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7.09.2009

A arte de medicar

Medicina não é ciência exata e sofre muitas influências, um determinado estímulo pode gerar as mais variadas respostas, por isso é tão difícil. Em obstetrícia a situação é quase insana, pois temos dois indivíduos, no mínimo, interagindo e se interferindo mutuamente.

Um médico pode ter opinião, diametralmente oposta do outro, sem que nenhum deles esteja, formalmente, errado. Para tornar um pouco mais insano um terceiro pode opinar e também não concordar. Por fim para coroar a, aparente, insensatez, os três podem estar corretos.

Por estes motivos Medicina é tão difícil, torna debates acalorados e compreensão difícil, ainda assim é interessante notar como as pessoas se esquecem disto e acham que podem se medicar ou tratar com base em informações de amigos, balconistas de farmácia, curiosos de modo geral.

Uso como exemplo quando alguém diz que está usando um medicamento por conta própria se ele seria capaz de imaginar qual o resultado sairia se eu (assumindo que não entendo nada de costura) me dispusesse a fazer uma camisa.

Imaginemos a situação, primeiro qual o tipo de fazenda se usa, depois demanda um conhecimento específico de sorte que imagino o resultado, mesmo que saísse algum, não seria grande coisa.

Se para fazer uma camisa necessita de conhecimento, prática, técnica, que dirá para receitar algum tratamento.

Exemplos de situações são inúmeras até para dirigir é necessário treino e licença porque para praticar Medicina seria diferente?

O ato de receitar envolve, no Brasil, algo em torno de nove mil horas de treinamento e se considerarmos os três anos mínimos para qualquer especialização, o tempo saltará para doze mil horas. Estamos falando em nove anos de formação direta, sem contar cursos, estudos, etc. que entram e nem contamos.

Na próxima vez que for fazer uso de medicamento sem orientação ou ela for proveniente de alguém sem aquele treinamento específico e necessário, pense duas vezes se é a melhor opção.

Se com tudo isso ainda cometemos erros ou encontramos respostas que nem imaginávamos, que dirá sem.


Por Jeferson Delfino

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