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3.16.2011

Ovários policísticos e a infertilidade

A síndrome dos ovários policísticos atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva. Ela costuma aparecer na puberdade e vai até a menopausa, causando um desequilíbrio hormonal. Toda mulher produz hormônios masculinos, chamados de andrógenos. O problema é que esse desequilíbrio faz com que o organismo passe a produzir os hormônios em maior quantidade, aumentando a possibilidade do aparecimento de cistos no ovário e interferindo no processo de ovulação.
As mulheres que sofrem com esse problema ovulam com menor freqüência e geralmente têm ciclos menstruais irregulares, a menstruação aparece a cada dois ou três meses. Entre os sintomas mais comuns estão também o aumento de peso, excesso de pelos no corpo, surgimento de acne, maior oleosidade da pele e queda de cabelos.


A Síndrome dos ovários policísticos é uma condição na qual os ovários da mulher, e em alguns casos as glândulas adrenais, produzem mais andrógenos (um tipo de hormônio) do que o normal. Níveis elevados desses hormônios interferem no desenvolvimento e liberação dos ovos na ovulação. Como decorrência, sacos cheios de fluidos ou cistos podem se desenvolver nos ovários. Já que a mulher não libera ovos durante a ovulação, síndrome dos ovários policísticos é a causa mais comum de infertilidade feminina.

Como a síndrome dos ovários policísticos pode ocasionar infertilidade

Os ovários da mulher têm folículos, os quais são pequenos sacos cheios de fluidos que contêm os ovos. Quando um ovo está maduro, o folículo quebra para liberar o ovo de modo que ele possa viajar até o útero para fertilização.

Em mulheres com síndrome dos ovários policísticos, folículos imaturos se agrupam para formar grandes cistos. Os ovos amadurecem dentro do agrupamento de folículos, porém os folículos não abrem para liberar os ovos. Como resultado, mulheres com síndrome dos ovários policísticos freqüentemente tem irregularidades no ciclo menstrual, como amenorréia (falta de ciclo menstrual) ou oligorréia (somente têm ciclos menstruais esporadicamente). Uma vez que os ovos não são liberados, a maioria das mulheres com síndrome dos ovários policísticos tem problemas de infertilidade.


Diferença entre cistos no ovário e ovários policísticos

A diferença entre cisto no ovário e ovários policísticos está no tamanho e no número de cistos. Na síndrome dos ovários policísticos, existem pequenos cistos em grande quantidade. Já os cistos de ovário são únicos e maiores.

Ovários policísticos e a gravidez

Além das mudanças internas no funcionamento do organismo e das transformações externas que incomodam as mulheres, a síndrome dos ovários policísticos pode interferir na saúde reprodutiva. Ela é responsável por cerca de 30% dos casos de infertilidade feminina e pode elevar as chances de abortos espontâneos. Muitas mulheres descobrem que têm o problema somente quando tentam engravidar e não conseguem.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico dos ovários policísticos pode ser feito por ultra-som, por exames de dosagem hormonal ou ainda através do exame de toque, feito nas visitas de rotina ao ginecologista. O ovário policístico chega a ter o dobro do volume de um ovário normal.
Embora ainda não exista cura para a síndrome dos ovários policísticos, é possível fazer um tratamento para aliviar os sintomas. O tratamento ideal pode variar de mulher para mulher, pois depende da idade da paciente e dos sintomas mais intensos. O mais simples e mais conhecido é a utilização da pílula anticoncepcional, que regulariza os ciclos menstruais e ainda ajuda a amenizar os desconfortos.
Se a mulher deseja engravidar, o tratamento é diferente. O mais indicado é feito com um medicamento via oral que induz a ovulação. Grande parte das mulheres responde bem ao tratamento e consegue engravidar.

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