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10.01.2009

Estômago maltratado.

Cerca de 40% da população mundial sofre do distúrbio que causa náuseas, azia, dores, estufamento e está ligado ao aspecto emocional.

Desconforto após as refeições, náuseas, sensação de estufamento ou de queimação e, principalmente, uma dor na parte de cima do estômago, que às vezes chega a ser confundida com uma dor cardíaca. Esses são os sintomas da dispepsia funcional, que é responsável por levar ao consultório seis de cada 10 pessoas que procuram um gastroenterologista no país (60%). No entanto, apesar das características, a dispepsia não é considerada uma doença.

O professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Flavio Antonio Quilici, explica que a dispepsia funcional é um distúrbio que ocorre no aparelho digestivo e que cria dificuldade para a pessoa digerir os alimentos. E, mesmo não sendo uma doença, altera significativamente a qualidade de vida das pessoas.

O fato de os sintomas não ocorrerem sempre, em média uma ou duas vezes por semana, faz com que quem sofre do distúrbio acabe se acomodando com as dores e o desconforto.

E como a dispepsia não evolui para problemas mais graves, como gastrite, úlcera ou câncer, não é tratada no estágio inicial e acaba se tornando parte do dia-a-dia do paciente até que os sintomas comecem a se tornar mais intensos. De acordo com Quilici, estudos feitos nos Estados Unidos e Europa, estimam que 40% da população mundial sofra desse mal. No Brasil, os dados ainda não são muito criteriosos, mas ele acredita que o percentual seja semelhante.

- Na dispepsia não existe uma alteração estrutural ou bioquímica no paciente. Por isso, as causas ainda são desconhecidas. Mas existem fatores que podem estar relacionados e desencadear os sintomas - diz Quilici.

Estresse e ansiedade estão por trás do desconforto

Segundo o gastroenterologista Idilio Zamin Júnior, a dispepsia tem uma associação com o aspecto emocional. Ele explica que principalmente o estresse e a ansiedade resultam nesse quadro de desconforto e dor na região do estômago.

- O aparelho digestivo é o ponto fraco da maioria das pessoas que estão sob situação de estresse. Por isso é extremamente importante saber fazer o diagnóstico correto, pois como não é doença, o tratamento também é diferenciado - diz Zamin.

Como não é comum em crianças, normalmente o distúrbio acaba atacando adolescentes e, principalmente, adultos acima dos 20 anos que têm preocupações com a vida profissional e não costumam ter regras para fazer suas refeições.

Dicas para ajudar na boa digestão

Faça refeições em ambiente tranqüilo

Ingira os alimentos devagar

Corte os alimentos em pedaços pequenos e mastigue bem

Não coma muito a cada refeição, tente se alimentar em menores quantidades

Evite comer enquanto estiver realizando tarefas no trabalho

Evite as frituras e alimentos gordurosos

Evite tomar muito líquido durante e após as refeições

Não deite logo após terminar de comer

Fique atento aos seus hábitos alimentares

Hoje seis de cada 10 pessoas que consultam um gastroenterologista no país sofrem com a difunção. Um dos principais fatores associados à dispepsia funcional é a forma como as pessoas fazem suas refeições diariamente.

O gastroenterologista Idilio Zamin Júnior diz que comer com pressa, em grande quantidade ou mastigar pouco os alimentos pode ser fundamental para desenvolver o distúrbio.

Além disso, ao fazer as refeições de forma equivocada, a digestão fica mais lenta, o que contribuiu para desencadear o problema. A ingestão de gorduras e frituras também contribuiu para a sensação de desconforto e dor.

Principal tratamento é a mudança de costumes

- Ao comer muito rápido, não cortar os alimentos em pedaços pequenos e não mastigar bem, a pessoa ingere muito ar. Dessa forma, pode ocorrer até problemas de gases - diz o médico.

Para aliviar a dor e o desconforto, medicamentos podem auxiliar a digestão. Mas, de acordo com especialistas, o principal tratamento ainda é a mudança dos hábitos alimentares.

Fonte: Diário Catarinense

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