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5.06.2009

Risco de leucemia observado com o fármaco mitoxantrona para a Esclerose

Risco de leucemia observado com o fármaco mitoxantrona para a Esclerose

Um estudo italiano confirma que as pessoas com Esclerose Múltipla (EM) que são tratadas com o fármaco mitoxantrona têm um risco acrescido de desenvolverem leucemia aguda. Além disso, parece que o risco é significativamente mais elevado do que o relatado anteriormente.

O Dr. Vittorio Martinelli, do Centro de Esclerose Múltipla, da Universidade Vita-Salute, em Milão, alertou que o potencial risco de leucemia aguda deve ser cuidadosamente considerado comparativamente aos potenciais benefícios do tratamento com mitoxantrona, para cada paciente isoladamente.

Estudos anteriores tinham associado o tratamento com mitoxantrona a um aumento do risco de leucemia aguda. De acordo com esses estudos, a leucemia aguda ocorreu de 0,07 a 0,25 por cento dos pacientes com Esclerose Múltipla a tomar mitoxantrona.

Contudo, num estudo retrospectivo com 2854 pacientes italianos com Esclerose Múltipla a receber o fármaco, os investigadores descobriram que 21 (0,74%) desenvolveram leucemia aguda, tendo oito dos quais morrido.

A leucemia aguda desenvolveu-se, em média, 37 meses após o início do tratamento com mitoxantrona e, em média, 18 meses após o fim do tratamento.

O Dr. Martinelli alertou que é vital que todos os pacientes com Esclerose Múltipla tratados com mitoxantrona se submetam a um seguimento hematológico prolongado e cuidadoso para verificar a existência de leucemia aguda.

A mitoxantrona é um medicamento de quimioterapia, originalmente desenvolvido para certas formas de cancro. Foi aprovada pela agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) em 2000 para o tratamento da EM secundária progressiva, EM progressiva por surtos e EM recorrente remitente grave.

Tags: esclerose

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