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3.04.2009

Síndrome Plurimetabólica, o que é isso?

Existem diferentes tipos de classificação para as Doenças Crônico- Degenerativas (DCD). Uma delas é a divisão em Doenças Crônicas Transmissíveis (DCT) e Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).Em ambas, encontramos um grande número de patologias a serem estudadas e que sofrem influência direta da Nutrição. Desta forma vamos abordar um dos grupos das DCNT, constituído pela obesidade, hipertensão arterial, doença cardiovascular e diabetes, que constituem a chamada Síndrome Plurimetabólica.


Sabemos que o conhecimento da inter-relação da obesidade, gota, hipertensão arterial e infarto com o comer e beber excessivamente, existe há inúmeros anos, mas foi no Século 20 que surgiu o conceito de Síndrome Plurimetabólica. Em 1965, Avogaro e Crepaldi descreveram pacientes apresentando obesidade, diabetes, hiperlipoproteinemia, hipertensão arterial e isquemia cardíaca e chamaram a este conjunto de patologias crônico-degenerativas de Síndrome Plurimetabólica, provocada principalmente por hábitos alimentares e estilo de vida inadequados.

Eles revelaram ao mundo, um problema antigo que, somente neste século está sendo considerado em conjunto, a Síndrome Plurimetabólica, uma epidemia dos nossos dias.


A industrialização, a má educação nutricional, o sedentarismo, a agitação da vida moderna, o uso de bebida alcoólica, dentre outros, levam a má nutrição e, consequentemente, a uma maior exposição aos fatores de risco para as DCNT em questão, que constitui um grave problema de Saúde Pública.


O número de pacientes portadores de doenças crônico-degenerativas tem crescido nas últimas décadas. É claro que a indústria farmacêutica também cresceu neste período e novas drogas surgiram para o tratamento destes pacientes, mas não podemos esquecer que, com elas, surgiram, também, outros efeitos colaterais que, em segunda intenção, interferem na nutrição do indivíduo, bem como sérias interações entre os fármacos e os nutrientes, gerando alteração na ação e efeito da droga, alteração do estado nutricional do paciente e, automaticamente, alteração na qualidade de vida.


No anseio de se buscar o completo bem estar geral do indivíduo, várias terapias têm sido propostas e validadas, entre elas a Nutrição Clínica, através de uma conduta dietoterápica individualizada e adequada ao quadro clínico e ao tratamento farmacológico que o paciente está sendo submetido. O emprego da dietoterapia tem sido ampliado nas últimas décadas ao se comprovar que a Nutrição adequada melhora o prognóstico e evita o surgimento de diversas complicações patológicas.


Assim, ao se propor a prescrição de uma dieta para o indivíduo portador de doença crônico-degenerativa ( DCD ) o nutricionista busca não somente atuar sobre a patologia em si, como também diminuir o risco global do paciente, seguindo os seguintes passos :

1 - Estabelecimento do Diagnóstico Nutricional através de uma Avaliação Nutricional criteriosa que contemple, a História Dietética; a Avaliação Antropométrica, Bioquímica, Imunológica, Clínico-Nutricional, Social/ Econômica e Psicológica; Fármacos em uso e suas interações com os nutrientes, bem como seus efeitos colaterais, como ocorre com o uso de - Hipoglicemiantes orais , Diuréticos , Antihipertensivos , Antigotosos, Antilipemiantes , Analgésicos salicílicos ,e outros


2 - Determinação dos Objetivos a serem alcançados, destacando-se entre outros : Corrigir a obesidade, e controlar e manter o peso ideal a cada caso; Satisfazer os requerimentos nutricionais necessários; Garantir a normalização da função do trato gastrointestinal ( TGI ); Prevenir e minimizar as complicações oriundas das patologias e das drogas em uso; Controlar a pressão arterial; melhorar os níveis de HDL; reduzir a uricemia, a glicemia e os lipídios séricos ( especialmente o colesterol total, LDL e triglicerídeos ) para diminuir o risco de ICC e AVC, Promover a Educação Nutricional.


3 - Prescrição da dieta com estabelecimento das características químicas e físicas da dieta para cada caso, não esquecendo das interações entre os nutrientes e os fármacos, suas colateralidades, as recomendações e orientações específicas.


Se você apresenta alguma dessas doenças crônico-degenerativas acima,ou conhece alguém que as tenha, procure-nos, o objetivo do tratamento nutricional nestas enfermidades é garantir sua saúde não eliminando o seu prazer alimentar. Junte-se a nós e teremos o maior prazer em te ajudar.

Por:Ana Paula Ornelas
Fonte: http://www.anapaulaornelas.blogspot.com/

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