DOENÇA CELÍACA

 SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Perda excessiva de peso é sintoma da doença celíaca. Saiba mais!

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Tão comum quanto desconhecida, a doença celíaca atinge cerca de 4 milhões de pessoas só no Brasil. A intolerância permanente ao glúten geralmente tem início na infância, mas pode acometer pessoas de todas as idades. Estudos comprovam que o distúrbio costuma ter maior incidência em portadores de diabetes tipo 1 e em pessoas com predisposição genética.
Para entender melhor a doença, a nutricionista Alessandra Rocha explica que, em uma pessoa saudável, as paredes internas do intestino são formadas por vilosidades que agem como “braços” responsáveis pela absorção de nutrientes (proteínas, carboidratos, vitaminas, e outros). Porém, quando uma pessoa celíaca ingere alimentos com glúten, imediatamente ocorre uma produção excessiva de linfócitos intraepteliais, anticorpos que impedem o bom funcionamento destes “braços”, causando a falta de absorção destes nutrientes.
“No intestino de um celíaco, esses 'braços' são desgastados e ganham uma estrutura 'lisa'. Dessa forma, o organismo não consegue absorver os nutrientes e os elimina através das fezes. Com isso, a pessoa fica mais predisposta a desenvolver déficits nutricionais e anemia”, diz a especialista.
Sintomas
A doença celíaca é responsável por disfunções que vão desde a perda excessiva de peso, desnutrição e osteoporose até o câncer de intestino. Seus sintomas incluem diarreia crônica, anemia, déficit nutricional e um constante mal estar. Por serem comuns a diversas enfermidades, fica difícil fazer um diagnóstico rápido da doença.
Diagnóstico
Diagnosticar a doença celíaca não é uma tarefa simples. Só mesmo através de exames laboratoriais e avaliações clínicas detalhadas o médico consegue diagnosticar com precisão e iniciar o tratamento.
Tratamento
Não há cura para a doença celíaca. Uma vez diagnosticada, deverá ser tratada para o resto da vida. “O único modo de tratar a doença celíaca é eliminando o glúten da alimentação”, afirma a nutricionista.
Os sintomas da doença podem melhorar em até uma ou duas semanas após a eliminação do glúten. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem por completo e a parede do intestino – também afetada pela doença – é totalmente recuperada. Isto não significa que a pessoa poderá voltar a consumir o glúten. Pelo contrário. Para que os sintomas não voltem a se agravar, o celíaco deverá fazer visitas regulares a um nutricionista e a uma equipe de profissionais da saúde experientes no tratamento da doença. “O acompanhamento de um nutricionista é importante para manter a dieta saudável e monitorar possíveis complicações”, diz Alessandra.
Apesar da dieta sem glúten parecer extremamente difícil, algumas pessoas conseguem mantê-la sem sofrimentos. O trigo, presente nos bolos, pães e massas, pode ser substituído por fécula de batata, amido ou farinha de milho, polvilho doce ou azedo e farinha ou creme de arroz. Produtos como o chocolate, guloseimas e até mesmo a cerveja já são encontrados em versões especiais para celíacos.
Curiosidade
Em 2003, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu que todos os produtos alimentícios devem indicar na embalagem se contém ou não glúten, o que facilitou bastante a vida dos celíacos.

DIETAS DO GLÚTEN E LACTOSE: ELAS FUNCIONAM?

Especialista desvenda este mito!

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Na busca pelo emagrecimento, muitas pessoas buscam dietas diferentes. Nos últimos anos, com o crescimento das pesquisas e descobertas a respeito da alimentação funcional, dois nutrientes têm sido excluídos dos cardápios com o objetivo de promover saúde e emagrecimento. De acordo com a nutricionista Lílian Assis, responsável pelo Plano de Emagrecimento Suadieta, o glúten e a lactose estão no topo da lista.
Veja o que a especialista fala a respeito destes dois nutrientes.
Glúten
É uma proteína presente no trigo, centeio, aveia e cevada (pães, bolos, biscoitos, massas, cerveja...). Pessoas que têm intolerância ao glúten (doença celíaca) sofrem com a perda de peso, diarréias crônicas, gases, dermatites, entre outros sintomas.
Não existem estudos conclusivos sobre a exclusão do glúten e o emagrecimento, mas, na prática, vemos que quem exclui os alimentos ricos em glúten acaba perdendo peso e gordura abdominal. Contudo, a ciência precisa comprovar se isso ocorre pelo glúten ou pela exclusão de alimentos ricos em carboidratos e calorias. Com o crescimento da procura por alimentos sem glúten, o mercado está recheado de novidades: pães, biscoitos e macarrão de arroz, aipim ou milho, tudo isso sem o acréscimo do ingrediente.
Lactose
É o açúcar presente no leite e derivados, que deve ser quebrado pela enzima lactase, não produzida pelos intolerantes a este nutriente. É muito comum a intolerância à lactose na infância, podendo ser transitória, e no idoso.
A lactose provoca gases, diarréias, otites... Também não existem dados comprovando que a exclusão da substancia provoque emagrecimento, mas quem evitar queijos, creme de leite, sorvete, leite condensado e etc, com certeza, irá ter resultados na balança. O único “porém” fica por conta da ingestão de cálcio, que deve ser garantida com o uso de soja e outras leguminosas (feijões, lentilha, ervilha) e vegetais verde-escuros, ou com o uso de um suplemento recomendado por médico ou nutricionista.


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