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3.01.2009

COMO ANDA SEU CORAÇÃO QUAIS SÃO OS SINAIS DE ALARME; EXAMES


O ATAQUE DO CORAÇÃO

Sinônimos e Nomes Populares

O termo dos médicos para ataque do coração é Infarto do Miocárdio. Enfarte do miocárdio, doença isquêmica do coração, obstrução das coronárias, crise cardíaca. No nosso meio, o termo mais usado é infarto.

O que é?

O infarto do miocárdio se dá quando o suprimento de sangue a uma parte do músculo cardíaco é reduzido ou cortado totalmente. Isso acontece quando uma artéria coronária está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente.

Com a supressão total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, ele sofre uma injúria irreversível e, parando de funcionar, o que pode levar à morte súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca com conseqüências desde severas limitações da atividade física até a completa recuperação.

O infarto do miocárdio é a causa mais freqüente de morte nos Estados Unidos.

O infarto do miocárdio pode também acontecer em pessoas que têm as artérias coronárias normais. Isso acontece quando as coronárias apresentam um espasmo, contraindo-se violentamente e também produzindo um déficit parcial ou total de oferecimento de sangue ao músculo cardíaco irrigado pelo vaso contraído.

Esse tipo de espasmo também pode acontecer em vasos já comprometidos pela ateroesclerose. Saiba mais lendo sobre ateroesclerose nesse mesmo site.

Angina do Peito

A angina do peito apresenta-se sob duas formas, a estável e a instável.

Tanto a instável como a estável têm manifestações ou sintomas semelhantes aos do infarto do miocárdio. Elas podem evoluir para um infarto do miocárdio quando não tratadas.

A angina do peito estável se diferencia do infarto por algumas das características abaixo:
Duração da dor - geralmente é de mais curta duração, se durar mais do que 15 minutos provavelmente se trata de infarto.
A dor surge com o esforço e passa com a parada, com o repouso.
As manifestações paralelas não costumam ser tão intensas como no infarto.
A dor ou opressão retroesternal passa com o uso de comprimidos sublinguais de nitro derivados. Se a dor não ceder provavelmente se trata de um infarto.

Os sintomas da angina de peito estável variam de pessoa para pessoa, mas, num mesmo indivíduo, costumam ser semelhantes, e num mesmo indivíduo costumam ter os seus fatores desencadeantes bem conhecidos, como fazer força, caminhar no vento frio, subir escadas, atividade sexual, e outras.

Os sintomas da angina de peito instável costumam surgir em repouso ao levantar pela manhã, e são de aparecimento súbito, com dores e desconforto moderado a severo, evoluem rapidamente para um estágio em que há um aumento no desconforto e na dor, tanto na intensidade como severidade.

Alerta!

A angina de peito pode ser considerada uma dor amiga, uma manifestação desagradável, mas que avisa estar acontecendo algo de errado e grave com o coração, fazendo com que a pessoa atingida procure recurso médico antes que a doença se agrave.

Sinais de Alarme

Os mais comuns são:
Pressão e desconforto, dor em aperto no centro do peito que dura mais do que alguns minutos ou que vai e volta.
Dor do centro do peito que irradia para os ombros, queixo, pescoço e braços, mais freqüentemente para o braço esquerdo.
Desconforto no peito com sensação de cabeça leve, sensação de desmaio, suores e falta de ar.

Os menos comuns são:
Dores atípicas, vagas, na boca do estômago, peito ou barriga.
Náusea ou vômitos sem dor no peito.
Respiração curta ou dificuldade de respirar, mesmo sem dor no peito.
Ansiedade inexplicável, fraqueza ou fadiga.
Palpitações, suores frios ou palidez, que às vezes vão e voltam.

Curiosidades

Nos homens a dor pré-cordial é o sintoma mais freqüente, já nas mulheres o cansaço e fadiga extrema são os sintomas mais encontrados.

Nas mulheres é mais freqüente sentir náuseas, dores no epigástrio, ou nas costas, pescoço ou queixo.

Muitas vezes, sintomas outros que não a dor, são sentidos já há muito tempo antes do infarto ocorrer.

A intensidade da dor do infarto varia muito de doente para doente. A dor não necessita ser intensa.

A dor geralmente irradia para o braço esquerdo, mas em 15% dos atingidos irradia para o braço direito.

Muitos sintomas de doença das coronárias são ignorados pelos pacientes e também pelos médicos. Existem infartos silenciosos, que são revelados ao eletrocardiograma ou outros exames por ocasião de exames rotineiros.

Exija do seu médico que investigue a causa de seus sintomas, principalmente se pertencer a um grupo de risco.

A parte do coração que necrosar, morrer, por ocasião de um infarto não é mais viável e não produzirá sintomas como dor. Logo, enquanto o doente sentir dor resta tecido cardíaco viável que pode se recuperar por si ou com tratamentos adequados. Quanto antes esse tecido doente for tratado, maiores as chances de ser recuperado.

Se isso acontecer, se notar uma ou mais de uma das manifestações acima, não espere, vá ou chame imediatamente um serviço de emergência.

50% DAS PESSOAS QUE MORREM DE UM INFARTO O FAZEM NAS PRIMEIRAS HORAS E NÃO CHEGAM A RECEBER ASSISTÊNCIA MÉDICA

Prognóstico do Infarto do Miocárdio

O prognóstico quanto à qualidade de vida e a duração da vida após um infarto do miocárdio depende da gravidade, da extensão do infarto e de outras doenças que acompanham o paciente.

Cerca de 1 milhão e meio de pessoas sofrem um infarto nos Estados Unidos por ano. Nos últimos anos, tem aumentado a incidência de infartos em mulheres, por outro lado a sobrevida tem aumentado devido à mais eficazes meios de tratamento.

A curto prazo, o prognóstico é pior em pessoas idosas, diabéticos, portadores de insuficiência cardíaca e portadores de insuficiência renal.

A causa mais frequente de morte em infartados é o choque que acontece em 7% dos casos. A incidência de choque não tem diminuído nos últimos anos.

O bloqueio aurículo ventricular é frequente e pode ser tratado com marcapassos.

A longo prazo, o prognóstico, tanto para a duração quanto para a qualidade de vida, também dependem da severidade do infarto e das medidas preventivas tomadas.

Não existem testes para prever quando um novo ataque vai ocorrer. Admite-se que até 30% de novos ataques fatais e de cirurgias cardíacas podem ser evitadas com a adoção de um estilo de vida saudável e adesão ao tratamento.

Os médicos sabem que 66% dos pacientes não mudam o seu estilo de vida e não seguem as prescrições e conselhos médicos para evitar um novo infarto.

O Diagnóstico das Doenças de Coronárias

Para o diagnóstico das doenças das coronárias, existem diversos métodos a disposição do médico delimitando o quanto suas coronárias estão doentes. Alguns são feitos em consultório, outros em serviços especializados e outros ainda em hospital.

Anamnese e Exame Clínico

Denomina-se anamnese a história da doença relatada pelo paciente ou familiares. As informações colhidas pelo médico podem sugerir, com maior ou menor certeza, um diagnóstico.

Como segundo passo, o médico realiza o que se denomina o exame clinico. Os achados encontrados nessa avaliação, mais os dados da história da doença, permitem ao médico fazer uma hipótese diagnóstica ou mesmo um diagnóstico.

Para confirmar o diagnóstico, o seu médico pedirá exames complementares, que, no caso de uma doença do coração, são os que se seguem.

O Eletrocardiograma

O eletrocardiograma realizado em repouso é útil para diagnosticar arritmias, aumento de cavidades, distúrbios de condução, manifestações sugestivas de distúrbios de perfusão, de distúrbios metabólicos ou medicamentosos.

Se a história clinica do paciente for sugestiva de doença isquêmica do coração e se o eletrocardiograma de repouso for normal, deve-se prosseguir na investigação.

O Teste de Esforço

É um teste para verificar a tolerância do coração a um esforço. Realiza-se com o paciente pedalando uma bicicleta estacionária ou caminhando sobre uma esteira, enquanto o médico observa ou registra o eletrocardiograma.

Uma outra possibilidade de testar a capacidade do coração é a que se faz administrando-se uma substância radioativa que se fixa no músculo cardíaco.

Se existirem no coração zonas menos irrigadas pelo sangue lá haverá menor fixação do radioisótopo. Por esse teste se pode ver como o coração se move e como o sangue se distribui pelo músculo cardíaco. Pode-se observar com esse teste como o coração se comporta em repouso e ao esforço.

Se a pessoa tiver outras doenças e não for capaz de realizar o teste de esforço físico, poderá ser feito o teste com um medicamento que ative o seu coração e dilate as artérias coronárias. Um eletrocardiograma feito durante o teste fornece as mesmas informações que o teste feito com a esteira ou bicicleta.

Esses testes de esforço ou estresse mostram como o coração está funcionando, mas não mostram o local exato do coração onde se localiza a doença, qual a artéria bloqueada e qual o grau de obstrução.

A fim de esclarecer essa dúvida recorre-se ao cateterismo cardíaco.

O Cateterismo Cardíaco

O cateterismo cardíaco, angiograma ou cinecoronariografia são termos relacionados, ainda que não signifiquem a mesma coisa.

Através da cinecoronariografia podemos analisar as artérias coronárias.

Para a sua realização, um cateter é introduzido através de uma artéria do braço ou perna e é dirigido até o coração onde, pela injeção de um contraste nas cavidades cardíacas, se pode analisar as cavidades e as válvulas cardíacas. Injetando o contraste nos orifícios de abertura das coronárias podemos analisar o seu estado.

O Ecodopplercardiograma

Através desse exame colhem-se informações sobre a anatomia e a função do coração. Para o diagnóstico de doença isquêmica esse exame não tem maior utilidade.

Angiotomografia

Por este método conseguimos estudar os vasos do coração, em três dimensões e se pode obter uma boa informação sobre deficiências circulatórias.

O Que Podemos Esperar desses Testes

Os testes de esforço permitem ao seu médico saber quanto do coração está a perigo ou quanto já foi destruído. Mostra o local e o grau de obstrução de uma artéria e o número de vasos atingidos. Todos esses dados são importantes para que o médico possa fazer um prognóstico baseado na sua experiência. Outro resultado desses exames é o fato de que permitem orientar o tratamento.

Basicamente os tratamentos das doenças de coronárias são de três ordens:
Tratamento médico
Angioplastia
Cirurgia de bypass

Tratamento Médico

O tratamento médico se compõe de medicamentos, medidas dietéticas e medidas sócioigiênicas.

Medicamentos - O seu médico irá decidir qual é o mais indicado para o se caso. Os medicamentos têm efeitos colaterais que podem até agravar uma situação clinica. Existem drogas que são contra-indicadas para algumas pessoas e não para outras e drogas que competem entre si, que têm o seu aproveitamento alterado em função de medicamentos ingeridos para outras doenças. Ouça o seu médico sobre qual medicamento é o mais conveniente para o seu caso.

Recomenda-se tratamento médico para os seguintes casos:

Obstrução de somente uma artéria.
Obstruções menos severas.
Para os pacientes que não tenham crises de angina muito freqüentes.
Para pacientes que foram internados em crise e que responderam bem ao tratamento e repouso realizado durante a internação.

Os medicamentos mais usados são a aspirina, os nitro-derivados e os beta- bloqueadores.

Só use medicamentos sob a orientação de um médico.

Um medicamento mal indicado ou mal usado pode até causar a morte de quem o recebe.

A Angioplastia
Assim como no cateterismo, um cateter é introduzido pela coronária até o local onde está a obstrução. No local estreitado, um pequeno balão é insuflado e a parte estreitada é dilatada. Depois se retira o balão e se avalia se o fluxo do sangue se restabeleceu parcial ou totalmente.

Pode-se também deixar no local da obstrução um stent, que é uma pequena mola de metal que é contraída e introduzida até a parte estreitada. Uma vez colocada no lugar certo a contração da mola é liberada, ela se dilata e junto alarga a zona estreitada da artéria.

Benefícios da angioplastia
Alivio da angina
Permite um aumento da atividade física livre de angina.
Permite o retorno às atividades normais.
Menor consumo de medicamentos.
Menos temor e medo.

Possíveis riscos da angioplastia
Piora da angina
Exigir cirurgia de bypass de urgência. Isso acontece em 2 a 5% dos casos.
Infarto do miocárdio durante o procedimento.
Lesão da artéria.
Reobstrução do vaso que foi dilatado. Acontece em cerca de 40% dos casos nos seis meses que se seguem ao procedimento, exigindo nova angioplastia ou cirurgia.
Morte durante o procedimento.

Cirurgia de Revascularização

A cirurgia de revascularização usa uma veia da perna ou uma artéria do peito para fazer uma união da aorta até um ponto além daquele em que a coronária está obstruída, a fim de permitir uma passagem do sangue.

A angioplastia está indicada para os pacientes com obstruções graves, principalmente as da artéria coronária esquerda principal ou nas obstruções múltiplas. Pode ser uma medida de urgência quando acontecem acidentes durante a angioplastia. Outra indicação da colocação de pontes é a de quando os pacientes não melhoram com o tratamento clínico.

A cirurgia de bypass coronário oferece uma boa oferta de sangue para as regiões anteriormente mal perfundidas.

Benefícios possíveis com a cirurgia de bypass
Prolongar a vida.
Aliviar os sintomas.
Aumentar a atividade física.
Permitir o retorno às atividades prévias.
Reduzir o consumo de medicamentos.
Reduzir o medo e ansiedade.


Riscos possíveis com a cirurgia de bypass
Sangramentos, que podem exigir nova cirurgia.
Infecções.
Acidente vascular cerebral.
Formação de coágulos e embolias.
Falência de órgãos, tais como rins, fígado e pulmões.
Infarto do miocárdio.
Morte.

O que é melhor – Angioplastia ou Cirurgia?

Quem deve decidir isso é o seu médico.NÃO A AUTOMEDICAÇÃO

OS EXAMES PARA CARDIOLOGIA

Existem diversos exames para diagnosticarmos doenças do coração. Quais os exames que um paciente deve realizar é uma decisão que cabe ao médico que se baseará na história clínica e nos achados de exame clínico feitos no paciente. A sua decisão vai se basear também nos fatores de risco detectados e na intensidade dos sintomas e sinais encontrados.

Para sabermos se existe uma doença cardíaca geralmente se começa pelos exames mais simples e vai-se progredindo até os mais complicados, os de maior risco e os mais onerosos. Essa ordem pode ser alterada conforme a gravidade de um determinado caso.

Os testes podem ser invasivos e não invasivos.

São testes invasivos:
Ecografia transesofágica.
Cintilografia.
Cateterismo cardíaco.

São testes não invasivos:
Eletrocardiograma de repouso (ECG)
Radiografia de tórax
Monitorização do ECG por Holter
Ecocardiograma
Teste de esforço
Tomografia do coração e vasos
Ressonância magnética do coração e vasos (RM)
Angiografia digital.

Testes Invasivos
Ecografia transesofágica

É uma ecografia semelhante as não invasoras, em que o aparelho é colocado dentro do esôfago, o que, pela proximidade do coração, permite uma melhor avaliação dos detalhes de algumas válvulas cardíacas. É particularmente útil no diagnóstico de lesões em válvulas causadas pela endocardite.

Cintilografia miocárdica

É um teste em que a captação de um radioisótopo pelo músculo cardíaco é proporcional à sua perfusão. Pode-se fazer o exame em repouso ou sob esforço físico ou farmacológico. Zonas isquêmicas, menos bem perfundidas serão reveladas.

Com o passar do tempo as zonas isquêmicas, com pouco contraste podem ficar iguais às bem perfundidas mostrando ser transitória a isquemia. Diminuição de perfusão que persiste depois de 3 a 4 horas, geralmente indica a existência de zonas de infarto, recente ou antigo.

Algumas doenças infiltrativas do coração, bloqueios de ramo e miocardiopatias dilatadas podem apresentar distúrbios de perfusão persistentes. A cintilografia miocárdica sob esforço tem um índice de acerto de 75 até 90% e um índice de falso-positivo de até 30% (ou seja, de dar positivo quando não é).

A cintilografia miocárdica está indicada para os seguintes casos:
1.
Quando o ECG de repouso ou esforço é difícil de interpretar devido alterações como bloqueio de ramo, baixa voltagem, alterações metabólicas.
2.
Para confirmar ou invalidar o resultado de um ECG de esforço, quando o traçado não concorda com o quadro clínico.
3.
Localizar a zona de isquemia.
4.
Diferenciar uma área de isquemia da de um infarto.
5.
Para confirmar a revascularização depois de uma cirurgia de bypass.
6.
Como um indicador de prognóstico em pacientes com doença coronária conhecida.


Uma das limitações para a realização mais seguida desse exame, em nosso meio, é o seu alto custo.
Cateterismo cardíaco

Através de uma artéria, é introduzido um cateter (sonda) que é dirigido até a aorta e aí nas coronárias, para obtermos a coronariografia ou então cinecoronariografia. Se o cateter ultrapassar a válvula aórtica atingindo o ventrículo esquerdo, injeta-se um contraste para obtermos a angiografia do ventrículo esquerdo. A injeção do contraste radiopaco vai gerar as imagens que podem ser fotografadas ou filmadas ou gravadas em computador.

Quando o contraste é injetado nas coronárias, obtemos imagens que, sendo filmadas, originam a cinecoronariografia, termo muitas vezes usado como sinônimo de cateterismo cardíaco. As imagens assim obtidas permitem ver as artérias coronárias e ver se estão abertas ou obstruídas, parcial ou totalmente.

A coronariografia é o exame mais definitivo para o diagnóstico das doenças desses vasos.

A mortalidade pelo exame é de 0,1 % e a morbidade é de 1 até 5 %, o seu preço é elevado, e por isso é pouco usada como método de diagnóstico de coronariopatias.

A coronariografia está indicada em:
1.Pacientes em estudo para realização de cirurgia de revascularização ou procedimentos de dilatação das coronárias, naqueles pacientes que não responderam bem à terapêutica conservadora com medicamentos.

2.Pacientes em que se considera a possibilidade de intervenções, como no ítem anterior, por apresentarem angina instável, angina pós-infarto ou naqueles em que os testes não invasivos mostram grande probabilidade de doença de alto risco.

3.Também se faz esse exame em pacientes que tem estenose da válvula aórtica e que apresentam manifestações sugestivas de doença isquêmica. Nesses casos é importante poder saber se as manifestações isquêmicas são causadas pelo baixo débito decorrente da estenose ou se os sintomas são provocados pela doença das coronárias. Um outro motivo para realizar a coronariografia é naqueles pacientes que deverão ser submetidos a uma cirurgia cardíaca por outra razão. Se for detectada uma doença isquêmica, se poderá, num mesmo procedimento, corrigir as duas enfermidades.

4.Pacientes que foram submetidos a cirurgia de revascularização nos quais os sintomas isquêmicos retornaram. Usa-se para saber se o bypass ou outros vasos estão obstruídos.

5.Pacientes com insuficiência cardíaca nos quais se suspeita de uma doença cardíaca corrigível pela cirurgia, como aneurisma ventricular, insuficiência mitral ou disfunção isquêmica reversível.

6.Pacientes com arritmias graves que possam ter sido provocadas por doença coronariana corrigível.

7.Pacientes com dores no peito de causa desconhecida ou com miocardiopatias de etiologia desconhecida.


A coronariografia mostra o local, o número e o grau de obstrução dos vasos. As obstruções maiores de 50% geralmente são consideradas de significado clinico, embora as obstruções maiores de 70% sejam as que provocam as manifestações isquêmicas. Essas informações são de valor prognóstico.

Prognósticos baseados na coronariografia

O prognóstico difere se tivermos uma, duas ou as três coronárias doentes, e é pior se a principal artéria coronária esquerda estiver comprometida.

Em pacientes com angina estável, 20% têm uma, 30% têm duas e 50% têm as três coronárias doentes. Em 10% encontramos a coronária esquerda principal atingida.

Dos pacientes que têm o ECG de esforço muito alterado ou estudos cintilográficos fortemente positivos, 75 até 95% têm três vasos, ou a artéria principal esquerda, doentes.

Um outro dado importante obtido com a coronariografia é que ela mostra quais os vasos e se esses vasos devem ser submetidos a angioplastia coronária ou se há indicação de cirurgia de revascularização.

Testes Não Invasivos
(ECG) Eletrocardiograma de repouso

É um dos exames mais realizados. É um exame barato, rápido e fácil de fazer. Exige um aparelho relativamente barato.

As informações dadas pelo exame são relativamente fidedignas, 25 % dos pacientes com angina tem o ECG normal. As alterações decorrentes de angina no ECG podem se confundir com mudanças causada por hipertrofias ventriculares, distúrbios de condução seqüelas de infartos antigos, etc.

O ECG é útil para o controle evolutivo de uma doença cardíaca já confirmadas por outros métodos de diagnóstico.

(ECG esf.) Eletrocardiograma de esforço

O eletrocardiógrafo necessita ser acompanhado de um outro (Esteira ou bicicleta ergométrica) o que já o torna mais oneroso.

O ECG de esforço é o exame não invasor mais útil para avaliar um paciente com angina, principalmente naquele paciente que tem o ECG de repouso normal.

Serve para avaliar o coração sob condições de estresse. Se o ECG de repouso for normal e a história do paciente for sugestiva de uma doença do coração, o ECG de esforço pode mostrar alterações não reveladas no ECG de repouso.



As principais indicações do ECG de esforço são:

1.Confirmar o diagnóstico de angina.

2.Determinar a severidade da limitação causada pela angina.

3.Determinar o prognóstico com doença coronária conhecida, inclusive nos infartados em recuperação, afim de detectar os pacientes de risco maior ou menor.

4.Avaliar a resposta ao tratamento

5.Também usado como screening para descobrir, entre a população assintomática, os portadores de doença.

Existem diversos protocolos para a realização do ECG de esforço. O mais usado é o de Bruce, que aumenta a velocidade e a elevação da esteira a cada 3 minutos e é limitado pelos sintomas.

Pelo ECG de esforço podem ocorrer mortes ou infartos; a incidência é de 1 acidente por cada 1000 exames realizados. O perigo é maior nos pacientes com angina instável. A estenose aórtica é uma contra-indicação para o exame. O teste deve ser abortado se ocorrer hipotensão arterial, angina persistente, arritmias importantes ou alterações no ECG. Se houver mais do que 3 a 4 mm de depressão no segmento ST deve-se suspender o esforço antes de chegar ao limite determinado para a idade e doença do paciente.

Quem deve indicar a realização de um Eletrocardiograma de esforço é o seu médico. Não faça o exame por conta própria.O exame só deve ser realizado na presença de um médico especialista.
Radiografia de tórax

Uma radiografia pode revelar se há crescimento da cavidades ou de todo o coração. Pode mostra alterações vasculares ou pulmonares como causa ou repercussão de uma doença cardíaca.

Monitorização (Holter)

Aparelho usado para registrarmos um eletrocardiograma durante muitas horas afim de detectarmos arritmias. O paciente registra num diário as suas atividades e sintomas afim de podermos correlacionar esses dados com eventuais arritmias registradas.

Monitorização de pressão arterial

Esse aparelho mede e registra a pressão arterial a intervalos determinados durante varias horas. Serve para verificarmos as oscilações da pressão arterial conforme as diversas influências a qual uma pessoa é submetida durante as 24 horas.

Ecocardiograma

É um exame que permite avaliar as medidas e a mobilidade das paredes das diferentes cavidades do coração, as válvulas cardíacas e sua capacidade funcional, o fluxo do sangue e a direção desse fluxo. Revela ainda anomalias congênitas ou adquiridas do coração. Analisa o pericárdio, revelando e a presença ou não de derrames. Por dados obtidos no ecocardiograma, podemos avaliar a função do coração e através de exames periódicos fazer um diagnóstico evolutivo de doenças e suas conseqüências.

Tomografia computadorizada (TC)

É um exame oneroso, mas que pode oferecer boas imagens do coração e detalhes de suas partes. A tomografia de coronárias é, hoje, um dos principais exames, não invasivos e mais objetivos, para se detectar doenças obstrutivas de artérias coronárias ou, então, se revelar a probabildade de doença presente ou futura de coronárias, baseado-se no índice de cálcio. Este exame é realizado, principalmente, quando se suspeita de doença coronária. Ele também é usado em pacientes com evidências de doença coronária e que não querem se submeter à cinecoronariografia. De um modo geral, se a angiotomografia revelar doença coronária grave, o paciente deve ser submetido a cinecoronariografia, a qual auxilia com maior precisão na indicação terapêutica a ser seguida, que pode ir desde a cirurgia, com pontes de safena e mamária, ou a colocação de stents, ou condutas conservadoras. O exame é feito com a injeção de um contraste numa veia e, na seqüência, são realizadas um grande número de tomografias em poucos segundos e, a seguir, o computador funde as imagens fornecendo aos médicos dados anatômicos bastante precisos para orientar a conduta médica. É usada, também, para a avaliação da aorta, massas como coágulos ou tumores, ou doenças do pericárdio. O exame é muito seguro. Devemos cuidar com a alergia aos contrastes que contenham iodo.


Ressonância magnética (RM)

O computador gera imagens que permitem uma boa observação do miocárdio, identificar zonas lesadas por um infarto, mostrar defeitos congênitos e avaliar os vasos de maior calibre como a aorta.

A sua vantagem sobre a TC é a de não ser prejudicial ao organismo por não ser uma energia ionizante, gerar imagens de alta resolução sem usar contrastes, dar imagens tridimensionais, terem alto índice de contraste quanto aos diferentes tecidos, e por produzir imagens que não são distorcidas pela presença de ar ou líquidos em torno das estruturas que se quer observar.

O exame é particularmente útil para diagnosticar doenças da aorta, do pericárdio, doenças congênitas antes ou depois de correções cirúrgicas, doenças do músculo cardíaco, principalmente tumores cardíacos ou do pulmão que, por vizinhança, tenham invadido o coração.

A ressonância magnética pode também ser usada para avaliar a morfologia das câmaras cardíacas, a função global ou regional dos ventrículos e a existência de regurgitações valvulares.

Existem estudos para a aplicação da RM no estudo dos fluxos de sangue nas coronárias, no músculo cardíaco com ou sem o uso de substâncias estressantes para o coração.

Angiografia digital

É o registro de imagens de vasos. Esse método é usado para avaliar os vasos do coração ou cérebro e permite ver se existe e onde existe uma obstrução ou diminuição de fluxo do sangue. Usa-se para isso um contraste que é injetado numa veia. O aparelho de RX deve ser capaz de obter imagens muito rapidamente.

Fonte: ABC da SAÚDE

PS "boaspraticasfarmaceuticas" adverte: Não se automedique. Somente o médico especialista deverá orientar sobre os procedimentos cardiológicos.

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