Essa constatação vem de um estudo da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os pesquisadores distribuíram 665 crianças com dez ou 11 anos em quatro grupos, de acordo com o valor da sua massa corpórea no momento em que chegaram ao mundo. A partir de questionários distribuídos aos pais e aos pequenos, os estudiosos concluíram que o time constituído pela garotada com muito baixo peso ao nascer (menos de 1 500 gramas) apresentava mais indicadores de hiperatividade, dificuldades de relacionamento e também depressão infantil. Segundo os líderes do levantamento, esse achado contribui para o planejamento de programas que trabalhem esse problema psicológico logo cedo na vida. Mas, sob nenhuma hipótese, ele justificaria o uso de remédios antes de qualquer manifestação — até porque muitos jovens que nasceram com pouquíssimos quilos não desenvolveram quaisquer transtornos.
Estudos apontam que entre 0,4% e 3% das crianças brasileiras apresentam características depressivas. Os primeiros sinais do quadro costumam ser queda no rendimento escolar, mudanças repentinas de estado de ânimo, isolamento e tristeza. É aos sintomas que se deve ficar atento.
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