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6.13.2013

Minorias serão maioria nos EUA em 30 anos

Pela primeira vez, mortes superam nascimentos entre a população branca no país, indica novo censo

Com agências internacionais
WASHINGTON - O fenômeno já era previsto, mas especialistas não esperavam que ele acontecesse antes de 2020: pela primeira vez em mais de um século, as mortes de cidadãos brancos superaram os números de seus nascimentos nos EUA, segundo o último censo realizado no país e publicado ontem. Os brancos ainda representam a maior parte da população nos EUA (64%), mas o novo estudo indica que, nesse ritmo, em 30 anos as minorias étnicas americanas se tornarão maioria no país — uma tendência que já existia desde 2010 em 11 estados, como Califórnia e Flórida.
— No ano passado, confirmou-se que a maioria dos nascimentos era de minorias, e que morrem mais brancos que nascem. São dados bastante relevantes sobre para onde nos dirigimos como país — opina William H. Frey, demógrafo da Instituição Brookins.
A diferença entre as mortes e nascimentos de brancos, entre julho de 2011 e julho de 2012, foi de apenas 12 mil. Alguns motivos para o descenso de nascimentos, explicam especialistas, são a crise econômica nos EUA e o interesse crescente das mulheres em investir na carreira profissional antes de formar uma família.
Equilíbrio com a imigração
A tendência de queda entre os brancos no país só não foi maior devido à imigração procedente de nações como Canadá, Alemanha e Rússia, que somaram 188 mil brancos à população americana. Por outro lado, a imigração também levou os asiáticos a ser o grupo de maior crescimento hoje nos EUA: sua presença na população aumentou 2,9%, mais que a dos latinos, que subiram 2,2% — e que já representam um de cada seis americanos. A população negra, por sua vez, cresceu 1,9% até julho do ano passado.
O censo demonstra ainda que, pela primeira vez, as minorias chegam quase à metade (49,9%) da população americana de até 5 anos. Há um ano, elas já eram maioria entre os bebês. Agora, com a imigração e a alta taxa de nascimentos principalmente entre os latinos, podem ser maioria também na nova faixa até o ano que vem, diz Thomas Mesenbourg, diretor do censo. E, nesse ritmo, até 2018, podem ultrapassar a metade da população americana com menos de 18 anos.

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