webmaster@boaspraticasfarmaceuticas.com.br

7.05.2012

Apneia do sono piora durante o inverno, segundo estudo

A apneia do sono --problema que faz com que pessoas parem de respirar várias vezes durante a noite-- fica mais grave durante o inverno, de acordo com um estudo feito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Alterações no peso e alergias respiratórias sazonais podem interferir na frequência e gravidade da doença. A intenção dos pesquisadores foi observar se as mudanças climáticas também influenciam.
O estudo analisou dados de uma noite de sono de mais de 7.500 pacientes ao longo de 10 anos. Os números foram coletados em uma clínica do sono. Foram observadas quantas vezes houve pausa na respiração durante a noite e as condições climáticas do momento, incluindo temperatura, umidade e poluição do ar.
"Mais episódios de apineia foram registrados no inverno do que em outras estações", diz a coordenadora do estudo, a fisioterapeuta Cristiane Maria Cassol. O artigo publicado na revista "Chest".
Aqueles que procuraram a clínica durante os meses mais frios tiveram, em média, 18 episódios de apneia por hora. Já quem foi atendido durante o verão teve, em média, 15 eventos por hora. E cerca de 34% dos pacientes que procuraram a clínica durante os meses mais frios tinham uma forma grave da doença --em comparação com 28% dos pacientes atendidos durante o verão.
A equipe descobriu ainda que, em dias com pressão atmosférica e umidade do ar elevadas e altos níveis de poluição, ocorreram os piores casos. Segundo Cassol, há várias explicações para as descobertas do estudo, incluindo o fato de que alergias e problemas respiratórios se agravam nesta época do ano, o que pode intensificar quadros de apneia.
Jerome Dempsey, que estuda problemas respiratórios da Universidade de Wisconsin e não está envolvido no estudo, disse que faz sentido que as infecções das vias aéreas e o clima tenham um efeito sobre a doença. Mas ele não observa grandes mudanças entre as estações do ano.
Para Dempsey, o maior fator de risco ainda é a obesidade.
REUTERS

Nenhum comentário:

Postar um comentário