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9.01.2014

Alemanha armará curdos no Norte do Iraque

Milícias curdas patrulham região do Noroeste iraquiano. Governo alemão decidiu enviar armas à resistência para conter avanços de militantes do Estado Islâmico Foto: YOUSSEF BOUDLAL / REUTERS
Apesar de reconhecer riscos na operação, Ministro das Relações Exteriores defendeu medida para combater Estado Islâmico
Milícias curdas patrulham região do Noroeste iraquiano. Governo alemão decidiu enviar armas à resistência para conter avanços de militantes do Estado Islâmico - YOUSSEF BOUDLAL / REUTERS
BERLIM — A decisão do governo alemão, referendada nesta segunda-feira pelo Parlamento, de armar rebeldes curdos iraquianos para enfrentar os jihadistas do Estado Islâmico (EI) indicam uma determinação da chanceler Angela Merkel de envolver mais a Alemanha nos problemas que assolam a comunidade internacional.
— Temos que escolher. Ou não assumimos nenhum risco, não entregamos armas, e aceitamos que o terror se propague, ou apoiamos aqueles que, de forma desesperada, mas também valente, lutam com poucos recursos contra a barbárie e o terror do Estado Islâmico — afirmou Merkel numa reunião extraordinária do Parlamento
A decisão de ajudar os curdos no Norte do Iraque com mísseis antitanques, lança-granadas, fuzis, pistolas e granadas de mão enviadas a 4 mil membros das forças pershmerga foi adotada na tarde do último domingo, numa reunião presidida por Merkel, e assistida pela ministra da Defesa, a representante do partido democrata cristão, Ursula von der Leyen, e o ministro da Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier.
Steinmeier destacou os riscos da operação, como, por exemplo, o de que as armas caiam em mãos erradas, ou que os curdos as utilizem para formar um Estado próprio, e não para se defender dos ataques dos jihadistas sunitas. Mas o ministro afirmou que os avanços do Estado Islâmico representam não somente “Uma tragédia humana de dimensões inimagináveis”, mas também “uma ameaça à existência do Iraque”.

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