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2.20.2011

Estudo relaciona surdez e demência em idosos

Neurologia

A cada 10 decibéis perdidos de audição, risco de demência cresce 27%

Demência: pesquisa aponta que a perda da audição está diretamente relacionada à doença neurológica Demência: pesquisa aponta que a perda da audição está diretamente relacionada à doença neurológica 
Pessoas idosas com problemas de surdez têm mais chances de desenvolver demência, afirma uma pesquisa publicada no periódico Archives of Neurology por cientistas da Faculdade de Medicina Johns Hopkins, dos Estados Unidos. De acordo com o estudo, a cada dez decibéis perdidos de audição, os riscos de demência aumentam 27%.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram dados médicos de 639 pessoas com idades variando entre 36 e 90 anos - nenhuma delas sofria de demência. Os participantes foram inicialmente submetidos, de 1990 a 1994, a avaliações mental e auditiva. Na fase seguinte, que se estendeu até 2008, foi realizado novo acompanhamento, em busca de sinais de demência.
Do total de voluntários, 125 estavam afetados por leve deficiência auditiva, 53 estavam moderadamente surdos e seis padeciam de uma importante perda auditiva. Além disso, foram diagnosticados 58 casos de demência - 37 deles com Alzheimer. Os especialistas estabeleceram, então, uma correlação entre envelhecimento, perda da audição e aumento do risco de senilidade.
Entre os participantes de 60 anos ou mais, 36,4% dos riscos de desenvolver demência estavam vinculados à perda da audição, indica a pesquisa. Já o risco de surgimento de Alzheimer aumenta 20% a cada dez decibéis de perda de capacidade auditiva.
Os resultados não provam que a perda de audição é a causa da demência. Mas, segundo os médicos, sugerem que cuidados com o aparelho auditivo podem  impedir o aparecimento de doenças como o Alzheimer. "A perda da audição pode estar vinculada à demência em consequência de um esgotamento das capacidades mentais e do isolamento social ou a uma combinação de ambos", diz Frank Lin, coordenador do trabalho. Ele lembrou que um estudo de 1980 já havia chegado à mesma conclusão, mas a nova pesquisa foi a primeira a seguir o histórico de voluntários por vários anos.
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