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10.06.2011

MOTOCICLETAS: PERIGO SOBRE DUAS RODAS

Acidentes com motos matam mais jovens, negros e pobres, diz pesquisa

Motoqueiros enfileirados no trânsito: número de acidentes cresceu 1.178% entre 2000 e 2008 (Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo) RIO - Homens jovens, negros e pobres são as principais vítimas de acidentes fatais com motos no Rio de Janeiro, repetindo o mesmo fenômeno que já ocorre com os homicídios. A constatação é de um estudo do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (Cesec/Ucam) em parceria com a Secretaria municipal de Saúde, que será apresentado hoje no seminário Caminhos da Educação e da Segurança no Trânsito, realizado pela prefeitura.
Pelos números do Datasus, em 2008, a taxa de mortalidade de motociclistas negros na faixa de 20 a 24 anos era de 57 óbitos por cem mil habitantes, índice quase 40 vezes maior que a taxa de todos os acidentes com moto (1,5 :100 mil).
- Este perfil é o mesmo da taxa de homicídios, ou seja, cerca de 90% de homens contra 10% de mulheres, e uma curva por faixa etária mais acentuada entre 20 e 24 anos. Isso mostra que o trânsito começa a ocupar o espaço da segurança pública. E, da mesma forma, há uma tendência grave de naturalização da culpa do jovem negro e de baixa renda por esta morte no asfalto - afirma a pesquisadora do Cesec/Ucam, Silvia Ramos, uma das coordenadoras da pesquisa.
CAÓTICO: O trânsito do Rio resumido numa palavra
Este perfil é o mesmo da taxa de homicídios. Isso mostra que o trânsito começa a ocupar o espaço da segurança pública. E, da mesma forma, há uma tendência grave de naturalização da culpa do jovem negro e de baixa renda por esta morte no asfalto
O drama silencioso vivido por motociclistas da capital também pode ser constatado a partir dos números absolutos de acidentes fatais: de 14 óbitos, em 2000, para 179 em 2008, um aumento de 1.178%, o que acabou tornando esta a segunda maior causa de mortes no trânsito do Rio (a primeira são os atropelamentos). Aparentemente, o problema não está ligado ao aumento da frota, que cresceu 106% neste período, segundo o Detran: de 83.755 veículos em 2001 (dado mais antigo disponível) para 172.863 em 2008.
O índice superou o número de mortos em acidentes de automóvel, que em 2000 estava na segunda posição, com 55 vítimas, e passou para 147 em 2008 (aumento de 167%), ficando em terceiro no ranking. A primeira causa de mortes no trânsito continua sendo o atropelamento, com 376 óbitos em 2008, número que, no início da década, era de 514 (redução de 26,8%). Em seguida, aparecem os acidentes de bicicletas, com 29 mortes, e de veículos pesados, com 17. Ontem à noite, três pessoas ficaram feridas depois de serem atropeladas na Avenida Rio Branco, no Centro.
Acidentes: motoboy é grupo de riscoNa quarta-feira, o ex-motoboy Rodrigo Soares teve que socorrer o amigo João Gilberto Vieira após um acidente na Rua Teodoro da Silva, em Vila Isabel. Segundo o colega, Vieira conduzia uma moto e foi fechado por outro motociclista, que não prestou socorro ao acidentado. Desta vez, o caso foi sem gravidade, e Vieira foi liberado do Hospital do Andaraí no mesmo dia.
O motociclista João Gilberto Vieira: vítima de acidente na Rua Teodoro da Silva, em Vila Isabel (Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo) - Este é só mais um acidente. O trânsito é violento mesmo, e o motoqueiro todo dia corre o risco de cair, todo dia tem uma história parecida - conta Soares, que deixou há um ano o trabalho como motoboy. - Tinha que estar sempre disponível, sempre correndo.
Para o presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro, Aloísio Braz, a maioria dos acidentes com motociclistas ocorre com jovens que usam o transporte como meio de trabalho, geralmente no serviço conhecido como delivery (entrega).
- É o jovem que, pela falta do transporte e de condições financeiras, acaba comprando a motocicleta, sendo usada, principalmente para trabalhar. A maioria deles só vai aprender a dirigir na prática, já que os exames de habilitação exigem pouco, e eles ainda precisarão ser rápidos no trânsito para não perder o emprego - critica Aloísio Braz.
Já o presidente da Federação de Motoclube do Rio, Paulo Melgaço, cobra ações de conscientização voltadas para os motoristas.
- O motociclista sai de uma faixa para outra muitas vezes imprudentemente, e acaba sofrendo acidentes neste movimento. E mesmo quando há corredores viários para as motos, do lado dele tem outra moto correndo - afirma.
O motociclista sai de uma faixa para outra muitas vezes imprudentemente, e acaba sofrendo acidentes neste movimento. E mesmo quando há corredores viários para as motos, do lado dele tem outra moto correndo
O trânsito mata, em média, duas pessoas por dia na cidade do Rio de Janeiro, segundo números do Sistema de Informações de Mortalidade da Secretaria Municipal de Saúde (dados mais atualizados que o Datasus). Em 2010, foram registrados 762 acidentes fatais na capital, o que representa uma taxa de 12 óbitos por cem mil habitantes. Apesar do número alarmante, ele é o menor da década. O pico ocorreu em 2006, quando 990 pessoas morreram no trânsito, o equivalente a 2,7 por dia. Entre 2001 e 2010, foram 9.025 vítimas.
Presidente da Associação de Parentes, Amigos e Vítimas de Trânsito (Trânsito Amigo), Fernando Diniz conta ter perdido em 2003 o filho Fabrício, na época com 20 anos, num acidente na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca.
- Ele e duas amigas estavam sentados no banco de trás e morreram na hora por causa da ação irresponsável do motorista - conta Diniz, que cobra mais ações do poder público. - Devemos levar em conta aqueles que morrem dias depois do acidente, em casa, e que não engrossam as estatísticas. Os números hoje são menores, mas muitas pessoas continuam morrendo. É muito pouco ainda o que está sendo feito. O trânsito deve ser tratado como um problema de saúde pública.
De acordo com a coordenadora de políticas intersetoriais da Secretaria municipal de Saúde, Viviane Castelo Branco, durante o seminário realizado pela prefeitura será criado um fórum permanente sobre o trânsito, com representantes do poder público e da sociedade.
- Temos que pensar as políticas públicas para o trânsito de uma forma mais ampla, integrando diferentes setores, que vão além do caráter técnico da engenharia de trânsito - afirma.
Arte O Globo
Flávia Milhorance (flavia.milhorance@oglobo.com.br)
O Globo 

Alguns comentarios: 

Andar de moto é perigoso? veja comentários:

Quero saber sobre estatísticas sérias ou opiniões coerentes. Andar de moto é mais perigoso que andar de carro? Se sim, por que?

Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta

Olá, ouvi na televisão ontem um motoboy dizendo que cerca de 2 motociclistas morrem por dia em São Paulo. Eu ando de moto há 5 anos, e até hoje já caí 4 vezes, nenhum tombo grave. Mas é impossível não cair. Eu vejo essa coisa do perigo de andar de moto mais como uma questão de falta de cuidado. O problema é que não dá para pilotar moto como se dirige um carro. A atenção tem que ser triplicada, e quem não se dá conta disso, ou abusa na "brincadeira", acaba engordando as estatísticas.
Outro fator é a falta de cuidado que o mortorista de carro tem com o motociclista. As pessoas tem que entender que quando buzinamos, não estamos xingando, estamos pedindo atenção. Os motoristas tem que entender que se eles mudarem de faixa sem dar seta, ele vai estar matando um motociclista. O tempo de frenagem da moto é muuuuuito superior ao do carro. NÃO É POSSÍVEL PARAR EM CIMA DA HORA! (a maiorira dos acidentes acontece por causa disso).

Mas voltando a pergunta, andar de moto pode até ser mais perigoso, mas o prazer é inigualável. Dá para ver direito as pessoas na rua, o céu. Dá para sentir o vento, o cheiro da coisas e trânsito não existe. Na minha opinião, é um preço justo a se pagar!

Agora, só para encerrar, uma dica para motoristas que querem preservar seus retrovisores: Ao parar no trânsito (ou no farol) tente não alinhar seu retrovisor com o retrovisor ao lado. Se vc para só um pouquinho para frente ou para trás, vc deixa um motoboy apressado feliz e preserva seu retrovisor!
 
  • eu não acho perigo nenhum.......

    ando de moto há um ano, sou novo ainda, mas não caí ainda.

    Ando sempre com capacete.

    E principalmente atento, muito atento.....
    .
    Deve ser. Depende cara que pilota.
    Ando de moto há 47 anos - Desde 1958.Já cai,claro.
    Porem foi quando quis ir alem das minhas pernas.Existem motoqueiros e motociclistas.Não é só a potencia do motor que faz essa diferença.
    O que está dentro da cabeça é que manda.
    Sou prova viva que se houver cuidado na proteção (direção defensiva,capacete,roupa,calçado e muita ATENÇÃo) alem de reconhecer humildemente tua capacidade,permite que escapes com vida de derrapagem a 140 km/h,no meio da estrada.
    Ah, um anjo-da-guarda dos bons tambem vai bem...
    O resto é só enrolar o cabo...
     
    o perigo da moto consiste na peça que vai sentada dirigindo, ou seja o condutor
    se dirigir correto é muito melhor que o carro em termos de economia de combustivel e tempo, sem contar com o prazer e sensação de liberdade
    adoro moto
  • Vc não pode é ficar desatento...mas se acostuma e com o tempo e experiência vc consegue até dar uma relaxada em cima dela.
    ...
  • se voce anda a 10 km/h e em um piso acolchoado, além de todo equipado e após oração, não tem perigo algum. bom passeio.
    Qualquer coisa que vai se fazer hoje em dia tem algum perigo!
    Andar de moto não é diferente!
    Mas obviamente pra isso existem as leis de trânsito, os apetrechos de segurança, etc.
    Cabe a nós ter o cuidado de obedecer...
    Mas eu não considero perigoso não
    Mas cada um é cada um, né?
    :
    Sobre as estatísticas você deve visitar o site do Detran do seu estado mas, pessoalmente, não acho perigoso não. O que é perigoso é o desrespeito às leis de trânsito. De carro ou de moto, se o condutor respeita as leis, não terá problemas.
  • Com toda certeza, pois seu corpo está sem nenhuma proteção em cima da moto....se vc da uma pekena batida q d carro vc naum teria maiores danos d moto vc pod morrer...
    eu sou louca por velocidade e ao completar dezoito anos em 2007 já tinha pedido uma moto d presente....pois sou fascinada por motos...num belo dia qndo estava indo pro trabalho vi um acidente horroroso com um motoqueiro....ele foi cortar uma carreta e caiu embaixo dela...vc naum tem ideia do q é vc ver o corpo da pessoa intacto, mais sem a cabeça....pq a carreta pegou so na cabeça....eu cheguei no trabalho em estado d choq eu nunca pensei q fosse ver uma cabeça explodida, amassada pelo asfalto afora.....nesse msm dia abri mão do meu presente...e naum kero mais saber d moto...conheço mais pelo menos mais 10 acidentes naum tão graves qnto esse q aconteceu com amigos meu....no momento tem at um internado q um caminhão passou na perna dele qndo ele tentou cortar pela direita...e é isso ai....desculpa mais é tudo veridicto..
    Perigoso... é sim...
    Ontem mesmo quase morri...
    depois de levantar as 7:00 da manhã... ir trabalhar... sair 13:00...
    as 14:00 entra no segundo emprego sair as 00:30 e pegar muita chuva... encontro em meu caminho uma pedra que mais parece um dente de leão... a 70km/h essa pedra perfurou o pneu trazeiro da minha menina (Twister)... a moto saio de lado e vi a morte beeeem de perto...
    com piso molhado eu não poderia pisar no freio trazeiro que estava estourado, muito menos no dianteiro...
    reduzi as marchas e a moto parou com a reduzida do motor....
    foi feio...
    meu anjo da guarda já estva até ilustrando a corneta...
    mas felismente não foi desta vez que eu cai...
    tive um preju de 230 reais para colocar um pneu novo...
    mas agora estou bem melhor!!!!

    Tudo que vc precisa saber esta no site



    """"""""""""""""" NAO COMPRE MOTO """""""""""""""""""""
  • que o carro sim é claro.... afinal o parachoque é você!

    mas é mujito mais gostoso, e outra tambem depende do tipo de moto.
    Mas nao seja frescurento, tudo tem seu risco!
    não portanto que haja prudencia do piloto,e seja usado o capacete ou seja todas medidas de segurança
    Andar de moto é perigoso sim, mas maravilhosamente delicioso. Liberdade sem comparação!

    O perigo aumenta porque:
    - De moto anda-se muito mais que de carro
    - O poder de arrancada de uma 125cc é muito maior que a maioria dos carros.
    - Com a moto passa-se em espaços muito menores.
    - A moto desenvolve mais a velocidade que os carros, chegando aos 80km facilmente. (Se um impacto a 60km é suficiente para mandar um carro para o ferro velho, imagine o que faz com o corpo humano).

    - Ah! E temos que ficar SOBRE ela e não DENTRO.

    Mas apesar dos perigos (ou por causa deles) andar de moto é sensacional! Não troco a minha por um carro hora nenhuma!
  • sim, muitooooo, mais como nao tenho medo de morrer, eu ando, num to nem ai, s emorrer enterra!!!!!, so lamentaria por meus pais!! que sentiram saudades!!!!!!!!
 

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