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6.01.2013

Drogas na gravidez podem causar problemas ao bebê

 
Poucas doenças maternas justificam o uso de remédios durante a gestação. Pode-se citar o diabete (açúcar em excesso no sangue), hipertensão (pressão alta) e a epilepsia (ataques, convulsões). A consulta médica é importante durante toda a gravidez, tanto para prevenir problemas, como para tratar as doenças já conhecidas.
Por outro lado, existem drogas que são usadas socialmente ou ilegalmente, sem que a mulher saiba que está grávida ou por não saber que estas fazem muito mais mal para o bebê do que para ela própria.
CIGARRO (Fumo e Tabaco)
A nicotina do tabaco tem um efeito importante sobre o crescimento do bebê dentro do útero. O hábito de fumar da mãe é uma causa bem conhecida de retardo no desenvolvimento do feto.
Além disto, fumar 20 ou mais cigarros por dia aumenta o risco de parto prematuro (nascer antes do tempo) e da criança nascer com baixo peso.
Por outro lado, em fumantes que deixam de fumar antes da gravidez ou logo no início desta, nenhum destes efeitos aparece.
ÁLCOOL
Os problemas produzidos pelo álcool ocorrem desde o início até o final da gravidez e podem variar em gravidade, dependendo da quantidade de bebidas alcoólicas ingeridas pela mãe.
Pode ocorrer retardo do crescimento, com crianças de baixo peso ao nascer ou com malformações mais ou menos graves, conhecidas como Síndrome Alcoólico-Fetal. As malformações podem ocorrer no crânio e/ou na face e são acompanhadas de retardo de desenvolvimento psicomotor (a idade mental da criança é menor do que a idade real).
CALMANTES
Dependendo do período da gravidez, do tempo de uso e da dose, os calmantes podem produzir efeitos diferentes. Quando a mãe usa estes remédios nos primeiros meses da gravidez, malformações podem ocorrer na boca, tais como lábio leporino e pálato fendido (goela de lobo). Nos casos em que a mãe usa calmantes por muito tempo (até o fim da gestação) a criança pode apresentar, depois que nasce, uma síndrome de abstinência, caracterizada por tremores, irritabilidade (muito chorosa), inquietação, respiração acelerada e vômitos. Por outro, o uso de benzodiazepínicos nos dias que antecedem o parto fazem com que o recém-nascido fique com atividade diminuída, demorando para respirar e chorar, com hipotonia (corpo mole) e com pouca força para mamar.
SOLVENTES OU INALANTES
O problema do contato com essas substâncias está presente na vida de muitas mulheres, e é muito importante, tanto naquelas fazem uso abusivoquanto naquelas que trabalham em ambientes com altas concentrações dessas subtânias no ar que é respirado. O tolueno contido em muitos produtos gráficos ou colas de sapateiro é um agente altamente teratogênico que, pelo contato freqüente, pode levar a abortos de repetição.
COCAÍNA
O uso de cocaína por gestantes vem aumentando. Os recém-nascidos destas mães podem apresentar baixo peso, malformações físicas ou problemas neurológicos. As malformações podem ser microcefalia (cabeça muito pequena, por pouco crescimento do cérebro) e anormalidades da retina. As crianças podem sofrer morte súbita enquanto pequenas ou podem ter dificuldade de aprendizado por toda vida.
Como o tabaco, mas em muito maior grau, a cocaína também diminui o fluxo de sangue para o feto, que terá baixo peso ao nascer. Também pode ocasionar pressão alta na mãe ou nascimento prematuro por deslocamento da placenta ou contrações uterinas precoces.
Quando esta droga é utilizada de forma injetável, existe o risco de que a mãe tenha se contaminado pelo vírus do HIV e pode existir transmissão da SIDA (AIDS) para o feto.
MACONHA
O uso de maconha durante a gravidez pode causar efeitos extremamente variáveis sobre o feto, dependendo da quantidade e freqüência do uso da droga. Menor duração da gestação e crianças com baixo peso ao nascer podem ser algumas das complicações. Em animais foram vistas complicações teratogênicas.
RECOMENDAÇÕES ÚTEIS PARA GRÁVIDAS OU FUTURAS GESTANTES
  • Não use álcool, cigarro, solventes (loló), maconha, cocaína ou qualquer outra droga durante a gravidaz.
  • Se você está planejando ficar grávida, suspenda o uso de qualquer droga.
  • Não use remédios por conta própria durante a gravidez. Consulte antes um médico e só tome os remédios que ele receitar.
  • Procure seu médico para fazer, no mínimo, seis consultas antes do bebê nascer.
  • Caso consulte outro médico ou vá ao dentista, informe-os de que está grávida.
  • Não pare de usar medicamentos para diabete, epilepsia ou pressão alta (hipertensão arterial sistêmica) sem antes consultar o médico. A parada súbita destes tratamentos pode ser muito prejudicial para a mãe e para o bebê.


Uso de entorpecentes produz lesões fetais que atrasam desenvolvimento da criança.

 Dr. Valter Curi Rodrigues, fala sobre problemas que podem ocorrer na gravidez, destacando danos causados pelas drogas pesadas nos recém-nascidos. Citou também doenças causadas por fatores genéticos e ambientais.
O uso de drogas mais pesadas na gravidez (cocaína, anfetaminas, psicotrópicos e seus derivados) resultam em lesões fetais que atrasam o desenvolvimento da criança. " O nenê não cresce, ou cresce pouco na barriga da mãe. Pode ocorrer a síndrome da abstinência fetal, com quadro acompanhado de tremores e convulsão" .


  Um caso chocante ocorreiu com a usuária de crack. " Ela foi internada por três gestações em um período de cinco anos. Os três bebês nasceram com abstinência, e pequenos para a idade gestacional"
Outro agravante quando os usuários não só consomem determinado tipo de droga, como também misturam bebidas e cigarros, além de estilo de vida estressante.


Para Valter Curi, todos esses fatores causam complicações gestacionais. " Essa situação envolve ambiente, emoção e rejeição, e os jovens encontram nas drogas uma fuga da realidade. É uma bola de neve perigosa que leva mulheres a engravidar na hora errada, e comprometer seu futuro profissional e pessoal. Tudo isso pode levar o recém-nascido a apresentar déficits globais em seu desenvolvimento" . 


Outro tipo de problema referente à gravidez está no consumo do álcool, " uma droga lícita que causa a síndrome feto alcoólica. Dependendo da idade gestacional e da quantidade de álcool ingerida, pode levar à microcefalia, alteração grave do sistema nervoso central (SNC), alteração ocular, e cardiopatia congênita, que é quadro clínico da Síndrome Fetal Alcoólica. É um processo irreversível" .


Quando a mãe ingere álcool em quantidade menor, depois do terceiro ou quarto mês gestacional, o resultado não é a má formação, mas uma discreta microcefalia, hiperatividade e déficit de atenção, que é chamado de efeito feto alcoólico.


Outros tipos de doenças causadas por fatores ambientais também podem resultar na má formação fetal. " São várias deficiências, como visual, auditiva, encefálica e cardíaca, entre as mais graves" .


Principais problemas

 

Mulheres muito jovens não devem engravidar, já que seus órgãos reprodutores ainda não estão preparados para a concepção. " Não existe condição anatômica ideal e nem mesmo condição comportamental. É necessário ter compromisso, condições financeiras, e responsabilidade" .

  O problema comum na gravidez, as infecções materno-fetais, que causam graves problemas à sua saúde do bebê, especialmente no seu início, quando o feto ainda está se formando. " O sangue da mãe é o mesmo do bebê e, portanto, quando ocorre uma infecção, como rubéola, sífilis, toxoplasmose, herpes ou citomegalovírus, o bebê é diretamente afetado" , .


  As consequências da rubéola, e o perigo do citomegalovírus. " A síndrome da rubéola congênita causa problemas graves ao SNC e no globo ocular, mas tem vacina. A maioria das adolescentes em nossa região está vacinada. O vírus da inclusão citomegálica também agride o SNC, causa microcefalia, provoca um atraso brutal no desenvolvimento do bebê e o mais grave: não tem vacina".

Segundo o médico, a infecção pelo citomegalovírus é causada principalmente devido à atividade sexual promíscua. " Com a troca constante de parceiros sexuais, as chances de contrair a doença aumenta. Isso ocorre com pessoas de todas as classes sociais, e a maior prejudicada é a criança" .


Vários tipos de anomalias também podem ocorrer antes mesmo da concepção, quando um homem e/ou uma mulher apresentam determinados problemas genéticos que, na concepção entre o casal, leva a criança a nascer com alterações genéticas. " Se você sabe que o pai e/ou a mãe têm essa incompatibilidade de genes, deve-se evitar a concepção antes de um aconselhamento genético" .


No aspecto geral, a solução de todos esses problemas é a  prevenção para toda a comunidade, especialmente para famílias desestruturadas. " A falta de educação e de informação por parte de pais e mães imaturos leva ao nascimento de crianças com problemas mentais. Precisamos de uma estrutura gigantesca para prevenir e orientar a população" .


Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)


Perigo das Drogas na Gravidez


As mulheres podem ter fatores de risco especiais se usaremdrogas durante a gravidez.
As mulheres podem ficar viciadas rapidamente a certas drogas, como a cocaína e crack. Portanto, quando elas procuram ajuda, seu vício pode ser difícil de tratar.
As mulheres que usam drogas são freqüentemente vítimas de outros problemas graves de saúde, as doenças sexualmente transmissíveis e problemas de saúde mental, como depressão.
Muitas mulheres que usam drogas tiveram vidas turbulentas. Estudos constataram que pelo menos 70 por cento das mulheres consumidoras de drogas, foram abusadas sexualmente com idade inferior a dezesseis anos. A maioria destas mulheres teve pelo menos um progenitor que abusou de álcool ou drogas.
As mulheres que usam drogas tendem a ter baixa auto-estima, pouca autoconfiança, e se sentem impotentes. Eles sentem-se sozinhas e isoladas.
Uma mãe que usa drogas na gravidez põe em risco a vida dela e do seu bebê. Quando uma mulher grávida usa drogas, ela e seu nascituro enfrentam graves problemas de saúde.
Durante a gravidez, as drogas usadas pela mãe do bebê podem entrar na corrente sanguínea. As conseqüências mais graves sobre o bebê pode ser a infecção pelo HIV, AIDS, prematuridade, baixo peso ao nascer, Síndrome de Morte Súbita Infantil, cabeça pequena, crescimento atrofiado, pobres habilidades motoras e problemas de comportamento.
Os riscos para a saúde associados ao abuso de drogas:
Mãe
* Má nutrição
* Pressão arterial elevada
* Batimento cardíaco rápido
* Baixo ganho de peso
* Baixa auto-estima
* Doenças Sexualmente Transmissíveis
* Parto Prematuro
* O HIV / AIDS
* Depressão
* Abuso físico
Bebê
* Prematuridade
* Baixo peso ao nascer
* Infecções
* Cabeça pequena
* Síndrome de morte súbita do lactente
* Defeitos Congênitos
* O crescimento atrofiado
* Pobres habilidades motoras
* O HIV / AIDS
* Deficiência de Aprendizagem
* Problemas neurológicos
Muitas mulheres com problemas de drogas têm receio de procurar tratamento. Estudos constataram que mais de 4 milhões de mulheres precisam de tratamento para a dependência química. Infelizmente, existem muitas e importantes razões pelas quais as mulheres não procuram ajuda.
Algumas mulheres podem não ser capazes de encontrar apoio de clinicas. Ou eles temem que as autoridades possam tirar os seus filhos. Algumas mulheres temem que serão punidas se admitirem sua dependência. Muitas mulheres temem violência de seus maridos, namorados, ou parceiros.
Amigos e parentes podem ajudar a aliviar estes medos para a mulher que usa drogas. Elas podem apóiá-la, ajudando-lhe encontrar bons tratamento da dependência e da prestação de cuidados infantis e transporte.
É difícil de derrotar a dependência. Mas a mulher que usa drogas pode ficar melhor com o tratamento correto - mesmo que ela já tenha tentado e falhado. O tratamento está disponível, muitas vezes perto de casa.
O primeiro passo é descobrir que tipo de tratamento é necessário e onde ela pode fazê-lo.


Drogas e gravidez não combinam em nada!!



Tem um bebezinho crescendo aí na sua barriga, mas, você pensa, a vida continua e, de vez em quando, dá aquela vontade de badalar e curtir as coisas de sempre com os amigos, incluindo as eventuais drogas recreativas que apareçam pelo caminho.
Sim, você tem toda razão que a “vida continua” e já se sabe há muito tempo que gravidez não é doença ou motivo para as mulheres ficarem isoladas ou de cama. O problema é que tudo que entra no seu corpo passa para o nenê através da corrente sanguínea e da placenta, principalmente substâncias químicas.
E o bebê acaba sendo um consumir de drogas também, mesmo sem ter feito essa escolha. Ele é muito pequenininho para isso, os efeitos das substâncias no corpo e especialmente no cérebro dele podem durar para sempre.
Se você faz parte de um grupo que bebe muito e usa drogas, às vezes tem que fazer a opção de se afastar, a futura mamãe precisa investir na saúde da família como um todo e no ambiente em que a criança crescerá.
Isso inclui também o cigarro, motivo pelo qual os especialistas aconselham as futuras mães a parar de fumar.
Aí pode vir alguém e dizer para você que maconha é uma planta, uma substância da natureza que não vai fazer mal nem para você e nem para o seu filho. Só que o que as pesquisas mais recentes mostram não é bem assim.
Por mais que o filho de uma mulher que usou drogas nasça com a aparência normal, o comportamento da criança poderá não ser normal, nem na fase de bebê nem mais para a frente, quando já tiver idade de frequentar um colégio, segundo um estudo sobre uso de drogas por adolescentes na gravidez da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Crianças cujas mães consumiram maconha durante a gravidez tenderam a ser mais irritadas, mais impulsivas e menos atentas — características que podem comprometer, e muito, a vida escolar, profissional, emocional e social de qualquer pessoa e de qualquer família.
Evite tudo o que possa prejudicar o seu bebê, certamente no final vai valer a pena!
Bjo, bjo
Fernanda Rocha

Álcool, cigarro e drogas na gravidez: segredos que o seu médico precisa saber

Sim, é bem difícil falar abertamente com o obstetra sobre assuntos que você tenta esconder até da sua sombra, como a dependência de drogas. Mas contar o que acontece na sua vida é importante para não colocar a saúde do seu bebê em risco. Aqui, histórias de mulheres que tinham algum vício ao engravidar, o que fazer se você estiver em uma dessas situações e como superar o medo de contar tudo ao seu médico

Chantal Brissac

Henrik Weis
Se você planeja engravidar ou se já conseguiu, sabe que o seu obstetra, além de um check-up completo, vai precisar de algumas informações sobre o seu passado e os seus hábitos que são importantes para cuidar melhor da sua gestação e do bebê. E você também quer perguntar tudo. Afinal, quantas preocupações inéditas não aparecem? Até a tinta do cabelo causa dúvidas. Mas, e quando algumas coisas (muito) importantes não são contadas? E quando há segredos como uma história ligada a bebidas, drogas ou fumo? Deixar de falar com o médico sobre isso pode colocar em risco a sua saúde e a do seu filho. E não dá para dizer que fumar cinco cigarros por dia, por exemplo, é um vício mais leve do que consumir o maço inteiro ou achar que beber um pouquinho a mais não fará mal ao bebê. “O uso crônico de drogas e álcool pode gerar problemas como malformações fetais e insuficiência placentária”, diz Luís Fernando Aguiar, obstetra do Hospital Albert Einstein (SP).
Todos esses vícios podem fazer mal para vocês dois e o melhor caminho para tentar se livrar deles, como você já imagina, é conversar com o médico, sem medo de preconceitos ou de ser julgada. Todo mundo sabe que não é fácil falar abertamente sobre essas inquietações em nenhum momento da vida, mas agora você tem um estímulo a mais (e o mais importante) para tentar: o seu filho. Encontre uma brecha para tocar no assunto – pode ser o resultado de um exame, queixas que levem o médico a fazer a pergunta que você quer ouvir (como fadiga em excesso por conta do cigarro quando você sobe um lance de escada curto) – ou vá direto ao ponto: coloque o maço de cigarro em cima da mesa dele, e pronto! Mas, se para você é difícil encarar o olhar do obstetra, mande um e-mail contanto tudo, assim você não sente aquela pressão. Isso vai trazer tranquilidade e garantir uma gestação mais saudável, porque o médico vai ajudar você a lidar com o problema e a encontrar uma saída. Aqui, os segredos mais difíceis de contar e os problemas que, quando não tratados, eles podem causar durante a gravidez.
Bebidas alcoólicas
Quando a comerciante Silmara Dias*, 29 anos, engravidou, sentiu uma alegria tão grande que o desejo maior era um só: zerar a sua história e recomeçar como se nada tivesse acontecido. Ela era usuária crônica de álcool havia dez anos. “Como planejava parar com a bebida, achei que não tinha por que contar para o médico”, diz. O que a fez confessar seu ponto fraco foram os primeiros exames de sangue e de urina do pré-natal, que indicaram diabetes e problemas no rim. “Foi o que me salvou, porque sozinha eu não teria conseguido. A partir da conversa, ele me alertou sobre os riscos e eu, que tomava duas doses de vodca por dia, consegui, com a ajuda dele, da terapia e de reuniões em Alcoólicos Anônimos, a passar toda a gravidez sem tocar no copo. O Mateus nasceu saudável, embora com baixo peso. Nunca mais coloquei nem um bombom de licor na boca.”
Como você sabe, o consumo de álcool é prejudicial tanto para a mãe quanto para o bebê e não há quantidade segura. “A substância atravessa facilmente a placenta e pode causar vários danos ao feto, sendo a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que causa retardo mental, um dos mais sérios”, afirma Patrícia Hochgraf, psiquiatra, coordenadora do programa de atenção à mulher dependente química do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP).
Antes, os médicos pensavam que a SAF ocorria apenas entre mães que consumiam álcool de forma pesada. Mas pesquisas mostraram que ela pode ocorrer mesmo se a grávida tomar pequenas doses. Acredita-se que a síndrome e outros transtornos ligados à bebida afetem cerca de 40 mil crianças em todo o mundo – mais do que a Síndrome de Down, segundo a National Organization on Fetal Alcohol Syndrome, dos Estados Unidos. A estimativa é de que um em cada cinco casos de crianças com deficiência mental no mundo seja causado pelo álcool ingerido durante a gestação.
Esse é apenas um dos problemas. Soma-se a ele baixo peso ao nascer, alterações cardíacas, neurológicas (hiperatividade, impulsividade, problemas com a visão espacial) e faciais. Também não é incomum a associação dessas alterações com autismo. O pediatra Hermann Grinfeld, que pesquisa há mais de 40 anos os efeitos do consumo de álcool na gravidez, afirma que problemas como dificuldades de aprendizado, memorização e atenção podem repercutir para a vida toda.
Como tratar: Segundo os médicos, a única saída é parar o álcool imediatamente. Pode ser útil o apoio de um psicoterapeuta ou a adesão a um grupo, como o Alcoólicos Anônimos. Medicamentos não são recomendados, mas, dependendo do caso, o obstetra pode recomendar o uso de antidepressivos.
“EU, QUE TOMAVA DUAS DOSES DE VODCA POR DIA, CONSEGUI, COM A AJUDA DELE (O OBSTETRA), DA TERAPIA E DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS, A PASSAR TODA GRAVIDEZ SEM TOCAR NO COPO. NUNCA MAIS COLOQUEI NEM UM BOMBOM DE LICOR NA BOCA.” SILMARA DIAS*, MÃE DE MATEUS,
FOI ALCOÓLATRA POR DEZ ANOS

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