, dulçor, cor, conservantes, viscosidade, compatibilidade e, se indicado, agentes suspensores e emulsificantes.
Quando preparar elixires, dissolver os constituintes solúveis em álcool no álcool e os constituintes solúveis na água, em água. Adicione a solução aquosa à solução alcoólica, com agitação, para manter alta a concentração do álcool, o mais possível.
Talco pode ser usado para remover óleos essenciais em excesso. Isso é obtido pela adição de 1-2 g de talco por 100 ml de solução e filtra-se. Durante a filtração, as primeiras porções do filtrado são devolvidas ao filtro até obtenção de um filtrado límpido (repassar o filtrado).
Sistemas co-solventes, misturas de água, álcool, glicerina e propilenoglicol podem ajudar na clarificação de soluções que são pouco límpidas, devido a insolubilidade em água.
A velocidade de dissolução pode ser aumentada colocando-se o béquer em um banho ultra-sônico
Partículas pequenas dissolvem-se mais rápido que partículas grandes
Agitação aumenta a velocidade de dissolução do fármaco
Geralmente, quanto mais solúvel for o fármaco, mais rápida será a sua velocidade de dissolução
Quando trabalhar com um líquido viscoso, a velocidade de dissolução do fármaco é diminuída
Um aumento na temperatura geralmente permite um aumento na solubilidade e na velocidade de dissolução de um fármaco. Algumas exceções são o Hidróxido de Cálcio e Metilcelulose
A solubilidade de um fármaco não iônico pode ser aumentada ou diminuída pela adição de um eletrólito.
Um alcalóide base ou uma base nitrogenada de peso molecular relativamente alto é geralmente pouco solúvel, a menos que o pH do meio seja diminuído (conversão a sal).
A solubilidade de uma substância ácida pouco solúvel é aumentado quando pH do meio é aumentado (conversão a sal)
A efetividade de um conservante pode estar relacionada ao pH. Por
exemplo: Parabenos são geralmente utilizados na faixa de 4 a 8,
Clorobutanol requer pH menor que 5 e, o Benzoato de sódio é mais efetivo
em pH ao redor de 4.
Referências Bibliográficas
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Teoria e prática na indústria farmacêutica.
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