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1.15.2014

10 mitos sobre animais que são completamente falsos


A natureza é cheia de mistérios que o ser humano tenta incessantemente desvendar. Nessa busca, a curiosa vida de alguns animais acaba se misturando com a ficção. Aliás, pode colocar a culpa em Hollywood. Boa parte dessas teorias viajadas sobre o reino animal vem dos filmes animados que vimos quando éramos crianças. O resto veio das histórias contadas pelas nossas avós. Conheça 10 mitos sobre animais que são completamente falsos (e clique nos links para conhecer pesquisas científicas sobre os temas).

1. Avestruzes enterram suas cabeças na areia
avestruz
Você já viu essa cena: quando irritado ou apavorado, o avestruz enfia a cabeça num buraco no chão. Mas a verdade é que tal mito surgiu puramente por causa da ilusão de ótica. Apesar de serem pássaros enormes, os avestruzes têm uma cabeça bem pequena. Se você observá-los abaixando o pescoço de longe, pode parecer que eles cavaram um buraco e enterraram suas cabeças. Acontece que isso seria impossível, simplesmente porque os bichos não seriam capazes de respirar embaixo da terra (#captãoóbvio).
O que eles de fato fazem é cavar buracos para colocar seus ninhos. Quando a mãe, várias vezes ao dia, coloca a cabeça no buraco, é para checar os ovos. Não para se esconder. Até por que nenhum animal ameaçado seria tão ingênuo a ponto de esconder só uma partezinha bem pequena do corpo.
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2. Abelhas sempre morrem depois da ferroada

abeia
Essa é parcialmente verdade. Algumas abelhas de fato morrem ao picar alguém ou alguma coisa. Isso ocorre porque seu ferrão está acoplado ao resto do corpo. Então, ao usá-lo, a pobre abelhinha se rompe por dentro e junto com o ferrão e o veneno, sai parte do sistema digestivo, músculos e nervos. Mas isso só acontece com as operárias. Zangões, por exemplo, têm uma forma mais suave de liberar seu veneno, de forma que é possível soltar o ferrão mais de uma vez, sem morrer no processo. A mesma regra vale para a toda poderosa abelha rainha, afinal, qual a vantagem em governar a colmeia se sua vida for tão frágil?
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3. Baratas seriam as únicas sobreviventes num ataque nuclear
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Não é só a aparência repugnante ou a associação imediata com a sujeira que faz alguém sentir pânico ao ver uma barata. O fato de elas não morrerem facilmente também é de embrulhar o estômago. Uma barata pode ficar dentro d’água por cerca de um dia, ou viver sem sua cabeça por uma semana. Mas o grande mito que as envolve é que tais insetos seriam os únicos sobreviventes de um ataque nuclear. Só que não. Apesar da sua capacidade de sobrevivência, as baratas são bem menos resistentes que outros insetos.
Veja bem, um ser humano pode morrer com exposição a cerca de 1000 rads (unidade que mede a absorção de radiação). Já as baratas, suportam até 20.000 rads. Mas isso é nada comparado a algumas vespas, por exemplo, entre outros insetos, que conseguem viver com até 180.000 rads. A bomba de Hiroshima irradiou 34 mil rads em seu epicentro. Ou seja, baratas não sobreviveriam. Já as vespas…
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4. O grande vilão da poluição do ar é o pum da vaca

vaka
As vacas e bois são responsáveis por 4% da emissão mundial de gás metano. A criação de gado no mundo contribui mais com o efeito estufa do que carros ou outras formas de transporte que se acumulam nas nossas ruas. Mas esse não é o mito, é o fato conhecido. Acontece que a forma como o gás metano é expelido pelas vaquinhas não é a flatulência, como a maioria das pessoas pensa, e, sim, o arroto .Existem pesquisas para a criação de uma pílula a ser ingerida pelo gado, a fim de reduzir a produção de metano por esses animais.
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5. Morcegos são cegos
morcego
Existe uma expressão em inglês que diz que uma pessoa é “blind as a bat”, ou, em português, cega como um morcego. Tal sentença pode ser aplicada literalmente, tipo: “sem meus óculos fico cega como um morcego” ou figurativamente: “fulana é cega como um morcego quando se trata do namorado”. O problema todo, minha gente, é que morcegos não são cegos. Apesar de ter olhos pequenos e pouco desenvolvidos, os olhos dos mamíferos que voam funciona. Algumas espécies, aliás, enxergam bem melhor que você.
Além dos olhos, o sistema de locomoção de um morcego é tão preciso que ele usa uma espécie de radar, além de ter sistemas de audição e olfato super aguçados. Sua agilidade é tão impressionante que o bicho é capaz de chegar do lado da sua cara, comer aquele pernilongo que tanto te atazana, e ir embora sem encostar em você. Agora, o susto que você vai levar, isso é outra história.
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6. Camelos armazenam água na corcova
camelo
Camelos são uns bichos bastante fedorentos e extremamente resistentes: são capazes de sobreviver até 7 dias sem beber água. Como eles também tem aquele formato esquisito, com uma ou duas corcovas nas costas, a conclusão que muita gente chegou é que aquilo ali deveria servir para guardar água. Mas não é. Para sobreviver à desidratação, os camelos tem glóbulos vermelhos num formato diferenciado e rins e intestinos muito eficientes. Então para que servem aquelas pequenas montanhas nas costas do bicho? Não, não é para que os humanos possam passear de camelo no deserto. A corcova é um depositário de gordura, que fornece energia para o animal, que pode sobreviver semanas sem comida.

7. A memória do peixe dourado só dura alguns segundos
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Dizem por aí que o pobre do peixinho dourado, aquele que habita a maioria dos aquários, dura poucos segundos, tipo a Dory, de Procurando Nemo, versão hardcore. Mas é só refletir um pouquinho para perceber como esse mito é uma furada. Como teriam os peixes dourados sobrevivido a predadores se eles esquecessem, em 5 segundos, que estavam sendo ameaçados? Mas fora esse raciocínio, do programa Caçadores de Mitos a pesquisadores de um instituto de tecnologia israelense, estudos comprovaram que o peixe dourado é capaz de ser treinado para associar sons e objetos a comida, ultrapassar obstáculos e várias outras habilidades. Tais “ensinamentos” duraram até 5 meses depois. Ou seja, a memória do peixinho dourado ainda é ruim, mas não absurdamente inexistente.

8. A cenoura é o alimento certo para coelhos
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Imagine a imagem do Pernalonga, um dos coelhos mais famosos de Hollywood. Grandes são as chances da figura estar comendo uma cenoura, certo? A primeira vez que o coelho do desenho apareceu comendo o legume foi em 1934, numa paródia à uma cena do famoso filme da época “Aconteceu naquela noite” com o ator Clark Gable. Mas do Pernalonga à associação de coelhos a cenouras se passou muito tempo. Acontece que se você der cenouras diariamente para um coelho, as chances de ele morrer são grandes, devido à quantidade de açúcar que o legume carrega. A dieta correta para um coelho é feita de folhas.

9. Ratos são atraídos por queijo
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Lembra daquela cena de desenho animado que o rato era magicamente atraído por um pedaço de queijo suíço? Mito. Os ratos tem narizes muito sensíveis. Isso que dizer que o cheiro de um queijo muito forte vai é afastá-los, ao invés de atrair. Alguns estudos também mostram que ratos evitam alimentos de cheiro e sabor acentuados, como o queijo.  Na verdade, se você quiser colocar um rato na ratoeira, o melhor jeito é colocar ali alimentos com alto teor de açúcar, como biscoitos, cereais ou chocolate.
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10. Camaleões mudam de cor para se disfarçar no ambiente
camaleon
De fato, os camaleões mudam de cor. Mas os motivos pelos quais eles fazem isso não tem nada a ver com que a maioria das pessoas pensam. Não, os camaleões não são os mestres do disfarce da natureza, tal como a Mística está para o universo de X-Men. Na verdade, as variações de cores desse bicho tem a ver com seu estado de espírito, ou seja, são as emoções do camaleão que definem a cor que ele vai assumir. Para atrair fêmeas, afastar um inimigo, lutar contra outro colega de espécie. Tudo isso justifica a mudança de cor, assim como a temperatura e a luz também podem influenciar tais variações. Ou seja, o camaleão é tipo aquele amigo que fica tão vermelho de vergonha que não consegue disfarçar.

  14 de janeiro de 2014
Por Luíza Antunes
 
Via National Geographic, Cracked e Top Tenz

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