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8.30.2013

Enxaquecas podem causar danos permanentes ao cérebro

Mal que atinge entre 10% e 15% da população aumenta o risco de lesões, anormalidades na massa branca e alterações no volume cerebral

Associação foi ainda mais forte em pessoas que observam aura ou naquelas que têm um sinal antes do início das dores de cabeça

O Globo


Enxaqueca: problema afeta entre 10% e 15% da população e pode causar danos permanentes.
Foto: StockPhoto

Enxaqueca: problema afeta entre 10% e 15% da população e pode causar danos permanentes. StockPhoto
COPENHAGUE - Um novo estudo da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, mostra que a enxaqueca, mal que atinge entre 10% e 15% da população, aumenta o risco de lesões cerebrais, de anormalidades na massa branca e alterações no volume cerebral. A associação foi ainda mais forte em pessoas com enxaqueca com aura — ou quando havia um sinal antes do início da enxaqueca.
- Tradicionalmente a enxaqueca tem sido considerada um distúrbio benigno sem consequências a longo prazo para o cérebro. Nossa revisão e meta-análise sugere que o problema pode alterar a estrutura cerebral de forma permanente - explica o autor do estudo, Messoud Ashina.
Ashina revisou 19 estudos para ver se pessoas com enxaqueca tinham aumento no risco de lesões cerebrais, anormalidades silenciosas ou alteração do volume cerebral através de exames de ressonância magnética por imagem (MRI).
Os resultados mostraram que a enxaqueca com aura aumenta o risco de lesões em 68% e, sem aura, em 34%, comparando com pessoas que não sofrem de enxaqueca.
O risco de anormalidades aumentou 44% com aura em comparação aos sem aura. E as mudanças de volume também foram mais comuns em pessoas com enxaqueca e enxaqueca com aura em relação aos demais.

O que é Enxaqueca?

A enxaqueca é um dos tipos de cefaleia (dor de cabeça). Na enxaqueca, a localização da dor normalmente é de um lado da cabeça, às vezes, dos dois.
O que é enxaqueca?

Causas

Os fatores mais frequentes que podem iniciar uma crise de enxaqueca são:

1. Alimentos e bebidas

  • Queijos amarelos envelhecidos
  • Frutas cítricas (principalmente laranja, limão, abacaxi e pêssego)
  • Banana (principalmente d'água)
  • Linguiças
  • Salsichas e alimentos de coloração avermelhada, em conserva
  • Frituras e gorduras
  • Chocolates
  • Café, chá e refrigerantes à base de cola
  • Aspartame (adoçante artificial)
  • Glutamato monossódico (tipo de sal usado como intensificador de sabor, principalmente em comida chinesa)
  • Vinhos (principalmente o tinto)
  • Cervejas e chope.

2. Hábitos alimentares e sono

  • Ficar mais de cinco horas seguidas sem se alimentar
  • Dormir mais ou menos do que o de costume.

3. Variações bruscas de temperatura e umidade do ar

  • Entrada em ambientes frios, estando antes em ambiente quente e viceversa
  • Ingestão de líquidos gelados com o organismo aquecido ou suando muito.

4. Fatores hormonais, emocionais e estresse

  • É muito comum mulheres portadoras de enxaqueca apresentarem dor nas fases pré, durante ou após a menstruação
  • Muitas mulheres têm as crises pioradas a partir do momento que iniciam o uso de anticoncepcionais orais
  • Na menopausa, muitas mulheres melhoram espontaneamente e voltam a piorar quando iniciam a reposição hormonal.

Tratamento de Enxaqueca

Somente o médico pode dizer qual a melhor medicação para quem sofre de enxaqueca, mas as crises podem ser reduzidas ao evitar os fatores desencadeantes.

O que fazer quando estiver em crise de enxaqueca?

  • Esteja sempre preparado: os portadores de enxaqueca devem ter a medicação para as crises sempre à mão
  • Em caso de enxaqueca intensa, procure um local fresco e escuro para recostar, mas não deite
  • Coloque gelo sobre as áreas doloridas
  • Tome o medicamento recomendado pelo seu médico, mas nunca mais de duas vezes por semana
  • Beba muita água e coma moderadamente
  • Descanse.


Fontes e referências:
  • Ministério da Saúde

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