webmaster@boaspraticasfarmaceuticas.com.br

6.06.2013

Aumenta o consumo de energéticos e isotônicos


Conheça os Riscos 

Bebidas, que têm atraído adolescentes e adultos jovens, elevam as chances de hipertensão, crises de ansiedade e taquicardia, além de sobrepeso



Rio - O número de atendimentos em prontos-socorros devido ao consumo excessivo de bebidas energéticas dobrou de 2007 a 2011, revelou estudo do Serviço de Emergência Norte-Americano, com maior envolvimento de adolescentes ou adultos jovens. O ‘fenômeno’ não é exclusividade dos EUA, alerta o cardiologista Daniel Pellegrino, do Hospital do Coração, em São Paulo, que verificou no Brasil a tendência de crescimento no consumo destes produtos.



Isotônicos repõem as calorias que foram perdidas em exercícios físicos
Foto:  Reprodução Internet

O especialista também avisa que, ao lado dos estimulantes, os aparentemente saudáveis isotônicos também são vilões para o organismo. Se usados por quem não pratica exercícios físicos pesados, causam hipertensão e sobrepeso. Já os energéticos elevam os riscos de crises de ansiedade, taquicardia e até morte, devido a altas concentrações de cafeína.
A análise americana revelou que, no período estudado, os atendimentos saltaram de cerca de 10 mil para 20 mil. Segundo Pellegrino, no Brasil jovens ingerem a bebida além dos limites tolerados. Segundo ele, para pessoas com mais de 13 anos, o consumo de cafeína não pode ultrapassar 2,5 mg por quilo de peso corporal. Por exemplo, um jovem de 60 kg deve ingerir, no máximo, 150 mg.
INSÔNIA E INFARTO
O médico alerta que apenas uma lata de energético, como Red Bull, possui 79mg de cafeína, mais do que uma xícara de café (60mg). “O excesso de cafeína causa distúrbios psiquiátricos, ansiedade, problemas no sono e até infarto”, disse. Situação recorrente em casas noturnas, a mistura de energéticos e álcool é ainda mais nociva, de acordo com o cardiologista. Ele explica que o estimulante esconde os efeitos da bebida alcoólica, como sonolência, o que leva jovens a beberem mais. Além da cafeína, os energéticos contêm ginseng, que em altas doses pode causar dor de cabeça, alergia, hipoglicemia e carnitina, responsável por náuseas, vômitos e dor abdominal.
O Dia
 

Conheça os riscos do consumo excessivo de energéticos




Os energéticos têm cafeína, que estimula o sistema nervoso central Foto: Getty Images
Os energéticos têm cafeína, que estimula o sistema nervoso central
Foto: Getty Images

Juliana Crem

Não é incomum encontrar homens consumindo latinhas de energético pela manhã para aguentar o ritmo do trabalho após um happy hour animado. Ricos em cafeína, estas bebidas são estimulantes, mas não devem ser consumidas em exagero, pois podem fazer mal à saúde.

A cafeína é um estimulante do sistema nervoso central e, por isso, ajuda a deixar as pessoas mais alertas. "Cada latinha de energético equivale a cerca de três xícaras de café, bebida que também é rica na substância. Por isso, o ideal é que a pessoa consuma, no máximo, uma lata e meia por dia, porque cafeína em excesso pode intoxicar o organismo, levando a náuseas, taquicardia, tremores, insônia, irritabilidade e zumbidos", explicou Vladimir Schraibman, especialista em cirurgia geral e gastrocirurgia, do corpo clínico do Hospital Albert Einstein, da capital paulista.

Alessandra Grisante, nutricionista especializada em Fisiologia do Exercício do Hospital 9 de Julho, da mesma cidade, lembrou que é importante distinguir as bebidas energéticas das bebidas desportivas ou repositoras energéticas. "Estas têm composição diferente, sem cafeína ou estimulantes, com base prioritária de carboidratos (açúcares), visando a reidratação e a reposição da energia perdida durante a prática de esportes, sendo aplicadas de maneira criteriosa e individualizada".

O médico alertou que o consumo de bebidas energéticas industrializadas deve ser limitado, afinal, "não é um isotônico". Além disso, a cafeína pode viciar, levando à necessidade de doses cada vez maiores para se obter o mesmo efeito. "Tem gente que fica até com síndrome de abstinência", afirmou. "É preciso deixar claro que, apesar de as bebidas energéticas conterem cafeína, não devem ser ingeridas como o café na rotina diária", concordou a nutricionista.

Contra-indicações
Alessandra afirmou que, nutricionalmente falando, não há recomendação do consumo de bebidas energéticas, principalmente para pessoas enfermas, crianças, gestantes, idosos etc. "Os efeitos variam de acordo com a dose ingerida e a sensibilidade de cada um. A quantidade que deixa o jovem eufórico, para um idoso hipertenso pode levar ao aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, com maior risco de morte", explicou.

Além disso, a nutricionista do Hospital Nove de Julho comentou que a portaria nº 868/98 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) obriga os fabricantes de bebidas energéticas a informar no rótulo que enfermos e idosos devem evitar seu consumo. Segundo ela, isto ocorreu após a descoberta de algumas irregularidades, como excesso de vitaminas e falta de comprovação das funcionalidades (pontecializadora, estimulante, melhora do desempenho etc).

Balada boa
Durante as festas e baladas, muita gente mistura o energético com bebidas alcoólicas para disfarçar o sabor do álcool ou para potencializar o efeito "de alerta" que ela possui. Segundo Schraibman, é justamente aí que está o maior perigo: "temos a depressão do álcool, mascarando seus sintomas, e a potencialização da cafeína. Além disso, a pessoa ingere a mistura e dificilmente se alimenta, levando a casos de desidratação e hipoglicemia. Tem gente que chega a desmaiar!", destacou.

Alessandra demonstrou preocupação com a crescente associação entre os jovens: "o energético pode esconder os sinais de intoxicação do álcool, evitando que a pessoa perceba que já bebeu demais, podendo levá-la ao coma alcoólico, seguido de morte. A longo prazo, esta combinação é um fator de risco para o desenvolvimento de dependência química do álcool".

Essa tal cafeína
Schraibman citou o guaraná e o gengibre como estimulantes naturais, que podem ser usados por aqueles que objetivam se manter mais despertos. Alessandra destacou o café, fonte de cafeína; chocolate (principalmente aqueles com maior teor de cacau); chás verde, mate e preto; e alguns refrigerantes, "cabendo a possibilidade de efeitos adversos no consumo de todos eles".

Embore leve a má fama, a nutricionista contou que a cafeína não é de todo ruim, visto que está presente em alguns medicamentos e estudos demonstraram que entre quatro e seis xícaras de café - grande fonte da substância - por dia são capazes de promover uma melhora do desempenho físico, estado de alerta e melhora neurocognitiva em atletas. Mas, ela também pode ter efeitos negativos, visto que acelera o metabolismo, tem ação diurética (pode levar à desidratação), entre outros. Além da substância, os energéticos também são ricos em açúcares e este é mais um motivo para controlar o consumo: podes colaborar com o aumento do peso.


Terra

Nenhum comentário:

Postar um comentário