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8.25.2014

Proteinúria ( Exames- Origem - Causas - Tratamentos)

Exames

Os objetivos de fazer exame para proteinúria incluem: triagem de indivíduos em risco, detecção dessa condição em exames rotineiros, determinação de sua causa, avaliação do tipo e quantidade de proteína liberada, e avaliação da função renal. Caso a proteinúria seja detectada, a pessoa deverá ser monitorada periodicamente, de maneira a determinar se esta proteinúria se resolve por si própria ou se piora com o tempo. O médico pode pedir exames de urina e de sangue para avaliar a proteinúria.
Exames laboratoriais
A triagem para a presença de proteínas na urina pode ser realizada como parte de um exame geral de saúde, ou como parte de um check-up em um indivíduo que apresente uma condição que pode causar proteinúria. Alguns testes incluem:

  •  Proteinúria – Detecta a presença de qualquer tipo de proteína que possa ser encontrado na urina. Pode ser realizado isoladamente, em uma amostra aleatória de urina, ou como parte do exame de urinálise (Rotina de Urina).
  •  Urinálise ou Rotina de Urina – Avaliação de uma amostra de urina que cobre a presença de diversas substâncias que podem estar presentes – inclusive a proteinúria. Pode fazer parte de um exame geral de saúde.
  •  Microalbuminúria (albumina urinária) – É um teste sensível, utilizado para se monitorar pessoas com diabetes. Detecta a presença de pequenas quantidades de albumina, a principal proteína do sangue. Ao longo do tempo, a diabetes pode, lentamente, afetar a função renal. Este teste é um indicador precoce de que a diabetes tenha causado algum dano. A Associação Americana de Diabetes (ADA) recomenda que pessoas com diagnóstico de diabetes tipo 2 sejam examinadas anualmente com a dosagem de microalbuminúria, e que diabéticos do tipo 2 sejam testados 5 anos após o diagnóstico e, a partir daí, anualmente.
  • Microalbuminúria, Urina de 24 horas – Mede a quantidade de albumina que está sendo perdida através da urina nesse intervalo de tempo. Esse exame pode fornecer ao medico uma avaliação mais precisa do grau de dano aos rins.
  • Razão microalbumina/creatinina – Alternativa à coleta de urina de 24 horas, utilizando uma amostra aleatória de urina. Neste caso, também se mede a creatinina, substância excretada na urina, a uma fração constante. Quando é feita a medição de  albumina e de creatinina, pode ser calculada uma taxa de microalbumina/creatinina. O cálculo corrige a microalbuminúria em relação à presença de creatinina na amostra, o que reflete de maneira mais precisa a quantidade de albumina perdida através da urina.
  • Proteinúria de 24 horas – Mede a quantidade de proteína excretada na urina em um período de 24 horas, o que é uma avaliação mais acurada do grau de proteinúria do que um teste em urina aleatória.
  • Razão proteína/creatinina (UPCR) – Mede a proteína e a creatinina em uma amostra aleatória, e faz a correção pela quantidade de creatinina, o que é similar à taxa de microalbumina/creatinina.
  • Eletroforese de Proteínas urinárias – Teste utilizado para se determinar os diferentes tipos e concentrações relativos de cada proteína presentes na urina. Um teste urinário para a Proteína de Bence-Jones é usado para detectar e, às vezes, acompanhar o tratamento do mieloma múltiplo e de outras doenças similares.
Além do exame de urina, existem diversos outros que podem ser utilizados para avaliar a função dos rins e/ou avaliar a natureza da proteína eventualmente presente na urina. Esses exames podem ser realizados ao mesmo tempo em que se faz a triagem na urina em qualquer consulta de acompanhamento. Incluem:

  • Dosagem de Uréia e Creatinina no sangue – Testes de sangue utilizados para avaliar a função renal. A uréia e a creatinina são produtos de descarte, contêm nitrogênio, e são removidos do sangue pelo organismo até chegar à urina. Caso os rins não estejam funcionando adequadamente, permanecerão na corrente sanguínea e seus níveis irão aumentar. A creatinina pode ser medida em amostras de urina, mas isto ocorre principalmente como uma parte de um exame que inclua o cálculo de taxas, como  taxa urinária de proteína/creatinina, ou de microalbumina/creatinina.
  • TFG estimada (eGRF ou TFGe) - Taxa estimada de Filtração Glomerular – Utiliza os níveis de creatinina, em associação com a idade e valores atribuídos ao sexo e à etnia, para estimar a taxa de filtração glomerular, que diminui com o dano renal progressivo.
  • Clearance de creatinina – Mede a creatinina em uma amostra de urina de 24 horas, e utiliza a dosagem feita em uma amostra de sangue, para calcular a quantidade de creatinina que foi extraída do sangue e eliminada na urina. Este cálculo permite uma melhor avaliação da função renal, baseada na taxa corpórea de excreção de creatinina.
  • Dosagem de Proteínas Totais – Exame de sangue que mede a quantidade total de proteínas no soro.
  • Dosagem de albumina – Teste de sangue que mede a concentração de albumina, a proteína na qual o soro humano é mais rico.
  • Eletroforese de Proteínas Séricas – Determina os tipos e as quantidades relativas de proteínas no soro. É comparado à eletroforese na urina, de maneira a se determinar se o sangue é a origem das proteínas observadas na urina.
  • Dosagem de Cadeias Leves Séricas Livres(SFLC) – Exame usado para auxiliar o diagnóstico e monitoração de condições associadas a uma produção aumentada de cadeias leves, tais como o mieloma múltiplo.
O médico também pode solicitar uma biópsia de rins. Neste procedimento, um pequeno fragmento do rim é examinado em um microscópio, para ser utilizado como evidência de dano ou doença renal. 

Testes não laboratoriais

  • Testes de imagem dos rins - Para detectar a presença e determinar a severidade da doença renal. Para mais informações, visite Radiologyinfo.org
  • Medida da pressão arterial - Pode ser feita como parte de um procedimento de investigação da causa de proteinúria. Esta é frequentemente monitorada em pessoas que apresentam hipertensão arterial ou têm risco de desenvolvê-la.

Tratamentos

Existem diferentes causas responsáveis pela proteinúria. Seu ttratamento se concentra nos focos no controle de sua(s) causa(s), e em minimizar sua progressão. Desta forma, o tratamento para cada condição deverá ser individualizado e único. Por exemplo, um portador de diabetes deve monitorar e controlar cuidadosamente seus níveis de glicose sanguínea (glicemia), de modo a ajudar na prevenção do dano renal. Quem tem pressão alta (hipertensão arterial) deverá controlar a pressão para prevenir o dano renal progressivo. Na pré-eclâmpsia, a proteinúria deverá ser cuidadosamente monitorada, e geralmente se resolverá após o nascimento do bebê. Algumas vezes, dependendo da severidade da pré-eclâmpsia, são prescritos medicamentos para reduzir a pressão arterial.
As pessoas que apresentem proteinúria persistente - especialmente aquelas com função renal reduzida – podem receber recomendações específicas para a dieta, como redução de proteína e de colesterol na alimentação. A proteinúria leve ou transitória pode não necessitar de qualquer tratamento.

Proteinúria, Urina Espumosa – Causas, Tratamento, Tipos e Síndrome Nefrótica

O que é a proteinúria e o que pode significar ter urina espumosa. Conheça as causas, origens, diagnóstico, tipos e tratamento da proteinúria.
Urina espumosa proteinuria
Os rins têm como função no organismo eliminar e excretar diversas substâncias presentes no sangue. Assim, excesso de água e de minerais, mas também substâncias tóxicas provenientes da respiração celular são desta forma retiradas do corpo, de maneira a não acumularem, não perturbando o correto funcionamento do organismo.
Assim, quando os rins não funcionam em pleno, há algumas consequências menos positivas. Um dos problemas que pode ocorrer é os rins eliminarem não só as substâncias que têm de eliminar, e nas quantidades adequadas (no caso da água e dos minerais, nutrientes essenciais), mas também excretarem substâncias que não deveriam ser excretadas.
Na urina normal, além de água, minerais e substâncias tóxicas, é também natural existirem pequenas quantidades de outras substâncias, entre as quais algumas proteínas. Sendo estes elementos que não interessam ao organismo eliminar, quando essa quantidade atinge um determinado nível, isso significa que os rins não estão a funcionar corretamente.
Assim, a proteinúria é uma condição clínica caracterizada pela perda de proteínas (essencialmente a albumina) pela urina. Este é um importante indicador de doenças renais, sendo uma das suas manifestações. A albumina tem uma importante função no sangue, pois ajuda a impedir que a água presente não atravesse as paredes dos vasos sanguíneos, que provocariam edemas.
Assim, uma das manifestações da proteinúria é o aparecimento de edemas no corpo. Outras manifestações comuns é a urina espumosa. Sendo natural existir alguma espuma na urina, quando ela é em grande quantidade, poderá indicar algum problema.

A proteinúria pode ter várias causas e origens

- As estruturas do rim responsáveis pela filtração do sangue são os glomérulos. Assim, quando há alteração nestas estruturas, poderão deixar passar as proteínas, conduzindo-as para a urina.
- A proteinúria pode ter uma origem nos túbulos renais. Assim, podem ser secretadas proteínas (essencialmente microglobulinas e lisosimas) no túbulo renal proximal, que depois serão expulsas pela urina.
- Pode também ter origem em proteínas secretadas nas paredes dos tubos urinários, especialmente na pelve renal, nos ureteres, na bexiga e na uretra.
- Por fim, a proteinúria pode também ter origem na produção em grande quantidade de proteínas com um peso molecular baixo, que por isso passam pelo filtro facilmente. Apesar de ocorrer a reabsorção nos túbulos renais, como estão em grande quantidade, não serão reabsorvidos na totalidade, indo uma parte considerável para a urina.

Como fazer o diagnóstico da proteinúria?

Sendo natural a presença de pequenas quantidades de proteínas na urina, apenas é considerado haver falha nos rins quando essa quantidade se apresenta mais elevada que 0,150g por dia. Assim, se houver alguma indicação de algo não estar bem, como o aparecimento de vários edemas (Leia: Inchaços e Edemas – Causas, Tipos e Tratamento) ou de urina espumosa, é importante consultar um médico de maneira a ser pedido um exame de urina, ou uma biópsia renal, que rapidamente esclarecerá a situação. (Leia: Biópsia Renal – Indicações, Contra-Indicações, Precauções, Riscos e Resultados).

Tipos de proteinúria

Podemos classificar a proteinúria em dois tipos:
- Proteinúria intermitente e transitória
Este tipo de proteinúria aparece ocasionalmente, normalmente relacionado com situações de febre alta, exposição a temperaturas extremas, tanto quentes como frias, exercício físico muito intenso, situações de grande stress, e ainda convulsões. Normalmente implica valores que não passam de 1g por dia, e rapidamente desaparecem. Não está relacionado com nenhum problema renal.
- Proteinúria persistente e permanente
Nestas situações a perda de proteínas pela urina é constante e regular, tendo assim um problema nos rins por detrás. É necessário a consulta a um médico, e um tratamento adequado.

Tratamento da proteinúria

Para tratar esta condição clínica, a primeira coisa que é feita é a recuperação da taxa plasmática normal da albumina. Também é habitual ser feito um controlo bastante escrupuloso na pressão arterial, e a prescrição de medicamentos que diminuam a perda de proteínas, diuréticos (Leia: Diuréticos –  Tipos, Efeitos Secundários, Para Que Servem e Como Funcionam), etc. Depois, cada tratamento irá ao encontro das causas específicas relacionadas com o problema causador da perda de proteínas.

O que é a síndrome nefrótica

Este problema caracteriza-se por uma perda massiva de proteínas pela urina, sendo acompanhada por outros problemas, tais como edemas, lipidúria, hipoproteínemia, e hiperlipidemia com quantidades muito elevadas de colesterol e outros lípidos. A proteinúria é assim o principal sintoma desta doença.
A perda de albumina pelo sangue irá também resultar na perda de pressão osmótica, levando à passagem de água para os tecidos envolventes aos vasos sanguíneos, provocando edemas por todo o corpo. Este problema tem origem no glomérulo, que se tornam muito mais permeáveis, deixando facilmente passar as proteínas. É uma doença de evolução lenta, mas que tem várias consequências negativas para o organismo.

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    URINA DE 24 HORAS

    Como colher e para que serve

    A chamada urina de 24 horas é uma análise da urina ainda muito utilizada por diversos médicos para avaliar o funcionamento dos rins e investigar algumas alterações urinárias.

    Nos últimos anos, o exame da urina de 24 horas têm perdido popularidade, principalmente entre os nefrologistas, por ser um procedimento chato de ser feito, já que obriga o paciente a coletar sua urina para um garrafão durante 24 horas ininterruptas.
    Neste texto vamos explicar o modo correto de colher a urina de 24 horas, quais são os seus objetivos e apontar suas vantagens e desvantagens.
    Se você está preocupado(a) com o funcionamento dos seus rins, antes de seguirmos em frente, não deixe de assistir a esse curto vídeo de 3 minutos, produzido pela equipe do MD.Saúde, que explica de forma simples a insuficiência renal e o exame da creatinina:
    Vídeo sobre doença renal crônica

    Como colher a urina de 24 horas

    Se você chegou até este texto é porque provavelmente o seu médico solicitou uma urina de 24 horas. Então, antes de falarmos da utilidade do exame, vamos primeiro explicar o modo correto de fazer esta análise da urina.
    A urina de 24 horas é nada mais do que aquilo que o próprio nome diz: uma coleta de urina que dura 24 horas.
    Instruções para colher a urina de 24 horas:
    1.) O análise terá que ser feita durante 24 horas, portanto, o primeiro passo é escolher qual o intervalo mais confortável para que você colha a urina. O ideal é sempre escolher a hora em que você normalmente acorda. Vamos usar o horário de 7 horas da manhã como exemplo para o resto das instruções.
    Urina 24h
    Garrafão para urina de 24 horas
    2.) Imaginemos que você irá começar a coletar a urina hoje. Ao acordar às 7h, você deve esvaziar a bexiga, urinando normalmente no vaso sanitário. Portanto, a primeira urina do dia deve ser desprezada. O exame começa na hora em que se esvazia a bexiga pela primeira vez no dia. Após urinar, anote a hora exata, pois a coleta deve terminar nesta mesma hora do dia seguinte.
    Mas se o exame começa às 7 da manhã, por que então desprezar a urina desta hora?
    Porque a urina que estava dentro da sua bexiga às 7h não foi produzida às 7h, mas sim durante toda a madrugada, desde a última vez que você urinou. Portanto, esvaziando-se a bexiga, colheremos apenas a urina produzida a partir das 7h da manhã.
    3) Depois de esvaziar a bexiga, toda e qualquer urina deve ser guardada no mesmo recipiente (se você urina muito, pode-se usar mais de um recipiente). Não importa o volume, qualquer gota conta. Se for evacuar, não pode urinar no vaso. Se estiver tomando banho, não pode urinar no banho. Se for sair à rua, leve o recipiente junto ou não urine até voltar para casa.
    O recipiente com a urina deve ser armazenado em temperatura ambiente ou dentro da geladeira.
    Por comodidade, indicamos a coleta do exame durante o Domingo; deste modo você não precisa levar o recipiente para o o trabalho e ainda consegue entregá-lo no laboratório na Segunda-feira de manhã.
    Se houver qualquer perda na urina, o ideal é abortar a coleta, desprezando o que já foi colhido, e reiniciá-la no dia seguinte. Uma pequena quantidade de urina perdida já é suficiente para causar erros no resultado final.
    Se você colheu a urina de modo errado e não comunicou o seu médico, quem sofrerá as consequências será você mesmo, pois o clínico ira tomar decisões baseadas em um resultado errado.
    4) Você deve colher toda urina até às 7h do dia seguinte, incluindo esta última. Se você por acaso acordou mais cedo e urinou às 6h, procure beber água para conseguir urinar de novo quando der 7h. Lembre-se, o exame começa quando você esvazia a bexiga às 7h, e termina quando a esvazia de novo, também às 7h. A coleta da última urina pode ter uma tolerância de 10 minutos para mais ou para menos (entre 6:50h e 7:10h)
    5) Uma vez terminada a coleta de 24h, a urina no recipiente pode ficar em temperatura ambiente por até 48h, porém, o ideal é mantê-la refrigerada. Quanto mais cedo a urina for entregue no laboratório, melhor.
    Por que colher urina de 24 horas e não apenas 1 ou 2 horas?
    A urina de 24 horas é um exame solicitado para quantificar determinadas substâncias na urina. O EAS (urina tipo I) que é o exame de urina mais comumente solicitado, feito através de amostra, apenas detecta a presença ou não de determinadas substâncias, não sendo capaz de quantificá-las de modo acurado (leia: EXAME DE URINA | Entenda os seus resultados). Como a excreção de determinadas substâncias na urina varia muito dependendo da hora do dia, colher apenas uma amostra torna-se um exame muto falho e de difícil padronização. Quando se usa um longo período de tempo para a coleta, como 24 horas, essas variações naturais acabam sendo minimizadas.

    Para que serve a urina de 24 horas?

    Mais de 90% dos pedidos de urina de 24h são feitos para se avaliar duas situações:
    1.) Clearance de creatinina: O clearance de creatinina é basicamente a taxa de filtração dos rins, ou seja, a medição de quantos mililitros de sangue os rins filtram por minuto. É o principal modo de avaliar a função renal. Leia: INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA | Sintomas e tratamento para saber mais sobre o clearance de creatinina e a taxa de filtração renal.
    2.) Proteinúria: chamamos de proteinúria a presença de proteínas na urina, fato que só ocorre quando os rins estão doentes. O EAS (urina tipo 1) é capaz de detectar a presença de proteínas na urina, mas não consegue quantificá-la com exatidão. Além das proteínas totais, a urina de 24h também pode dosar a albumina na urina, chamada de albuminúria.
    Leia: PROTEINÚRIA, URINA ESPUMOSA E SÍNDROME NEFRÓTICA para saber mais sobre proteinúria e albuminúria.
    A nossa urina ainda é composta por várias outras substâncias, entre elas: cálcio, sódio, amônia, ureia, oxalato, citrato, magnésio, fosfato, ácido úrico etc… Portanto, além da avaliação da função renal e da quantificação da proteinúria, a urina de 24 horas também pode ser usada para quantificar todas estas substâncias. Obviamente, nem todas estas dosagens apresentam relevância clínica. Na prática médica, as comumente solicitadas são:
    3.) Sódio urinário – é um modo indireto de se avaliar a quantidade de sal que o paciente ingere. Em situações normais, a quantidade de sódio que sai na urina é semelhante a quantidade consumida ao longo do dia. Muito útil na:
    - Cirrose (leia: CIRROSE HEPÁTICA | Causas e Sintomas)
    - Hipertensão (leia: HIPERTENSÃO ARTERIAL (PRESSÃO ALTA) | Sintomas e tratamento)
    - Casos de edemas (leia: INCHAÇOS E EDEMAS | Causas e tratamento)

    4.) Cálcio urinário – importante na avaliação dos pacientes com cálculo renal (leia: CÁLCULO RENAL | PEDRA NOS RINS | Sintomas, causas e tratamento)
    5.) Ácido úrico urinário – importante para os pacientes com gota e/ou ácido úrico elevados (leia: GOTA | ÁCIDO ÚRICO | Sintomas e dieta) e para os pacientes com cálculo renal a base de ácido úrico.
    6.) Citrato – é uma substância que inibe a formação de cálculos. Pacientes com citrato urinário baixo estão sujeitos a formarem pedras nos rins.
    7) Oxalato – também importante na investigação das causas de formação dos cálculos renais.
    8) Potássio – útil na investigação de algumas doenças dos túbulos renais

    Problemas da urina de 24 horas

    A urina de 24 horas foi durante muitos anos o melhor e mais utilizado meio para se avaliar a função dos rins. Porém, devido às inerentes dificuldades em sua coleta e aos frequentes erros que esta ocasiona, tem sido cada vez menos pedida na prática médica, principalmente entre os nefrologistas, os especialistas em rins.
    O fato é que grande parte dos pacientes não colhe a urina de 24 horas de modo correto. Uma urina mal colhida gera resultados errados que mais atrapalham do que ajudam a avaliação do médico. Um agravante está no fato de que uma considerável parte dos médicos não sabe reconhecer quando a urina está colhida de modo errado. Isto faz com que condutas sejam tomadas baseadas em resultados que não correspondem com a realidade.
    Para saber se a urina foi realmente colhida durante as 24 horas, basta dividir o valor da creatinina urinária pelo peso do paciente. Por exemplo, se uma pessoa de 70 kg eliminou 1400 mg de creatinina em 24 horas, isto corresponde a 20 mg/kg.
    Os valores normais são:
    Homens 15 a 25 mg/kg
    Mulheres 10 a 20 mg/kg

    Valores abaixo ou acima destes indicam uma urina colhida de modo errado.
    A urina de 24 horas nos dias de hoje
    Atualmente já existem maneiras de se obter as mesmas informações da urina de 24h com exames mais simples. O cálculo da função renal, por exemplo, é atualmente feito com fórmulas matemáticas baseadas apenas na creatinina do sangue (leia: CREATININA e URÉIA| Como elas indicam lesão renal). A própria medição da proteinúria e da albuminúria também já pode ser feita de modo mais simples, apenas com uma amostra simples de urina.
    A urina de 24 horas ainda é um exame útil naqueles pacientes que conseguem colhê-la corretamente. Porém, é um exame pouco confortável para o paciente e na maioria dos casos já não é mais preciso solicitá-la com frequência, já que é possível obter as mesmas informações com exames mais simples.

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