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6.18.2010

Educação sexual para crianças de cinco anos




A educação sexual pode deve ser ensinada às crianças com menos de cinco anos para lhes dar competências e confiança para atrasar a intimidade sexual até que estejam prontas, disse um membro do organismo responsável pelo ensino britânico.

A inadequada educação sexual numa idade jovem é vista como um contributo para a taxa elevada de gravidez na adolescência, na Grã-Bretanha. Este país tem uma das taxas mais elevadas da Europa, ainda que tenha diminuído 13% na última década.

A mais recente orientação do Instituto Nacional da Saúde e Excelência Clínica (NICE, na sigla original) está em fase de projecto e não será obrigatória, mas a agência informou que espera que as autoridades locais e outras a sigam.

O Instituto defende que os directores das escolas devem assegurar a educação sexual e sobre relacionamentos, assim como sobre álcool, logo desde a escola primária, que abrange crianças desde os cinco anos de idade.

A ideia de que estes temas deviam ser introduzidos e cobertos de uma maneira adequada à maturidade dos alunos baseia-se numa compreensão das suas necessidades e "deve ser sensível a questões de cultura, fé e perspectivas da família”, disse o responsável à agência Reuters.

Para as crianças mais novas, isso implicaria a aprendizagem do valor das amizades e do respeito pelos outros.

“Todas as crianças e jovens têm direito à educação de alta qualidade sobre sexo, relacionamentos e álcool para ajudar-los a tomar decisões responsáveis e adquirir as capacidades e confianças para adiar o sexo até que estejam prontos”, defende o NICE.

Citando uma pesquisa da Juventude do Parlamento do Reino Unido, verifica-se que 40% dos jovens classificaram a sua educação sexual e relacionamentos na escola como má ou muito má.

O anterior governo trabalhista, que foi derrotado numa eleição geral no mês passado, tinha redigido a legislação para tornar obrigatória a educação sexual nas escolas primárias e secundárias, mas abandonou o disposto no último minuto.

Nessa propostas também seria retirado o direito dos pais a excluírem as crianças da educação sexual, uma vez completados os 15 anos de idade.

As mudanças tinham sido fortemente criticadas por grupos anti-aborto e grupos religiosos que querem mais ênfase na promoção da abstinência sexual antes do casamento.

Fonte: Jornal de Noticias (Portugal)

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