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6.04.2013

O QUE COMER E O QUE NÃO COMER À NOITE

O que comer e o que não comer à noite

Uma lista de alimentos que estão liberados e outra com todos aqueles que você deve evitar!

Um mito sempre assombrou a dieta: afinal, o que eu posso e o que eu não posso comer durante a noite? Alguns dizem que basta cortar carboidrato, outros preferem ser mais radicais e ficar à base de líquidos.  Mas, e você?

Para acabar com a dúvida e não prejudicar a sua saúde, confira as dicas!

Sinal verde

• Omelete (use 1 ovo e 2 claras)
• Frango grelhado em tiras
• Legumes cozidos como vagem, chuchu, cenoura, abobrinha
• Salada de folhas e tomate
• Peixes grelhados
• Grãos: soja, lentilha, grão-de-bico e ervilha

Sinal vermelho

• Frutas que precisam ser descascadas: melão, banana (ela cura a insônia, mas pesa no estômago), abacate
• Alimentos fritos: batata, polenta, mandioca
• Bolos
• Massas e pizza
• Chocolates
• Doces e sobremesas

 Saiba ainda:

Assaltar a geladeira à noite pode ser sintoma de distúrbio alimentar

Síndrome Alimentar Noturna afeta cerca de 3 milhões de brasileiros

Assaltar a geladeira à noite pode ser sintoma de distúrbio alimentar Jimi Jows/Shutterstock
O tratamento se dá por meio de reeducação alimentar, terapia cognitiva comportamental e medicamentos anticompulsivos Foto: Jimi Jows / Shutterstock
Especialistas da Associação Brasileiro para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica alertam que episódios frequentes de excessiva fome noturna podem ser sintoma de um transtorno alimentar: a Síndrome Alimentar Noturna (SAN). Segundo a entidade, a síndrome afeta cerca de 3 milhões de brasileiros.
A SAN caracteriza-se por maior ingestão calórica no período noturno, sobretudo após as 19 horas, despertares durante a noite para comer e falta de apetite durante as manhãs. Além de afetar a qualidade do sono, a Síndrome Alimentar Noturna é um fator de pré-disposição à diabetes e obesidade.
A alimentação predominantemente noturna cria um desbalanço no metabolismo, tornando-o mais lento durante o dia e levando o organismo a estocar os nutrientes nos períodos de maior consumo e menor gasto energético, o período noturno. Cerca de 10% dos obesos e 27% dos obesos mórbidos possuem a síndrome. Além disso, a síndrome predispõe quadros de obesidade.
De causa exata ainda desconhecida, o problema tem o estresse e a má distribuição do volume de alimentos e calorias ingeridos como dois fatores ligados a seu surgimento. Soma-se a eles a insônia e má alimentação durante o dia.
— Os portadores relatam um aumento do consumo alimentar, usualmente após o jantar, ou apresentam despertares noturnos para comer ou beber — explica o psiquiatra Alexandre Pinto de Azevedo, autor de um estudo sobre a síndrome.
Um quadro de SAN começa a se consolidar quando a fome ou vontade de comer do indivíduo diminui durante o dia e surge fortemente a noite, após as 19h. A dieta deixa de ser normal quando 55% ou mais da ingestão calórica diária ocorre após esse horário. Habitualmente, nesse período ingere-se cerca de 15% das calorias diárias.
— O paciente precisa comer bastante para conseguir se sentir satisfeito e dormir. Durante o dia, ele nem se lembra de comer — explica a endocrinologista e diretora da Abeso, Claudia Cozer.
Segundo ela, os alimentos mais procurados em episódios de compulsão possuem maiores valores calóricos, ricos em gordura e carboidratos finos (açúcares, pães, doces) — aqueles que, geralmente, estimulam a liberação de endorfinas, os neurotransmissores ligados à sensação de prazer e bem-estar.
Reeducação
O tratamento se dá por meio de reeducação alimentar, terapia cognitiva comportamental e medicamentos anticompulsivos, em casos mais extremos. A sertralina é a medicação mais indicada, pois regula o padrão alimentar noturno com redução dos despertares. A trazodona e o topiramato também controlam o impulso alimentar e regularizam o padrão de sono.
VIDA

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