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3.22.2011

MULHERES SE ACIDENTAM E ADOECEM MAIS EM AMBIENTE DE TRABALHO

Mulheres se acidentam e adoecem mais em ambiente de trabalho
Estudo comprova que elas ocupam cargos de maior risco e ficam mais vulneráveis.

Além de terem que se transformar em mil ao mesmo tempo, para dar conta do trabalho, dos filhos e da casa, as mulheres sofrem por serem mais vulneráveis ao ambiente de trabalho. De acordo com uma pesquisa realizada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, elas adoecem e se acidentam 50% a mais, em relação aos homens, no desempenho de suas funções.
Dobrar a jornada com o trabalho doméstico ou triplicar com o cuidado dos filhos, além de romper os limites físicos para competir de igual para igual, são alguns dos motivos que explicam esta taxa segundo Sergio Cagno, Médico do Trabalho e Diretor da Bioqualynet.
O registro de acidentes e a incidência de doenças são mais comuns nas profissões de carteiro mulher, encarregada da limpeza, professora, enfermeira, telefonista e bancária. “As doenças e os acidentes mais frequentes são: LER (Lesão por Esforço Repetitivo), DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), ferimentos do punho e da mão, entorse do tornozelo e do pé, fratura do pé e fratura do antebraço”, explica Cagno.
Para se ter uma ideia, um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro confirma, que a LER é a maior causa de doença nas trabalhadoras brasileiras, seguidas das doenças mentais, problemas cardiovasculares e assédio sexual.
“Alguns dos motivos são que as mulheres preenchem a maioria das vagas que exigem esforços repetitivos e fragmentados, como digitadoras, operadoras de telemarketing, secretárias, entre outras”, exemplifica o Médico do Trabalho.
Exames ocupacionais periódicos de qualidade, exames admissionais completos e exercícios laborais complementares, podem auxiliar para que as atividades causem menos transtornos aos trabalhadores, tanto do sexo feminino quanto do masculino.

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