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5.06.2009

SURDEZ E DISLEXIA

A surdez em crianças é confundida com dislexia e déficit de atenção. A surdez é uma situação complexa, pois pode afetar o desenvolvimento psicológico, a fala, a aprendizagem e a intelectualidade, prolongando os efeitos. As perdas auditivas não precisam ser severas para produzir prejuízos educacionais e emocionais. Até uma perda leve poderá resultar em uma dificuldade para ouvir de forma plena. A surdez na criança pequena (até 3 anos) tem consequências muito mais graves do que no adulto, pois a audição é necessária para o desenvolvimento não só da linguagem, mas da inteligência. Estima-se que existam 15 milhões de pessoas com algum tipo de perda auditiva no Brasil, sendo 406.588 com até 14 anos. Em cada mil crianças, seis apresentam perda de audição no nascimento, estimativa preocupante. Os problemas de aprendizagem e agressividade infantil podem estar ligados a auditivos; a construção da linguagem está ligada à compreensão do conjunto de elementos simbólicos que dependem de uma boa audição. As avaliações devem ser feitas não só nos casos de risco. Todos os bebês devem ser avaliados. A criança disléxica tem dificuldade de soletrar, ler em voz alta, memorizar palavras e escrever. Isso não quer dizer que são menos inteligentes; aliás, muitos apresentam inteligência normal ou até superior à da maioria. Já as crianças com déficit de atenção têm dificuldade de manter a atenção durante períodos prolongados. Pedidos de tarefa devem ser, portanto, feitos um a um. É fundamental professores observarem crianças em idade escolar. Pessoas mais próximas podem usar métodos simples para saber se há perda auditiva. Mas isso não afasta o diagnóstico médico. - Cláudio Coelho, otorrinolaringologista -
Fonte: Jornal do Brasil - Portal Médico

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