As mulheres têm duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que os homens. Pesquisas sugerem que os hormônios podem ser os vilões
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AJUDA ANIMAL
A consultora de marketing Liv Soban e o golden retriever Che. A presença do cão ajudou no tratamento para superar a melancolia
A consultora de marketing Liv Soban e o golden retriever Che. A presença do cão ajudou no tratamento para superar a melancolia
A presença de hormônios sexuais também teria sua parcela de culpa na prevalência da depressão feminina. Essas substâncias influenciariam a atividade de duas regiões do cérebro associadas à resposta emocional, o hipotálamo e a amígdala. Nas mulheres, o principal hormônio s sexual, o estrógeno, inibiria a atividade de uma substância no cérebro que ajuda a reduzir a ansiedade e a depressão. Segundo essa teoria, os homens teriam mais sorte – a testosterona, o principal hormônio masculino, estimularia a atividade da substância antiansiedade. Esse balanço hormonal também parece ter relação direta com o sucesso do tratamento da depressão.
![Reprodução](http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/foto/0,,46216625,00.jpg)
Os antidepressivos são importantes em casos graves de depressão. Identificar qual deles é o mais eficaz para cada pessoa é uma etapa essencial – e difícil – do tratamento. Mas sozinhos eles não resolvem os problemas. A combinação de remédios e terapia é o melhor caminho. A consultora de marketing Liv Soban, de 30 anos, conseguiu vencer a tristeza que a dominava havia dois anos depois de tomar antidepressivos e começar a terapia. Foi aconselhada a amar sem cobranças, para aprender a lidar com as frustrações que podem desencadear um processo depressivo. Resolveu comprar um cachorro, o golden retriever Che. Com ele, aprendeu a ser responsável por alguém que não retribuiria da mesma maneira o carinho. “Eu tinha de levantar da cama por ele”, diz Liv.
Não é só a biologia que determina a maior prevalência de depressão entre mulheres. Os fatores ambientais também dão sua contribuição – e as mulheres estariam mais expostas a eles do que os homens. A OMS inclui nessa categoria episódios de violência sexual (uma em cada cinco mulheres já sofreu pelo menos uma tentativa de estupro), desigualdade de renda em relação a colegas homens na mesma posição e responsabilidade de cuidar da família – obrigação que continua a recair, sobretudo, sobre as mulheres.
A divisão de papéis sociais entre homens e mulheres ajuda a explicar outro aspecto que faz com que a depressão seja mais associada às mulheres do que aos homens. “Elas procuram mais os médicos, logo, geram os diagnósticos oficiais que dão origens às estatísticas”, afirma a psiquiatra Carmita Abdo, professora do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os homens, por questões culturais, não se sentem à vontade para expor fraquezas emocionais. Eles aprendem desde pequenos que “meninos não choram”. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o órgão epidemiológico dos Estados Unidos, estima que o risco de suicídio é quatro vezes maior entre os homens do que entre as mulheres, resultado provável da falta de acompanhamento médico em casos de doenças mentais.
Revista Época
Débora Nucatola? Aquela que foi pega vendendo órgãos de bebês abortados?
ResponderExcluirQuem é vc Th.
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