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11.23.2009

Vacinas para alergia


O que são as "vacinas para alergia"?

O termo "vacina para alergia" é freqüentemente usado para denominar o tratamento imunoterápico com alergenos, ou vacinação anti-alérgica. A imunoterapia com alergenos é um programa eficaz de vacinação que pode aumentar sua imunidade a substâncias chamadas de alergenos, que desencadeiam seus sintomas.

A imunoterapia com alergenos envolve a administração de quantidades gradualmente crescentes de um alergeno a um paciente, por um período de muitos meses. As injeções são inicialmente dadas em base semanal (ou duas vezes por semana) e, após se chegar ao nível de manutenção, em base mensal. Esse processo reduz os sintomas que seriam desencadeados pela exposição ao alergeno. A imunoterapia é o que mais se aproxima a uma "cura" dos sintomas alérgicos, pois uma vez que se atinja a dose de manutenção das vacinas ou tenha terminado o tratamento, seus sintomas estarão, geralmente, muito reduzidos.

Como funciona o tratamento?

Se você é alérgico a uma substância como o ácaro, você não vai tratar sua alergia inalando repetidamente ácaros (poeira) pelo nariz ou pela boca (para ir mais diretamente aos pulmões). Então, como pode acontecer que aumentando a exposição a substâncias que desencadeiam suas alergias —como alergenos do ácaro ou do gato— você será ajudado?

A imunoterapia com alergenos funciona como uma vacinação. Através da exposição do seu corpo a pequenas quantidades injetadas de um alergeno particular, em doses crescentes, seu corpo constrói uma imunidade aos alergenos aos quais você é alérgico. Isto significa que quando encontrar esses alergenos no futuro, você terá uma reação alérgica discreta ou muito diminuída, com menos sintomas.

No início de uma imunoterapia, a primeira injeção consiste de uma pequena quantidade de uma vacina muito pouco concentrada (muito diluída). A cada semana, o paciente recebe quantidades cada vez maiores de alergenos. A velocidade com que se pode aumentar a concentração da vacina depende da sensibilidade do paciente. Geralmente o paciente atingirá a dose de manutenção em cerca de 6 meses após o início do tratamento com vacinas. Essa dose de manutenção é então dada a cada 1-2 semanas e, depois, o intervalo é aumentado para cada 3-4 semanas.

Se você começar um tratamento imunoterápico com alergenos, é muito importante que continue suas injeções em bases regulares até que o tratamento seja descontinuado. Caso contrário não haverá benefícios com o tratamento. Geralmente os pacientes recebem injeções por 3-5 anos ou mais. Após esse tempo, sua sensibilidade a um alergeno particular estará reduzida, freqüentemente por anos após a interrupção do tratamento. Isso pode significar, por exemplo, que você poderá tolerar exposições maiores ao ácaro (por exemplo) sem apresentar sintomas.

A imunoterapia anti-alérgica funciona alterando as respostas imunológicas anormais que causam a alergia. Anticorpos protetores, similares àqueles provocados em respostas a outras vacinas, desempenham um papel nos resultados benéficos da imunoterapia.



Benefícios:


O tratamento imunoterápico anti-alérgico deve ser considerado quando os sintomas alérgicos são moderados ou intensos, quando ocorrem por quase todo o ano, quando não respondem adequadamente às medicações, e quando são desencadeados por alergenos dificilmente controlados, como o ácaro poeira domiciliar.

Por exemplo, se você é extremamente alérgico ao ácaro, você pode experimentar sintomas intensos, como asma, espirros, coriza intensa, olhos e nariz altamente pruriginosos, etc. É impossível, ou ao menos impraticável, evitar esse alergeno trazido pelo ar (aeroalergeno). Apesar de que medidas profiláticas podem ajudar a diminuir a exposição, e que medicações podem ser úteis, você pode continuar experimentando sintomas por períodos prolongados durante o ano. Para tal paciente, a imunoterapia específica pode levar a um alívio significativo.

Possíveis efeitos colaterais:

Como você pode ver, a imunoterapia por alergenos pode ser benéfica para muitos pacientes alérgicos. No entanto, existem alguns senões. Alguns pacientes podem achar que a aplicação repetida de vacinas pode ser inconveniente. Como qualquer tratamento, alguns pacientes podem apresentar reações adversas, i.e., às vezes as vacinas podem provocar reações alérgicas.

Durante o tratamento, alguns pacientes desenvolvem uma inchação ou um nódulo. Quando é grande, pode ser designado como uma "reação local". Os anti-histamínicos orais, compressas de gelo, ou o ajuste da dose da vacina melhoram essas reações.

Raramente, um paciente pode apresentar uma reação mais séria, resultando em sintomas de asma ou em anafilaxia. Os sintomas de asma incluem tosse, chiados no peito e falta de ar. Os sintomas de uma reação anafilática podem incluir espirros, coriza aquosa, coceira nos olhos, inchação na garganta, chiados no peito (ou uma sensação de aperto no peito), náusea, tonteira, ou outros sintomas. Tais sintomas requerem tratamento imediato. Se não forem apropriadamente tratadas, essas reações podem ficar mais sérias. Em certos casos, é necessário que o paciente aplique as doses em consultório ou em local preparado, permanecendo pelo menos 20 minutos após a aplicação.

Em resumo, a imunoterapia com alergenos é um programa de vacinação que é altamente eficaz para os pacientes alérgicos. É o que mais se aproxima de uma "cura" para os que têm rinite alérgica, asma alérgica causada por alergenos como os ácaros, ou alergia a picadas de insetos. Tal terapia traz um alívio aos muitos alérgicos que não podem evitar os alergenos aos quais são alérgicos.

Alergias
O que é alergia?
A alergia consiste em reações exageradas que o organismo sofre quando entra em contato com determinadas substâncias (alérgenos), mesmo que em quantidades pequenas. Cerca de 25% da população sofre de alguma forma de alergia. As formas alérgicas mais comuns são: a asma (bronquite alérgica ou bronquite asmática), a rinite alérgica e as alergias cutâneas.

A alergia é uma doença?
Trata – se mais de uma característica individual do que propriamente de uma doença. O indivíduo alérgico é aquele que reage de forma exacerbada a determinado estímulo, considerado normal para outro indivíduo não alérgico. Digamos que os indivíduos alérgicos possuem um limiar de tolerância inferior a certos estímulos.

Como ficamos alérgicos?
A alergia não aparece da noite para o dia. A cada vez que nosso organismo tem contato com uma substância estranha (antígeno), ele produz uma substância chamada de anticorpo. Este anticorpo se liga à determinadas células do nosso organismo e faz com que estas liberem substâncias responsáveis pelos sintomas clínicos das reações alérgicas.

O que é alérgeno?
O alérgeno é o termo usado para a substância que causa reação alérgica. Alguns estão no ar como o pólen ou os fungos; outros são encontrados em alimentos como por exemplo o leite, frutos do mar ou ovo. Alguns insetos tem alérgenos em seu veneno; assim como, certas plantas possuem também substâncias alergênicas. No ambiente doméstico, os alérgenos encontrados mais freqüentemente são os tão conhecidos “ácaros”.

Existe uma predisposição para a alergia?
Sabemos que crianças de pais alérgicos tem maior probabilidade de serem alérgicas. Crianças que possuem um de seus pais alérgicos tem 20 a 30% de serem alérgicas enquanto que filhos de ambos os pais alérgicos já tem uma probabilidade de 60%. Por outro lado, a alergia pode se desenvolver em qualquer fase da vida e até mesmo em pessoas sem histórico familiar; basta para isso, que a exposição deste indivíduo à determinado alérgeno ultrapasse o seu limiar de tolerância.

Quais são os diferentes tipos de alergias ?
Quando a reação alérgica ocorre no sistema respiratório, podemos ter desde de uma rinite alérgica até crises asmáticas de intensidades variáveis. Quando o órgão acometido é a pele, podemos ter desde de pequenas manchas avermelhadas como reações alérgicas à picada de insetos até reações urticariformes gigantes.

Como evitar as alergias?
Quando se conhece o responsável pela alergia como, por exemplo, em uma alergia alimentar, basta evitar o alimento na dieta. Quando o agente está presente no ar como a poeira ou fungos, podemos tentar reduzir o seu contato através do que chamamos de controle ambiental. Este consiste em cuidados diversos para diminuir o contato com os alérgenos no ambiente domiciliar, como por exemplo o uso de protetores plásticos de colchão e travesseiros, de pano úmido diariamente nos pisos da casa, a troca das cortinas por persianas etc. É possível também diminuir aos poucos a sensibilidade do indivíduo ao(s) alérgeno(s) através de imunoterapia (vacinas específicas) realizada com supervisão médica.

É possível identificar os agentes responsáveis pelas alergias?
Além dos testes clínicos de provocação oral (exclusão e reintrodução do alimento “suspeito” na dieta ), existe hoje uma serie de métodos para avaliação diagnóstica das alergias , entre eles :

- Testes alérgicos que podem ser de leitura imediata (de 15 a 20 minutos);

- Intradérmicos; de provocação ou de contato (resultado em 72 horas);

- Exame de sangue (dosagem de IgE total e específica) – Neste teste são dosados anticorpos específicos contra uma grande variedade de alergenos como: frutas, grãos, peixes e frutos do mar, proteínas de porco e vaca ovo e laticínios, alergenos inalantes como pêlo de animais, insetos, poeira e gramíneas, drogas, fungos e alergenos ocupacionais.

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