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6.15.2013

Líder do PSDB que é contra a Bolsa Família recorrerá ao STF para acessar investigação de boato sobre o Programa Bolsa Família

DE SÃO PAULO
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, disse neste sábado (15) que vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para ter acesso ao inquérito da Polícia Federal que investiga o boato sobre o fim do Bolsa Família.
Segundo Sampaio, a PF não permitiu que ele tivesse acesso ao conteúdo das investigações. Neste sábado, a Folha mostrou que, após ouvir depoimentos de mais de 200 pessoas, a polícia ainda não conseguiu comprovar a "ação orquestrada" que, segundo o governo federal, gerou tumulto em lotéricas e agências da Caixa Econômica Federal em 13 Estados no mês passado.
Na apuração, que deve terminar no fim do mês, a PF ouviu técnicos e beneficiários do Bolsa Família, mas, até agora, o único ponto em comum encontrado para o início dos boatos foi a antecipação do pagamento pela própria Caixa Econômica Federal, como revelado pela Folha.
"É um direito garantido pela Constituição ter acesso ao inquérito e não podemos simplesmente rasgar a Carta Magna", afirmou Sampaio, em nota.
O deputado federal disse que o governo tenta "abafar os fatos". "Não podemos admitir ações irresponsáveis e levianas. O pedido foi abusivamente negado sem que o inquérito fosse declarado sigiloso", disse ele.
À época, a Caixa informou que a antecipação havia ocorrido só após os tumultos, com o objetivo de evitar novos transtornos.
Dias depois, confrontada com reportagem da Folha que revelou a antecipação do pagamento na véspera do boato, a Caixa voltou atrás, reconhecendo ter liberado R$ 2 bilhões de uma só vez nas contas de 13,8 milhões de famílias em todo o país.
O banco disse que antecipou o calendário em busca de "melhorias no cadastro", admitiu o equívoco das informações e pediu desculpas.
Os tumultos do mês passado levaram integrantes do governo e do PT a culpar a oposição. Sem indicar responsáveis, Dilma chamou de "criminoso" e "absurdamente desumano" o responsável por espalhar a falsa notícia.
A revelação de que a informação inicial da Caixa não era correta levou a oposição a pressionar a PF para acelerar a investigação e a pedir que Dilma fosse à TV pedir desculpas à população.

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