webmaster@boaspraticasfarmaceuticas.com.br

1.21.2014

Biquíni molhado causa problemas ginecológicos; conheça-os



Ter sempre uma peça seca à mão pode evitar, de forma simples, a presença de fungos e infecções na região íntima Foto: Shutterstock
Ter sempre uma peça seca à mão pode evitar, de forma simples, a presença de fungos e infecções na região íntima
Foto: Shutterstock
Afoitas por um novo mergulho e com poucas peças de roupas de banho disponíveis na mala, muitas mulheres descuidam da higiene do biquíni ou maiô e, principalmente, da secagem das peças. Como resultado, a saúde íntima fica exposta à ação de fungos, responsáveis por corrimento e, até mesmo, frieira.

No verão, a infecção mais frequente e incomoda é a candidíase vaginal, causada pelos fungos candida albicans (o mais comum), krusei ou glabrata, que se proliferam após o uso de peças íntimas molhadas, roupas muito justas e sudorese intensa, em razão da formação de um ambiente úmido e abafado.

“Estes fungos fazem parte da flora normal da vagina, mas apenas causam sintomas quando o ambiente é propício”, explica Carla Muniz Pinto, ginecologista. O problema ginecológico é caracterizado por corrimento branco, assim como coceira intensa, com vermelhidão e irritação local.

Além dos fatores relacionados ao clima, a candidíase tem relação com o aumento de estresse, queda de imunidade e uso de remédios, como anticoncepcionais e antibióticos. Mulheres que já chegaram à menopausa também estão mais vulneráveis ao problema, pois as bactérias de defesa da flora vaginal estão reduzidas.

Outro problema típico da estação é a dermatofitose, também chamada tinea. Ela é resultado do mesmo fungo que atinge os pés e causa a frieira, mas se manifesta na região da virilha (tinea crural). Seus sintomas são escurecimento da área, coceira e descamação da pele. Assim como a candidíase, o fungo também se prolifera em ambientes escuros e úmidos.

Os dois problemas são tratados à base de antifúngicos, aplicados em forma de cremes ou via oral, e antibacterianos específicos para cada caso. “Essas infecções vaginais são detectadas em 90% dos casos pelo próprio exame clínico, não necessitando de exames laboratoriais na maioria dos casos”, explica Carla.

Para se proteger e aproveitar a estação, o ideal é levar uma muda de roupas secas para a praia e piscina e não sentar-se na areia diretamente. Recomenda-se também nunca compartilhar sabonetes, peças íntimas e toalhas, além de usar roupas de tecidos leves, como as feitas de algodão, evitando látex, lycra e peças muito justas para não abafar a área.

Para completar, calcinhas não devem ser secas no banheiro, e sim em lugares abertos, arejados e ao sol. Também vale lembrar que o uso de protetores diários deve ser evitado ao máximo, pois não permite uma ventilação adequada da área, e o sabão utilizado para a lavagem das peças íntimas deve ser o neutro.

Atenção ao corrimento
Sintomas como corrimento, coceira e vermelhidão não são resultado apenas de doenças de simples tratamento como a candidíase e dermatofitose. Elas também podem ser sinal de alguma doença sexualmente transmissível (DST). Uma das mais comuns é a tricomoníase, que causa corrimento amarelo esverdeado, acompanhado de processo inflamatório intenso, normalmente após relação sexual desprotegida. O tratamento, à base de antibióticos, também deve ser feito pelo parceiro, para que não haja reinfecção.


Doenças como vaginose bacteriana, causada pela bactéria gardnerella vaginalis, causa corrimento branco acinzentado e um odor de peixe podre, que se acentua após relação sexual e logo depois da menstruação. Não é considerada uma DST, mas exige tratamento com antibacterianos indicados por um profissional.





Agência Hélice
Terra


Nenhum comentário:

Postar um comentário