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11.23.2009

Como a visão, a audição e o paladar podem se deteriorar com a idade.

Efeitos sensoriais do envelhecimento

O envelhecimento também pode danificar seus cinco sentidos.
Leia para aprender como a visão, a audição e mesmo o paladar podem se deteriorar com a idade.

Visão e envelhecimento
Você está segurando o jornal no comprimento do braço? Apertando os olhos ao ler documentos com letras pequenas? Você precisa de mais luz para enxergar claramente? Cada década vivida acrescenta mudanças que enfraquecem a visão, incluindo a lenta perda da habilidade de focar objetos próximos ou letras pequenas.

A presbiopia, o motivo mais comum para o uso de óculos de leitura, caracteriza-se pela diminuição da capacidade de focar objetos próximos. Geralmente essa condição surge por volta dos 40 anos, mas freqüentemente se desenvolve décadas antes disso.

Algumas das mudanças visuais relacionadas à idade são óbvias, ao passo que outras passam despercebidas até que a visão esteja limitada de alguma forma. Por exemplo, os tecidos ao redor dos olhos perdem seu tônus, e também ocorre perda de gordura, o que resulta na queda das pálpebras superiores e da parte interna e externa da pálpebra inferior.

Por outro lado, a catarata, que embaça a visão evitando que a luz atinja o cristalino do olho, raramente é detectável porque se forma lentamente, não provoca dor e não resulta em vermelhidão ou lacrimejamento do olho. Com os anos, a íris, a parte colorida do globo ocular, perde a flexibilidade.

Suas pupilas (os círculos pretos da íris que respondem à luz) ficam menores e a lente do cristalino começa a acumular substâncias amarelas, possivelmente como resultado da exposição à luz solar. Essas mudanças predispõem ao glaucoma, resultado da pressão excessiva dentro do globo ocular, o que pode levar à perda de visão ou cegueira. Ninguém conhece a causa do glaucoma, mas ele ocorre com mais freqüência em idosos, afro-americanos e pessoas com histórico familiar da doença.

O glaucoma basicamente não apresenta sintomas, até que seja tarde demais. Depois que o glaucoma danifica o nervo óptico, responsável por transmitir as informações visuais do olho para o cérebro, você passa do ponto de tratamento. É por isso que a Fundação do Glaucoma recomenda teste de glaucoma de quatro em quatro anos até os 45 anos e de dois em dois anos depois disso.

Faça o teste de dois em dois anos independentemente da idade se:você é descendente de afro-americanos
há ocorrência de glaucoma em sua família
você é míope
você tem hipertensão
você usa cortisona há muito tempo
A diminuição do fluxo sangüíneo para a retina, o tecido fino como papel que reveste a parte de trás do globo ocular, pode levar à degeneração macular. A degeneração macular destrói, de maneira acentuada, a visão central.

Audição e envelhecimento
Você já se pegou falando "o quê?" muitas vezes? Talvez você não goste tanto de multidões desde que passou a não detectar tão bem as nuanças das conversas. A perda de audição é uma das reclamações mais comuns do envelhecimento, especialmente para homens, que são mais propensos a ela com o tempo.

O envelhecimento produz uma perda de audição progressiva em todas as freqüências, conhecida como presbiacusia. Após os 55 anos, sua habilidade de detectar alterações no tom dos sons cai drasticamente, o que pode tornar sua fala menos compreensível para os outros. Além disso, as paredes de seu canal auditivo se afinam e a produção de cera diminui.

Seu tímpano engrossa. Você pode até ter artrite nas juntas que conectam os ossos localizados no canal interno. Ninguém sabe ao certo, porém, se essas mudanças na audição podem ser atribuídas ao processo de envelhecimento. É certo, contudo, que a perda de células capilares é o que mais diminui a audição.

As células capilares fazem parte do ouvido interno, que ajuda a transmitir impulsos para um nervo que os transfere para seu cérebro para que sejam processados. Danos em nervos, ferimentos e exposição a ruído alto e a certos medicamentos podem causar a perda das células capilares.

Envelhecimento e paladar
Você deve agradecer a seu nariz pelo sentido do paladar, apesar das milhares de papilas gustativas existentes em sua língua: elas apenas detectam quatro dos milhares de possíveis sabores nos alimentos.

A língua reconhece apenas os sabores doce, salgado, amargo e azedo. É por isso que a degustação do alimento é limitada sem um sentido olfativo saudável. Quando você mastiga alimentos e ingere bebidas, seus aromas são liberados em sua boca.

A saliva dissolve as substâncias que produzem o sabor no alimento e na bebida que entram em contato com as papilas gustativas de sua língua. Mais importante ainda, os compostos de sabor dissolvidos vão para a parte de trás de sua garganta, indo para as células receptoras em seu nariz. A partir daí, os nervos transmitem as mensagens de sabor ao cérebro, permitindo que você os perceba e os aprecie.

Se você está tendo problemas para saborear a comida, isso é em decorrência do olfato diminuído. O tempo diminui seu olfato, mas geralmente não antes de você atingir 60 anos, mas isso varia de pessoa para pessoa. Cerca de metade dos adultos acima dos 65 anos sofre alguma diminuição no olfato. Por outro lado, seu paladar para alimentos doces, salgados, amargos ou azedos pode permanecer incrivelmente intacto até você atingir os 70 anos.

Uma deficiência de zinco também pode causar uma diminuição do paladar. A suplementação de zinco pode ajudar se você tem uma deficiência. As infecções ameaçam o olfato e, como resultado, sua capacidade de saborear alimentos. Alguns dos danos da gripe, resfriado ou hepatite podem ser permanentes. Mais freqüentemente, doenças agudas, incluindo infecções e alergias sazonais, bloqueiam aromas das células receptoras que transmitem as informações de sabor para o cérebro.

Como resultado, você não tem tanta capacidade de sentir os sabores da comida. As pílulas que você ingere todos os dias para controlar condições médicas como pressão alta e artrite podem afetar o paladar, principalmente porque atingem as áreas do cérebro em que você percebe os sabores. As drogas quimioterápicas e a radiação de cabeça e pescoço também ameaçam a percepção do paladar, às vezes permanentemente.


Autores:
Elizabeth Ward
Jeffrey Blumberg

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