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7.12.2013

Atrasar o corte do cordão umbilical aumenta estoques de ferro e níveis de hemoglobina no bebê

  • Estudo mostra benefício em procedimento feito pelo menos um minuto depois do nascimento
  • Corte ‘tardio’ não aumenta o risco de hemorragia pós-parto, perda de sangue, nem reduz os níveis de hemoglobina nas mães

Cordão umbilical sendo extraído da placenta: corte um minuto após o nascimento permite passagem de sangue maior e beneficia o bebê
Foto: Ruby Washington / NYT
Cordão umbilical sendo extraído da placenta: corte um minuto após o nascimento permite passagem de sangue maior e beneficia o bebê Ruby Washington / NYT
NOVA YORK - Um novo estudo mostra que cortar o cordão umbilical do bebê, pelo menos um minuto após o nascimento, aumenta o estoque de ferro e o nível de hemoglobina do bebê sem trazer riscos para a mãe.
Recém-nascidos que tiveram esse corte “tardio” apresentaram um nível de hemoglobina maior entre 24 e 48 horas depois do parto e ficaram menos vulneráveis à deficiência de ferro entre três e seis meses de vida, segundo o estudo publicado esta semana no Banco de Dados Cochrane de Revisões Sistemáticas.
A análise mostra que o atraso no corte do cordão umbilical permite que mais sangue seja passado da placenta e isto aumenta a imunidade do bebê. O peso do nascimento também foi significativamente alto na avaliação do grupo de corte tardio, em parte porque os bebês receberam mais sangue das mães.
- Acredito que teremos cada vez mais cordões cortados tardiamente - disse ao jornal “The New York Times” o médico Jeffrey Ecker, do comitê de prática obstétrica do Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia.
O procedimento não aumentou o risco de hemorragia pós-parto, perda de sangue, nem reduziu os níveis de hemoglobina nas mães.
A Organização Mundial de Saúde recomenda o corte do cordão umbilical depois de um a três minutos, para aumentar o nível de ferro no bebê. Eventualmente o atraso no corte do cordão pode levar à icterícia, causado por problemas do fígado ou pelo excesso de perda de glóbulos vermelhos, alerta a OMS. Um comitê do Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia, no entanto, afirma que a icterícia não é uma razão para que a prática seja deixada de lado.

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