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2.20.2011

Mudanças de hábitos na alimentação

Alimentação

Informar calorias nos alimentos não muda hábitos de adolescentes americanos

Estudo mostrou que avisar o valor calórico dos alimentos nos restaurantes não surte efeito muito significativo entre os jovens

Estudo: informar calorias no cardápio não influencia hábitos alimentares de jovens
Estudo: informar calorias no cardápio não influencia hábitos alimentares de jovens
“Adolescentes e adultos notaram a informação calórica no cardápio. Poucos adolescentes disseram ter utilizado essa informação na escolha de uma alimentação menos calórica”
Brian Elbel, um dos autores do estudo, da Universidade de Nova York.
Divulgar a quantidade de calorias consumidas por adultos e adolescentes em restaurantes americanos pode não estar surtindo resultados significativos. Segundo uma pesquisa publicada no periódico americano Internacional Journal of Obesity, apenas 9% dos adolescentes e 28% dos adultos dizem ter mudado os hábitos alimentares depois da norma publicada em 2008, que obriga os estabelecimentos de Nova York a informar o valor calórico de seus produtos nos cardápios - medida adotada com o intuito de combater a obesidade.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores colheram depoimentos de 427 pais e adolescentes em restaurantes de fast-food em Nova York e Newark, nos Estados Unidos. Os dados foram coletados antes de a norma começar a valer e um mês depois de entrar em vigor. Depois que os voluntários saíam do estabelecimento, os pesquisadores checavam com o restaurante se a refeição informada foi de fato consumida.
Após o início da norma, 57% dos adolescentes de Nova York e 18% dos que estavam em Newark disseram ter reparado nas informações sobre as calorias. Do total, 9% disseram que isso afetou a escolha e influenciou a troca por um alimento menos calórico. No caso dos adultos, 28% disseram terem sido influenciados pelas calorias no cardápio. “Enquanto adolescentes e adultos notaram a informação calórica no cardápio, poucos adolescentes disseram ter utilizado essa informação na escolha de uma alimentação menos calórica”, diz Brian Elbel, um dos autores do estudo, da Universidade de Nova York.
Apesar da regra, a pesquisa não encontrou uma mudança significativa no número de calorias ingeridas em restaurantes fast-food. O gosto da comida foi considerado o fator mais importante pelos adolescentes para justificar a escolha. Somente um quarto do grupo disse controlar ou limitar a alimentação com o objetivo de manter o peso. O estudo mostrou ainda que a maioria dos adolescentes subestimou a quantidade de calorias consumidas: eles acreditaram ter ingerido 466 calorias, em vez de 725 calorias.
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