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12.15.2008

Centro de Orientação a Viajantes no Tom Jobim (Aeroporto)

A Vacina contra a Febre amarela é obrigatória em muitos paises

Rio terá Centro de Orientação a Viajantes: cuidados para que a viagem não se torne um problema
Férias: horas de arrumar as malas e esquecer trabalho, prazos e preocupações. Mas os planos de uma viagem inesquecível podem cair por terra caso faltem informações sobre vacinas e cuidados. A partir do início do ano, os moradores do Rio contarão com um Centro de Orientação ao Viajante, que funcionará no Aeroporto Internacional Maestro Antônio Carlos Jobim.

“O brasileiro, quando viaja, pensa em tudo, na roupa que vai levar, nos passeios, mas não se preocupa muito com a saúde. Muitas vezes, corre riscos desnecessários, como o de viajar para um país com risco de sarampo. O brasileiro não se dá conta de que adoecer no exterior, num país que fala outra língua, é um complicador”, explica Cristino Gregis, coordenador de orientação e controle sanitário ao viajante, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O brasileiro que pretende viajar receberá no centro uma cartilha e terá informações não só sobre a exigência de vacinas, mas sobre surtos de doenças e formas de evitar o contágio. “A única vacina exigida internacionalmente é a contra febre amarela. Em alguns países, como a Austrália, o turista só entra se tiver sido vacinado contra a doença. E, para que a vacina tenha efeito, ela tem que ter sido administrada até 10 dias antes da viagem”.

Febre Amarela (Fonte:"boasprataicasfarmaceuticas")
A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda, febril, de natureza viral, encontrada em países da África e Américas Central e do Sul. Caracteriza-se clinicamente por manifestações de insuficiência hepática e renal, que pode levar à morte, em cerca de uma semana. Existem dois tipos de Febre Amarela: a Febre Amarela Urbana (FAU) e a Silvestre (FAS).

Agente etiológico

O agente causal da Febre Amarela é o vírus amarílico, um arbovírus pertencente ao gênero Flavivirus , família Flaviviridae.

Agente transmissor

O mosquito transmissor da febre amarela urbana é o Aedes aegypti , o mesmo transmissor da dengue. Na febre amarela silvestre os mosquitos do gênero Haemagogus são os principais transmissores. No Brasil, desde a década de 1949 não há transmissão urbana. Os casos confirmados são de febre amarela silvestre. Na Febre Amarela Urbana (FAU), o homem é o único reservatório hospedeiro vertebrado com importância epidemiológica. Na Febre Amarela Silvestre (FAS), os primatas não humanos são os principais reservatórios e hospedeiros vertebrados do vírus amarílico, sendo o homem um hospedeiro acidental.

Sintomas

A febre amarela pode causar quadros praticamente inaparentes até formas graves da doença. Os primeiros sintomas tem início súbito e sintomas gerais como febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares, náuseas, vômitos e fotofobia. Após este período a doença pode evoluir para a cura ou para formas mais graves. Nestas, aparece novo acesso febril, icterícia progressiva e fenômenos hemorrágicos (sangramento nasal, bucal, cutâneo, no vômito e nas fezes), queda da pressão arterial e prostração.

Profilaxia

A principal medida de controle é a vacinação. Deve ser feita para todas as pessoas que se desloquem para regiões endêmicas. O reforço deve ser dado a cada 10 anos;

Não há necessidade de isolamento do paciente;

O combate do Aedes aegypti (vide Dengue), através de ações de saneamento básico (controle do lixo) e de educação em saúde (não deixar água parada em vasos de plantas e outros objetos que possam acumular água, tampar o lixo e as caixas de água, cobrir pneus) constituem-se medidas importantes de controle.

Regiõe Endêmicas

Brasil - Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Minas Gerias, Maranhão, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal.

África Tropical - Angola, Benin, Burkina Faso, Camarões, Congo, Gabão, Gâmbia, Ghana, Guiné, Libéria, Nigéria, Serra Leoa e Sudão.

Américas - Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru, Venezuela.

Há ainda vacinas que não são exigidas, mas são recomendadas, como a tríplice viral. A Anvisa alerta que países como Holanda e Estados Unidos têm risco de transmissão de sarampo. “A vacina contra o sarampo tem cerca de 90% de eficácia. Então é indicada a dose de reforço. Isso protege toda a população, porque se uma pessoa com sarampo chega ao país, há grande risco de transmissão”, disse Gregis.

Em locais com risco de dengue e malária, por exemplo, são indicados o uso de repelentes e até mesmo o de roupas que protejam contra picadas de insetos, como mangas compridas, calças e sapatos fechados.

A recomendação é que os turistas busquem o Centro de Orientação entre 60 e 30 dias antes da viagem para que tenham tempo de seguir as recomendações.

ATENÇÃO

As vacinas exigidas, em geral, visam à proteção da população do país. As recomendadas são as que visam a proteção do viajante. Nem sempre as recomendadas e as exigidas são as mesmas: fique atento às duas.

Consulte seu médico antes da viagem se estiver sob tratamento de uma doença crônica, como diabetes, doenças cardíacas ou pulmonares. Caso use medicamentos, obtenha certificado médico especificando o remédio, o princípio ativo e a quantidade em seu poder. Isto é importante para as inspeções alfandegárias.

Os medicamentos contra diabetes podem necessitar de ajuste, em função de alterações de fuso horário.

Viajantes com fatores de risco para trombose venosa profunda devem procurar aconselhamento médico e reservar assentos no corredor ou próximo às saídas para facilitar exercícios.

Pessoas com necessidade de dietas especiais, oxigênio e deficientes físicos, que necessitem de auxílio, devem procurar a companhia aérea com antecedência.

Faça uma revisão dentária antes da viagem. Em alguns países, o tratamento é caro.

Fonte : O Dia / Anvisa / boaspraticasfarmaceuticas

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