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5.20.2010

HPV: um inimigo silencioso

O HPV (Papiloma Vírus Humano) pertence a uma família de vírus, com mais de 130 tipos. Enquanto alguns deles causam apenas verrugas, outros provocam lesões que, se não tratadas, podem se transformar em câncer do colo de útero, de vulva ou e de vagina.
O vírus é transmitido pelo contato sexual e tem como característica ficar instalado no corpo por muito tempo, sem se manifestar.
Pode entrar em ação na gravidez, na excessiva exposição ao sol ou em outras situações de baixa imunidade.
Atenção!Na maior parte das vezes, a infecção pelo HPV não apresenta sintomas. Uma simples coceirinha, dor na relação sexual ou algum corrimento podem ser sinais de alerta, porém o mais comum é a mulher não sentir nada.
Provoca câncer?
Geralmente não causa o câncer de colo de útero, mas está comprovado que 99% das mulheres com este tipo de câncer foram antes infectadas pelo HPV.Nos estágios iniciais, as doenças induzidas pelo vírus são tratadas, com sucesso, em cerca de 90% dos casos.
Então, não se esqueça: a melhor arma contra o HPV é a prevenção e o diagnóstico precoce.
Que exames confirmam o HPV?Papanicolau ou Colpocitologia Oncótica – É simples e deve ser feito anualmente por todas as mulheres com vida sexual ativa.
São colhidas e analisadas células da vagina e da parte externa e interna do colo do útero. Este exame não detecta o vírus, mas, sim, as alterações que ele pode causar nas células.Colposcopia – Através do colposcópio (um aparelho que aumenta o poder de visão do médico) identifica e localiza lesões no colo do útero, na vagina e/ou vulva.
Com isso, facilita a biópsia (retirada de um pequeno fragmento de tecido para análise) e o posterior tratamento.
Captura Híbrida – O mais moderno entre os exames, consegue diagnosticar a presença do vírus, antes mesmo de qualquer sintoma.
É o único que mostra, sem deixar dúvidas, a existência ou não de infecção.
Além disso, revela se o vírus é suficientemente agressivo para induzir lesões que possam evoluir para o câncer de útero.
Atenção!Pacientes que tiveram diagnóstico do vírus no exame da captura híbrida, mas a citologia/colposcopia não acusou qualquer lesão, normalmente, permanecem em observação. Modernamente, a medicina não trata o vírus, mas a lesão que ele causa.Provoca aborto?As lesões causadas pelo HPV podem ser mais freqüentes nas grávidas, devido às alterações hormonais e imunológicas próprias da gestação. Não há, entretanto, nenhuma evidência que levem ao aborto.
A boa notícia é que grande parte dessas lesões desaparece espontaneamente após o parto. Isso não significa o fim do vírus, mas, que ele, simplesmente, voltou a ficar inativo.
Então, não se descuide: se você já teve HPV, faça o exame preventivo (papanicolau) a cada seis meses.
Importante: O HPV não impede a gravidez, daí a necessidade de se fazer o papanicolau a cada ano. Se você tiver lesões induzidas pelo vírus – verrugas genitais, lesões na vagina e colo do útero – o ideal é se tratar primeiro e engravidar depois.
E se fui infectada?Não há, em princípio, grandes problemas, mas é preciso controle, já que as verrugas podem não só se multiplicar, como crescerem, em função de uma menor imunidade, própria da gravidez.
Embora exista, sim, a possibilidade do HPV ser transmitido para o feto ou recém-nascido e causar verrugas na laringe do bebê e/ou na genitália, na verdade, o risco de transmissão é muito baixo.A cesariana é inevitável?Alguns médicos indicam a cesariana como prevenção contra o HPV; outros não vêem maiores problemas para o parto normal.
Entretanto, se existirem lesões na vagina e/ou na vulva ou comprometimento do colo do útero, a cesárea é, realmente, a melhor opção.
Posso amamentar?
Quem foi infectada pelo HPV, pode, sim dar de mamar. Para que ocorra a transmissão do vírus, é necessários o contato da pele com algum tipo de ferida. Se a mamãe não tiver nenhuma lesão nos seios, não há risco de transmissão durante a amamentação.
Vamos prevenir
Por ser o principal causador de câncer de colo de útero, o HPV precisa ser descoberto o quanto antes. Por isso, atenção: faça o exame preventivo anual, use preservativo em todas as relações sexuais e fique atenta aos possíveis sintomas: coceira, corrimento, sangramento entre duas menstruações e dor durante a relação sexual.
Fumar, beber em excesso ou usar drogas afeta o sistema de defesa do organismo e, conseqüentemente, o vírus vai encontrar maior facilidade para se instalar.
E vale o alerta: seu companheiro, também, deve procurar o médico para verificar se foi infectado.
Maria Amélia de Oliveira

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