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8.18.2013

Professores fazem manifestação em Copacabana e seguem em greve até terça-feira

Coordenadora-geral do Sepe diz que categoria agora vai lutar também para que ponto não seja cortado

Patrícia Teixeira
Rio - Professores das redes municipal e estadual, que estão em greve, realizam uma manifestação neste domingo na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Por volta do meio-dia, cerca de 350 pessoas se concentraram na Avenida Atlântica, na altura da Avenida Princesa Isabel, e seguiram em direção ao Posto 6.
Nem mesmo a chuva estragou a determinação dos professores, funcionários de escolas públicas e alunos, que reivindicavam, com a ajuda de um carro de som, reajuste de salários, melhores condições de trabalho e revisão do veto do governador Sérgio Cabral ao projeto de lei 2200, aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que determina que cada professor deve cumprir toda carga horária em uma única unidade escolar.
Professores caminham pela Avenida Atlântica, em Copacabana
Foto:  Reprodução
Ivanete Conceição da Silva, professora da rede estadual e coordenadora-geral do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) disse que a greve será mantida até, pelo menos, terça-feira.
"A Justiça ainda não decidiu o que acontecerá com os pontos dos grevistas. Mas podemos entrar com recurso, com instrumentos oficiais do governo, para barrar o corte do ponto. No início, estávamos brigando pelos 19% do reajuste salarial para as escolas municipais e 28% para as estaduais, pela revisão do veto a lei 2200 e pela jornada de 30 horas semanais para os funcionários. Agora, vamos lutar também para não cortarem o ponto", declarou Ivanete.
No último sábado, a 7ª Vara de Fazenda Pública negou o pedido preventivo feito pelos professores da rede municipal do Rio para que a prefeitura não desconte do salário os dias parados durante a greve da categoria, deflagrada há 11 dias. O prefeito Eduardo Paes também se pronunciou e disse que cortará o salário dos profissionais que estão em greve.
"Essa decisão é assédio moral. O prefeito está fazendo isso para que a gente volte a dar aulas, mas se ele cortar o ponto, não vamos repor. Se ele não cortar, vamos estudar um jeito de repor aos sábados ou em janeiro. Se não dermos essas aulas, não conseguiremos cumprir a exigência do MEC, de ter 200 dias letivos no ano. A população, os pais e os alunos estão nos apoiando. Só falta ele negociar com a gente", disse a professora da Escola Municipal Brasil, Rosângela Rodrigues.
Os professores da rede estadual terão uma reunião com o secretário de educação, Wilson Risolia, nesta segunda. Já os da rede municipal têm assembleia marcada para terça-feira.

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