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11.30.2013

DOENÇAS TÍPICAS DE VERÃO


Evite as doenças típicas de verão
Confira algumas dicas que vão te deixar bem longe daquelas doenças tão comuns ao verão!


Verão é tempo de festa, praia, calor, alegria e, também, de algumas doenças. Assim como as baixas temperaturas, os termômetros em alta trazem consequências à saúde, que podem ser brandas ou muito graves, se você não tiver o cuidado devido.
A exposição prolongada ao sol, o consumo de alimentos em locais de lazer e vários outros fatores de risco são comuns nesta época. Desidratação, insolação, dengue, intoxicação alimentar, hepatite A e problemas de pele são alguns exemplos que devem nos deixar bem atentos.
Segundo o infectologista do Hospital e Maternidade Brasil (SP), Dr. Munir Akar Ayub, entre os sintomas mais relatados pelos pacientes nesta época estão diarreia, dor de cabeça, dor no corpo, vômito e mal-estar em geral. “Para que isso não aconteça, o indicado é ingerir dois litros de água por dia, tomar banhos em temperatura ambiente e usar roupas leves”, recomenda.
Os alimentos também devem receber atenção especial, pois o calor possibilita a rápida proliferação de bactérias. Eles devem ser bem lavados, de preferência deixando-os por algum tempo em um recipiente com água e algumas gotas de água sanitária. Além disso, o especialista sugere que alimentos gordurosos sejam evitados. “No verão, o certo é consumir alimentos leves e não gordurosos, pois o calor faz com que os produtos estraguem mais rapidamente”, diz o especialista.
Entenda as principais doenças do verão: 
Desidratação 
A desidratação se caracteriza pela perda de líquidos e sais minerais do corpo, podendo ser agravada por vários fatores inerentes ao verão, como o aumento da própria transpiração. Normalmente perdemos em média 2,5 litros de água por dia, seja pela urina, pelas fezes, pelo suor ou até mesmo pela respiração. 
A pessoa passa a apresentar sede, fica muito tempo sem urinar, com a boca e mucosas secas e olhos ressecados. Como tratamento, o soro caseiro pode ser utilizado a cada 20 minutos ou após cada evacuação, se houver diarreia. Nesses casos, é necessário procurar um médico. 
Intoxicação Alimentar 
A alimentação feita em locais que não dispõem de padrões de higiene adequados para o preparo ou para a conservação dos alimentos, ou que deixam expostos os alimentos por longos períodos à temperatura ambiente, é a principal causadora da intoxicação alimentar. 
Quando uma pessoa ingere um alimento contaminado, pode desenvolver alguns sintomas que variam de acordo com o micro-organismo causador do distúrbio. A intoxicação pode acarretar diarreia, náuseas, vômitos, febre, cefaleias e até mesmo desidratação grave. Em geral, esses sintomas duram poucos dias. 
Dengue
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, é uma das mais conhecidas doenças de verão. Quem é picado pelo inseto pode sentir febre alta, dores de cabeça, nos músculos e nas articulações, além de perder o apetite, ter náuseas e apresentar manchas vermelhas por todo o corpo, acompanhadas de coceiras. 
Hepatite A 
Causada por vírus, a hepatite viral do tipo A, que ataca o fígado, é outra doença comum do verão. A pessoa pode levar até um mês para desenvolver os sintomas, tempo suficiente para o vírus atacar as células hepáticas, provocando amarelamento da pele, febre, dores de cabeça e musculares e o aumento do tamanho do fígado. Nem sempre a pessoa apresenta todos esses sintomas, podendo sentir apenas mal-estar ou sinais de gripe. Neste caso, o atendimento médico é fundamental para o diagnóstico. 
Dicas para evitar doenças típicas da estação 
•Evitar tomar sol, principalmente ao realizar exercícios físicos, no período entre 10h e 16h; 
•Tomar cerca de dois a três litros de água por dia; 
•Aplicar protetor solar pelo menos 15 minutos antes da exposição ao sol, repetindo a aplicação a cada duas hora; 
•Evitar banhos prolongados e com água muito quente; 
•Evitar esfregar buchas diariamente na pele, pois pode desencadear um ressecamento; 
•Passar hidratante no corpo, diariamente, com a pele ainda um pouco úmida;
•Dar preferência a alimentos leves, como saladas e carnes grelhadas; 
•Evitar alimentos crus, especialmente peixe. 

 Saiba mais:

O verão começa oficialmente nesta semana, em 22 de dezembro. É tempo de festas, de descanso, mas a saúde não pode tirar férias. Existem doenças que se tornam mais comuns nesta época do ano, e é importante ficar atento para não transformar a temporada na praia em um período de resguardo.

  Os médicos Alexandre Wolkoff, coordenador do Hospital San Paolo, e Marco Aurélio Sáfadi, infectologista do Hospital São Luiz, em São Paulo, e  o Instituto Butantan  listaram as doenças mais comuns da estação e dão dicas de como prevenir cada uma delas.
Doença O que é? Por que é comum no verão? Como evitar?
Desidratação A pessoa ingere menos líquido do que o corpo perde. Começa com sintomas leves, como mal estar e dor de cabeça, mas nos casos mais graves pode até matar por insuficiência renal. No calor, suamos mais, é um mecanismo do corpo para manter a temperatura ideal. Beber bastante líquido. No mínimo dois litros de água é o consumo ideal para os adultos. Sucos e chás também podem ser ingeridos. Refrigerantes não são muito indicados, porque o líquido não é tão bem absorvido. A cerveja também não é, pois o álcool possui efeito diurético e a pessoa perde água pela urina.
Insolação É a exposição exagerada ao sol, especialmente nos horários mais quentes -- entre 10h e 16h, no horário de verão. Pode causar queimaduras na pele e desidratação, pelo excesso de suor. Em casos mais graves, a temperatura muito alta prejudica o funcionamento do organismo. As pessoas tendem a passar mais tempo expostas ao sol e a temperatura aumenta a quantidade de suor. Além de se hidratar, é importante evitar a exposição ao sol nos horários mais quentes e usar roupas leves.
Brotoeja São pequenas bolhas que surgem na pele, porque os orifícios das glândulas que produzem suor ficam obstruídas. É mais comum em crianças, na região do pescoço e das axilas. Além do suor, as células mortas da pele, que causam a obstrução das glândulas em alguns casos, também aumentam no calor. Usar tecidos leves e roupas largas, manter a higiene da pele e não exagerar nos óleos. Passar protetor solar para ir à praia ou à piscina é importante, mas não é preciso besuntar as crianças de cremes o tempo todo.
Micoses São fungos que proliferam na pele, principalmente na virilha e entre os dedos do pé. Causam irritação e coceira. Dependendo da ferida, pode provocar uma infecção. Ambientes quentes e úmidos são ideais para os fungos. Podem ser transmitidos pela areia ou pelo piso em torno da piscina, mas o cloro na água impede que o fungo passe de pessoa para pessoa. Secar bem o corpo depois de sair do banho, principalmente a virilha e os pés. Para as mulheres, uma dica é secar o cabelo a frio, para evitar micose no couro cabeludo.
Bicho geográfico É um protozoário que penetra na pele e se alimenta de camadas internas. Causa dor e coceira. É comum em cães e gatos e pode ser transmitido para humanos quando pisamos nas fezes dos animais ou perto delas. Proibir a entrada de animais na praia. As fezes infectam um raio de dois metros na areia e dez metros na água.
Otite É uma inflamação do ouvido, geralmente da parte mais externa, o duto auditivo. A água que entra no ouvido provoca irritação e pode conter também fungos e bactérias infectantes Como as pessoas nadam mais, aumenta a probabilidade de que entre água, contaminada ou não, no ouvido. Se entra água no ouvido, é preciso tirar logo. Cotonetes são recomendados para secar o ouvido. Álcool não é recomendado, pois irrita a região. Usar bolinhas de silicone no ouvido durante o banho de piscina ou de mar evita que entre água.
Conjuntivite É uma inflamação na conjuntiva -- a membrana que reveste os olhos. Pode ser uma irritação causada pelo sal do mar ou pelo cloro da piscina. Também pode ser transmitida por bactérias na água. Existe também a conjuntivite viral, que é comum o ano inteiro. Usar óculos de natação e lavar os olhos depois de nadar são dicas úteis. Também é preciso evitar contato com pessoas já infectadas.
Dengue É uma febre causada por um vírus que provoca, entre outros síntomas, náusea, vômito e cansaço. Em sua forma mais grave, a dengue hemorrágica, pode levar à morte. O mosquito que transmite o vírus precisa de água parada para se reproduzir. No verão, as chuvas aumentam o número de criadouros. A maneira mais eficaz de prevenir a dengue é impedir a reprodução do mosquito, eliminando recipientes que acumulem água.
Hepatite A É uma inflamação no fígado, provocada por um vírus. Das três formas da hepatite, essa é a que menos mata, mas também deixa sequelas no órgão. O vírus pode ser transmitido pela água ou até pelos alimentos, em lugares com saneamento básico ruim -- como algumas cidades de praia. Não é propriamente uma doença sazonal, mas esses fatores aumentam o risco de transmissão no verão. Existe uma vacina que pode ser tomada a partir de um ano de idade, mas ela não é oferecida pela rede pública. Além disso, a água consumida deve ser clorada ou fervida, os alimentos devem ser cozidos e é preciso lavar bem as mãos antes das refeições. Essas medidas, aliás, previnem também contra infecções intestinais.
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Pessoas são expostas pelas picadas de cobras e ferroadas de escorpiões, por exemplo. No inverno, as cobras procuram abrigos contra o frio; quanto volta o calor, elas ficam mais ativas. No caso dos escorpiões, seus esconderijos ficam alagados e eles tendem a sair; além disso, é a época de reprodução dos insetos, que servem de alimento para os escorpiões. Andar sempre calçado previne contra as picadas. Em caso de mordida de cobra, apenas lave com água e sabão e busque auxílio médico imediato. Quanto à ferroada do escorpião, a primeira medida é colocar uma compressa de água morna antes de procurar um profissional de saúde.

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