Professores fazem manifestação em Copacabana e seguem em greve até terça-feira
Coordenadora-geral do Sepe diz que categoria agora vai lutar também para que ponto não seja cortado
Patrícia Teixeira
Rio - Professores das redes municipal e
estadual, que estão em greve, realizam uma manifestação neste domingo na
Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Por volta do meio-dia, cerca
de 350 pessoas se concentraram na Avenida Atlântica, na altura da
Avenida Princesa Isabel, e seguiram em direção ao Posto 6. Nem mesmo a chuva estragou a determinação dos
professores, funcionários de escolas públicas e alunos, que
reivindicavam, com a ajuda de um carro de som, reajuste de salários,
melhores condições de trabalho e revisão do veto do governador Sérgio
Cabral ao projeto de lei 2200, aprovado pela Assembleia Legislativa do
Rio (Alerj), que determina que cada professor deve cumprir toda carga
horária em uma única unidade escolar.
Professores caminham pela Avenida Atlântica, em Copacabana
Foto: Reprodução
Ivanete Conceição da Silva,
professora da rede estadual e coordenadora-geral do Sepe (Sindicato
Estadual dos Profissionais de Educação) disse que a greve será mantida
até, pelo menos, terça-feira.
"A Justiça ainda não decidiu o que
acontecerá com os pontos dos grevistas. Mas podemos entrar com recurso,
com instrumentos oficiais do governo, para barrar o corte do ponto. No
início, estávamos brigando pelos 19% do reajuste salarial para as
escolas municipais e 28% para as estaduais, pela revisão do veto a lei
2200 e pela jornada de 30 horas semanais para os funcionários. Agora,
vamos lutar também para não cortarem o ponto", declarou Ivanete. No último sábado, a 7ª Vara de Fazenda Pública
negou o pedido preventivo feito pelos professores da rede municipal do
Rio para que a prefeitura não desconte do salário os dias parados
durante a greve da categoria, deflagrada há 11 dias. O prefeito Eduardo
Paes também se pronunciou e disse que cortará o salário dos
profissionais que estão em greve. "Essa decisão é assédio
moral. O prefeito está fazendo isso para que a gente volte a dar aulas,
mas se ele cortar o ponto, não vamos repor. Se ele não cortar, vamos estudar
um jeito de repor aos sábados ou em janeiro. Se não dermos essas aulas,
não conseguiremos cumprir a exigência do MEC, de ter 200 dias letivos
no ano. A população, os pais e os alunos estão nos apoiando. Só falta
ele negociar com a gente", disse a professora da Escola Municipal Brasil, Rosângela Rodrigues. Os professores da rede estadual terão uma
reunião com o secretário de educação, Wilson Risolia, nesta segunda. Já
os da rede municipal têm assembleia marcada para terça-feira.
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