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7.01.2008

ANVISA: ACTIVIA E EPIDEMIA DE BACTÉRIAS

ANVISA VETA PROPAGANDA DO DANONE ACTIVIA
28/06/2008
Brasília. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu suspender a propaganda do iogurte Danone Activia. O órgão concluiu que a campanha do produto sugere que o iogurte atua para normalizar o funcionamento intestinal, o que na verdade é função de remédios. Segundo a Anvisa, ao prometer "intestino perfeito" em até 14 dias, o produto pode levar algumas pessoas a retardar o início de um tratamento médico, o que pode agravar o quadro de um eventual paciente. A medida é válida para todas as propagandas do iogurte que sugerem o produto como forma de tratamento para o funcionamento intestinal irregular, que na verdade é uma doença, denominada constipação intestinal. A Anvisa informou que os veículos de comunicação que descumprirem a determinação - publicada no Diário Oficial de ontem - estarão sujeitos às penalidades, que incluem multa entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão. - A propaganda ainda propõe um desafio ao consumidor, informando que, se não resolver os problemas intestinais, a empresa devolve o dinheiro - diz Maria José Delgado Fagundes, gerente de fiscalização de propaganda da Anvisa A Danone disse, em nota, que a decisão trata apenas de uma questão de linguagem publicitária: "A empresa reitera que Activia ajuda a regular o trânsito intestinal".


EPIDEMIA DE BACTÉRIAS ASSUSTA TÉCNICOS DA ANVISA
29/06/2008
Uma epidemia de bactérias de crescimento rápido que atinge hospitais brasileiros já vitimou mais de mil pessoas nos últimos três anos, 76 delas só neste ano, e serviços têm feito um recall de pacientes, para busca de casos ainda desconhecidos. Enquanto isso, quem já se descobriu doente vive um calvário de cirurgias para a retirada de tecidos atingidos ou acamado, sofrendo com cicatrizes e efeitos de um coquetel de medicamentos contra a infecção, que gera feridas de difícil cicatrização e lesões nodulares. Pelo menos duas mortes estão em investigação hoje no Paraná, além de outros 153 casos no País, e o problema preocupa principalmente o Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal, segundo balanço da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo avaliação da Anvisa, 89% das vítimas são pacientes de hospitais privados, que se submeteram principalmente à cirurgias não invasivas, as chamadas videocirurgias, que utilizam câmeras e cânulas que adentram o corpo do paciente por pequenas orifícios na pele. No entanto, também há registros em cirurgias abertas, lipoaspirações, cirurgias oculares e endoscopias, amplamente utilizados na rede privada. As vigilâncias sanitárias vinculam o problema, principalmente, à sujeira de equipamentos utilizados nas cirurgias, mas mesmo após três anos de grande número de casos registrados não há estudos conclusivos. As bactérias, chamadas de Microbactérias de Crescimento Rápido, podem demorar até dois anos para se manifestar. O subsecretário de Vigilância Sanitária do DF, Joaquim Barros, disse desconhecer o assunto. De acordo com a Anvisa, a situação é epidêmica em razão do ineditismo do problema e do seu crescimento, segundo informou o diretor do órgão Claudio Maierovitch. "A definição de epidemia é uma ocorrência acima da média, e neste caso não tínhamos nem histórico". A Anvisa orientou os hospitais que busquem os pacientes que passaram por videocirurgias nos últimos anos. "Este é o mais grave acidente de consumo registrado no País", afirma o promotor Sant' Clair Luiz do Nascimento Júnior, do Ministério Público do Espírito Santo, um dos estados que mais registrou casos.

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