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4.19.2012

LABIRINTITE

O que é labirintite?

Labirintite é um termo impróprio, mas comumente usado, para designar uma afecção que pode comprometer tanto o equilíbrio quanto a audição, porque afeta o labirinto, estrutura do ouvido interno constituída pela cóclea (responsável pela audição) e pelo vestíbulo (responsável pelo equilíbrio).
Processos inflamatórios, infecciosos e tumorais, doenças neurológicas, compressões mecânicas e alterações genéticas podem provocar crises de labirintopatias e vestibulopatias, entre elas a labirintite.

A labirintite se manifesta, em geral, depois dos 40, 50 anos, decorrente de alterações metabólicas e vestibulares. Níveis aumentados de colesterol, triglicérides e ácido úrico podem acarretar alterações dentro das artérias, que reduzem a quantidade de sangue circulando nas áreas do cérebro e do labirinto.


São considerados fatores de risco para a labirintite: hipoglicemia, diabetes, hipertensão, otites, uso de álcool, fumo, café e de certos medicamentos, entre eles, alguns antibióticos, anti-inflamatórios, estresse e ansiedade.


S
intomas
Tonturas e vertigens associadas ou não a náuseas, vômitos, sudorese, alterações gastrintestinais, perda de audição, desequilíbrio, zumbidos, audição diminuída são os sintomas característicos da labirintite. Na vertigem rotatória clássica, a sensação é que o ambiente gira ao redor do corpo, ou que este roda em relação ao ambiente. Na tontura, a sensação é de desequilíbrio, instabilidade, de pisar no vazio, de queda. A fase aguda da doença pode durar de minutos ou horas a dias conforme a intensidade da crise.

Diagnóstico

Avaliação clínica e o exame otoneurológico completo são muito importantes para estabelecer o diagnóstico da labirintite, especialmente o diagnóstico diferencial, haja vista que as seguintes enfermidades podem provocar sintomas bastante parecidos: hipoglicemia, diabetes, hipertensão, reumatismo, doença de Mèniére, esclerose múltipla, tumores no nervo auditivo, no cerebelo e em áreas do tronco cerebral, drogas ototóxicas, doenças imunológicas e a cinetose, também chamada de doença do movimento que não tem ligação com as doenças vestibulares ou do labirinto.
A tomografia computadorizada e a ressonância magnética, assim como os testes labirínticos, podem ser úteis para fins diagnósticos.

Tratamento

São vários os tipos de medicamentos que podem ser indicados no tratamento da labirintite:
* Vasodilatadores: facilitam a circulação sanguínea e melhoram o calibre dos vasos muitas vezes reduzido pelas placas de ateromas;
* Labirinto-supressores: suprimem a tontura pela ação no sistema nervoso;
* Anticonvulsivantes e antidepressivos (inibidores seletivos de recaptação da serotonina);
* Drogas que atuam sobre outros sintomas, suprimindo a náusea, o vômito, o mal-estar.
Uma vez estabelecida a causa e estabelecido o tratamento adequado, a tendência é a doença desaparecer.

Recomendações

Mudanças no estilo de vida são fundamentais para prevenir as crises de labirintite. Eis algumas sugestões:
* Evite ingerir álcool. Se beber, faça-o com muita moderação;
* Não fume;
* Controle os níveis de colesterol, triglicérides e a glicemia;
* Opte por uma dieta saudável que ajude a manter o peso adequado e equilibrado;
* Não deixe grandes intervalos entre uma refeição e outra;
* Pratique atividade física;
* Ingira bastante líquido;
* Recuse as bebidas gaseificadas que contêm quinino;
* Procure administrar, da melhor forma possível, as crises de ansiedade e o estresse;
* Importante: não dirija durante as crises ou sob o efeito de remédios para tratamento da labirintite.

Fonte: Dr Drauzio Varella


Labirintite é uma desordem do equilíbrio do corpo humano. Tal desordem é causada por um processo inflamatório ou infeccioso que afeta os labirintos, que ficam dentro do sistema vestibular, órgão responsável pelo equilíbrio, postura e orientação do corpo e que se localiza no ouvido interno. Deve-se salientar que o termo "labirintite" é utilizado de forma equivocada para designar todas as doenças do labirinto, já que existem outras patologias que podem afetar o mesmo.[1]
Os sintomas mais comuns da labirintite são a tontura e a vertigem. Outros sintomas também costumam aparecer como náusea (enjoo), emese (vomito), zumbido no ouvido, perda auditiva (parcial ou total) no ouvido afetado e sensação de desmaio.[2]
Se tratada corretamente e adequadamente e se atacado o verdadeiro mal que causa a doença, a labirintite tem cura na maioria dos casos.[3][4][5][6][7][8] A recuperação da forma aguda da doença geralmente leva de 1 a 6 semanas. Entretanto, o que pode ocorrer é que sintomas residuais (desequilíbrio, tontura e/ou zumbido) podem permanecer por muitos meses ou até anos.[9]

Causas

A labirintite pode ser causada por um vírus, infecção por bactéria, lesão na cabeça, alergia ou reação a um determinado medicamento. Tanto a labirintite viral como bacteriana pode causar perda de audição permanente, embora isso seja raro.
Muitas vezes, a causa da labirintite é uma cinetose, caracterizada por perturbações do equilíbrio causadas por movimentação.[10]

Sintomas

Desequilíbrio e algumas vezes movimentos involuntários dos olhos (nistagmo). É comum a perda de audição no ouvido afetado. Também são comuns náusea, ansiedade e sensação de mal estar devido aos sinais de equilíbrio distorcidos que o cérebro recebe do ouvido. E principalmente forte tontura.
Alguns casos de labirintite podem ser confundidos com outras doenças de sintomas parecidos, como cinetose, VPPB ou neuronite vestibular.

Labirintite e ansiedade

Ansiedade crônica é um efeito colateral comum da labirintite, o qual pode produzir tremores, palpitações do coração, ataques de pânico e depressão. Geralmente o ataque de pânico é um dos primeiros sintomas que ocorrem quando a labirintite começa.


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Tratamento

A recuperação de labirintite aguda geralmente leva de 12 a 24 semanas, porém não é incomum que sintomas residuais (desequilíbrio, perda de direção e/ou tontura) permaneçam por muitos meses ou até anos.
É importante tratar qualquer desordem de ansiedade e/ou depressão tão logo possível para permitir ao cérebro compensar qualquer dano vestibular. Ansiedade aguda pode ser tratada a curto prazo com benzodiazepinos, como diazepam, porém o uso a longo prazo não é recomendado por causa da característica desses medicamentos de criar dependência.
Evidência sugere que Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina podem ser mais eficientes no tratamento de labirintite. Eles agem aliviando os sintomas de ansiedade e podem estimular novos crescimentos neurais dentro do ouvido interno. Alguma evidência sugere que labirintite viral deve ser tratada o mais cedo possível com corticosteróides, e possivelmente medicação antiviral, para prevenir danos permanentes ao ouvido interno.
Terapia de reabilitação vestibular é uma forma de eliminar ou reduzir a tontura residual decorrente da labirintite. Ela funciona ao fazer com que o cérebro utilize mecanismos neurais já existentes.

Referências

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