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3.16.2011

Pro ativo ou reativo

O  psiquiatra austríaco Victor Frankl descreve a pessoa pró-ativa como alguém que assume responsabilidade por sua própria vida em vez de se colocar à mercê das circunstâncias ou de outras pessoas. Muitas vezes sentimos que fazemos o que fazemos porque não temos escolha. Achamos que não podemos dar início às mudanças que gostaríamos de ver em nossas vidas porque as circunstâncias não permitem. Não podemos crescer como profissionais porque “o patrão não nos dá uma chance”. Não podemos seguir nossa vocação porque “precisamos desse emprego”. Não podemos perseguir nossos sonhos porque “temos que pagar as contas no fim do mês”. E assim uma longa lista de “não podemos” é que passa a controlar nossas vidas. Não é nada fácil convencer uma pessoa que está presa ao “não posso” de que na verdade ela pode. Se lhe dissermos: “Mas por que você não procura outro trabalho? Por que não muda de emprego? Por que não procura meios de fazer o que gosta? Por que não encontra outro jeito de ganhar dinheiro?”, ela irá repetir as mesmas justificativas de sempre e pôr um fim à conversa dizendo: “Falar é fácil. Você não sabe o que é estar no meu lugar”. É quase como estar num transe hipnótico no qual a pessoa só consegue ver um modo de fazer as coisas, um modo de encarar a realidade, um modo de viver e esse modo é sempre o do “eu não posso”.
Há uma frase que diz “existem três tipos de pessoas: as que fazem as coisas acontecer, as que olham as coisas acontecerem e as que se perguntam o que está acontecendo”. As do primeiro tipo são pró-ativas – assumem a responsabilidade de agir e decidem como vão agir. Demonstram iniciativa, antecipam-se aos problemas e, é claro, são determinadas e persistentes. As do segundo e do terceiro tipos são o oposto disso. São pessoas reativas. O reativo, como o próprio nome indica, é aquele que reage em vez de agir. Ou seja, ele espera as coisas acontecerem e só toma uma atitude quando é forçado a isso – motivo pelo qual uma das frases preferidas dos reativos é: “eu não tive escolha”. Na verdade, ele não ficou sem escolhas. Elas apenas foram reduzidas porque ele só resolveu fazer alguma coisa quando já era tarde demais.

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