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4.23.2010

Incensos e suas magias



Os incensos sempre estiveram presentes nos rituais sagrados. Usados como oferenda, eles possuem duas funções: a primeira de agradar e homenagear os deuses e a segunda de fazer seus pedidos chegarem mais rápido até eles.

Símbolo do desapego e da purificação, na Roma antiga, ele estava presente nos templos e alguns sacerdotes ou sacerdotisas só o utilizavam com a finalidade de ter visões ou fazer profecias. Já os judeus, consideram a sua fabricação um exercício sagrado, pois o incenso só é queimado nos altares pela manhã e ao pôr-do-sol.

Na índia o uso do incenso é empregado na adoração de seus deuses e durante a cremação dos mortos. Foram os indianos que modificaram a sua forma, modelando sua massa em pauzinhos, como conhecemos hoje.

Aos poucos seu uso chegou aos países asiáticos como Nepal, Ceilão, Burma, China e Japão. E, hoje, ele possui ligação direta as práticas do budismo, pois é o símbolo da generosidade e do desprendimento. É um dos elementos que representam os prazeres sensoriais, no caso, o olfato.

Na religião católica o incenso também se faz presente. Embora não se saiba ao certo de qual religião foi herdado, os sacerdotes sempre fizeram o uso de defumadores durante as missas. Também não podemos esquecer do incenso e a mirra ofertados no nascimento do menino Jesus pelos três Reis Magos, colocando-os em igualdade com o ouro, que tinha valor por sua raridade para os povos antigos.

Tabela de Incensos:

Alecrim - Estimulante mental, ativa a memória dispersando o cansaço da mente, estimula a consciência, animador, anti-depressivo.

Alfazema - Atua no plano astral eliminando maus fluidos e as energias negativas nos ambientes.

Almíscar - Afrodisíaco, ativa a sensibilidade, revitalizante mental.

Arruda - Proteção. Usado a noite, garante um sono mais tranqüilo. Importante filtro contra espíritos negativos, mau olhado, inveja e má sorte. Usado na limpeza contra energias negativas.

Benjoim - Limpa e descarrega ambiente, neutraliza inveja, mau olhado e etc. Propicia a serenidade e purificação espiritual.

Calandre - Ativa a concentração, desperta o interesse pelo desconhecido. Harmoniza o aspecto familiar.

Canela - Atrai dinheiro, clientes, novos amores, casamento, domina o sexo oposto. Atrai bons fluidos.

Cânfora - Usada em massagens para relaxamento muscular, vaporizado atua contra o egoísmo, inveja, exaustão, nervosa e elimina a negatividade

Eucalipto - Harmoniza e estabiliza emoções, ansiedade, meditação e é bom para o stress.

Flor De Laranjeira - Estimula harmonia, carinho, alegria e felicidade. Calmante em caso de nervosismo, insônia, tensão e preocupação.

Flor De Pitanga - Revitalizante, energético, ativa a sensibilidade e é atuante na área de conquista materiais.

Jasmim - Calmante, anti-depressivo, estimulante da sensibilidade, sempre usado na composição de perfumes afrodisíacos.

Lavanda - Calmante para agitação, excitação, insônia, irritação, diminui a ansiedade, tensão, depressão. Dissolve negativismo e obstinação

Lótus - Utilizado por clarividentes. Ajuda na concentração mental no relaxamento, inibe a compulsividade o medo e a insegurança interior.

Madeira - Dissolve sentimentos de apreensão, preocupação excessiva. Contra medo, compulsividade. Confortante /necessidade de amparo, insegurança.

Mirra - Como óleo e usado para limpeza da casa, afasta maus fluidos e abre caminho, é também poderoso condutor de entidades do astral.

Olíbano - É usado pelos povos africanos para ajudar na concentração de espíritos e divindades positivas, forte condensador de energia.

Patchuli - Estimulante sexual, anti-depressivo e revigorante. Muito usado como afrodisíaco e atua contra impotência sexual masculina.

Rosas - Trabalha com a energia solar, trazendo alegria e vitalidade ao coração. Anti-depressivo. Bom para pressão baixa, tensão nervosa e stress.

Sândalo - Calmante, induz o relaxamento profundo e o auto controle. Usado em trabalhos psíquicos, ioga e meditação.

Verbena - Afasta a negatividade, tristeza e melancolia, nos libera de energias negativas atraindo a desenvoltura, alegria e bom astral.

Ylang Ylang - Potencializa a auto-estima. O indicado para o equilíbrio do sistema nervoso. Fortalece a capacidade de sentir prazer e viver a própria sensualidade.

Por Vila Astral

SAIBA MAIS:

SUAVE MAGIA DA FUMAÇA PERFUMADA

Você sabe quando surgiu o Incenso?De que é feito? Que ele era um dos produtos mais cobiçados da antiguidade?

Sinônimo de espiritualidade, o incenso e os rituais que o envolvem são realidades compreensíveis para alguns, quetionáveis para outros e inaceitáveis para os céticos. Mas mesmo que você se enquadre nessas ultimas situações, vale a pena ler este texto.

Sua trajetória, a par do significado e do uso atribuído a ele pelas religiões, é cercada de histórias, lendas e curiosidades. Na pior das hipóteses, você vai descobrir por que o incenso exerce fascínio nas pessoas e aprender que, em determinadas circunstâncias, sua fumaça é prejudicial à saúde.

Quer um exemplo? Você sabe que o incenso é tão vermelho quanto a humanidade? Ele "nasceu" há aproximadamente seis mil anos. Antigas citações sobre produtos naturais já descreviam duas resinas: o incenso e a mirra. Por sinal, objetos de cobiça humana há milênios - ambos são alguns dos mais antigos produtos comercializados pelo homem.

Na antiguidade eram bem raros e, por isso mesmo, apenas as classes sociais mais privilegiadas tinham acesso a eles (lembram-se dos presentes ofertados pelos três reis magos a Jesus na manjedoura, em Belém, na Judéia? Os reis, vindos do Oriente, abriram os seus tesouros e entregaram a Maria as suas ofertas: ouro, incenso e mirra).

Outra curiosidade é que o incenso a partir de resinas naturais - secreções sólidas ou semi-sólidas estraídas de árvores, sobretudo das famílias Burseracereae, Estiracaceae e Anacardiaceae.O incenso autêntico era obtido de plantas do Gênero Boswellia, que cresciam nas montanhas do sul da Árabia e da Abissínia (atual Etiópia). Vale a pena lembrar que existem dois tipos de resinas: as verdadeiras (solúveis em solventes) e as gomo resinas (parcialmente solúveis em qualquer tipo de solvente).

Na antiguidade, essas resinas eram estraídas de árvores que cresciam na bacia ocidental do Mediterrâneo, enquanto as gomo resinas eram colhidas de árvores no sul da Península Arábica e na Somália. Independentemente da resina, o processo de produção do incenso era o mesmo: consistia em fazer incisões sobre o tronco, fazendo brotar dele a resina.Em contato com o ar, ela rapidamente se solidificava e era recolhida.

Por ser raro (e portanto caro), o comércio de incenso era uma "atividade" sagrada, que envolvia responsabilidades e riscos. Uma antiga lenda conta que cada árvore de olíbano (Boswellia) era guardada por serpentes aladas. As víboras apenas com podiam ser afastadas com fumaças produzidas pela queima de uma resina especial.E coitado daquele homem que fizesse sexo com a esposa ou com amante e se atrevesse recolher o incenso durante uma determinada fase lunar: ele se transformaria numa pessoa azeda e carrancuda. Enfim, de mal com a vida.

Na Alexandria, o incenso era tão precioso que os comerciantes, para não serem roubados, obrigavam os escravos encarregados de sua colheita a trabalharem seminus, trajavam apenas uma tanguinha. Mas o alto tributo cobrado por ter, produzir ou comercializar o incenso não poupava nenhuma classe social. Nem mesmo os reis. Se eles quisessem ter uma noite de prazer com suas esposas, tinham de pagar seus pesos em incenso.




Novo iogurte previne câncer e doenças coronárias




Santo iogurte


Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) produziram um iogurte que previne doenças coronárias, câncer de intestino e cólon, além de diminuir os níveis de colesterol ruim (LDL), prisão de ventre e intolerância à lactose.

A bebida previne as doenças porque agrega, além de bactérias típicas dos iogurtes, três microrganismos que fazem bem a saúde.

Fonte de fibras

O novo iogurte tem textura e sabor parecidos com o do iogurte comum, necessita dos mesmos cuidados de armazenagem e custa 30% mais caro. Feito com leite desnatado, também é light e fonte de fibras.

"Não existe no mercado um leite fermentado com um coquetel de benefícios tão grandes", afirma o engenheiro agrônomo Ricardo Pinheiro, que desenvolveu o iogurte durante o seu duplo doutorado, feito na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP e na Universidade de Gênova (Itália).

Bactérias no iogurte

Iogurtes têm naturalmente as bactérias Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus, que, juntas, auxiliam quem tem prisão de ventre.

Algumas bebidas têm, além dessas, até duas bactérias que, quando administradas vivas e em quantidade adequada, conferem saúde as pessoas (probióticas).

O alimento produzido pela USP possui três bactérias probióticas além das comuns a todos iogurtes. Quando elas chegam ao intestino, tomam o espaço e alimento dos microrganismos indesejáveis que lá habitam e os eliminam.

Metabolismo complicado

Para a bebida fazer efeito, é necessário que todos as bactérias cheguem vivas ao intestino - e em uma concentração de 10 a 100 milhões de colônias de organismos por mililitro (ml) de produto.

Por isso, a maior dificuldade em fabricar o iogurte foi conseguir que, em um período de 35 dias, as bactérias não matassem umas às outras ao acidificar a bebida e competir por alimento.

"Manter a quantidade apropriada de bactérias é difícil", diz Pinheiro. "O metabolismo de uma bactéria pode prejudicar outra. As do gênero Bifidobacterium, por exemplo, produzem ácido acético, fatal para os lactobacilos."

Nutrientes

Para contornar essas dificuldades, Pinheiro estudou quais nutrientes cada bactéria necessitava e os produtos que excretava quando estavam sozinhas e em conjunto no leite.

Ele concluiu que a melhor solução era adicionar ao iogurte um açúcar chamado inulina, que é fonte de alimento para as bactérias e impede que algumas "morram de fome".

Outras soluções foram colocar na bebida quantidades maiores dos microrganismos mais frágeis e envolvê-los com uma goma que os impedia de serem danificadas pelo metabolismo dos outros.

Segundo o pesquisador, o resultado agrada. "O produto é funcional e bastante aceitável ao paladar. Ele é mais caro, porém o benefício que traz é maior."

O novo iogurte ainda precisa ser patenteada, para só depois começar a ser fabricado em escala industrial.

Fonte: Diario da Saude

4.22.2010

Caos no trânsito feriado de Tiradentes


trânsito durante caos da quarta-feira na Zona Sul

Rio - O que era para ser dia para aproveitar o feriado de Tiradentes, acabou virando uma tarde engarrafamento nas ruas da Zona Sul e do Centro da cidade.

O Dia da Decisão (Dia D), evento da Igreja Universal do Reino de Deus, realizado na tarde desta quarta-feira, na Enseada de Botafogo, causou um nó no trânsito. Segundo estimativas, cerca de 1 milhão de fiéis se reuniram para participar do Dia D, mas no entorno do local uma quantidade enorme de irregularidades, além do lixo deixado pela multidão que participou do show patrocinado pela ceita da greja universal do reino de Deus.

Evento deu um nó no trânsito de 13 bairros | Foto: Leitora Claudia Maria
Leitores de O Dia registraram e contaram como estava a situação do trânsito em diversas ruas da Zona Sul e do Centro.

A maioria das mensagens reclamava da falta de preparo da Prefeitura do Rio para evitar o congestionamento que se formou por pelo menos 13 bairros. Alguns motorista levaram duas horas para atravessar trechos que são feitos normalmente em 15 minutos.


"Os cariocas que tentaram relaxar no feriado se encontraram nas ruas com centenas de onibus, motoristas mal educados como sempre e um nó no trânsito. Manifestações como esta devem ser feitas no Riocentro", escreveu indignado o leitor Andre Ramos Mayrink.

Já a leitora Talita Martins questionou se a Enseada de Botafogo é o local mais adequado para a realização de shows e eventos. Se a partir de ontem, quarta-feira, cada religião resolver se reunir na Praia da Botafogo e juntar um grande número de fiéis, como fica o nosso direito de ir e vir? O nó no trânsito foi recorde para um final de semana prolongado, disse através de mensagem ao Conexão Leitor.

A tarde, a Prefeitura do Rio assumiu a responsabilidade pelo caos no trânsito e informou que situações semelhantes não voltaram acontecer.

“Não dimensionamos corretamente o evento, por termos sido informados pelos organizadores de que a quantidade de ônibus para levar os assistentes seria menor”, afirmava um dos trechos da nota da prefeitura.
O Dia

Como lidar com problemas pessoais no ambiente de trabalho



Família. Amigos. Saúde. Finanças. Estudo. Sentimentos. Não é uma tarefa fácil deixar o mundo acontecer lá fora enquanto se está trabalhando; separar aspectos essencialmente pessoais, enquanto vivemos nossos momentos profissionais, pode ser uma tarefa dura, e cheia de percalços. Tentar suprimir problemas que afetam o equilíbrio emocional e minam a tranquilidade para dar vazão a uma postura que se adeque melhor ao ambiente corporativo sempre foi uma questão difícil, principalmente na cultura latina.

Segundo o palestrante e conferencista Tom Coelho, é praticamente impossível separar a vida pessoal da vida profissional. “Trabalho com um conceito segundo o qual temos ‘Sete Vidas’. São, em verdade, sete dimensões formadas pela saúde, afetividade, vida profissional, cultural, social, material e espiritual. São sete vidas que coexistem dentro de nós e nos acompanham, diariamente, onde quer que estejamos.

E são indissociáveis. Na prática, basta imaginar a dificuldade de se trabalhar com afinco e entusiasmo quando há preocupações com contas vencidas, parentes enfermos ou desilusões amorosas. Eventos deste tipo interferem na produtividade, na atenção e no interesse pela atividade laborativa”.

Porém, apesar disso, o que se espera é que, durante o tempo em que o profissional permanece na empresa, sua dedicação seja exclusiva e focada, sem dispensar muita energia com assuntos particulares.

“Também não podemos levar situações profissionais para o lado pessoal (como, por exemplo, uma crítica a uma tarefa realizada ser interpretada como uma ofensa à pessoa; ou, pelo fato de manter um vínculo de amizade fora do trabalho, extrapolar numa discussão profissional).

O fato é que não podemos nos esquecer que somos seres humanos, e, por isto, em algum momento teremos algo da vida particular que poderá afetar a vida profissional, como o caso de um profissional que está com a mãe muito adoentada; com certeza sua preocupação vai refletir no seu desempenho diário. Vale salientar que não somos de ‘ferro’, mas esta separação (profissional X pessoal) é um discernimento importante.

Tentar fingir que os problemas não existem também não é solução, pois, geralmente, as empresas conseguem notar que algo de errado está acontecendo com seu funcionário.

“Os comportamentos variam de pessoa para pessoa, cada um tem um tipo de reação, mas normalmente, um funcionário com problemas pessoais apresenta queda no desempenho (qualidade e produtividade), alterações de humor, isolamento, baixa atenção, fácil dispersão, dentre outros”. Fato é que nem sempre a empresa poderá ajudar um profissional com problemas, visto que, muitas vezes, estes problemas ultrapassam o contexto organizacional.

Porém, algumas vezes, uma conversa para aliviar a tensão pode ajudar o profissional a ter mais clareza para encontrar uma solução que esteja ao seu alcance, ou, pelo menos, poderá deixá-lo com a sensação de que ele é importante para a empresa.

”O mesmo serve para o caso de algum problema que exija afastamento do profissional para resolvê-lo, ou até mesmo para lidar melhor com ele (como no caso de morte de ente querido). A compreensão da empresa e o apoio são importantes para que o profissional se sinta valorizado”.

Na opinião de Tom Coelho, na maioria das vezes, as empresas podem e deveriam, sim, ajudar seus profissionais com problemas. “Se o problema for de ordem financeira, a empresa pode ajudar concedendo um adiantamento salarial ou um crédito consignado. Já se for uma questão de saúde, oferecendo cuidados imediatos e aconselhando o profissional a buscar o devido tratamento. Se o caso for de dependência química, sugerindo uma terapia. O RH ou Departamento de Saúde Ocupacional da empresa deve agir como um autêntico aliado”.

Comunicar à empresa que você está com problemas é sempre uma boa opção, na visão de Tom. “Deve-se compreender que o superior hierárquico não tem bola de cristal para saber o que está se passando, de modo que pode avaliar sua apatia como desinteresse ou até desleixo.

Informe-o, ainda que superficialmente, que está passando por uma fase difícil, mas que está em busca da superação. Todavia, dependendo do nível de seu relacionamento com o gestor, talvez seja necessário filtrar as informações, relatando o problema com dimensão menor do que a real”.

Problemas de ordem pessoal, invariavelmente, acompanham o profissional. Os especialistas frisam que o mal não está em trazê-los para a empresa, mas na forma como estes problemas são compartilhados. Não se abrir equivocadamente para que isso não resulte em uma exposição indesejada é algo digno de atenção.

Porém, se você está passando por algum momento pessoal, que acredita estar interferindo em sua performance profissional, os especialistas dão algumas dicas: “inicialmente, evite o isolamento, deixando de compartilhar seus problemas com as pessoas mais próximas.

Passamos ao menos oito horas envolvidos com o trabalho,e se você não conversar com alguém, sua cabeça pode virar uma panela de pressão prestes a explodir! Entretanto, evite também a exposição demasiada.

Você não precisa dividir seus anseios com todos ao redor, até porque no ardiloso ambiente corporativo há muitas pessoas à espera de descobrir suas fraquezas para lhe atacar. Seja seletivo. E seja também discreto.

A menos que trabalhe em um espaço delimitado por uma sala privada, com boa vedação acústica, onde seja possível trancar a porta, cuide para que seus assuntos pessoais sejam tratados reservadamente.

Assim, afaste-se para falar ao telefone ou travar aquela batalha verbal comum a muitas discussões. Se o embate for pelo computador, certifique-se de fechar a tela que contém o diálogo ao sair do ambiente.

E jamais, jamais chore em público. Alguns serão solícitos e lhe oferecerão carinho e apoio. Mas outros não se esquecerão deste seu momento de fragilidade. E usarão isso contra você no futuro”.

Atentarmos também para os seguintes pontos:

1) ao manter relacionamentos de amizade fora do ambiente de trabalho, cuidado para não adotar a postura de “reclamão”, falar mal do trabalho, das pessoas, etc. Lembre-se que esta pessoa trabalha contigo e que seus comentários poderão gerar conflitos se forem levados para dentro da empresa;

2) se você costuma sair com seu chefe e equipe para happy hour, não tente manter a mesma intimidade no ambiente de trabalho: o que pode ter sido engraçado numa ocasião informal, pode ser inconveniente no trabalho;

3) cuidado para não se sobrecarregar de problemas, querer resolver problemas de ordem pessoal e problemas de ordem profissional ao mesmo tempo. Avalie o momento, o tempo necessário e os recursos para esta solução.

4) na medida do possível, não leve “trabalho” para casa (problemas) e nem de casa para o trabalho. Procure lidar com cada situação em seu contexto inicial;

5) caso aconteça algum evento que o aflija, ou se estiver passando por uma situação difícil, deixe seu líder a par disso. Talvez ele não possa ajudá-lo, mas poderá apoiá-lo em alguma decisão.

Fonte: http://www.catho.com.br

Mulher e Depressão


A depressão é uma das doenças modernas mais sérias que existe, ela é capaz de degradar aos poucos a alma de uma pessoa e roubar dela a vontade de viver ou a expectativa de felicidade. As alterações podem ser tantos psíquicas quanto físicas.

A depressão possue vários estágios, o mais ameno é aquele que pode ser considerado uma tristeza que gradualmente se torna constante. Depois existe o tipo mais severo, capaz de levar a pessoa à alto se ferir com objetos cortantes ou até mesmo evitar o contato com os outros.

Os motivos para a depressão acontecer podem variar, em sua maioria são problemas pessoas que acabam deixando a pessoa emocionalmente abalada. O tratamento deve ser feito o mais rápido possível, já que a depressão pode levar ao suicídio.

Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, a prevalência de depressão na população geral varia entre 3% e 11%.

Mulheres são acometidas duas ou três vezes mais que homens. De acordo com o psiquiatra Leonardo Gama Filho, estudos relacionam os períodos de mudança dos níveis de estrogênio ao longo da vida das mulheres com os momentos em que elas estariam mais vulneráveis à depressão.

São eles: início da puberdade, antes do ciclo menstrual, após o parto e início da menopausa.

Segundo o médico, quando a puberdade começa, ocorre na mulher uma elevação de estrogênio, que, somada a fatores como influência genética, disfunções nos neurotransmissores e fatores ambientais, pode dar origem à doença.

Os sintomas mais comuns neste período são oscilações de humor freqüentes, tendência ao isolamento social, redução do prazer e do interesse por lazer, hipersensibilidade à rejeição, preocupações acentuadas com a aparência e baixa auto-estima.

“A negação do problema e o não encaminhamento precoce a um profissional capacitado são os principais erros cometidos pelas pessoas mais próximas desses jovens. Outra coisa importante é não censurá-los, e mostrá-los que a fase pela qual passam é decorrente de uma doença séria, para a qual existem tratamentos muito eficazes”.

Outro período propício para episódios depressivos é o que antecede o ciclo menstrual.

Estudos demonstram que, além de uma queda significativa de serotonina, as alterações hormonais podem provocar uma maior retenção de líquidos em todos os órgãos femininos. Isso é capaz de afetar a função cerebral da mulher e pode alterar seu estado emocional, tornando-a irritadiça, mal-humorada, inquieta, com certo grau de ansiedade.

“O tratamento, neste caso, consiste em manter uma dieta rica em fibras, pouco sal e açúcar, peixes e verduras, praticar exercícios físicos, fazer uso de diuréticos e suplementos de vitaminas e sais minerais e, quando necessário, antidepressivos, ansiolíticos e terapia hormonal para inibir a ovulação”, explica.

Das mulheres que têm filhos, entre 10% e 20% apresentam a síndrome depressiva no pós-parto. De acordo com o médico, os níveis de estrogênio que se encontram elevados durante a gravidez caem abruptamente após o nascimento da criança.

Nesta fase, ocorre também uma queda intensa dos níveis de beta-endorfinas, que interfere na produção de neurotransmissores como a serotonina e noradrenalina, causando depressão em mulheres predispostas.

A medida mais importante neste caso é a prevenção. “É importante identificar mulheres com maior risco, e antes do parto, procurar uma psicoterapia de apoio”, aconselha.

Os fatores de risco são: história anterior de depressão pós-parto ou doença mental familiar, pouco suporte social, inexperiência com crianças, gravidez não planejada, pessimismo pré-natal, relações conjugais conflitantes, tentativas anteriores de suicídio e uso de drogas.

No início da menopausa, as mudanças hormonais fazem com que a doença se apresente com os sintomas típicos e ainda com desconfortos físicos, como fogachos, calores noturnos, atrofia mamária, osteoporose, dores articulares, atrofia vaginal e cutânea.

O tratamento nesta fase consiste na associação de antidepressivos com reposição hormonal à base de estrogênio. "As pacientes se beneficiam bastante desta medida terapêutica, notando melhora considerável do sono, de dores articulares e da vida sexual”, garante.

Por Daniele Monte

Tipos de depressão

Reativa – Corresponde a 60% das depressões e surge a partir de situações como perdas (luto, desemprego, aposentadoria...), doença física e uso de drogas ou remédios.

Maior – Desordem grave e não relacionada com situações de estresse. Caracteriza-se, principalmente, por episódios que comprometem a vida normal, como insônia ou excesso de sono, problemas de concentração e perda de apetite. Corresponde a aproximadamente 25% de todas as formas de depressões.

Distimia – Depressão crônica, com duração de, pelo menos, dois anos. Se manifesta por meio de tristeza moderada e o paciente não apresenta tanto comprometimento em sua vida. Porém, ocorre redução na capacidade de vivenciar prazer em várias situações cotidianas.

Melancólica – Apresenta significativo retardo ou agitação psicomotora, despertar matinal precoce (por volta das três horas da manhã) e piora do humor também pela manhã. Há grande risco da pessoa cometer suicídio.

Bipolar – A vítima oscila momentos de humor (entre períodos de euforia ou irritabilidade) com períodos de grande tristeza.

Atípica – Compromete menos o humor. Aumento do apetite e do sono, além de melhora com acontecimentos favoráveis.

Psicótica – Forma grave de depressão, com delírios, alucinações, comportamento desorganizado ou com catatonia (atitude de indiferença ao mundo exterior). Há risco de suicídio.

Pós-parto – Ocorre após o parto, em um período chamado de puerpério. Mulheres que já tenham enfrentado algum quadro de depressão no passado correm mais riscos de ter o problema. A mãe apresenta séria propensão de cometer suicídio ou matar o próprio filho.

Sazonal – Na maioria das vezes, inicia-se no outono ou no inverno e apresenta melhora na primavera ou no verão. Tipicamente encontrada em países mais frios, onde há pouca luminosidade em determinados períodos do ano.

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Golpe usa falsa notícia sobre vacina contra H1N1 para infectar PC

E-mail circula com link que pode levar usuário a baixar códigos maliciosos. Armadilha associa a marca do G1 a falsa notícia sobre mortes após vacinação.

E-mails com notícias falsas sobre a vacina e a campanha de vacinação contra a gripe H1N1 circulam pela internet com o objetivo de fazer o internauta clicar em um link e inadvertidamente infectar o computador com programas maliciosos.

Em uma das mensagens, que usa o nome do G1, os golpistas afirmam que 15 pessoas já morreram após tomarem a vacina contra a gripe A, chegando a citar nomes, idades e locais onde moravam essas supostas vítimas.

A mensagem tenta convencer o internauta a clicar em um link, que supostamente o direcionará a um abaixo-assinado contra a campanha de vacinação. Na verdade, o link aponta para um endereço desconhecido, que nada tem a ver com o do site de notícias (para conferir isso, basta “estacionar” o mouse em cima do link).

Golpes desse tipo são chamados de phishing scam. Com essa tática, golpistas enviam e-mails sugerindo que os internautas baixem programas, cliquem em links ou visitem sites maliciosos. Quando seguem a sugestão, as vítimas em potencial infectam seus computadores com programas geralmente desenvolvidos para o roubo de informações financeiras.

Do G1, no Rio

Constipação (prisão de ventre):


Constipação (prisão de ventre): Mau humor, irritabilidade e depressão!!!


A Constipação deve ser vista como um sintoma e não como uma doença, mas ela está relacionada a processos de toxicidade que podem originar diversas doenças. 70% do nosso sistema imune é formado no nosso intestino.

Além disso, a serotonina, hormônio que nos dá a sensação de bem estar e de prazer, também é produzido neste local.

Portanto, é preciso estar atento ao funcionamento do nosso sistema gastrointestinal. Evacuar diariamente é essencial para eliminarmos as toxinas, aumentarmos nossas células de defesa, combater a depressão, a irritabilidade, o mau humor e tantas outras doenças.

Saiba as causas da constipação:

Baixa quantidade de fibras na dieta;

Consumo exagerado de alimentos refinados;

Baixa ingestão de água e líquidos;

Deficiência de nutrientes que estimulam a peristalse (movimentos de evacuação);

Carência de enzimas digestivas;

Efeitos colateiras de algumas medicações (analgésicos, antidepressivos, diuréticos, suplementos de cálcio e ferro, antiácidos, xaropes, alguns anti-histamínicos);

Inatividade física;

Estresse, depressão;

Inflamação ou úlceras no cólon;

Posição para evacuação;

Idade avançada;

Gravidez;

Uso excessivo de laxantes e supositórios;

Ignorar o reflexo da evacuação, ou seja, não atender à vontade momentânea;

Presença de: Disbiose, Infecções parasitárias, alergias alimentares, Hipotireoidismo, Doença de Parkinson, etc.

Referências Bibliográficas:


BHARUCHA AE; WALD A; ENCK P, RAO S. Functional anorectal disorders.Gastroenterology; 130 (5): 1510-8, 2006

CARROCCIO A, ET AL. Multiple food hipersensitivity as a cause of refractory chronic constipation in adults. Scand J Gastroenterol; 41 (4): 498-504, 2006.

(Alimentação Saudável)

SAIBA MAIS:

O QUE É CONSTIPAÇÃO?


O termo constipação refere-se a uma mudança nos hábitos intestinais diários, principalmente uma diminuição do número ou consistência da motilidade intestinal ou dor ou dificuldade ao evacuar. No final do primeiro ano de vida, a maioria das crianças evacua confortavelmente uma vez por dia. Se a criança que evacua normal e regularmente fica um ou dois dias sem evacuar, e sente dor ou dificuldade em defecar fezes volumosas e duras, está constipada.
A constipação é normalmente causada por uma quantidade insuficiente de líquidos e fibras na dieta. Sem a quantidade suficiente de líquidos as fezes ficam endurecidas e com as extremidades ásperas. Essas extremidades ásperas podem causar fissura retal, um corte microscópico e doloroso no reto. Preocupação excessiva em ensinar o bebê a usar o "troninho", estresse emocional (como a mudança para uma nova casa), introdução de novos alimentos ou muita gordura na dieta também podem contribuir para a ocorrência de constipação, assim como a falta de exercício adequado.
As crianças também podem ficar constipadas como resultado de prender as fezes. Uma criança ativa talvez não queira perder tempo e interromper a brincadeira para ir ao banheiro. Quando isso acontece, as fezes retidas tornam-se desidratadas e duras, e a evacuação, dolorida. A evacuação dolorida, por sua vez, faz com que a criança queira adiar ao máximo a próxima ida ao banheiro, para evitar a dor.
Até mesmo os bebês aprendem a reter as fezes para evitar a dor. Uma assadura que provoque dor e ardência durante a evacuação pode fazer com que o bebê relute em evacuar.
O fator mais importante para determinar se seu filho está constipado é seu nível de conforto quando evacua. Mesmo que seu filho vá ao banheiro todos os dias, fezes difíceis de evacuar podem indicar constipação. Outro indício é dor de barriga. A barriga da criança constipada pode ficar dura e sensível ao toque.

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TRATAMENTO CONVENCIONAL

Aumentar a quantidade de fibras e líquidos na dieta do seu filho é a melhor maneira de começar a tratar da constipação.
Um amolecedor de fezes, como ducosato de sódio, pode ser receitado para amolecer as fezes e ajudá-las a passar pelos intestinos mais facilmente.
Um laxante aumenta a quantidade de bolo fecal nos intestinos, amolece as fezes, facilitando a evacuação, e inicia a peristalse (a contração dos intestinos que movimenta as fezes). Qualquer um desses produtos deve ser tomado com muita água.
Hidróxido de magnésio (encontrado no leite de magnésia) é uma laxante formador de bolo fecal que leva os líquidos do corpo para os intestinos, aumentando o conteúdo dos intestinos e, conseqüentemente, iniciando a motilidade intestinal. O hidróxido de magnésio não deve ser dado a criança com menos de dois anos. Nenhum laxante deve ser usado de forma regular. Não dê ao seu filho nenhum medicamento sem antes conversar com seu médico.
Os laxantes estimulantes, como bisacodil, óleo de rícino, fenolftaleína e extrato de folha de sena, irritam a parede intestinal, conseqüentemente estimulando a peristalse. Os laxantes estimulantes são adstringentes e podem provocar cólicas. Se usar esses medicamentos, faça-o com moderação. É preferível usar laxantes formadores de bolo fecal do que os estimulantes. Nenhum laxante deve ser usado de forma regular, pois pode causar dependência. Não dê ao seu filho qualquer medicamento sem antes conversar com seu médico.
Os lubrificantes, como a glicerina e o óleo mineral, revestem as fezes e ajudam a passagem pelo reto. Contudo, o uso prolongado do óleo mineral pode provocar inflamação do fígado, baço e nódulos linfáticos abdominais e interferir na absorção das vitaminas A e D. Da mesma forma, o lubrificante pode ser perigoso se descer, acidentalmente, pela traquéia e penetrar nos pulmões.

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DIRETRIZES ALIMENTARES

Como a desidratação pode levar à constipação, aumente a quantidade de líquidos na dieta do seu filho. Tenha sempre água mineral, chás de ervas, sucos e sopas e incentive seu filho a tomá-los freqüentemente.
Aumente a quantidade de fibra na dieta do seu filho. Simplesmente comer um pedaço de fruta, como mamão, laranja ou ameixa, pode ajudar a resolver a constipação. A fruta integral fornece mais fibra. Sirva ao seu filho um pedaço de fruta de meia a uma hora antes da refeição ou cerca de uma hora após a refeição. Uma ameixa que ficou de molho da noite para o dia em um copo de água contém mais umidade e é mais fácil de digerir. Para bebês, talvez seja mais fácil ingerir uma colher de chá de xarope de uma ameixa que tenha ficado de molho ou tenha sido cozinha, para ajudar a resolver a constipação. As verduras e os cereais integrais também são fontes ricas de fibras.
Servir líquidos mornos ou cereais quentes como aveia todas as manhãs funciona como um estímulo suave ao trato intestinal, além de fornecer fibra.
Os alimentos ricos em magnésio, como verduras verde-escuro, são muito úteis para a criança constipada (o mais difícil é conseguir que seu filho os coma freqüentemente).
Para o alívio da constipação da noite para o dia, misture ½ xícara de suco de ameixa e 1 colher de sopa de suco de limão com 1 xícara de água mineral. Faça com que seu filho beba essa mistura antes de dormir. Contudo, essa mistura, é forte para bebês e pode causar diarréia em corpos pequeninos.

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SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS

O lactobacillus acidophilus ou bifidus ajuda a criar uma flora intestinal favorável, o que é muito útil para aliviar a constipação. Para crianças com constipação crônica ou recorrente, os lactobacilos são altamente recomendados. Dê ao seu filho uma dose diariamente, conforme indicado no rótulo do produto.
Se as fezes do seu filho têm um cheiro excepcionalmente ruim, considere dar-lhe suplementos de clorofila. A clorofila é rica em oligoelementos, principalmente magnésio, e tem propriedades bactericidas naturais. Siga as orientações sobre dosagem indicadas no rótulo do produto.

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TRATAMENTO FITOTERÁPICO

Se seu filho estiver alternando constipação e diarréia, aveia cozida em chá de linhaça pode ser muito útil. Acalma intestinos irritados e alivia a constipação. Prepare o chá de linhaça misturando 1 colher de chá de linhaça em 1 litro de água mineral; deixe cozinhar por quinze minutos. Use o líquido resultante, em vez de água, para cozinhar a aveia. Ou adicione ¼ a ½ xícara de chá a 120 mililitros de sucos e dê ao seu filho uma dose diariamente. A constipação deve ceder em 48 horas.
O chá ou a tintura de alcaçuz é calmante para paredes intestinais irritadas e ajuda a aliviar a constipação crônica. Dê ao seu filho uma dose, uma ou duas vezes ao dia, durante três ou quatro dias.
Observação: Essa erva não deve ser dada a crianças com pressão alta.
O suco de aloe vera é útil para resolver a constipação. Compre a forma comestível de aloe vera. Combine 1 colher de sopa do líquido com suco de fruta para torná-lo mais agradável e dê essa mistura ao seu filho uma ou duas vezes ao dia.
Uma a dez gotas de óleo de linhaça orgânica, administrado duas vezes ao dia na comida, pode ajudar a facilitar a motilidade intestinal do seu filho.

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HOMEOPATIA

Se seu filho tiver constipação crônica, talvez seja melhor tratá-lo com um remédio constitucional receitado por um homeopata. Para o problema de constipação ocasional, selecione da lista a seguir um remédio que corresponda aos sintomas do seu filho.

Use Alumina para a criança cujas fezes sejam bolas pequenas, duras e secas, muitas vezes cobertas de muco.

A eliminação é muito difícil para essa criança. Dê-lhe uma dose de Alumina 9ch, duas ou três vezes ao dia, durante dois ou três dias.


Calcarea carbonica é muitas vezes usada para constipação em crianças pequenas com problemas digestivos. Se seu filho tiver constipação, com a barriga dura e distendida, mas não está irritado, chorando ou se queixando e parece estar se sentindo bem, dê-lhe uma dose de Calcarea carbonica 9ch, duas vezes ao dia, durante dois ou três dias.

Se seu filho tiver fezes duras e secas e estiver sentindo dor antes de ir ao banheiro, dê-lhe uma dose de Lycopodium 9ch, duas ou três vezes ao dia, durante dois ou três dias. Esse remédio também é recomendado para a criança com gases do intestino inferior cujo cheiro assemelha-se a ovo podre.

Natrum muriaticum é o remédio para a criança que adora sal - ela lambe o sal dos pratos e chupa o sal de biscoitos - e é magra, especialmente no pescoço. Essa criança tem normalmente sede, mas tem fezes duras e secas.

Ela se beneficia de uma dose de Natrum muriaticum 9ch, duas vezes ao dia, durante dois ou três dias.

Nux vomica é útil para a criança que come demais e fica constipada ou com gases. Se seu filho estiver impaciente e agitado, desejar alimentos substanciosos, gordurosos e/ou condimentados e expelir fezes pequenas, escuras e duras após várias tentativas,

dê-lhe uma dose de Nux vomica 9ch, duas vezes ao dia, durante dois ou três dias.
Sulfur é para a criança que muitas vezes tem coceira e irritação anal e geralmente quer mas não consegue defecar. Essa criança detesta ir ao banheiro e muitas vezes retém as fezes, pois tem medo da dor da evacuação. Suas fezes têm um odor bastante forte.Dê a essa criança uma dose de Sulfur 9ch, duas vezes ao dia, durante dois ou três dias.

RECOMENDAÇÕES GERAIS

Aumente a quantidade de fibra e líquidos na dieta do seu filho.
Para estimular o movimento intestinal normal, dê ao seu filho chá de linhaça.
Para normalizar a flora intestinal, dê ao seu filho um suplemento de lactobacilos.
Selecione e administre um remédio homeopático apropriado.
Os enemas não têm praticamente nenhuma utilidade no tratamento da constipação infantil. O trato digestivo é uma "rua de mão única". Não foi feito para ser lavado de baixo para cima. A menos que seu médico receite um enema, a constipação do seu filho será melhor tratada de outras maneiras.
Massagear o abdome inferior do seu filho é reconfortante e ajuda a movimentar os intestinos. Massageie suavemente o abdome do seu filho, seguindo o movimento natural dos intestinos. Comece pelo "canto" direito inferior, suba na direção das costelas, pelo lado esquerdo e desça em direção à pélvis.
Evite usar panelas de alumínio. É possível que traços mínimos de alumínio possam exacerbar a constipação.


PREVENÇÃO

Siga as diretrizes alimentares dadas nessa seção. Estimule seu filho a beber muita água mineral e outros líquidos e comer uma dieta rica em fibras. Frutas, verduras e cereais integrais devem ter um lugar de destaque no cardápio.
Estimule seu filho a praticar exercícios físicos. Limite o tempo em que seu filho vê televisão!
Dê ao seu filho uma dose de Lactobacillus acidophilus ou bifidus, uma vez ao dia, durante uma mês, para manter a flora intestinal.
Estimule seu filho a conhecer e a responder rapidamente às suas necessidades orgânicas. Explique que prender a evacuação dificulta o movimento intestinal e causa dor. Quando a criança pequena demonstrar vontade de ir ao banheiro, responda o mais rápido possível.


QUANDO CONSULTAR O MÉDICO SOBRE CONSTIPAÇÃO

O bebê constipado que esteja vomitando, sinta mal-estar e/ou não queira mamar, deve ser examinado pelo médico.

Se seu filho tiver fortes dores quando evacuar, se houver sangue nas fezes ou se você perceber um corte próximo ao reto do seu filho, consulte seu médico.

Se seu filho desenvolver constipação crônica ou persistente, deve ser examinado pelo médico.

Em alguns casos, a constipação pode ser sinal de um problema interno, como obstrução intestinal. Certos problemas de saúde sérios, inclusive intoxicação por chumbo e hipotireoidismo, também podem causar constipação crônica.

A constipação crônica, mesmo quando não está relacionada a nenhum problema subjacente, deve ser considerada com seriedade pois pode levar à perda do tônus muscular nos intestinos, dando início a um problema que pode durar a vida toda.

SAÚDE INFORMAÇÕES

Ecstasy -- 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), é uma substância fortemente psicoativa



Denominado farmacologicamente como 3,4-metilenodioximetanfetamina e abreviado por MDMA, o ecstasy é uma substância fortemente psicoativa. Duas outras substâncias farmacologicamente e psicoativamente semelhantes podem ser encontradas no mercado ilegal como sendo o ecstasy. Uma delas é conhecida popularmente como Eve e denominada farmacologicamente por N-etil-3,4-metilenodioxianfetamina e a outra é um metabólito ativo (produto da degradação do ecstasy pelo fígado, mas que ainda possui atividade psicoativa) conhecido por MDA ou 3,4-metilenodioxianfetamina. As reações e efeitos provocados por essas três substâncias são semelhantes, mas durante toda nossa abordagem nessa seção estaremos falando apenas do MDMA, do ecstasy e seus efeitos podem ser estendidos para as outras duas.
A anfetamina, um dos primeiros estimulantes sintetizados com finalidades terapêuticas foi retirado do mercado há décadas; a cocaína, outro estimulante, foi proibido de ser comercializado por causa de seus efeitos mais prejudiciais do que benéficos. Os alucinógenos como a mescalina, nunca foram empregados com finalidades terapêuticas sendo sempre considerado ilegal. O ecstasy possui características farmacológicas e efeitos psicológicos semelhantes a uma mistura da anfetamina com mescalina.


Breve histórico
O MDMA (ecstasy) foi sintetizado pela Merck em 1914 com a finalidade de ser usado como um supressor do apetite, mas nunca foi usado com essa finalidade. Somente em 1960 foi redescoberto sendo indicado como elevador do estado de ânimo e complemento nas psicoterapias. O uso recreativo surgiu em 1970 nos EUA. Em 1977 foi proibido no Reino Unido e em 1985 nos EUA. Em 1988 um estudo feito nos EUA mostrou que 39% dos estudantes universitários tinham feito uso do ecstasy no período de um ano antes da pesquisa, mostrando que o uso ilegal já estava disseminado, da mesma forma como aconteceu na Europa ocidental. O uso do ecstasy concentra-se nas boates, nos ambientes classificados como "rave" onde há aglomeração noturna em espaços fechados para dança com música contínua. Como o uso do ecstasy está se tornando comum, as pesquisas sobre ele estão aumentando.

Efeitos
Teste em voluntários
Pessoas sem doenças somáticas e psíquicas com experiência prévia de ecstasy relataram e apresentaram uma série de alterações. Os mais evidentes são aqueles semelhantes ao demais estimulantes como aceleração da freqüência cardíaca, elevação da pressão arterial, diminuição do apetite, ressecamento da boca, dilatação das pupilas, elevação do humor, sensação subjetiva de aumento da energia. Efeitos neurológicos foram encontrados em alto índice. Esse estudo usou apenas dez voluntários e observou-se retesamento mandibular em seis usuários, nistagmo em oito, diferentes graus de ataxia em sete, aumento dos reflexos tendinosos em oito; apenas um apresentou náuseas e todos tiveram dilatação pupilar. Quatro pessoas apresentaram perturbações na capacidade de tomar decisões e realizar juízos. Esse estudo foi feito antes de se conhecer os efeitos danosos que o ecstasy possui. Nessa época os autores julgavam que o MDMA (ecstasy) era uma droga segura.
Efeito procurados
Produz um aumento do estado de alerta, maior interesse sexual, sensação de estar com grande capacidade física e mental, atrasa as sensações de sono e fadiga. Muitos usuários sentem também euforia, bem-estar, aguçamento sensório-perceptivo, aumento da sociabilização e extroversão, aumenta a sensação de estar próximo às pessoas (no sentido de intimidade) e aumenta a tolerabilidade.
Efeitos indesejados
Aumento da tensão muscular, aumento da atividade motora, aumento da temperatura corporal, enrijecimento e dores na musculatura dos membros inferiores e coluna lombar, dores de cabeça, náuseas, perda de apetite, visão borrada, boca seca, insônia são os efeitos indesejáveis mais comuns. Nos dias seguintes ao consumo do ecstasy a pressão arterial tende a oscilar mais do que o habitual. O aumento do estado de alerta pode levar a uma hiperatividade e fuga de idéias. Alucinações já foram relatadas, despersonalização, ansiedade, agitação, comportamento bizarro. Algumas vezes pode levar a uma crise de pânico, e episódios breves de psicose que se resolve quando a droga cessa de atuar. No dia seguinte ou nos dois dias seguintes é comum ocorrer uma sensação oposta aos efeitos desejados. Os usuários podem ficar deprimidos, com dificuldade de concentração, ansiosos e fatigados. Apesar desses efeitos os usuários tendem a considerar o resultado final como vantajoso.
Efeitos de longo prazo
Os efeitos de longo prazo são desagradáveis e prejuízos são observados com o uso. As altas concentrações de serotonina na fenda sináptica provocadas pelo ecstasy provocam lesões celulares irreversíveis. Os neurônios não se regeneram e quando são lesadas suas funções só se recuperam se outros neurônios compensarem a função perdida. Quando isso não é possível a função é definitivamente perdida. Estudos em animais têm demonstrado isso. Nos seres humanos apenas estudos pos-mortem são possíveis, e nestes, identifica-se uma acentuada diminuição das concentrações de serotonina, que variam de 50 a 80% em diferentes regiões do cérebro indicando uma insuficiência no funcionamento desses neurônios. Estudos realizados com usuários vivos através de indicadores confirmam essa perda de atividade serotoninérgica nos usuários de longo prazo de ecstasy. A deficiência de serotonina é proporcional ao tempo e a quantidade de ecstasy usados. Quanto mais tempo ou maior a dose, maior a deficiência da serotonina.
Esses resultados sugerem uma propriedade neurotóxica do ecstasy que levam seus usuários a perturbações mentais ou comportamentais. Os problemas resultantes mais comuns são:

Dificuldade de memória, tanto verbal como visual.
Dificuldade de tomar decisões
Impulsividade e perda do autocontrole
Ataques de pânico
Recorrências de paranóia, alucinações, despersonalização
Depressão profunda

Via de administração usada
Teoricamente o ecstasy pode ser inalado sob a forma de vapor, pois pode ser apresentado como base livre, que é uma composição farmacológica que permite a evaporação do composto. Contudo essa forma de administração não costuma ser empregada. O ecstasy pode também ser injetado via intravenosa; embora isso já tenha sido feito não costuma ser o modo de utilização. A via mais comum é a oral. Quando foi sintetizado pela primeira vez, a finalidade era o uso medicamentoso, portanto nada mais razoável do que a apresentação como comprimidos. Este continua sendo o modo de comercialização ilegal do ecstasy. A dose recreacional varia de 50 a 150mg em dose única. Mas como esse mercado é ilegal e não existe controle de qualidade tanto as doses variam de fornecedor para fornecedor assim como acontece com a cocaína, a substância em si também pode ser adulterada. Muitas vezes o traficante vende simples adrenalina ou MDA como se fosse o ecstasy.
O efeito do ecstasy dura horas, em média oito horas, mas isso pode variar de pessoa para pessoa porque as enzimas que eliminam o ecstasy não estão presentes nas mesmas quantidades em todas pessoas. Aqueles que possuem maior quantidade da enzima metabolizadora eliminam a droga mais rapidamente. A previsão do tempo de duração da atividade não é precisa por causa dos metabólitos ativos, ou seja, mesmo o ecstasy tendo sido metabolizado os produtos dessa metabolização continuam exercendo atividade psicoativa como se fosse o próprio ecstasy. Assim um efeito, não necessariamente agradável pode se prolongar por mais de oito horas.

Problemas clínicos resultantes
Há quatro tipos básicos de toxicidade física causada pelo ecstasy. A hipertermia, neurotoxicidade, cardiotoxicidade e hepatotoxicidade.
A hepatotoxicidade é a lesão hepática (fígado) provocada pelo ecstasy, que se manifesta clinicamente como uma leve hepatite viral na qual o paciente fica ictérico (amarelado) com o fígado aumentado e amolecido com uma tendência a sangramentos. A toxicidade, no entanto, pode ser bem mais grave evoluindo para uma hepatite fulminante que resulta em fatalidade caso não se possa fazer um transplante.
A cardiotoxicidade é caracterizada por aumento da pressão arterial e aceleração do ritmo cardíaco. Esses efeitos podem levar a sangramentos por ruptura dos vasos sanguíneos. Essas alterações têm sido registradas pelo quadro clínico e pela análise necropsial, encontrando-se petéquias no cérebro, hemorragias intracranianas, hemorragias retinianas, tromboses, sérias alterações elétricas no coração.
Toxicidade cerebral
Ainda não há estudos suficientes, mas parece que o ecstasy provoca elevação da temperatura corporal o que é agravado pela situação em que é usado, nas danceterias onde há grande atividade física. A exagerada elevação da temperatura corporal pode provocar diversas lesões pelo corpo de acordo com a sensibilidade de cada tecido. O próprio tecido cerebral é dos mais sensíveis podendo sofrer lesões desse superaquecimento. Convulsões também já foram relatadas pelo uso do ecstasy.
Hiperpirexia (hipertermia)
Este é provavelmente o pior efeito indesejável do ecstasy, apesar de ser parte da toxicidade cerebral, é relatada à parte para maior destaque de sua importância. O aquecimento do corpo pode levar a rabdomiólise (lesão dos tecidos musculares) que quando acontece de forma simultânea leva a um "entupimento" dos rins o que pode danificá-los permanentemente. Coagulação intravascular disseminada: é um efeito extremamente grave que geralmente leva a morte, mesmo quando o paciente já se encontra internado. O tratamento é feito com resfriamento rápido através de imersão em água gelada, infusão de solução salina resfriada e lavagem gástrica com líquidos frios.

Dependência
Ainda não há evidências de que o ecstasy provoque dependência física, contudo ainda é cedo para afirmar que isso não acontecerá. Mais estudos são necessários. Várias vezes na história da medicina uma substância inicialmente considerada inócua mostrou-se, com o tempo, que era na verdade nociva. Já encontramos na literatura específica relatos de casos compatíveis com dependência ao ecstasy.


Última Atualização: 6-10-2004
Ref. Bibliograf: Liv 01 Can Med Ass J 2001; 165: 917-929
The Pharmacology and Toxicology of Ecstasy
Harold Kalant

Síndrome da alienação parental


A síndrome do cordeiro em pele de lobo

São comuns casos de mulheres divorciadas que tentam separar filhos do pai à base de mentiras

Karla lembra com tristeza e mágoa da infância. Aos 2 anos, foi separada do pai, de quem sempre ouviu sua mãe falar mal após o divórcio. Foram 17 anos acreditando ter sido abandonada por um homem “perverso” e “malvado”. Até descobrir que as histórias que lhe foram contadas não passavam de uma farsa para que a menina perdesse contato com o pai. Segundo especialistas, casos como esse são tão frequentes que já têm nome: “Síndrome da Alienação Parental”.

Crianças submetidas a esse tipo de transtorno tem maior risco de sofrer de depressão, ansiedade, dificuldades na escola e podem ter problemas de relacionamento para o resto da vida.

“Parece coisa de novela, mas é muito mais frequente do que se imagina. O casal se separa e o que fica com a guarda da criança usa o filho como arma para agredir o outro. O objetivo é cortar o vínculo da criança com o outro genitor. Não são raros casos em que ocorrem até falsas acusações de abuso sexual para que o pai perca completamente o contato com a criança”, explica a psicóloga Andreia Calçada.

Segundo ela, tanto a mãe como o pai podem ter esse tipo de comportamento, mas como geralmente a guarda é da mãe o número de casos de mulheres que agem dessa forma é maior. Ainda de acordo com ela, o sofrimento da criança é intenso. “A desqualificação é tão repetida que altera a percepção da criança e ela passa a acreditar na mãe”, diz.

De acordo com a psicóloga e advogada Alexandra Ullmann, nos casos de falsa acusação de abuso, a criança acaba acreditando ter sido abusada e sofre os mesmos traumas daquelas que são de fato violentadas. “Hoje, a Justiça está atenta e a tendência é inverter a guarda em casos assim”, alerta.

A prática poderá virar crime: um projeto de Lei com essa finalidade foi aprovado na Câmara e será discutido no Senado.

ALERTA
Atitudes comuns de quem comete a alienação considerada branda

Não informar compromissos da criança em que a presença da outra parte (ex-cônjuge) seria importante.

Não dizer ao pai (ou mãe que não mora com a criança) quando o filho terá consultas médicas e reuniões escolares. Não avisar sobre festividades escolares e fingir que esqueceu.

Não dar recados deixados pelo outro genitor à criança.
Fazer comentários pejorativos com o filho sobre o outro responsável como se fossem comentários inocentes.

Mencionar que o outro esqueceu de comparecer às festas, compromissos e competições, quando na verdade o outro sequer foi avisado sobre os eventos.
Criar programas ‘incríveis’ para os dias em que o menor deverá visitar o outro genitor.

Telefonar para o filho incessantemente durante o período de visitação.
Pedir e cobrar que a criança telefone durante todo o período de visitação.
Dizer como se sente ‘abandonado e só’ durante o período que a criança está com o outro responsável.

Querer determinar que tipo de programa o pai/mãe poderá ou não fazer com o menor
POR PÂMELA OLIVEIRA
O DIA

Sobre divórcio, guarda dos filhos e alienação parental

O Conversa de Menina recebeu um material de divulgação muito bom sobre a lei que tramita no Congresso e prevê punição para os pais ou mães que incitarem os filhos a odiar o outro.

Julgamos importante publicar a íntegra do material (veja abaixo) e também chamar atenção das famílias para refletirem se é justo confundir a cabeça de uma criança por mágoa pessoal? Sabemos que na sociedade atual, os arranjos familiares são os mais variados e que muitas vezes, uma criança é criada pelos avós, ou mora só com o pai, ou apenas com a mãe, ou ainda vive com um dos dois e o padrasto ou madrasta.

Se você, ao se separar do seu ex-marido (ou da ex-mulher), julga-se no direito de recomeçar a vida ao lado de alguém e você tem realmente esse direito, não deve de maneira nenhuma querer que seus filhos virem a página e esqueçam que tinham um pai ou mãe.

É importante preparar as crianças para aceitar a convivência com o padrasto ou madrasta, mas é imprescindível fazer com que ela mantenha os laços afetivos com o pai ou mãe biológicos. Mulheres magoadas, que tentam afastar as crianças do pai fazem um mal muito grande aos próprios filhos e vice-versa.

Não estamos aqui tratando das situações de risco para a criança, quando a justiça determina o afastamento por questões envolvendo abuso, violência ou conduta perigosa como por exemplo dependentes químicos que usam drogas diante dos filhos. Estamos falando da maioria dos casamentos que se desfazem e que, cada um tenta reconstruir a vida com outra pessoa. Nessas situações, a criança precisa ser preparada para ter duas casas e duas famílias.

Mesmo que a guarda não seja compartilhada, no mínimo precisa haver os telefonemas, os finais de semana juntos, um período das férias visitando a nova casa de mamãe ou papai, a convivência. Se a sua bronca é por questões financeiras, não envolva o seu filho.

Trata-se de uma criança, não tem idade ou discernimento para discutir pensão alimentícia. Se está magoada (o) pelo relacionamento não ter dado certo, lembre-se que, podemos nos tornar ex-mulher ou ex-marido de alguém, mas jamais seremos ex-pai ou ex-mãe. O vínculo com os filhos não se desfaz com o divórcio.

Pai ou mãe que incitar filho a odiar o outro pode perder guarda e ser preso

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 4053/08, do deputado federal Regis de Oliveira (PSC-SP), que regulamenta a síndrome da alienação parental (caracterizada quando o pai ou mãe, após a separação, leva o filho a odiar o outro) e estabelece diversas punições para essa má conduta, que vão de advertência e multa até a perda da guarda da criança.

Com a lei, pais e mães que mentem, caluniam e tramam com o objetivo de afastar o filho do ex-parceiro serão penalizados.


Cunhada em 1985, nos Estados Unidos, pelo psicanalista Richard Garnir, a expressão Alienação Parental é comum nos consultórios de psicologia e psiquiatria. E, há cinco anos, começou a aparecer em processos de disputa de guarda nos tribunais brasileiros. Inspirados em decisões tomadas nos EUA, advogados e juízes já usam o termo como argumento para regulamentar visitas e inverter guardas.

Formas de provar a alienação parental

De acordo com o projeto, após a denúncia de alienação parental, a Justiça determinará que uma equipe multidisciplinar formada por educadores, psicólogos, familiares, testemunhas e a própria criança ou adolescente sejam ouvidos. O laudo terá de ser entregue pela equipe à Justiça em até 90 dias. Se comprovada, a pena máxima será a perda da guarda do pai responsável. “A alienação parental é uma forma de abuso emocional, que pode causar distúrbios psicológicos capazes de afetar a criança pelo resto da vida, como depressão crônica, transtornos de identidade, sentimento incontrolável de culpa, comportamento hostil e dupla personalidade”, explica o autor do projeto de lei.

Formas de alienação

De acordo com o projeto, são formas de alienação parental:

- realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade;
- dificultar o exercício do poder familiar;
- dificultar contato da criança com o outro genitor;
- apresentar falsa denúncia contra o outro genitor para dificultar seu convívio com a criança;
- omitir deliberadamente do outro genitor informações pessoais relevantes sobre a criança, inclusive informações escolares, médicas e alterações de endereço;
- mudar de domicilio para locais distantes, sem justificativa, visando dificultar a convivência com o outro genitor.

A prática de algum desses atos, segundo a proposta, fere o direito fundamental da criança ao convívio familiar saudável, constitui abuso moral contra a criança e representa o descumprimento dos deveres inerentes ao poder familiar.

Perícia e punição

Havendo indício da prática de alienação parental, o juiz poderá, em ação autônoma ou incidental, pedir a realização de perícia psicológica. O laudo pericial terá base em ampla avaliação, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes e exame de documentos. O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental deverá apresentar, em até 90 dias, avaliação preliminar indicando eventuais medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança.

Se ficarem caracterizados atos típicos de alienação parental, ou qualquer conduta que dificulte o convívio da criança com genitor, o juiz poderá:

- declarar a ocorrência de alienação parental, advertir e até multar o alienador;
- ampliar o regime de visitas em favor do genitor alienado;
- determinar intervenção psicológica monitorada;
- alterar as disposições relativas à guarda;
- declarar a suspensão ou perda do poder familiar.

A alteração da guarda dará preferência ao genitor que viabilize o efetivo convívio da criança com o outro genitor, quando for inviável a guarda compartilhada.

Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, terá seu mérito examinado pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Andreia Santana

Recuperação de lesão na medula espinhal

A recuperação em longo prazo de pessoas que sofreram lesões na medula espinhal melhora significativamente por meio do desligamento de um único gene, defende estudo publicado nesta semana.

Cerca de metade dos indivíduos que sofrem tais lesões ficam paraplégicos. Os custos de hospitalização e eventual reabilitação, nesses casos, são altíssimos.

Traumas na coluna podem fraturar osso ou deslocar vértebras, destruindo axônios, que transmitem sinais neurológicos do cérebro para o resto do corpo. Ironicamente, na tentativa de preservar-se da lesão, a medula causa estrago ainda maior a suas próprias células.

Na tentativa de se proteger, organismo acelera morte de células pós-trauma.
Silenciamento do gene Abcc8 impede processo de autodestruição.

Medula espinhal de ratos 24 horas após ferimento
cervical: a cobaia B recebeu tratamento para silenciar o gene Abcc8,
com uma notável reduçãode hemorragia

A recuperação em longo prazo de pessoas que sofreram lesões na medula espinhal melhora significativamente por meio do desligamento de um único gene, defende estudo publicado nesta semana.

Cerca de metade dos indivíduos que sofrem tais lesões ficam paraplégicos. Os custos de hospitalização e eventual reabilitação, nesses casos, são altíssimos.

Traumas na coluna podem fraturar osso ou deslocar vértebras, destruindo axônios, que transmitem sinais neurológicos do cérebro para o resto do corpo. Ironicamente, na tentativa de preservar-se da lesão, a medula causa estrago ainda maior a suas próprias células.

Após o trauma, o gene Abcc8 ativa a proteína Sur1. Isso ocorre por um mecanismo de defesa cujo objetivo é proteger células da morte causada por excesso de cálcio.

A proteína injeta sódio no sistema, ajudando a reduzir a entrada de cálcio nas células. Mas em lesões graves esse mecanismo protetor fica confuso, e a Sur1 vira workaholic, promovendo um superfluxo de sódio que acaba de matar as células.

O cientista Marc Simard estudou o mecanismo em humanos, camundongos e ratos e descobriu que a Sur1 atua nos três casos após lesões da medula espinhal. Ao “silenciar” o gene que codifica essa proteína (o Abcc8), os pesquisadores conseguiram brecar o processo de autodestruição involuntária.

Simard é do departamento de neurocirurgia da Faculdade de Medicina de Universidade de Maryland, nos EUA. A pesquisa foi publicada na revista científica “Science Translational Medicine” desta semana.
A recuperação em longo prazo de pessoas que sofreram lesões na medula espinhal melhora significativamente por meio do desligamento de um único gene, defende estudo publicado nesta semana.

Cerca de metade dos indivíduos que sofrem tais lesões ficam paraplégicos. Os custos de hospitalização e eventual reabilitação, nesses casos, são altíssimos.

Traumas na coluna podem fraturar osso ou deslocar vértebras, destruindo axônios, que transmitem sinais neurológicos do cérebro para o resto do corpo. Ironicamente, na tentativa de preservar-se da lesão, a medula causa estrago ainda maior a suas próprias células.

Após o trauma, o gene Abcc8 ativa a proteína Sur1. Isso ocorre por um mecanismo de defesa cujo objetivo é proteger células da morte causada por excesso de cálcio.

A proteína injeta sódio no sistema, ajudando a reduzir a entrada de cálcio nas células. Mas em lesões graves esse mecanismo protetor fica confuso, e a Sur1 vira workaholic, promovendo um superfluxo de sódio que acaba de matar as células.

O cientista Marc Simard estudou o mecanismo em humanos, camundongos e ratos e descobriu que a Sur1 atua nos três casos após lesões da medula espinhal. Ao “silenciar” o gene que codifica essa proteína (o Abcc8), os pesquisadores conseguiram brecar o processo de autodestruição involuntária.

Simard é do departamento de neurocirurgia da Faculdade de Medicina de Universidade de Maryland, nos EUA. A pesquisa foi publicada na revista científica “Science Translational Medicine” desta semana.

G1.com

Andropausa.


Os homens também padecem com os incômodos provocados pela queda de hormônios, chamada andropausa.

Sofrer com a menopausa não é um problema apenas das mulheres. Os homens também padecem com os incômodos provocados pela queda de hormônios.

É a andropausa, caracterizada pela baixa nos níveis de testosterona, o principal hormônio masculino produzido pelos testículos.

Mas hoje, como acontece com a menopausa, já é feita a reposição hormonal para aliviar os sintomas. E aos mais apavorados, um alento: ao contrário do que ocorre com as mulheres, a andropausa não provoca o fim da fertilidade e sim uma redução dela, devido à menor produção de espermatozóides.

Queda variável

Com a idade, a testosterona cai em torno de 1% ao ano. Mas, segundo a endocrinologista Luciana Bahia, a queda dos níveis de testosterona não ocorre de maneira uniforme entre os indivíduos. Segundo ela, existem homens que conseguem manter uma boa secreção de testosterona até os 80 anos, enquanto outros já demonstram uma queda por volta dos 50.

”Existe uma tendência de queda de produção testicular com o envelhecimento, mas isso não é uma regra fixa”.

Fatores como a raça, a cor, a presença de doenças, o uso de medicamentos, o fumo e o álcool tendem a influenciar.

Sintomas ainda não identificados

Se os sintomas da menopausa são fáceis de identificar, nos homens nem tanto. Na Finlândia um grupo de cientistas começa a pesquisar o assunto. Até agora, de acordo com o coordenador da pesquisa, Ilpo Hutaniemi, chefe do departamento de fisiologia de Turku, foram relacionadas algumas reações, como disfunção erétil e/ou redução da libido.

A endocrinologista Luciana acrescenta ainda outros sintomas, como: diminuição da força e atrofia muscular, aumento de gordura corporal, principalmente na região abdominal, diminuição da libido, alterações no humor e desânimo.

Reposição hormonal

Luciana diz que a reposição de testosterona e derivados já esta sendo feita com bons resultados, mas com algumas ressalvas. “Ainda não se chegou a um consenso sobre a dose a ser prescrita, o tipo de preparado, o tempo de uso e se os efeitos benéficos influenciam a ocorrência de doenças e qualidade de vida”, afirma.

O tipo de terapia de reposição hormonal mais comum é aquela por via transdérmica, por meio de gel, cremes ou adesivos cutâneos. Alguns médicos recomendam ainda o uso de suplementos vitamínicos, sais minerais e oligoelementos, com a finalidade de melhorar a atividade mental, antioxidantes e em especial determinados aminoácidos, que ajudarão a liberar neurotransmissores cerebrais.

A reposição só é contra-indicada para os homens que apresentem hiperplasia benigna da próstata, câncer da próstata e pacientes com antecedentes familiares da doença.

Controvérsia

As terapias de reposição hormonal, no entanto, ainda não conseguiram uma unanimidade entre os especialistas da área sexual. Este tipo de terapia ainda provoca controvérsia: há quem considere que resolve todo e qualquer problema e há aqueles que não acreditam na sua eficácia.

Em relação às terapias de reposição masculina, parece a mesma coisa. “Envelhecer é difícil. Perde-se massa muscular e força, mas isso não significa que se tenha que sofrer de depressão.

A depressão está mais ligada a outros fatores, como a dificuldade de aceitação do envelhecimento, dificuldade do idoso na sociedade, por exemplo”, diz a psicóloga e terapeuta sexual Vera Lúcia Vaccari.

Segundo ela, se for comprovado que a testosterona realmente melhora a qualidade de vida das pessoas como um todo, realmente a terapia de reposição pode ser útil. “Mas acho que qualidade de vida não vem em vidros ou remédios. Vem em construção social, mudança de mentalidade, etc”, afirma Vera.

Mito ou verdade

No trabalho que está sendo desenvolvido na Finlândia, os pesquisadores buscam descobrir se há alguma evidência biológica de que a menopausa masculina existe ou se é uma condição psicológica. Algo similar à crise da meia-idade ou a algum sinal fisiológico do envelhecimento. Para isso, estão sendo estudados 30 mil homens, entre 40 e 70 anos.

Para realizar a pesquisa, os homens recebem uma série de injeções de testosterona, o hormônio sexual masculina. Seus sintomas são acompanhados, tais como a transpiração e a perda de controle sexual. Os resultados são comparados com homens que não receberam injeções.

O tratamento é semelhante à terapia de reposição de estrogênio, o hormônio sexual feminino, nas mulheres. Os efeitos colaterais da injeção de testosterona podem incluir doenças cardiovasculares e problemas na próstata. Os homens com um histórico de doenças nesses órgãos são excluídos da pesquisa.
Fonte: Artigos, Salutia

http://www.saudenarede.com.br/?p=av&id=Andropausa_-_

Medicamentos




A máquina de propaganda da indústria farmacêutica, as irresponsabilidades de muitas médicos e as ignorâncias dos usuários criaram um novo tipo de vício, tão perigoso quanto o das drogas ilegais: a farmacodependência.

Um dia, sem querer, você abre uma das gavetas do seu filho adolescente e encontra um cigarro de maconha. A sensação é de decepção, medo, angústia, seguida da terrível constatação: “Meu filho é um drogado”.

Enquanto torce mentalmente para que ele não esteja viciado, você, sem perceber, se vê abrindo a gaveta de remédios para retirar o calmante que usa nos momentos de tensão, antevendo a inevitável e difícil conversa que precisará travar quando ele chegar.

É nessa gaveta de medicamentos que você encontra o alívio para o corpo e a alma. São analgésicos para a dor, ansiolíticos para relaxar, antiinflamatórios e até mesmo comprimidos de anfetamina usados para conter o apetite que tantas vezes você não consegue controlar naturalmente.

Em meio ao nervosismo, você não se dá conta de que alguns desses remédios ingeridos diariamente podem causar mais danos e dependência que as substâncias que você conhece como “drogas ilícitas”.
Esteja certo: se um químico fizesse uma análise fria das substâncias encontradas na sua gaveta e na do seu filho, o garoto não seria o único a precisar de uma conversa séria sobre o perigo de se amparar em muletas psicoativas.

“Do ponto de vista científico, não há diferença entre um dependente de cocaína e um viciado em remédios que contêm anfetamina”, diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Assistência a Dependentes ( Proad), da Universidade Federal de São Paulo.

“Droga é droga, não importa se ela foi comprada num morro ou numa farmácia dentro de um shopping.” Se é assim, como explicar a extrema intolerância social diante das drogas ilícitas acompanhada de uma permissividade leviana diante de drogas prescritas pelos médicos (que coloca o Brasil no quinto lugar em consumo de medicamentos)? Afinal, precisamos mesmo de tantos remédios?

Segundo a maioria dos especialistas, a resposta é não. Apesar dos problemas de saúde da maioria dos brasileiros pobres, que mal conseguem ter acesso a alimentos básicos, e das doenças comuns entre a classe média e os ricos, o uso abusivo e irregular de medicamentos cresce numa velocidade preocupante.

O número de farmácias per capita no país é um bom indicador do problema. Há uma drogaria para cada 3 mil habitantes, mais que o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Ou seja: há mais pontos-de-venda de remédios no Brasil do que de pão – são 54 mil farmácias contra 50 mil padarias. Drogas químicas podem ser compradas por telefone e pela internet, com ou sem receita médica. Balconistas diagnosticam doenças e “tratam” pessoas com remédios da moda, dos analgésicos às pílulas contra impotência.

O resultado é alarmante: segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), o Brasil teve 22 121 casos de intoxicação, no ano de 2000, provocados pelo uso indevido de remédios, quase um terço de todos os casos registrados.

“E isso é só a ponta do iceberg”, diz Rosany Bochner, coordenadora da instituição. “Como não recebemos informações de todos os estados e nem sempre os médicos assumem os erros de prescrição, esse número deve ser pelo menos quatro vezes maior.” Se ela estiver certa, o número de casos no Brasil passaria dos 100 mil. Nos Estados Unidos, onde a situação é bem mais grave, 1 milhão de pessoas são intoxicadas por medicamentos todos os anos.

Com dados tão alarmantes, você deve estar se perguntando por que a população de lá não pressiona o seu governo a usar parte da fortuna usada no combate às drogas ilegais (no ano de 2000, foram 39 bilhões de dólares) em campanhas de prevenção de intoxicação por medicamentos. Boa pergunta.

“É que a gravidade desses dados termina sendo mascarada nas estatísticas”, diz a coordenadora do Sinitox. Ela explica que as pesquisas norte-americanas, por exemplo, classificam os casos de intoxicação por tipo de medicamento, separando analgésicos de antidepressivos e assim por diante. “Somados, os medicamentos também são a maior causa de intoxicação por lá”, diz Rosany. “Mas, devido a essa classificação, são os produtos de limpeza que aparecem como vilões em primeiro lugar, já que estão agrupados numa única categoria.”

Enquanto prevalece uma estranha cortina de silêncio sobre o problema, milhares de pessoas que ingerem medicamentos correm, sem saber, risco de se tornarem dependentes. Um problema que conta com a irresponsabilidade de alguns médicos e os interesses bilionários de uma das mais poderosas forças econômicas mundiais: a indústria farmacêutica.

Overdose de Lucros

É inegável que as marcas da indústria farmacêutica estão longe da popularidade de nomes como Microsoft ou McDonald’s. Mas não se engane com essa aparente falta de glamour. Afinal, laboratórios farmacêuticos são o negócio mais lucrativo do planeta, perdendo apenas para as companhias de petróleo.

Segundo uma estimativa da revista inglesa Focus, o setor teria faturado, no ano passado, 406 bilhões de dólares. A contradição é que enquanto os laboratórios estão cada vez mais saudáveis do ponto de vista financeiro, a imensa maioria dos habitantes do mundo permanece doente.

Por que isso acontece? A resposta é simples: apenas 1% dessa montanha de dinheiro veio da África, onde a maioria dos seus 800 milhões de habitantes padece de doenças endêmicas e não tem recursos para comprar medicamentos. Sem consumidores com bom poder aquisitivo, os laboratórios não se interessam em fabricar remédios baratos ou voltados para as doenças de países pobres.

“Para essas multinacionais, é mais lucrativo criar medicamentos para doenças crônicas como o diabete ou problemas cardíacos, uma vez que o paciente vai precisar continuar consumindo o remédio até o fim da vida”, que produz medicamentos que estão ajudando o governo brasileiro a ser auto-suficiente – e um modelo para o mundo – no combate à Aids.

Não é à toa que 66% das vendas dos laboratórios emergiram dos países da América do Norte e da Europa, cuja população de 730 milhões de pessoas ostenta a renda mais alta do mundo e gasta fortunas com medicamentos de última geração. Estima-se que, no mesmo período, a indústria farmacêutica brasileira faturou cerca de 7,5 bilhões de dólares, cifra que pode parecer nanica diante dos 170 bilhões de dólares das vendas nos Estados Unidos, mas que é bastante significativa na estatística mundial do setor.

São mais de 32 mil rótulos no país, com variações de 12 mil substâncias – um exagero, considerando a lista de medicamentos essenciais para o bem-estar, da Organização Mundial de Saúde (OMS), de apenas 300 itens, ou mesmo as 6 mil drogas disponíveis nas farmácias britânicas.

Os brasileiros adoram tomar analgésicos e antiinflamatórios e estão entre os campeões de consumo de ansiolíticos, os conhecidos tranqüilizantes, adquiridos indiscriminadamente para acabar com insônia, inquietação ou o simples mau humor de um dia aziago. A dependência de sedativos é um hábito que os jovens aprendem rápido com os pais.

Nesse particular, contudo, as mulheres são imbatíveis: são elas que respondem por 75%do consumo de tranqüilizantes no país, talvez pelo fato de, segundo um estudo da Escola Paulista de Medicina na década passada, apresentarem o dobro dos casos de nervosismo e outros distúrbios psicológicos dos homens.

Conflito de Interesses

A força dessa indústria é tão grande, que pesquisadores e entidades médicas como a Associação Americana de Medicina estão questionando a própria idoneidade da informação produzida por universidades e centros de pesquisa patrocinados por laboratórios. Afinal, no ano 2000, a indústria farmacêutica financiou 70% dos testes de drogas clínicas realizados por instituições de pesquisa “independentes” dos Estados Unidos, o que custou aos cofres dos laboratórios 60 bilhões de dólares. Há quem afirme que o preço pago pelos centros de pesquisa por esse tipo de parceria pode ter sido alto demais.

“Os patrocinadores decidem quem vai trabalhar no estudo e excluem quem tem pontos de vista conflitantes com os seus interesses”, afirma Steven Cummings, diretor do programa de pesquisa clínica da Universidade da Califórnia, em São Francisco.

São comuns também a imposição de cláusulas de confidencialidade que impedem a divulgação de resultados e o intercâmbio de dados entre cientistas, duas restrições quase fatais para a produção de conhecimento científico.

“A ciência depende de um fluxo aberto e livre de informação”, diz o pesquisador Steven Rosenberg, do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. “No entanto, quanto mais a pesquisa é sustentada por companhias privadas, mais a ética dos negócios atropela a ética da ciência.”

Os conflitos de interesses entre cientistas e a indústria farmacêutica vêm sendo objeto de estudos importantes nos últimos quatro anos.

Um dos mais rumorosos aconteceu no Canadá, onde a hematologista Nancy Olivieri, da Universidade de Toronto, conduziu uma pesquisa sobre uma droga desenvolvida pelo laboratório Apotex para tratamento da talassemia, um tipo de anemia que ocorre principalmente entre populações que vivem em áreas próximas do mar Mediterrâneo.

Ela constatou que o remédio expunha os pacientes a danos no fígado e no coração, mas foi impedida de compartilhar os dados com outros colegas e de advertir o público sobre os riscos da droga porque a Apotex evocou a cláusula de confidencialidade do contrato.

Como a comunidade dos pesquisadores ficou ao lado da hematologista, a Universidade de Toronto acabou alterando sua política de parceria com os laboratórios – ainda assim, a Apotex manteve o sigilo das informações sobre os efeitos colaterais do seu produto.

Em Winston-Salem, na Carolina do Norte, Estados Unidos, uma equipe de cinco pesquisadores da Universidade Wake Forest, chefiada por Curt Furberg, passou cinco anos pesquisando e produzindo relatórios comparativos entre um novo bloqueador de cálcio do laboratório Sandoz, atual Novartis, e um diurético.

Mas o patrocinador recusou a conclusão quando a equipe constatou que o novo remédio, destinado a regular a pressão sanguínea e reduzir a calcificação de artérias, era menos eficaz que o diurético. A equipe foi convidada a refazer seu relatório sucessivamente até que, quando chegaram à mesma conclusão pela décima vez, os próprios cientistas desistiram da pesquisa. “Não conseguimos nenhum resultado, mas é preciso ter princípios”, afirma Furberg.

Outro caso famoso envolveu o laboratório Knoll Pharmaceutical e a pesquisadora Betty Dong, da Universidade da Califórnia. Betty publicara um levantamento parcial que sugeria que o remédio Synthroid, contra distúrbios da glândula tireóide, era mais eficaz que os seus concorrentes.

Foi então contratada pelo Knoll, por 250 mil dólares, para realizar um estudo mais profundo que, no entanto, revelou que o Synthroid não tinha nada de especial. Resultado: Betty foi impedida de divulgar os seus dados, apesar de outros pesquisadores terem chegado à mesma conclusão.

O que diz de tudo isso a indústria farmacêutica? “Quando realiza uma pesquisa, a indústria investe alto e não é justo que a divulgação dos dados beneficie os concorrentes”, diz o biólogo Ciro Mortella, presidente da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma). “Os laboratórios são empresas que precisam apresentar resultados a seus acionistas. Não somos monges, mas somos éticos.”

Pelo menos nas últimas duas décadas, os acionistas da indústria farmacêutica não têm motivos para queixas, em parte graças ao retorno da pesquisa permanente de novos medicamentos, algo que consome 21% do faturamento do setor, mas que gera resultados bastante compensadores. Somente em pesquisas cada novo remédio custa entre 300 e 500 milhões de dólares.

Mas os lucros quase sempre superam em muito o investimento. O Viagra está aí para provar. Uma das minas de ouro da Pfizer, o remédio rendeu 1,3 bilhão de dólares apenas em 2001. No mesmo período, os novos ansiolíticos e drogas para doenças cardiovasculares faturaram 90 bilhões de dólares.

O irônico é que muitas das oportunidades de lucro no setor surgem dos efeitos adversos dos próprios medicamentos que já estão em uso. Ou seja: a complicação provocada por um remédio pode ser a chave para uma nova droga, destinada a outra doença. No final, a marca será direcionada para o efeito farmacológico mais lucrativo. Um exemplo é o Proscar, do laboratório Merck.

Quando foi lançado, há cerca de dez anos, era apenas um supressor hormonal indicado para doenças da próstata. Com o tempo, percebeu-se que um dos efeitos indesejáveis da droga era o crescimento do cabelo, o que levou o laboratório a relançá-lo como remédio para calvície.

Fenômeno similar aconteceu com o Wellbutrin, antidepressivo produzido nos anos 80 pela Glaxo, à base de cloridrato de bupropiona. Como muitos usuários da droga perdiam a vontade de fumar, a Glaxo registrou de novo o produto, sob a marca Zyban, agora indicado para quem tenta se livrar do tabagismo.

No ano passado, a indústria farmacêutica colocou no mercado global 69 super-remédios. Frutos do desenvolvimento da biotecnologia, o lançamento de drogas de última geração foi 17 vezes maior do que há dez anos, quando apenas quatro super-remédios foram produzidos.

A febre de lançamentos amplia o número de títulos nas prateleiras das farmácias a cada ano em escala geométrica, apesar de especialistas do Centro Cochrane, organização que procura mapear e avaliar o conhecimento médico em 15 países, advertirem recentemente ao público que, quando o assunto são medicamentos, nem sempre o novo e o mais caro é o melhor.

É claro que as propagandas desses novos remédios lutam para provar o contrário. No início dessa década, por exemplo, o antialérgico Claritin chegou a gastar mais com propaganda do que a Coca-Cola. Ao tratarem medicamentos como um produto qualquer (prometendo às vezes efeitos irreais), os anúncios conseguiram aumentar as vendas dessas drogas em 21% em apenas um ano – segundo a consultoria americana Scott-Levin.

Junto às farmácias, o cerco da propaganda é ainda maior, com a distribuição de prêmios aos donos e balconistas que atingirem metas de vendas através da conhecida “empurroterapia”, a sugestão feita ao cliente que aparece na farmácia sem receita e que quer se livrar a qualquer preço de algum mal-estar.

Resultado: apenas um terço das 400 milhões de caixas de remédio vendidas por ano no Brasil veio de prescrições médicas. “Em outros países, como nos Estados Unidos, há um controle mais rígido na farmácia entre os chamados remédios leves e os que requerem receita médica”, diz Rosany Bochner, coordenadora do Sinitox. “Mas esse controle não é suficiente, uma vez que essas drogas leves não são tão leves, principalmente quando não se limita a quantidade da compra.”

Cerco Médico

Talvez não seja tão difícil entender os motivos que levam balconistas desinformados a incentivar a compra desnecessária de alguns remédios. Mas e os médicos? Será que eles são imunes a esse tipo de abordagem? Tudo indica que não. Afinal, é difícil acreditar que os laboratórios dos Estados Unidos cheguem a gastar à toa cerca de 14 bilhões de dólares para convencê-los a prescrever seus remédios.

Há um vendedor para cada 11 médicos americanos, representantes que trabalham com uma munição que inclui amostras grátis e brindes como canetas e relógios – tudo para que suas marcas sejam lembradas na hora da receita.

Nada de mais, se os incentivos parassem por aí. O problema é que os laboratórios estão cada vez mais “generosos” e não é raro que esses mimos cheguem a incluir jantares em restaurantes de luxo, viagens internacionais e participação em congressos, com tudo pago.

Esse tipo de cerco aos médicos tornou-se tão incômodo que algumas clínicas, como a Everett, de Washington, decidiram não mais receber esses representantes dos laboratórios, a fim de preservar a liberdade de prescrição da sua equipe.

“Os médicos estão cada vez mais ocupados e quase não têm tempo para ler sobre as novas drogas”, diz o pesquisador Stephen Soumerai, da Universidade de Harvard. “Com isso, a influência da propaganda feita pelos representantes da indústria farmacêutica torna-se quase incontrolável.”

No Brasil, também é comum que os médicos recebam presentes dos laboratórios, o popular jabá. A banalização dessa prática levou o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) a bater forte na indústria farmacêutica e a exigir um comportamento ético dos profissionais ante o cortejo de vendedores.

Há três anos, o então presidente do Cremesp, Pedro Paulo Monteleone, acusou os laboratórios de intervirem de forma abusiva no setor médico. Segundo ele, o patrocínio de eventos e o pagamento de passagens para médicos teriam criado uma situação de dependência que, em alguns casos, praticamente havia transformado os congressos em encontros propagandísticos dos laboratórios.

Na época, José Eduardo Bandeira de Melo, representante da então Abifarma (atual Febrafarma), rebateu essa afirmação e colocou a culpa nos médicos, dizendo que eram eles que exigiam favores da indústria, ameaçando até não mais receitarem seus produtos caso não recebessem passagens aéreas ou o pagamento desses cursos e encontros.

A atual posição da Febrafarma é mais amena. Segundo Ciro Mortella, atual presidente da entidade, essas acusações não são de médicos, mas de políticos em busca de promoção pessoal. “É ridículo imaginar que, após sete anos de estudo, um médico se comporte como um mentecapto e se deixe manipular como uma criança”, afirma Ciro.

Mas, se é ingenuidade atribuir à ganância dos laboratórios toda a culpa pelo abuso de medicamentos, quem seriam os outros responsáveis?

Foi tentando responder essa pergunta que alguns especialistas chegaram à conclusão de que o problema pode estar em certos vícios da própria abordagem médica.

Tradicionalmente, o que a medicina chama de doença são mudanças estruturais em nossas células, causadas por agentes específicos que devem ser combatidos com o uso de substâncias externas – os medicamentos.

Mesmo reconhecendo que uma série de doenças são de fundo psicológico (as chamadas doenças psicossomáticas), boa parte dos médicos vêem no momento da prescrição uma forma prática e segura de abreviar a consulta. “À medida que o médico tem menos tempo e disponibilidade para conversar e se dedicar aos seus pacientes, mais propenso fica a receitar medicamentos”, diz o psiquiatra e psicanalista José Atílio Bombana, da Unifesp. “Ele abre mão da sua grande arma terapêutica, que é o contato com o paciente, e adota como única resposta a medicação, o que, naturalmente, estimula a utilização de remédios.”

Nessa rotina, não é raro que um paciente seja indicado a tomar psicotrópicos (como um calmante) ou drogas para hipertensão no fim de uma consulta de apenas dez minutos – tempo no qual é impossível para o médico levantar o histórico do paciente.

Como conseqüência, vem a automedicação, uma vez que o paciente tende a concluir que, se o médico gastou menos de dez minutos para prescrever o remédio, é bem provável que a droga não seja tão perigosa. Ou que a decisão do médico não tenha tantas conseqüências. Assim, a mesma decisão poderia ser tomada pelo balconista da farmácia ou pelo próprio paciente.

O problema é que os especialistas sabem que qualquer droga é perigosa, em maior ou menor grau. Tome-se o caso das reposições hormonais. Um único miligrama de hormônio – substância que, em sua forma natural, é produzida por uma glândula – é suficiente para alterar o funcionamento de sistemas vitais, as características morfológicas e o humor de uma pessoa. Bastam, por exemplo, 50 trilionésimos de grama de estrógeno por mililitro de sangue para garantir às mulheres as formas arredondadas e os traços delicados que são a marca do sexo feminino.

Como a produção natural de estrógeno decai na menopausa, tornou-se hábito suplementá-lo em mulheres nessa fase da vida com a adição de hormônio sintético. O problema é que, desde a década de 70, efeitos deletérios vêm sendo constatados, entre os quais o câncer de útero.

Em julho passado, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos anunciou que as mulheres submetidas a tratamento com o repositor hormonal Premelle estavam mais sujeitas a infarto, derrame e câncer de mama.

“Todo remédio tem efeitos colaterais”, afirma Arnaldo Lichtenstein, clínico-geral do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Os antialérgicos causam sonolência e dificuldade de concentração. Os antibióticos prejudicam rins e fígado e até podem causar surdez. A cortisona provoca pressão alta e úlcera; antiinflamatórios podem provocar úlcera, gastritre e hemorragia digestiva.

Até os popularíssimos suplementos vitamínicos podem ter conseqüências indesejáveis. O excesso de vitamina C pode levar à formação de pedras nos rins e o das vitaminas A, D, E e K, causar lesões no fígado. Muita vitamina A provoca também fadiga, insônia e agitação. O pior é que a intervenção para aliviar tais efeitos, com o uso de outros medicamentos, não raro fecha um circuito de complicações das quais o paciente não consegue se libertar facilmente.

Evitando a dependência

“Qualquer pessoa pode se tornar dependente de medicamentos”, diz o psiquiatra Marcelo Niel, um dos coordenadores do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Proad). Ele diz que os dois casos mais comuns de dependência estão ligados aos benzodiazepínicos (calmantes) e às anfetaminas (usadas como moderadores de apetite).

“Quando os comprimidos acabam, os dependentes têm tremores, taquicardia e, no caso dos dependentes de anfetamina, até surtos psicóticos”, diz o psiquiatra. Marcelo, contudo, reconhece que há uma classe de pessoas que está mais propensa a desenvolver uma relação conturbada com os remédios. Se você está pensando no seu amigo hipocondríaco, acertou.

É verdade que, pelo menos uma vez na vida, é normal sentir temores infundados acerca da própria saúde.

Mas, como os hipocondríacos simplesmente não conseguem parar de se sentir doentes, eles terminam se tornando alvos frágeis da tendência ao abuso de remédios. Em geral, pessoas assim visitam a farmácia como se fossem a uma loja. Adoram novidades da indústria farmacêutica e sabem de cor todas as bulas.

E, é claro, se irritam profundamente quando o médico diz que eles não têm nada. “Ele acha que estou fingindo”, pensam nesse momento. E, de fato, os hipocondríacos não estão fingindo. Eles sentem a dor de que estão se queixando e sofrem com os sintomas da sua doença. A diferença é que seu mal está na mente e no complicado mecanismo que rege suas emoções e suas relações com o mundo exterior. Ao contrário do que muita gente pensa, a hipocondria não é um distúrbio raro.

Cerca de 5% dos casos de pacientes atendidos em clínicas e hospitais se enquadram nessa classificação, sem falar no fato de que mais de 80% dos diagnósticos médicos se resumem à sigla DNV (distúrbio neurovegetativo), a crise hipocondríaca que atinge as pessoas comuns, na agitação da vida moderna.

“A hipocondria é um dos recursos do homem para lidar com as dores do drama de sua existência”, diz o psicólogo Rubens Volich em seu livro Hipocondria: Impasses da Alma, Desafios do Corpo. Com suas queixas, eles acabam conseguindo que o médico solicite exames e prescreva remédios. Sentem-se aliviados por alguns dias e, depois, encontram outro motivo para voltar ao consultório ou ao hospital. Às vezes, por obra dos próprios efeitos colaterais dos medicamentos ingeridos.

“A maioria dos hipocondríacos sofre de depressão”, diz o psiquiatra Marcelo Niel. “E, enquanto esse problema não for tratado, eles continuarão expostos a medicamentos desnecessários.” Como estão sempre ingerindo medicamentos, eles se tornam mais propensos a se tornarem dependentes. Mas como saber quem é viciado e quem não é?

Marcelo diz que as pessoas devem ficar alertas quando sentirem que estão condicionando vários momentos da vida ao uso de algum medicamento. Ele diz que considera normal que alguém tome um calmante em um momento especialmente insuportável. “O problema é quando qualquer situação de desconforto passa a ser esse momento crítico”, diz o psiquiatra.

Essa seria a hora de buscar orientação, antes que o sujeito venha a precisar de uma pílula para dormir, de outra para acordar, ou de uma para sentir fome etc.

A maioria dos especialistas parece concordar num ponto de que pouca gente se dá conta: a maior parte das doenças pode ser curada pela ação do próprio organismo. “A natureza resolve sozinha 90% dos problemas de saúde”, diz o médico Daniel Sigulem, professor da Universidade Federal de São Paulo. “Em geral, pede-se aos médicos apenas que não atrapalhem.

”Enfim, o que precisa ficar claro é que a ausência de remédios na vida de uma pessoa é uma garantia e quase sempre um sinal maior de saúde do que a presença maciça deles. Uma conclusão que, com certeza, você não vai encontrar na bula de nenhum medicamento.

"Eu não conseguia parar de tomar"

“Como queria emagrecer, fui, há mais de dez anos, a um endocrinologista e ele me receitou um moderador de apetite, que não surtiu muito efeito. Pedi um remédio mais forte e ele me passou um comprimido à base de anfetamina. Na receita estava escrito um comprimido por dia.

Insatisfeita com os resultados, resolvi tomar dois por conta própria. Como perdi até o apetite para almoçar, cheguei a perder 20 quilos. Mas o remédio não mexeu só com o meu apetite. Senti que os comprimidos me deixavam mais agitada, rápida no trabalho, elétrica. E, quando o remédio acabava, ficava ansiosa, deprimida, voltava a engordar. Procurava novamente o médico em busca de mais receita e, quando ele não receitava, comprava diretamente na farmácia.

Por não conseguir parar de tomá-los, cheguei a ficar desacordada e parar no pronto-socorro depois de tomar alguns comprimidos com álcool. Como passei a me sentir mal quando não tomava o remédio, há dois anos terminei no Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes, do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo).

Os psiquiatras trocaram minha medicação, tive apoio de terapeutas, mas ainda hoje tenho seqüelas do uso abusivo da anfetamina. Tenho dificuldade de concentração, fico inquieta, como se ainda precisasse do remédio. Apesar da ajuda da terapeuta, continuo me achando gorda e sinto que a qualquer instante posso ter uma recaída.”

...As fonte estão inseridas no próprio texto do artigo