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9.16.2011

Parto Induzido representa risco

Sem indicação médica, o procedimento eleva as chances da mulher ir para a UTI e os riscos de histerectomia pós-parto
EFE |


A OMS recomenda que a indução de parto seja feita somente em casos justificados por razões médicas
As mulheres grávidas que decidem induzir o parto sem razão médica estão assumindo riscos desnecessários, segundo revela estudo feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta sexta-feira.
Para este estudo, foram analisados na América Latina 37.444 partos de risco, dos quais 11.077 foram induzidos, e comparados os resultados com o restante dos partos naturais.
Foi registrado um total de 1.847 partos induzidos por escolha voluntária da mãe, 4,9% do total, tendo a oxitocina como o método mais utilizado em 83% dos casos.
Nestes casos, as mulheres apresentaram mais probabilidades de precisar de anestesia durante o parto, três vezes mais chances de ingressar na unidade de terapia intensiva, assumiram risco cinco vezes maior de histerectomia pós-parto e precisaram mais de remédios uterotônicos.
O estudo demonstra que nos partos induzidos o risco de cesárea e de outras intervenções cirúrgicas é mais elevado e a necessidade de um tempo para a recuperação é maior, o que acarreta maiores gastos médicos.
Não houve constância de riscos para os bebês, exceto pelo fato de que as mães apresentaram risco 22% maior de lactação retardada, ou seja, com seu início entre 1h e sete dias depois do parto, ao invés de na primeira hora após o nascimento, como considera norma a OMS.

A recomendação da OMS é que indução de parto seja feita somente em casos justificados por razões médicas. O organismo de saúde ressalta que os riscos de resultados adversos maternos e perinatais não compensam os benefícios.
O pesquisador da Universidade de Campinas, José Cecatti, informou que a indução de partos por reivindicação da mãe se transformou em uma prática muito comum.
"Estes pedidos ocorrem quando a mãe tem de percorrer longas distâncias de sua casa ao hospital e para se adaptar à disponibilidade do médico",
Perto do parto: mulheres crêem em métodos extremos e por vezes bizarros de indução das contrações
Caminhada, sexo, comidas picantes e estimulação dos mamilos estão entre as técnicas mais usadas por gestantes na indução do trabalho de parto, é o que mostra uma nova pesquisa americana.
Dentre os outros métodos citados pelas mulheres estão os exercícios físicos, a acupuntura, a masturbação e o uso de laxantes e suplementos herbáceos. Os dados são de uma pesquisa conduzida com 201 mulheres por pesquisadores da Universidade de Ohio.
Pouco mais da metade das entrevistadas relatou já ter experimentado algum método para acelerar o início do trabalho de parto. As mulheres que tentaram induzir o trabalho de parto em geral eram mais jovens, mães pela primeira vez e estavam grávidas há mais de 39 semanas.
De acordo com o estudo, publicado na edição de junho do periódico Birth, grande parte das participantes não havia consultado um médico sobre o que estavam fazendo e muitas delas disseram que receberam o conselho sobre a indução de algum amigo ou familiar.


 Os médicos devem estar cientes de que algumas pacientes tentam resolver seus problemas com as próprias mãos. Poucas pesquisas dão suporte a tais métodos, com a possível exceção da estimulação dos mamilos. Esta técnica leva à liberação do hormônio oxitocina, que pode favorecer as contrações uterinas.
“Tais contrações podem ser de difícil controle, razão das possíveis desvantagens em provocar contrações em excesso. Ainda não foi estabelecido um procedimento seguro, por isso simplesmente não recomendo tais métodos”,
Sendo assim, guarde o óleo de rícino e dispense as pimentas ardidas do sanduíche. Especialistas acreditam que o trabalho de parto inicia quando o feto produz determinados hormônios – algo que não está ao alcance das mamães.

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