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6.18.2010

+ Falecimento - José Saramago 1922-2010

José Saramago será sepultado em Portugal

O escritor português José Saramago morreu hoje, sexta-feira. O corpo do Prémio Nobel da Literatura de 1998 estará em câmara ardente na biblioteca da casa em que residia, na ilha espanhola de Lanzarote e será sepultado em Portugal.

José Saramago faleceu cerca das 12.30 em Lanzarote, a mesma hora de Portugal continental, na casa em que residia, na localidade de Tias, naquela ilha espanhola de Lanzarote.

A família de Saramago fez saber que o corpo do escritor estará em câmara ardente a partir das 17 horas, na biblioteca da casa do Nobel português da Literatura, em Tias, na ilha de Lanzarote, que acolhe a fundação criada pelo escritor

Fontes próximas da família confirmaram que os restos mortais do escritor serão sepultados em Portugal.

Segundo o comunicado que se pode ver na página da Fundação Saramago, o escritor morreu "em consequência de uma múltipla falha orgânica", após uma prolongada doença. "Morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila", acrescenta o texto, em letras brancas, sobre fundo negro.

A comundiade de Lanzarote "chora a morte do seu filho adoptivo", desde 1997, e decretou já três dias de luto pelo falecimento do escritor, adiantou José Juan Cruz, que é alcaide de Tías.

Em entrevista à RTP, o editor de José Saramago, Zeferino Coelho, recordou que o Nobel da Literatura "estava doente há algum tempo, às vezes melhor outras vezes pior".

José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18. Aos 87 anos, morreu o primeiro Nobel da Literatura português.

Aos três anos, foi com os pais para Lisboa, cidade em que viveu a maior parte da vida adulta. Fez apenas os estudos secundários (liceal e técnico).

Serralheiro mecânico, exerceu, depois, outras profissões, destacando-se as de editor, tradutor e jornalista.

Publicou o primeiro livro, um romance, "Terra do Pecado", em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966.

Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa", como comentador político.

Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores.

Foi galardoado com o prémio Nobel da Literatura em 1998. Deixa uma vasta obra, da poesia, com que se iniciou, à prosa, que lhe valeu o reconhecimento da Academia Sueca. Foi agraciado, ainda, com inúmeras distinções e outros prémios.

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