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10.19.2013

Efeito da talidomida pode ter sido mais amplo do que se supunha, diz pesquisador

Em vários países, grupos que nunca receberam indenização se mobilizam para entra com ações na Justiça.

Da BBC
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Talidomida ainda é usada hoje para o tratamento de lepra e de mieloma múltiplo, um tipo de câncer (Foto: BBC)Talidomida ainda é usada hoje para o tratamento
de lepra e de mieloma múltiplo, um tipo de câncer
(Foto: BBC)
Estudos recentes indicam que a droga talidomida pode ter causado uma gama mais ampla de más-formações do que se imaginava.
Como resultado, em vários países, indivíduos que nasceram com deficiências físicas e tiveram recusados seus pedidos de indenização estão agora exigindo que seus casos sejam reconsiderados.
Criada pela companhia farmacêutica alemã Grunenthal, a talidomida começou a ser vendida em 1957, inicialmente como um sedativo leve. Depois, passou a ser receitada a mulheres grávidas, para combater o enjoo.
Em 1961, já havia ficado claro que o remédio estava levando ao nascimento de bebês com problemas de formação graves, como o encurtamento de braços e pernas. Ainda em 1961, a droga foi retirada do mercado em vários países.
Segundo números oficiais, cerca de 10 mil pessoas em todo o mundo nasceram com más-formações provocadas pela talidomida. Acredita-se que muitas mortes ocorreram ainda no útero.
Hoje, a talidomida ainda é utilizada para tratar a hanseníase (lepra) e o mieloma múltiplo (um tipo de câncer).
No Brasil - segundo país do mundo em casos de hanseníase, superado apenas pela Índia - milhões de comprimidos da droga são consumidos por milhares de pacientes. Recentemente, um estudo brasileiro vinculou 100 casos de bebês nascidos com deformidades à ingestão de talidomida.
Nova pesquisa
Em 1973, na Grã-Bretanha, após longas batalhes em tribunais, os distribuidores britânicos da Talidomida - a empresa Distillers - concordaram em compensar financeiramente as vítimas.
O Thalidomide Trust foi criado, e mais de 400 crianças foram beneficiadas.
No entanto, os critérios para a determinação dos casos que se qualificam para receber indenizações são, na opinião de alguns, inapropriados.
Muitos indivíduos que nasceram com deformidades mas foram excluídos do grupo que recebe ajuda financeira para conviver com suas deficiências acompanham com atenção os estudos do pesquisador Neil Vergesson, da University of Aberdeen, Escócia.
Vergesson vem observando os efeitos da talidomida no desenvolvimento de embriões de pintinhos e peixes.
No passado, o especialista escreveu relatórios para advogados que representavam alguns dos pacientes excluídos da lista oficial de vítimas.
Na década de 1960, especialistas decidiram que os fetos eram afetados pela droga durante um período muito curto da gestação - entre o vigésimo e o trigésimo-sexto dia após a concepção.
Vargesson questiona essa teoria. E afirma também que a droga afeta indivíduos de maneiras diferentes.
'Esse intervalo de tempo (durante o qual o feto seria sensível à droga) foi baseado em entrevistas com pais de crianças seriamente afetadas e está relacionado a danos externos e danos internos graves', disse.
E acrescentou: 'Tendo em vista a diversidade dos danos em sobreviventes da talidomida e estudos em animais que mostram que em uma mesma ninhada cada feto é danificado de forma diferente, está claro para mim que a droga age de maneira diferente em cada indivíduo e embrião'.
Para Vergesson, é possível que a talidomida provoque uma gama mais ampla de danos do que se imaginava.
No entanto, ele admite que é difícil saber com exatidão que danos são esses.
'Jamais saberemos a gama verdadeira (de efeitos da droga), é tão difícil voltar 55 anos e dizer, bem, vamos dar uma olhada nessas pessoas, porque na maioria dos casos, nem sabemos quem são essas pessoas'.
O trabalho de Vergesson é polêmico e há especialistas que discordam de suas conclusões.
Para alguns, porém, as pesquisas do especialista oferecem alguma possibilidade de justiça.
O britânico Gary Grayson nasceu com deformidades graves nas pernas (Foto: BBC)O britânico Gary Grayson nasceu com
deformidades graves nas pernas (Foto: BBC)
Injustiça?
O britânico Gary Grayson, da cidade inglesa de Ipswich, nasceu em 1961. Suas pernas tinham deformidades graves e foram amputadas antes de ele completar dois anos de idade.
Poucos meses depois, ele passou a usar pernas artificiais.
A mãe de Grayson tomou talidomida, mas ele nunca recebeu qualquer indenização.
Médicos do Thalidomide Trust disseram que as deformidades que Grayson apresentava não eram típicas da talidomida.
Ele não deixou que a deficiência atrasasse seu desenvolvimento e se saía bem na escola. Hoje, casado e pai de família, trabalha no Ministério da Defesa britânico.
'Na minha juventude, nunca me considerei uma vítima'.
Mas agora, depois de investigar mais a fundo seu próprio histórico médico, ele acha que tem provas suficientes para brigar na Justiça por uma indenização.
Indenizações
Várias firmas de advocacia vêm cuidando do caso de Grayson e de outras supostas vítimas - muitas delas britânicas. O grupo se autodenomina Thalidomiders.
Em outros países, há mais processos estão em andamento.
Na Espanha, 185 pessoas estão levando o fabricante alemão Grunenthal para o tribunal. Elas nunca receberam qualquer indenização da empresa.
No ano passado, na Austrália, os distribuidores da droga concordaram em indenizar uma vítima, Lynette Rowe, de 50 anos. Mais casos são esperados ainda neste ano.
No Brasil, vítimas da talidomida ganharam direito a indenizações pelo governo brasileiro em 2010. O governo foi responsabilizado porque, ao contrário de outros países, que retiraram a droga de circulação em 1961, o Brasil só suspendeu o uso do medicamento quatro anos depois.
Segundo estimativas de 2010, 650 brasileiros se qualificavam para receber compensação financeira.

Humor: José Simão

Ueba! Virei black-biógrafo!


Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Pensamento do dia do FuteboldaDepressão: "Se o Tite cair, é pênalti pro Corinthians!". E chama o Ceni.
E diz que agora a dívida do Eike vai ser calculada em Playstations 4.
E diz que a Marina vai ser vice do Campos e o Campos vai ser vice da Marina e vice-versa!
E adorei a charge do Duke: "Sou neto do Lobo Mau e exijo que você retire da biografia dele a parte em que ele come a vovozinha!". Rarará!
E como me disse uma menina no twitter: "a melhor forma de desautorizar uma biografia não autorizada é dizer que autorizou". Rarará! Ninguém vai querer ler!
E atenção! Virei black-biógrafo! Vou lançar a biografia não autorizada do Malafaia: "Minha Mala é Feia". Subtítulo: "Malafaia é o nosso pastor e nada nos SOBRARÁ!".
E descobri que a Dilma não é búlgara, é pittbúlgara! E que a Marina Tartaruga Sem Casco é mãe do Macunaíma. Com pose de Virgem Inca!
E vou lançar uma fotobiografia do Neymar: "50 Tons de Wellaton". Rarará! Com todas as fotos desde o início da carreira até hoje: 50 tons de Wellaton!
E estou escrevendo a minha autobiografia não autorizada: "Minha Vida é um Buraco". Você nasce por um buraco, come por um buraco, transa por um buraco e quando morre: vai pro buraco!
E a manchete do Piaui Herald: "Astros da MPB organizam Marcha da Família com Deus pela Privacidade". E que MPB agora quer dizer: Músicos Proíbem Biografias!
E não se esqueçam de que já está em todas as livrarias a bio do Maluf: "Minha Vida Foi uma Roubada". A bio do Sarney: "Moribundo de Fogo". E a do Edir Macedo: "EDÍRZIMO". Rarará!
É mole? É mole mas sobe!
O Brasil é Lúdico! Ontem o Centro Acadêmico 11 de Agosto fez a Peruada 2013 em homenagem ao Feliciano: Peruada 2013! Contra o ódio do pastor! Meu peru é mais amor!". Isso! Viva!
E em Itapuã, Salvador, tem a "Barbearia do Pão Com Ovo". Rarará!
Nóis sofre mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
José Simão José Simão

O sutiã de dez milhões de dólares


 

O rubi em formato de pera de 52 quilates é um importante “detalhe” da lingerie joia criada para o próximo desfile da Victoria’s Secret. Ele confere mais glamour à peça composta por outras 4.200 pedras preciosas e cujo valor estimado é de US$ 10 milhões. A modelo sul-africana Candice Swanepoel (foto) foi a escolhida para brilhar com o reluzente sutiã em 2013. Gisele Bündchen, Karolina Kurkova e Alessandra Ambrosio também já desfilaram com peças milionárias da grife.

Espiritualidade e o sucesso

Há três tipos de inteligência que fazem as pessoas prosperarem na vida: intelectual, espiritual e emocional Foto: Getty Images
Há três tipos de inteligência que fazem as pessoas prosperarem na vida: intelectual, espiritual e emocional 
Sempre que começo um trabalho de coaching holístico com um cliente faço algumas perguntas para conhecê-lo melhor. Normalmente, o que acontece é um diálogo bem comum:
Franco Guizzetti: Por que veio buscar o coaching? Cliente: Vim atrás de minhas metas de vida.

FC: Qual e sua meta ou objetivo na vida?  Ter sucesso, concretizar o que desejo e ser vitorioso em todas as áreas da vida.

FG E quais seriam estas áreas?  Pessoais, profissionais, amorosas, financeiras e todas possíveis.

FG Simples assim? Todas possíveis? Ou seria complexo por querer todas? Mas pela logica não temos querer conquistar tudo na vida? 

FG Lógico, mas teremos que ser racionais para ver que não iremos conseguir tudo de uma vez. Vamos ver quais as metas que iremos trabalhar primeiro. É preciso escolher prioridades. Caso contrário, seu emocional vai “dar pau” por não conquistar nada. Ótimo irmos por parte. Meu emocional já esta péssimo por não conseguir realizar nada.
Muitas pessoas ficam em dúvida sobre seguir o lado racional ou emocional para ter sucesso na vida. Na verdade, os dois são importantes se usados com equilíbrio e inteligência. Isso porque nossa mente é constituída de múltiplas inteligências que nos alavancam em direção aos nossos objetivos e metas. A seguir, confira três tipos de inteligência que fazem as pessoas prosperarem na vida.


Inteligência intelectual: ela é conhecida como QI (Quociente de Inteligência). É a inteligência analítica pela qual elaboramos conceitos e fazemos ciência. Com ela organizamos o mundo e solucionamos problemas objetivos, o tal do racional.
Inteligência emocional: popularizada pelo psicólogo e neurocientista de Harvard David Goleman, com seu conhecido livro A Inteligência Emocional (QE = Quociente Emocional). Mostra que somos, primariamente, seres de paixão, empatia e compaixão, e só em seguida, de razão. Quando combinamos QI com QE conseguimos nos mobilizar a nós e a outros. Vamos ao encontro de nossos objetivos.
Inteligência espiritual: descoberta recentemente, essa é prova empírica de sua existência. Segundo cientistas, existe nos seres humanos um tipo de inteligência pela qual não só captamos fatos, ideias e emoções, mas percebemos os contextos maiores de nossas vidas e totalidades significativas. Ela nos torna sensíveis a valores, a questões ligadas a Deus e à transcendência. É chamada de inteligência espiritual (QEs = Quociente espiritual), porque é característico da espiritualidade captar totalidades e se orientar por visões transcendentais. 
“É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações. De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência? Os cientistas descobriram que temos um "ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual”, explica a física quântica Danah Zohar, que identifica dez qualidades (*) comuns às pessoas espiritualmente inteligentes.

Isso explica como, trabalhadas em harmonia, essas três inteligências podem nos ajudar a ter sucesso na vida. Pense nisso.


A geração que vai mudar o mundo

Pesquisa realizada em 27 países revela que os jovens de hoje apostam no poder da tecnologia, acreditam que podem fazer a diferença e são muito otimistas. Saiba como eles estão transformando a maneira de se relacionar, trabalhar, fazer política e negócios

Rodrigo Cardoso, Mariana Brugger e Andres Vera

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Aos 23 anos, a paulista Lala Rudge é referência para adolescentes e garotas na sua idade com dicas de moda, beleza e life style pela internet. Ela começou a postar fotos de si própria no Instagram e em um blog há três anos. Hoje, é seguida por quase 400 mil pessoas na rede social de fotos e seu diário  virtual recebe 80 mil visitas diárias. O blog possui dez anunciantes e, para ter um banner estampado nele por um mês, a empresa interessada tem de desembolsar entre R$ 5 mil e R$ 30 mil. Com o sucesso, Lala abandonou a faculdade de direito e é disputada por grifes de moda para prestigiar eventos e desfiles.  
Eles são otimistas, acreditam que podem fazer a diferença, têm espírito empreendedor e são ultraconectados. Também podem ser descritos como narcisistas, excessivamente confiantes e um tanto mimados. O retrato dos jovens nascidos entre os anos 1980 e 2000 depende do ângulo escolhido e da lente utilizada. Mas a juventude de hoje, que cresceu embalada pela maior revolução tecnológica dos últimos tempos, a internet, vem transformando o seu tempo com uma eloquência que não se via desde os anos 1960 e 1970, quando a garotada fez barulho pela liberdade sexual e contra os regimes ditatoriais e as guerras. Educados sob o lema “yes, you can” (sim, você pode), interligados pela rede mundial onde compartilham ideais e ambições, eles estão mudando a forma de se relacionar, trabalhar, fazer política e negócios.
Uma pesquisa feita em 27 países, inclusive o Brasil, com 12 mil jovens de 18 a 30 anos traçou o perfil da Geração Milênio. Salta aos olhos a crença no poder da tecnologia (leia quadro), capaz, na visão deles, de transpor barreiras de linguagem, de facilitar a conquista de um novo emprego e até de reduzir as diferenças sociais. Na enquete, intitulada Telefónica Global Millennial Survey, encomendada pela multinacional de telecomunicações espanhola, os brasileiros se destacam pelo otimismo: 81% acreditam que os melhores dias do País estão por vir, contra 67% da juventude no mundo, e 87% esperam ter dinheiro o suficiente para se aposentar de forma confortável – a média mundial ficou em 61%. Também vale ressaltar que 80% dos nossos jovens creem que podem se destacar na sua comunidade (no mundo o percentual ficou em 62%) e apostam no empreendedorismo. Para 47% dos brasileiros entrevistados, ser dono do próprio negócio é muito importante, contra 22% na média geral. “Essa geração quer mudar o mundo como o Mark Zuckerberg, do Facebook, criando algo grande e ganhando muito dinheiro”, resume a psicóloga Maria Célia Lassance, do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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A estudante de moda Jordana França é um exemplo do jovem empreendedor. Aos 22 anos, nunca pensou em ter patrão. Recém-chegada de um intercâmbio na Itália, ela acaba de inaugurar, com o apoio financeiro da família, seu primeiro empreendimento, a loja de roupas de ginástica Move Fitwear. “Preciso ser um sucesso. E rápido”, diz. Jordana toca o negócio que fatura cerca de R$ 30 mil por mês, mas também gosta de fazer as vezes de modelo e posta fotos de si própria no Instagram da loja. Os planos para o futuro já estão delineados: “Em seis meses quero abrir outra unidade, lançar minha coleção de peças e vendê-las pela internet”.
“Há um desejo muito grande de se arriscar longe do caminho convencional traçado dentro de uma empresa”, diz Marcela Butazzi, consultora da MB Coaching especializada em carreira para jovens. Em seu escritório, Marcela ouve queixas diante da promoção rápida que não veio ou do salário que não cresceu exponencialmente. “Antigamente, o sujeito primeiro acumulava experiência no mercado. Hoje, ele quer experiência e reconhecimento simultâneos”, explica. Em 2012, uma pesquisa da agência de recrutamento Cia de Talentos sondou 40 mil jovens em todo o País. O sonho de 56% dos entrevistados era não ter patrão e metade revelou a intenção de montar uma empresa no prazo máximo de seis anos. 
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O desejo de tornar-se uma marca é outra característica desta geração. Jovem, bonita e bem-nascida, a paulista Lala Rudge, 23 anos, virou referência para adolescentes e garotas da sua idade ao dar dicas de moda, beleza e life style pela internet. Ela começou a postar fotos dela mesma no Instagram e em um blog há três anos. Hoje, seu diário virtual recebe 80 mil visitas diárias. Para ter um banner estampado nele por um mês, a empresa interessada tem de desembolsar entre R$ 5 mil e R$ 30 mil. Lala, que deixou a faculdade de direito para desbravar o mundo virtual, possui dez anunciantes. Os convites recebidos constantemente para figurar na primeira fila de desfiles são um termômetro da sua influência. Grifes como Cris Barros, Mixer e Daslu, entre outras, fazem questão da presença dela em seus eventos.
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 Mesmo gigantes do varejo, como a Riachuelo, estão de olho nas blogueiras fashion. No fim do ano, a marca irá lançar uma coleção assinada por dez personalidades da moda, entre elas duas blogueiras. “Elas são grandes formadoras de opinião”, afirma Marcella Kanner, gerente de marketing da Riachuelo. “Temos um núcleo de mídias sociais que acompanham, entre outras coisas, blogs e sites dessa turma.” Para Veranise Dubeux, da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro, pesquisadora desse público nas áreas social e de consumo, a juventude atual tem uma maneira peculiar de lidar com a pressão para se destacar e ainda ter qualidade de vida. “Ela compartilha isso usando a felicidade como meio de promoção, mostrando sempre coisas agradáveis nas redes sociais.” É nessa passarela que Lala desfila. Seu Instagram é seguido por 396 mil pessoas. “Jovens como eu não querem trabalhar para os outros”, diz ela, hoje dona de uma grife de lingerie localizada no badalado shopping Iguatemi, em São Paulo.
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Carreiras tradicionais em grandes empresas continuam atraindo os profissionais do futuro, mas a relação entre o jovem talento e o chefe experiente mudou drasticamente. Flexibilidade de horários, plano de carreira e maior acompanhamento profissional são fatores decisivos na hora de preencher vagas. Uma pesquisa da Amcham, a Câmara Americana de Comércio, ouviu 87 gestores de recursos humanos e mostrou que 34% deles já haviam criado algum plano específico para reter funcionários da Geração Milênio. Este mês, 8.185 brasileiros até 31 anos foram entrevistados pela Clave Consultoria de Recursos Humanos e o LAB SSJ, consultoria especializada em soluções de aprendizagem corporativa, que queriam entender o que esses profissionais procuram na hora de escolher uma empresa e o que os faz permanecer nela. O estudo, intitulado “Atração e Retenção de Jovens”, mostrou que os fatores mais importantes para a atração dessa mão de obra são a boa perspectiva na carreira futura (69,3%) e a possibilidade de desenvolver novas habilidades (60%). O que retém esses jovens são os desafios constantes e responsabilidades relevantes (39,1%) e a existência de um gestor que os apoie e lhes dê autonomia para realizar o trabalho (31,1%).
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 Hoje, é comum ver empresas oferecendo acompanhamento profissional a pessoas de 25 anos. “Os dilemas foram antecipados”, explica a consultora Adriana Marques, da Sociedade Brasileira de Coaching. “Quanto mais possibilidades de carreiras, maior é a quantidade de dúvidas e menor o comprometimento com a companhia.” Uma das marcas da Geração Milênio é não temer as novas experiências profissionais. Estatisticamente, eles tendem a permanecer em uma empresa por dois ou três anos, enquanto os Baby Boomers, seus pais, ficavam entre cinco e sete anos, de acordo com a pesquisadora americana Peg Streep, que irá lançar um livro sobre o tema em dezembro.
O engenheiro carioca Augusto Acioly, 29 anos, formado há quatro, está em seu quarto emprego. Há três meses, conseguiu realizar o sonho de viver no Exterior e foi morar em Milão, na Itália. Funcionário da multinacional francesa Anotech Energy, ele presta consultoria a uma gigante italiana do ramo petrolífero. Antes, trocou três vezes de patrão. Ficou seis meses no primeiro emprego, depois passou dois anos em uma empresa de onde saiu para ganhar três vezes mais. A experiência, porém, durou apenas oito meses. “Saí porque o chefe não enxergava que poderíamos crescer juntos, como alguém que pode agregar. Quando vi que não teria espaço para crescer, procurei outro lugar”, diz. “Uma das mudanças possibilitou que eu adquirisse experiência em gerenciamento, pois sempre havia atuado na parte técnica da profissão.” Como não poderia deixar de ser, quase todas as oportunidades de trabalho de Acioly surgiram via Linkedin, a rede social profissional.
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Na pesquisa da Telefónica, temas como educação e desigualdade social também estão em alta na cartilha de interesses da Geração Milênio brasileira. Esses dois fatores foram citados como os que mais afetam o País e receberam 24% dos votos, seguido de saúde, com 17%. Não surpreende, então, que nas manifestações de junho – todas coordenadas pelas redes sociais – as principais bandeiras fossem melhorias no ensino, na saúde e no transporte. Muito antes dos protestos, a estudante catarinense Isadora Faber, 14 anos, já denunciava a precariedade do sistema educacional público do País. No ano passado, ela ganhou notoriedade ao criar a fanpage Diário de Classe, no Facebook, na qual mostrava como funciona uma escola pública na visão de quem a frequenta. Seus posts ecoaram pelo País e a colocaram no centro das atenções. “Se não fosse a internet talvez eu não tivesse feito nada”, diz ela. Com a repercussão, a casa da adolescente foi apedrejada e ela recebeu uma ameaça de morte. 
Isadora, porém, seguiu em frente e, hoje, é referência para empresários, educadores e gestores públicos que frequentam as palestras dela pelo País. No mês passado, a estudante catarinense lançou o site de sua ONG que, entre outras propostas, servirá de canal de denúncias sobre a situação de escolas de todo o Brasil. A postura de Isadora está alinhada com o pensamento de 54% dos brasileiros ouvidos na pesquisa da Telefónica, para quem melhorar o acesso e a qualidade da educação é uma maneira de fazer a diferença no mundo. “A maioria dos jovens de hoje quer resolver questões sociais que, eles acreditam, foram deixadas pelas gerações anteriores”, afirma o sociólogo Ronald E. Riggio, professor de liderança e psicologia organizacional da Claremont McKenna College, na Califórnia.
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Da mesma forma, a questão ambiental tem um apelo inédito para a juventude. Proteger o meio ambiente é citado por 45% dos brasileiros como a maneira de fazer a diferença mundialmente e 70% acreditam que a questão da mudança climática é muito urgente. O pernambucano Lucas Tiné, 21 anos, tornou-se ativista ambiental três anos atrás, em meio à discussão da votação do novo Código Florestal. Depois de alguns debates via internet, ele e o grupo que criou decidiram ir às ruas do Recife fazer coleta de lixo e educar a população sobre a causa. “Percebi uma destruição do meio ambiente gigantesco em minha cidade”, diz ele, que chegou a cursar jornalismo, mas hoje é flautista. Tiné está presente em várias mídias sociais e lança mão delas para difundir suas ideias. “As redes são a maior porta para o debate porque dão o maior e mais rápido feedback atualmente”, acredita. “Meu trabalho de formiguinha pode se converter em um trabalho do formigueiro todo muito mais rápido.” É com essa crença que eles constroem a própria história e transformam o mundo.  
foto: Rafael Hupsel)/ag istoé
fotos: montagem sobre foto de kelsen fernandes;
Leo Caldas; Masao Goto Filho /ag. Isto É
Fonte: Telefónica Global Millennial Survey: Global Resu
lts

'tucanos teriam quebrado o Brasil na crise de 2008'

Economistas tucanos criticam governo e Mantega rebate:

Contra-atacando críticas de Armínio Fraga e Gustavo Franco, ministro diz que governo criou tripé macroeconômico mas não o seguiu

O ministro da Fazenda Guido Mantega durante coletiva, em São Paulo anunciando o crescimento do PIB
O ministro da Fazenda, Guido Mantega. rebate críticas de ex-BCs do governo FHC
O ministro disse que os fundamentos macroeconômicos durante os anos de FHC eram "frágeis" e que Arminio Fraga deveria ser "mais modesto" ao falar das taxas de juros reais verificadas na gestão Dilma Rousseff
Dois ex-presidentes do Banco Central (BC), Armínio Fraga e Gustavo Franco, criticaram a flexibilização do tripé da política macroeconômica (superávit primário, metas de inflação e câmbio flutuante), que esta semana foi alvo de debate entre a ex-senadora Marina Silva e a presidente Dilma Rousseff. O colunista do site de VEJA, Rodrigo Constantino, que compareceu ao evento em que os economistas palestraram, no Rio de Janeiro, reproduziu as críticas em seu blog, na quinta-feira.
Fraga e Franco comandaram o BC durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e demonstraram preocupação com as mudanças na política econômica a partir do segundo mandato do presidente Lula. "O Brasil vive, de uns seis ou sete anos para cá, um modelo diferente do que prevaleceu nos 12 anos anteriores", afirmou Arminio a jornalistas, pouco antes da palestra. "Houve uma inversão na política econômica: ela está amarrada na microeconomia e solta na macroeconomia", completou. A amarração na microeconomia se refere às diversas formas de intervenção do governo na economia. O tripé é o lado macroeconômico da política.
Leia também:
Mantega defende leilão de Libra de críticas dos sindicatos
Mantega se diz satisfeito com resultado do IPCA e promete ficar alerta com a inflação

Gustavo Franco comemorou o fato de Marina Silva demonstrar preocupação com o tripé. "É sinal de que alguma coisa mudou", disse, respondendo ao público. O economista explicou, porém, que o tripé é apenas a "parte operacional" de um conjunto mais amplo de políticas. São eles a responsabilidade fiscal (garantida pelo superávit primário), a qualidade da moeda (expressa no controle da inflação, mas indo além da meta para o IPCA) e a abertura da economia para o exterior (facilitada pelo câmbio flutuante).
Mantega ataca - No mesmo dia, questionado sobre as afirmações de Franco e Fraga, o ministro Guido Mantega revidou as críticas. "Não dá para alguém que foi do governo, e teve uma inflação média de 8,77% no período dele à frente do BC, dizer que nós temos inflação alta. Ele trouxe esse sistema de metas para o Brasil, mas não cumpriu. Temos um desempenho melhor do que Arminio em matéria de inflação", afirmou Mantega.
O ministro disse que os fundamentos macroeconômicos durante os anos de Fernando Henrique Cardoso eram "frágeis", que Arminio deveria ser "mais modesto" ao falar das taxas de juros reais verificadas na gestão Dilma Rousseff, e que se os tucanos estivessem à frente da economia brasileira durante a explosão da crise mundial, em 2008, o Brasil teria quebrado.
Leia também:
Brasil não precisa cumprir meta de superávit para reduzir dívida, diz Mantega

"As reservas internacionais são um dos pilares dos fundamentos da economia. Antes, elas não pagavam nem por alguns meses de importação, e hoje elas pagam um ano e meio de nossas compras externas, que também têm um volume muito maior agora. Reserva é dinheiro no bolso, e o bolso estava vazio nos anos FHC. Os fundamentos no período Arminio eram meio frágeis", disparou Mantega, segundo quem, até nas semelhanças, a gestão do PT na economia é superior. 
Mantega também reagiu à comparação feita por Arminio entre a gestão de Dilma e a do ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979), considerado o mais estatizante e desenvolvimentista dos governos militares. "Somos parecidos porque no governo Geisel havia política de desenvolvimento, é isso? E no governo JK não tinha também? E a política econômica de Getúlio, que instituiu a substituição das importações? É fácil fazer paralelo com qualquer coisa", disse Mantega, "mas fato é que não há nenhuma semelhança com Geisel, que não investia na Petrobras, por exemplo, que é uma das principais estratégias do nosso governo".
(Com Estadão Conteúdo)

Após denúncia de maus-tratos, grupo invade laboratório e leva cães beagle


Ativistas invadiram laboratório de pesquisa em São Roque nesta sexta (18).
Empresa alega que realiza testes dentro de normas e exigências da Anvisa.

Do G1, em São Paulo
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Dezenas de ativistas derrubaram um portão e invadiram, por volta das 2h desta sexta-feira (18), o laboratório do Instituto Royal, em São Roque, a 59 km de São Paulo. Eles levaram em carros próprios dezenas de animais que estavam no complexo, segundo a Guarda Municipal da cidade e a Polícia Militar, motivados pelas suspeitas de que os bichos sofriam maus-tratos no local.
boletim_beagle_ativista (Foto: Letícia Macedo/G1)Em boletim de ocorrência de maus-tratos, ativista fala
sobre denúncia de que animais seriam mortos dentro
do prédio do instituto (Foto: Letícia Macedo/G1)
MAPA royal (Foto: Editoria de Arte / G1)
Os manifestantes acusam o instituto de maltratar cães da raça beagle usados em pesquisas e testes de produtos cosméticos e farmacêuticos, além de usar no trabalho também coelhos e ratos. Segundo os ativistas, uma denúncia anônima havia alertado que os cães estariam sendo sacrificados desde as 14 de quinta (17) com métodos cruéis e que os corpos estariam sendo ocultados em um porão.
Ao Bom Dia São Paulo, o Instituto Royal afirmou que realiza todos os testes com animais dentro das normas e exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que a retirada dos animais do prédio prejudica o trabalho que vinha sendo realizado. Segundo o laboratório, que classificou a invasão como ato de terrorismo, a ação dos ativistas vai contra o incentivo a pesquisas no país.
Em 2012, apos receber uma denúncia contra o Instituto Royal, o Ministério Público de São Roque abriu uma investigação, ainda não concluída. "Foram feitas duas visitas. Uma delas por uma veterinária de uma organização internacional. Na época, nenhuma irregularidade foi encontrada", disse o promotor Wilson Velasco Júnior.
De acordo com ele, as pesquisas eram de empresas de cosméticos, mas a lei permite que os clientes do laboratório sejam mantidos em sigilo. Velasco Júnior afirma que a prática de vivissecção – a dissecação de animais vivos para estudos – é autorizada.
Boletim de ocorrência
De acordo com o delegado Marcelo Sampaio Pontes, foram lavrados na manhã desta sexta dois boletins de ocorrência. O primeiro deles é por maus-tratos, em que uma integrante do Movimento Frente Antivivisseccionista do Brasil afirma que foram ouvidos "vários gritos de cães" no local, que indicavam que "indicavam que os animais estavam sendo submetidos a tratamentos cruéis" e que "sentiam muita dor". Segundo ela, os gritos dos cães eram ouvidos quatro vezes ao dia.
O segundo boletim de ocorrência é de furto qualificado, com base no relato dos policiais que acompanharam a manifestação e a invasão no instituto. Segundo eles, ao chegarem no local o prédio já havia sido invadido por cerca de 30 pessoas. Em seguida, outras 50 entraram. Os policiais disseram que dependências do estabelecimento foram depredadas e que cães ali mantidos foram subtraídos. Eles afirmaram ainda que não houve agressões por parte dos manifestantes contra seguranças do local.
A patrulha afirmou ainda ao delegado que "várias pastas contendo documentos, bem como computadores medicamentos e placas de acrílico contendo o que parecem ser testes foram recolhidos e apresentados pelos policiais". Um advogado e representante do Instituto Royal acompanhou o registro do boletim.
Segundo o delegado Pontes, a polícia faz uma perícia no local ainda pela manhã. Ele disse que a única coisa comprovada até o momento é que os cachorros foram furtados.
Cães retirados de laboratório em São Roque (Foto: Reprodução/TV Tem)Cães dentro do laboratório de São Roque que foi
invadido na madrugada (Foto: Reprodução/TV Tem)
Mais de 200 animais
Manifestantes disseram que o laboratório tinha mais de 200 animais. O protesto que reuniu cerca de 120 pessoas no local teve início às 20h de quinta, ganhando maior adesão no fim da noite. Os ativistas ficaram em frente ao prédio durante a madrugada, quando houve a invasão.
Segundo relatos dos ativistas, foi possível ouvir latidos supostamente de dor de cães. No fim da noite de quinta, a Polícia Civil de São Roque informou que registrou boletim de ocorrência sobre a denúncia de maus-tratos.
O protesto acontece desde sábado (12), mas ganhou adesões nesta quinta por causa de boatos de que a empresa estava preparando a retirada e o sacrifício dos animais, depois que três vans e um caminhão de pequeno porte entraram no laboratório durante a tarde. Os manifestantes cercaram o complexo e tentaram vistoriar veículos do laboratório. Houve um princípio de confusão porque um dos motoristas da empresa se negou a abrir o carro.
Uma reunião estava marcada para o fim da tarde de quinta-feira, com a presença de ativistas dos direitos dos animais, funcionários da prefeitura e representantes do laboratório. O encontro foi cancelado porque a empresa informou que, por segurança, não mandaria um representante.
O promotor Wilson Velasco Júnior afirmou que, em reunião com representantes de ONGs na quarta-feira (16), orientou para que os ativistas não invadissem o laboratório. "Quando eles invadiram e depredaram o laboratório eles destruíram provas", afirmou. "É primordial neste momento encontrar esses cães e apurar se eles podem causar algum dano à saúde de outros animais e das pessoas. Também precisamos examiná-los para saber se foram vitimas de maus tratos", completou o promotor.
Nota de esclarecimento
A empresa Royal Canin, multinacional de origem francesa que fabrica alimentos para animais domésticos, divulgou uma nota na manhã desta sexta-feira (18) informando que, apesar da similaridade entre os nomes das duas empresas, não possui qualquer relação com o Instituto Royal.
Veja a nota na íntegra:
A Royal Canin do Brasil esclarece que NÃO TEM NENHUM VÍNCULO com o Instituto Royal que vem sendo apontado como realizador de pesquisas invasivas em animais (cães beagles). Acreditamos que a associação feita por algumas pessoas deva-se ao fato da similaridade de nomes.

Não realizamos e nem apoiamos testes que possam trazer sofrimentos aos animais.

A Royal Canin do Brasil, ainda em 2012, quando este assunto veio à tona,  tomou todas as medidas legais cabíveis, junto a Promotoria de Justiça do GECAP - Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo da Comarca de São Paulo - SP,  para assegurar e comprovar a inexistência de qualquer relação entre a empresa e o referido Instituto.

A Royal Canin, empresa fundada em 1968, na França, e instalada no Brasil desde 1990, fica à disposição através dos canais de atendimento:

SAC: 0800 703 55 88 (de segunda à sexta-feira, das 08:00h às 17:00h)
SAC Site: http://cadastro.royalcanin.com.br

Manifestantes contra pesquisa com animais fecham Raposo Tavares e entram em confronto com a polícia

  •  Carros da polícia e da imprensa foram incendiados durante o protesto Foto: Eliaria Andrade / Agência O Globo
  • Pelos menos dois carros da imprensa e um da polícia foram incendiados por um grupo de mascarados
  • Duas pessoas foram detidas por dano ao patrimônio público

Tatiana Farah


Manifestantes colocaram fogo em um veículo na rodovia Raposo Tavares Foto: Aline Miriah/ divulgação

Manifestantes colocaram fogo em um veículo na rodovia Raposo Tavares Aline Miriah/ divulgação
SÃO PAULO - Cerca de 500 pessoas fecharam neste sábado o km 56 da rodovia Raposo Tavares em protesto contra o uso de animais em pesquisas. Após quatro horas de protesto, a Tropa de Choque da Polícia Militar disparou tiros de borracha e usou bombas de efeito moral para liberar a rodovia, o que aconteceu por volta das 14h. Dois carros TV TEM, afiliada da Rede Globo, e um da polícia foram incendiados por vândalos mascarados e seis pessoas ficaram feridas. A manifestação aconteceu no entroncamento que dá acesso ao Instituto Royal, em São Roque (SP). Quatro pessoas foram detidas e deverão responder por dano ao patrimônio público.
Na madrugada de sexta-feira, um grupo de pelo menos cem ativistas invadiu o instituto e levou 178 cães da raça beagle. Eles acusam a instituição de praticar maus-tratos contra cães, coelhos e ratos.
A polícia posicionou os manifestantes no acesso da rodovia Raposo Tavares ao centro de pesquisas. O trânsito foi desviado para a rodovia Castelo Branco, o que acabou reduzindo o congestionamento no local. Segundo o tenente da PM, Mario Machado Júnior, havia um acordo com a coordenação do protesto para que a cada 25 minutos de bloqueio da rodovia ela fosse reaberta durante 10 minutos, mas que não foi cumprido.
Manifestantes chegaram de várias partes do país, alguns deles, com rostos cobertos e com máscaras. Quando um grupo partiu para forçar a barreira policial e entrar na área restrita, começou o confronto. Policiais Militares da Tropa de Choque jogaram bombas de efeito moral e usaram gás de pimenta para conter os manifestantes. Muitos correram para a rodovia. Mascarados depredaram viaturas da imprensa e da polícia e ccolocaram galhos na estrada para interditar para o tráfego de veículos.
O advogado Carlos Henrique Marino participou pela primeira vez de uma manifestação. Ele saiu de São Paulo hoje pela manhã com a mulher, Renata, e a cadela beagle Mel, de 11 anos.
- Dou total apoio a eles (os defensores dos animais). Achei totalmente correta essa intervenção. Os animais não foram tomados, mas resgatados pelos ativistas - disse ele.
Ontem, o juiz Fabio Calheiros do Nascimento, da 1ª Vara Cível de São Roque, concedeu uma liminar aos proprietários do Instituto Royal, para garantir a integridade do prédio contra nova invasão. Segundo o site G1, para que se cumpra a liminar, a Polícia Militar deve ser acionada para manter a ordem no local.
Segundo a polícia, os ativistas que invadiram o instituto vão responder por furto qualificado. Os representantes da Frente Antivivisseccionista do Brasil também registraram boletim de ocorrência de maus tratos e abusos praticados contra os animais pelo instituto. A entidade afirma ter recebido denúncia de que cães e camundongos foram sacrificados e colocados no porão. Na quinta-feira, os ativistas ouviram ganidos de cães, que teriam sido submetidos vivos à dissecação para pesquisa. Os ativistas informaram que os ganidos, que indicam sofrimento dos animais, são ouvidos quatro vezes por dia. Afirmaram ainda que o ato fugiu do controle e que pessoas não ligadas ao movimento também entraram na sede do Instituto.
Defensora dos animais há 15 anos, Giuliana Stefanini é uma das líderes do grupo, que também contou com a participação da apresentadora e ativista Luísa Mell. Segundo Giuliana, o grupo investigava o laboratório há cerca de um ano e meio com a ajuda de um funcionário do próprio instituto.
- Uma pessoa de lá, que mantém o anonimato, é quem passava tudo para gente. Durante a tarde de quinta-feira fomos informados que eles mataram 12 Beagles. Do lado de fora, escutamos gritos horrorosos das cadelas, todos nós choramos, inclusive quem não era ativista, como o nosso advogado. Mataram todos os camundongos também. Eles iam matar todos os outros e, por isso, antecipamos nossa invasão. Foi tudo pacífico, só queríamos resgatar os animais - contou.
A pesquisa de medicamentos em animais é permitida por lei no Brasil, mas existe protocolo a ser seguido. Segundo o promotor Wilson Velasco Júnior, do Ministério Público Estadual em São Roque, o Instituto Royal era investigado desde o fim do ano passado, após denúncias de abusos contra os animais.
Segundo ele, apesar de as pesquisas serem legais, é preciso que os laboratórios sigam um protocolo, para que não imponham sofrimento desnecessário aos animais.
- Um animal só pode ser usado uma vez. É preciso que haja intervalo entre os procedimentos e eles devem ser anestesiados, para que não sintam dor - afirmou.
Segundo ele, quando se afirma que não houve maus-tratos aos cães significa apenas que eles não passaram fome, não foram espancados e não estavam sem contato com a luz do sol.
- O inquérito civil aberto para apurar a ação do Instituto Royal apura mais que isso. Investigamos se os protocolos de pesquisa estavam sendo seguidos. Pedi e recebi laudos de veterinários e biólogos, mas ainda não analisei o conteúdo. Agora, minha investigação foi prejudicada. As provas, que são os cães, foram levadas - reclamou.
O promotor afirmou que o Ministério Público do Estado já se posicionou contra a lei que permite o uso de animais em pesquisas. A diretora do Instituto Royal, Silvia Ortiz, disse ao Jornal Hoje, da TV Globo, que segue todos os procedimentos estipulados pela Anvisa. A empresa classificou o ato como terrorismo.
- Estamos muito chateados, pois fazemos um trabalho sério por mais de dez anos.

'O processo é longo e trará frutos', afirma preso em protesto

Estudante diz que manifestações estão conscientizando a população

Ruben Berta

Ciro: “O sentimento de revolta é legítimo”
Foto: Agência O Globo / Divulgação
Ciro: “O sentimento de revolta é legítimo” 
RIO — Preso no dia 15 nas escadarias da Câmara, Ciro Oitica, de 25 anos, reclama de excesso da polícia. O estudante de comunicação e de relações internacionais, que participa dos protestos desde junho, diz que as manifestações estão tornando a população mais consciente e alega “abuso de autoridade” em sua prisão.
Quando foi a sua primeira manifestação e por que você resolveu ir às ruas?
Desde junho tenho participado. As motivações foram inicialmente os serviços públicos de péssima qualidade, a pouca representatividade e a profundidade das desigualdades sociais.
Há muitos que acreditam que os protestos mais recentes não têm bandeiras definidas, não têm reivindicações claras. Na sua opinião, isso é verdade?
A profusão de demandas não significa que não sejam claras. A questão da CPI dos Ônibus, desmilitarização da polícia, democratização da mídia, educação pública, gastos com a Copa, Museu do Índio, entre muitas outras, são bandeiras bem definidas e têm reivindicações trabalhadas.
As recentes manifestações estão fazendo do Brasil um país melhor?
Estão tornando as pessoas mais conscientes e atuantes. Além disso, estão deixando mais claro que precisamos de conquistas sociais e que nossa democracia ainda é frágil. O processo é longo e certamente trará frutos.
Como foi a sua prisão? Os policiais que o prenderam alegaram o quê?
Estava na escadaria da Câmara colhendo informações para apurar como tinha se iniciado o confronto. Nesse momento raro de tranquilidade, uma centena de policiais nos acuou, batendo o cassetete nos escudos para nos intimidar. O cordão de isolamento foi formado. Fomos detidos um a um e levados à força para os ônibus. Não houve qualquer alegação, apenas abuso de autoridade e constrangimento
ilegal.
E os momentos na prisão, como foram?
Muito mais tranquilos do que qualquer um possa imaginar. A convicção de que estava fazendo a coisa certa, partilhada com os demais manifestantes presos, me permitiu superar as dificuldades e humilhações do sistema carcerário brasileiro. Mantivemo-nos íntegros do início ao fim.
Atos de depredação representam você? Você acredita que eles tenham alguma legitimidade?
Nas ruas, todos representam a si mesmos. Toda manifestação política de insatisfação, desde que não atente contra a integridade física e a dignidade, tem minha simpatia. O sentimento de revolta é legítimo. Quanto às depredações, é sua aceitação política que definirá a legitimidade. E ela tem crescido à medida que as instituições negam o caminho do diálogo.

Protestos e Vandalismo

Lula condena vandalismo durante protestos

  • Ex-presidente diz que nunca usou máscaras porque nunca teve vergonha do que fez
Thiago Herdy
Em protesto contra prisões, professores ocupam a escadaria da Câmara Foto: Pedro Kirilos / Agência O Globo
Em protesto contra prisões, professores ocupam a escadaria da Câmara Pedro Kirilos / Agência O Globo
RIO — Em meio à onda de protestos violentos que sufocam manifestações pacíficas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou com veemência a ação de grupos de mascarados nos atos de rua que ocorrem no Rio e em São Paulo e a depredação de patrimônio público e privado. Em eventos nas duas cidades, Lula voltou a defender a realização de manifestações pelo país, mas ressaltou que elas devem ser pacíficas.
O ex-presidente afirmou ainda que protestar de máscara significa ação envergonhada, referindo-se à atuação dos black blocs, que fazem quebra-quebra na ruas da capital — no Rio, mais de 60 foram presos sob acusação de vandalismo após protestos na terça-feira.
— Eu fiz muito movimento de rua. Eu nunca coloquei uma máscara porque nunca tive vergonha do que eu fiz. Nunca! — disse o ex-presidente, que condenou também o abandono da politica, especialmente pelos mais jovens.
— Sabe uma coisa que me assusta? A facilidade que as pessoas têm de falar mal de políticos. Não é? Humorista fala mal de político. Pergunte quais foram as pessoas em quem eles votaram nas últimas eleições, para saber que tipo de voto que ele deu. Eu queria dizer a vocês: nunca neguem a política. Esses que ficam trabalhando contra a política não têm noção, que não existe saída fora da política. A política garante a democracia. A política garante a alternância de poder. Somente através da política e da democracia um peão como eu pôde chegar à Presidência. Um índio pôde chegar na Bolívia. O negro pôde chegar nos Estados Unidos. Quando não tem isso, vem o fascismo. É o nazismo. É a ditadura. — disse Lula, em evento da Fecomércio no Rio.
Pito em governadores
Em meio às manifestações de professores no Rio de Janeiro contra o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes (PMDB), seus aliados, Lula também criticou governadores, em geral, por nem sempre tratarem “os professores com o respeito e a educação que merecem”, especialmente quando o assunto é reajuste salarial.
— Antes das eleições, vocês são os melhores, depois das eleições, vocês são o estorvo porque estão todo dia pedindo mais — disse o petista em evento no Sindicato de Professores de São Paulo ontem.

A importância do exame de vista


Muitas vezes deixado de lado, o exame de vista é de suma importância e deve ser feito ainda na infância caso existam sinais de problemas na visão.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), existem 314 milhões de pessoas com baixa de visão em todo o mundo, sendo 45 milhões cegos e 1,5 milhões de crianças cegas – sendo que dessas, aproximadamente 100 mil estão na América Latina. No Brasil, 16,5 milhões de brasileiros sofrem algum tipo de deficiência visual e as crianças somam um total de 20 a 30% de atingidos por esses problemas.
Na oftalmologia, sabe-se que 75% dos casos de cegueira poderiam ter sido prevenidos ou tratados com a utilização da atual tecnologia disponível. Além disso, é estimado que 20% da população brasileira precisa usar óculos, sendo que, ao longo da vida, é praticamente impossível que exista alguma pessoa que não precise de alguma forma de correção ótica, seja para enxergar melhor de perto ou de longe.
O envolvimento do oftalmologista no desenvolvimento da visão deve começar já no nascimento da criança, pois se a visão não se desenvolver satisfatoriamente durante a infância, o dano pode ser irreversível. “Por isso é tão importante o exame oftalmológico. Ele não se limita ao diagnóstico de lentes, mas a outros exames que permitem identificar inúmeras doenças assim como avaliar a evolução do diabetes, da hipertensão arterial e do glaucoma”.
Além dos problemas ligados diretamente à visão, dores de cabeça, tonturas e enjôos, também podem estar ligadas ao mau funcionamento do sistema ocular. “Por isso é importante a avaliação periódica de seis em seis meses, que contribuem para a manutenção da boa visão para a identificação precoce de várias outras doenças” comenta o especialista. 
A visão e a audição são dois dos principais sentidos para o desenvolvimento sadio de qualquer criança, por isso, qualquer sintoma que pareça estranho a qualquer um desses dois sistemas deve ser analisado com cuidado – e, em algumas vezes, eles podem estar conectados entre si. Tonturas e dores de cabeça podem estar envolvidas tanto com o labirinto, - órgão localizado dentro do ouvido responsável pelo equilíbrio, - quanto pela visão. Para ter certeza do tratamento correto é preciso de um exame oftalmológico e de exames auditivos, dependendo do caso.
Alexandre Cercal

Congelamento de sêmem


Auto Preservação do Espermatozóide
O congelamento de sêmen é uma técnica amplamente utilizada e de alta eficácia. Consiste na utilização de crioprotetores especí­ficos, que possibilitam o armazenamento de amostras de sêmen, por perí­odo indeterminado, em tanques de nitrogênio lí­qüido. Crianças concebidas através de amostras de sêmen congelado apresentam desenvolvimento normal, fato que mostra ser essa técnica também bastante segura.
As amostras de sêmen podem ser utilizadas pelo próprio paciente ou por terceiros, o congelamento de sêmen pode ser realizado  apenas para utilização pelo próprio paciente. Casais que desejam utilizar amostras de sêmen heterólogo são encaminhados para um banco de sêmen terceirizado.

O congelamento de sêmen é realizado  nas seguintes situações:
- Pré-quimioterapia: a quimioterapia pode prejudicar em graus variáveis a produção de espermatozóides. A decisão sobre o congelamento de sêmen e sobre o número de amostras congeladas deve ser tomada em conjunto com o paciente e com o médico oncologista. Quando os tratamentos já se iniciaram, as alterações na produção de espermatozóides intensificam-se e o resultado da autoconservação pode ficar bastante comprometido.
- Conveniência: caso haja possibilidade da ausência do homem no dia da realização da técnica de reprodução assistida, pode-se optar pelo congelamento prévio de uma amostra de sêmen, evitando assim a necessidade da presença do parceiro.
- Pré-vasectomia: alguns homens optam por manter amostras de sêmen congeladas antes de realizarem a vasectomia, tornando possí­vel a realização de técnicas de reprodução assistida caso desejarem.
- Câncer de testí­culo: o congelamento de sêmen possibilita a realização de técnicas de reprodução assistida nos casos indicados. Quando os tratamentos já se iniciaram, as alterações na produção de espermatozóides se intensificam e o resultado da autoconservação pode ficar bastante comprometido.
- Material obtido através de biópsia testicular ou punção de epidí­dimo: nos casos de azoospermia (ausência de espermatozóides no ejaculado), alguns homens são submetidos a uma biópsia testicular ou punção de epidí­dimo para verificar a presença de espermatozóides. Caso positivo, os espermatozóides podem ser congelados para utilização em técnicas de fertilização assistida.
É importante informar aos candidatos a esse tipo de tratamento, que caso as amostras venham a ser utilizadas no futuro, o método mais indicado é a fertilização in vitro com Micromanipulação (FIV-ICSI) e não a inseminação intra-uterina, como muitos pensam ou mesmo advogam.
Se a fertilidade masculina não ficar comprometida após o tratamento, as amostras devem ser descartadas após autorização do paciente, já que, elas só podem ser utilizadas pelo próprio paciente e não podem ser doadas para terceiros.
Fonte:  Procriar

Um estudo que acabou de ser divulgado na revista Nature indica que, quanto mais velho o pai, mais mutações genéticas potencialmente danosas ele passa ao filho. A maioria dessas mutações é inofensiva, mas muitas podem levar a doenças como autismo e esquizofrenia. (Estudos anteriores já correlacionavam diretamente uma maior idade do pai à maiores incidências de autismo.)
Sendo assim, já tem muita gente (como Laura Helmuth, colunista da Slate) aconselhando jovens homens a congelar seu sêmen e fazer uma vasectomia.
E ela ainda acrescenta: as mulheres vão amar. Você vai parecer esperto, responsável, um cara que pensa lá na frente. Além disso, mostra que você é uma pessoa sensível, que acha que os homens também tem sua parcela de responsabilidade sobre a gravidez. Vai poder transar à vontade, sem precisar de preocupar com anticoncepcionais e, quando e se decidir ter filhos, vai gerar bebês com o melhor material genético possível – algo que as mulheres também vão achar sexy.
Enfim, homens, mulheres, crianças e a humanidade em geral só têm a ganhar.