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10.17.2012

Dificuldades para mastigar ou engolir, alterações na voz, tensão muscular e problemas cognitivos também são causados pelo avanço da idade.

Envelhecimento pode causar distúrbios na motricidade orofacial

Estimativas apontam que até o ano de 2020 cerca de 15% da população brasileira terá mais de 60 anos. Com o aumento da expectativa de vida tornou-se necessária à adoção de hábitos e recursos que promovam mais qualidade de vida na terceira idade. Os profissionais das diversas especialidades da área da saúde estudam o envelhecimento e atuam de maneira a minimizar os impactos deste processo. “A fonoaudiologia  atua de varias formas, como em casos de alterações cognitivas, nas quais o foco é a comunicação do idoso”,
A fonoaudiologia também é responsável pelo estudo, prevenção e tratamento de alterações de audição, voz, sucção, mastigação e deglutição. O profissional pode intervir antes mesmo que as enfermidades ocorram. “O fonoaudiólogo pode aconselhar e dar orientações aos pacientes para prevenir o surgimento de determinadas alterações. O especialista ainda pode aplicar medidas em qualquer estágio da evolução das doenças ligadas a comunicação e as funções vitais realizadas nas estruturas bucais”. Os distúrbios da comunicação interferem de maneira negativa na vida do idoso, pois a ausência de estímulos do sistema comunicativo prejudica a funcionalidade de diversos órgãos e sistemas do organismo. “As dificuldades de expressão, compreensão da linguagem e processamento das informações recebidas favorece o isolamento, a inatividade e a deterioração das condições físicas e psíquicas do indivíduo”.
Os distúrbios vocais também podem ser causados pelo envelhecimento. Rouquidão, gagueira, tremores na voz, mudanças no tom e no timbre vocal, variações na altura do som emitido e transtornos na ressonância estão entre estes distúrbios. “As patologias que afetam a voz e provocam problemas para deglutir, ou seja, engolir a saliva ou alimento, são resultado do funcionamento inadequado de múltiplos sistemas, como o neurológico, físico e psicológico”, observa Nilse, que trata seus pacientes em um contexto médico-odontológico-mioterápico.
A dificuldade para engolir, denominada Disfagia, é resultado de problemas neurológicos, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), Parkinson e Mal de Alzheimer. Os distúrbios que afetam a motricidade oral também prejudicam a deglutição, além de causar danos à fala e a mastigação. “Perda de dentes, doenças periodontais, atrofia da musculatura mastigatória e próteses sem o ajuste correto estão entre as principais mudanças anatômicas ou funcionais que se refletem na motricidade oral. Diminuição do paladar, da saliva e lentidão ao mastigar podem sinalizar o problema”.
Engasgos, tosse após engolir e refluxo gastro-esofágico são outros sintomas que denunciam a presença de distúrbios ligados à motricidade oral. O envelhecimento, associado ao mau uso do aparelho vocal, ainda pode provocar alterações respiratórias, tensões musculares e problemas de postura. “Ao perceber estes sinais, o idoso deve consultar um fonoaudiólogo. A conversa com o profissional e a realização de exames é essencial para que seja feito o diagnóstico correto e seja possível indica o melhor tratamento de acordo com a situação”,
Nilse Waltrick Köhler
Fonoaudióloga
Site: http://www.kohlerortofacial.com.br

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