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2.07.2009

Estudo revela benefícios de uma dieta rica em hidratos de carbono


Mulheres obesas perderam peso de forma mais consistente
Estudo revela benefícios de um pequeno-almoço rico em hidratos de carbono

Comer um pequeno-almoço rico em hidratos de carbono e proteínas, seguido de uma dieta pobre em carbo-hidratos e calorias ao longo do dia, é uma forma eficaz e sustentável de perder peso, sugere um estudo apresentado na conferência anual da Endocrine Society, trabalho que se baseou no acompanhamento de 84 de mulheres obesas e sedentárias, submetidas a dois tipos de regime: um com pequeno-almoço com mais hidratos de carbono, o outro pobre açúcares complexos.

Uma equipa do Hospital de Clínicas, em Caracas, Venezuela, liderada por Daniela Jakubowicz, trabalhou neste estudo em conjunto com cientistas da Virginia Commonwealth University, em Richmond, EUA. Ambas a dietas testadas tinham baixo índice calórico, mas a composição nutricional era diferente.

As 46 mulheres submetidas à dieta baixa em carbo-hidratos consumiram 1085 calorias por dia, com 17 gramas de hidratos de carbono, 51g de proteínas e 78g de gorduras. O pequeno-almoço era a refeição com menos calorias: 290. As mulheres só podiam consumir sete gramas de carbo-hidratos no pequeno-almoço (pão, fruta, cereais e leite) e 12g de proteínas (carne e ovos) durante a manhã.

Em contraste, as 48 mulheres com o “grande pequeno-almoço” consumiam 1240 calorias por dia. Pobre em gorduras (46g), esta dieta incluía consumos diários de 97g de hidratos de carbono e 93g de proteínas. Ao pequeno-almoço eram consumidas 610 calorias (58g de carbo-hidratos, 47g de proteínas e 22g de gorduras), ao almoço 395 (34g de hidratos de carbono, 28g de proteínas e 13g de gorduras) e ao jantar 235 (5g de carbo-hidratos, 18g de proteínas e 26g de gorduras).

Quatro meses depois do início da dieta, não se registaram diferenças significativas entre os dois grupos: o de baixo índice de hidratos de carbono perdeu uma média de 12,7kg e o outro 10,4kg. Mas, aos oito meses, o primeiro grupo voltou a ganhar peso – média de 8,2kg – enquanto o segundo continuou a perder peso, em média 7,5kg. Ou seja, ao longo do estudo, o primeiro perdeu apenas 4,5 por cento do peso corporal, o segundo reduziu 21 por cento.

E, de acordo com Jakubowicz, as mulheres do “grande pequeno-almoço” relataram que sentiam menos fome, principalmente no período antes do almoço, o que diminuía os desejos por carbo-hidratos. “A maioria dos estudos sobre perda de peso determinou que as dietas com escassez de hidratos de carbono não são um bom método para reduzir o peso. Aumentam o desejo por carbo-hidratos e reduzem o metabolismo. Como resultado, após um curto período de perda de peso, regista-se um regresso rápido à obesidade”, afirmou Jakubowicz num comunicado divulgado durante a conferência da Endocrine Society, que decorreu em São Francisco, EUA.

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