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9.09.2013

Vacina contra o melanoma começa a ser testada em humanos

Câncer


Técnica inovadora de implante pode levar ao desenvolvimento de diversos tratamentos contra outros tumores


Célula cancerígena
O câncer costuma passar despercebido pelas células do sistema imunológico humano. O objetivo da vacina é alterar essa células, de modo que elas possam caçar e combater os tumores (Thinkstock)
Pesquisadores da Universidade Harvard anunciaram nesta sexta-feira o início dos testes em seres humanos de uma nova vacina desenvolvida para tratar o melanoma — a forma mais letal de câncer de pele. A vacina usa uma técnica inovadora de implante que pode levar ao desenvolvimento de diversos tratamentos contra outros tumores.

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MELANOMA
O melanoma tem origem nas células produtoras de melanina, substância que dá cor à pele. Esse tipo de câncer de pele é menos frequente, sendo responsável por apenas 4% de todos os tumores malignos no país.
A maioria das vacinas terapêuticas contra câncer que estão sendo desenvolvidas hoje em dia envolve a retirada de células do sistema imunológico dos voluntários. Em laboratório, os médicos modificam essas células para serem capazes de identificar e atacar os tumores e as reintroduzem no sangue do paciente. A vacina desenvolvida na Universidade Harvard, no entanto, pretende fazer essa alteração nas células imunológicas sem retirá-las do corpo.
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Os pesquisadores desenvolveram uma pequena esponja em forma de disco que pode ser implantada sob a pele do paciente. Ali, ela é capaz de recrutar e reprogramar as células do sistema imunológico — sem a necessidade de levá-las até um laboratório.


Vacina implantável é feita a partir de polímeros aprovados para uso em seres humanos e tem o tamanho aproximado de uma unha
A nova abordagem já foi testada em camundongos em 2009, em um estudo publicado na revista Science Translational Medicine. Após a aplicação de duas doses da vacina, houve regressão dos tumores em 50% dos camundongos.
Os pesquisadores afirmam que só foi possível chegar tão rápido aos testes clínicos em seres humanos graças à equipe multidisciplinar que trabalha na tecnologia, que inclui cientistas, engenheiros e médicos. "É raro vermos uma nova tecnologia testada em laboratório chegar tão rapidamente à fase de ensaios clínicos humanos. Estamos muito animados com essa velocidade e com o potencial da vacina", disse Glenn Dranoff, pesquisador da Universidade Harvard.
O recrutamento de participantes para a primeira fase dos ensaios clínicos já começou. Essa etapa, que deve durar até 2015, não deve envolver um grande número de voluntários e vai servir para avaliar a segurança da vacina em seres humanos. Depois disso, ela ainda deve passar por mais estudos, para que possa chegar aos consultórios médicos.

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