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4.22.2013

ERISIPELA

Infecção aguda da pele envolvendo a derme e o subcutâneo, que se caracteriza por febre, anorexia, calafrios, outros sintomas gerais, leucocitose e lesão cutânea em placa eritematosa, edematosa e dolorosa. Dessa placa podem ter origem faixas eritematosas ao longo do trajeto de vasos linfáticos (linfangites). Existe adenite satélite à região comprometida. Vesículas e bolhas podem ser observadas - Erisipela bolhosa. As áreas comprometidas são em geral membros inferiores, face ou abdome.

SINONÍMIA

Mal-do-monte, esipra.

ETIOLOGIA DA ERISIPELA

Os estreptococos são os beta-hemolíticos do grupo A. Muito raramente, quadros clínicos semelhantes podem ser produzidos por StaphyIococus aureus.

RESERVATÓRIO

O homem.

MODO DE TRANSMISSÃO DA ERISIPELA

A penetração do estreptococo na pele ocorre por soluções de continuidade. São portas de entrada freqüentes nos membros inferiores as úlceras de perna e dermatomicoses interdigitais.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO

Um a três dias.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE

Não é transmitida pessoa a pessoa.

COMPLICAÇÕES DA ERISIPELA

Linfedema ou elefantíase como conseqüência dos surtos recidivantes.

DIAGNÓSTICO DA ERISIPELA

Clínico e laboratorial. Este último em geral é desnecessário.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Erisipelóide (quadro que surge em ponto de inoculação, em geral de um ferimento resultante de manuseio de carne de peixe contaminada, porco e outros animais); dermatite de contato (história clínica e a localização orientam quanto a um agente sensibilizante).

TRATAMENTO DA ERISIPELA

Repouso no leito é essencial, principalmente quando é acometido o membro inferior, que deve ser mantido elevado. A droga de escolha é a penicilina procaína na dose de 400.000 UI, de 12 em 12 horas por dez dias, ou em pacientes alérgicos eritromicina na dose de 30 a 50 mg/kg/dia, dividida de seis em seis horas, por sete a dez dias e cefalexina na dose de 30 a 50 mg/kg/dia, de seis em seis horas, de sete a dez dias. Quadros graves podem necessitar de penicilina cristalina (IV) associada a oxacilina ou vancomicina. Após a fase aguda, para evitar recaídas, é conveniente administrar penicilina benzatina por período prolongado, se necessário, o paciente deve ser afastado do trabalho ou hospitalizado. Quando houver edema residual orientar para uso de meias elásticas. Referenciar ao angiologista quando houver comprometimento venoso.
O tratamento da erisipela é feito com antibióticos durante15 dias para controlar a infecção. Eles podem ser tomados em forma de comprimidos ou de injeção..
Para auxiliar no tratamento o indivíduo deve preferir alimentos depurativos do sangue, ricos em fibras, frutas e vegetais para garantir o bom funcionamento do sistema gastrointestinal.

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA ERISIPELA

Infecção universal, não tendo prevalência maior em determinado grupo etário. Doenças vasculares, doenças debilitantes, má nutrição, usuários de drogas e álcool e traumas são considerados fatores de risco. Pode haver surtos de Erisipela numa mesma região - Erisipela recidivante.

OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Não se aplica.

NOTIFICAÇÃO

Não é doença de notificação compulsória.

MEDIDAS DE CONTROLE DA ERISIPELA

2.400.000 UI, de 20 em 20 dias, durante um ano para evitar a reinfecção, ou pode-se aplicar uma dose de 1.200.000 UI (IM) de penicilina benzatina, a cada três semanas, por um período de 5 anos no mínimo. As pessoas alérgicas devem fazer uso de sulfametoxazol mais trimetoprima ou ainda sulfisoxizol.

ERISIPELA
Sinônimos:
Linfangite estreptocócica
O que é?
É uma infecção da pele causada geralmente pela bactéria Streptococcus pyogenes grupo A, mas também pode ser causada por outros estreptococos ou até por estafilococos. Manifesta-se principalmente em pernas e pés mas pode também aparecer em membros superiores, tronco e face.
Como se desenvolve?
A partir de lesão causada por fungos (frieira) entre os dedos dos pés, arranhões na pele, bolhas nos pés produzidas por calçado, corte de calos ou cutículas, coçadura de alguma picada de inseto com as unhas, pacientes com insuficiência venosa crônica ou com diminuição do número de linfáticos têm uma predisposição maior de adquirir a doença, como é o caso de pacientes submetidas à mastectomia, portadoras de linfedema. Diabéticos e obesos também apresentam mais predisposição.
O que se sente?
No período de incubação, que é de um a oito dias, aparece mal-estar, desânimo, dor de cabeça, náusea e vômitos, seguidos de febre alta e aparecimento de manchas vermelhas com aspecto de casca de laranja, bolhas pequenas ou grandes, quase sempre nas pernas e, às vezes, na face, tronco ou braços.
As manchas na pele no início apresentam somente aumento de temperatura, mas logo se tornam bastante dolorosas.
A febre costuma permanecer de um a quatro dias e pode regredir espontaneamente, causando uma enorme prostração.
Como se faz o diagnóstico?
Exames laboratoriais são geralmente dispensáveis para se fazer o diagnóstico, mas são importantes para acompanhar a evolução do paciente.
O diagnóstico é feito basicamente através do exame clínico.
Como se trata?
A crise de erisipela deve ser tratada com antibióticos,. sempre que possível.
Usa-se uma dose do ataque e se mantém o tratamento por um período prolongado para evitar recidivas. O tratamento deve ser iniciado assim que detectada a doença para evitar complicações como abcessos, úlceras (feridas), e o linfedema ( edema duro e persistente) que pode ser o resultaado de vários surtos de erisipela.
Como se previne?
 
Após banho, secar bem entre os dedos dos pés.
Usar meias limpas todos os dias, dando preferência às meias de algodão.
Usar fungicidas metodicamente em pó, spray ou cremes.
Evitar traumas à pele ou calçados impróprios.

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