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11.29.2010

Terror no Rio.


Os homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) retomaram nesta segunda-feira as buscas no Complexo do Alemão, ocupado no domingo em uma operação histórica que contou com a participação das polícias Civil, Militar e das Forças Armadas. De acordo com o tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, comandante do Bope, 90 policiais passaram a noite em seis favelas do complexo e outros 90 chegaram pela manhã para juntar-se ao efetivo.
Em entrevista ao jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, Moraes revelou que a polícia investiga as rotas de fuga dos traficantes que comandavam o Alemão. Segundo ele, vários criminosos foram pegos em tentativas de fuga, mas “alguns conseguiram escapar”. Moraes explicou que os bandidos podem ter fugido por meio de uma rede de túneis construída junto aos canais de esgoto do conjunto de favelas. “São galerias de esgotos muito grandes, em que uma pessoa anda em pé, tranquilamente, e que ainda estão sendo investigadas”, explicou.
No conjunto de favelas o clima é de aparente tranquilidade nesta segunda. O comércio reabre suas portas após dois dias sem poder trabalhar por causa da batalha entre policiais e traficantes. A ocupação do morro, porém, permanecerá por tempo indeterminado, segundo o governo do estado. Os homens do Bope realizam buscas por armas, drogas e bandidos que estejam escondidos pelas favelas. “É fundamental que nós façamos uma limpeza do complexo”, afirmou Moraes.
De acordo com a Secretaria de Segurança, o total de maconha apreendida pode passar de 40 toneladas. Já chegam a 50 os fuzis recolhidos – com nove deles do modelo .30, uma arma antiaérea usada para atacar os helicópteros da polícia, mas que põe em perigo também as rotas de vôo comercial no Rio. Desde o começo do cerco, na sexta-feira, já são mais de 20 presos, entre eles um dos assassinos do jornalista Tim Lopes, além de chefes do Comando Vermelho.

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