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10.04.2014

O TSE manda tirar da web vídeo montado pelo pastor Malafaia degradando a imagem da presidenta Dilma


Vídeo relaciona fala de Dilma na ONU a suposto apoio a grupo terrorista.O STF entendeu que essa vinculação degrada a imagem da presidenta.






O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin determinou nesta sexta-feira (3) que um vídeo publicado na internet pelo pastor Silas Malafaia seja retirado do ar por degradar a imagem da presidenta da República Dilma Rousseff, candidata à reeleição. A decisão determina que o Google suspenda imediatamente a veiculação do vídeo.  
O vídeo insinua que a presidenta apoiaria ações de grupos terroristas islâmicos com o objetivo de assassinar cristãos. O pastor se refere ao discurso  da presidenta na ONU relatando  à operação dos Estados Unidos contra o grupo Estado Islâmico na Síria. Esta  intervenção bélica liderada por Washington resultou na morte de 70 pessoas. Dilma disse lamentar “enormemente” o fato pois a violência ao invés do dialogo geraria muitas mortes. Depois, em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no último dia 24, reiterou a posição ao condenar o uso de intervenções militares para tentar solucionar conflitos bélicos.
“Lamento a omissão da fala da Presidente Dilma com os assassinatos em massas de cristãos em 2013, que morreram 115 mil, e agora um grupo terrorista facínora que ‘tá’ cometendo massacres a Presidenta diz que deve haver diálogo (sic)”, diz Malafaia no vídeo.
Segundo o ministro, o vídeo traz "imagens violentíssimas de verdadeiros atos de guerra praticados por grupos extremistas".


Na representação, a coligação Com a Força do Povo, sustenta que as manifestações do pastor configuram abuso do direito de liberdade e ofendem direitos fundamentais.
O ministro concluiu que, ao tentar vincular a declaração da candidata a um suposto apoio a grupos islâmicos terroristas, Malafaia degrada a imagem de Dilma e incita hostilidade entre grupos de religiões diferentes.
“Há grande distância entre o uso informativo, para fins eleitorais, de falas e discursos de pessoas, algo mais do que legítimo, e a distorção ou infidelidade proposital às palavras e ao pensamento de quem se ataca, algo ilegítimo e ilegal”, destacou o ministro no seu voto.
 

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